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Combo 19/25

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— Bem, já faz meia hora que o exercício começou. — Nalear disse depois que seu amuleto de comunicação emitiu um ruído baixo.

— Parece que não tenho mais nada para lhe ensinar sobre Elevador. Agora, faça-me um favor. Logo, muitos dos seus colegas começarão a ficar assustados ou frustrados e me chamarão para ajudar sem parar. Seja gentil e dê dicas ou sugestões aos seus colegas que estão presos pelo menos na terceira marca.

— Eu cuido dos casos desesperadores.

Lith não tinha nada para fazer por pelo menos mais uma hora e meia, então ele aceitou, esfregando a testa e fechando os olhos, para não ter que olhar para o rosto dela.

— Ótimo! Dez pontos por demonstrar domínio completo do feitiço Elevador, e outros dez por me ajudar. — Ela sorriu tão radiante que tornaria o protocolo ômega inútil, apesar dos melhores esforços de Solus.

Mas Lith tinha cronometrado sua reverência de agradecimento corretamente para evitar o olhar dela e imediatamente se virou. Ele tinha tantas pessoas para desprezar, que se sentia como uma criança em uma loja de doces.

Yurial não havia feito nenhuma melhora, mas Lith não se sentiu compelido a ajudá-lo. Ele preferia que sua ajuda fosse abertamente requisitada, se não implorada.

Depois de olhar ao redor, ele notou que Quylla não estava muito longe. Ela parecia estar atolada na segunda marca, às vezes conseguindo alcançar a terceira.

Ela tinha 1,35 metros de altura, com uma constituição tão magra que só poderia esperar pesar mais de 30 quilos se estivesse encharcada. Ela parecia tão frágil e fraca que uma rajada de vento seria capaz de levá-la embora a qualquer momento.

“É incrível como ela conseguiu um núcleo de mana verde brilhante apesar de estar tão desnutrida. Se o tônico que ela recebeu de Vastor realmente funcionar, imagino o quão poderosa ela se tornará.” Lith pensou.

— Precisa de uma mão? — Ele perguntou. Ela também era uma plebéia e, até aquele momento, a única pessoa que havia se desculpado com ele sem uma agenda oculta.

— Sim, obrigado. O que estou fazendo errado?

— Nada, é só que você não conseguiu entender a explicação do feitiço. — Quylla olhou para ele com uma expressão oprimida, quebrando a cabeça enquanto seus vizinhos na quarta marca zombavam dela.

Lith ficou realmente tentado a chutá-los nas bolas, mas, infelizmente, havia muitas testemunhas.

— Se você se lembra, o livro mencionou que esse exercício requer a criação de cinco etapas, certo?

— Certo. — Quylla assentiu, fazendo uma pausa para dar total atenção a Lith.

— Cada passo empurra o peso acima de uma marca, então você pode pensar que precisa criar cinco passos, ou se preferir, cinco pequenos pulsos de mana, para empurrar o peso até o topo.

Ela assentiu novamente.

— Mas o livro nunca mencionou que você precisa gerar todos eles juntos. O Elevador lhe dá uma ampla janela de oportunidade para criar os passos.

Percebendo que ela ainda não estava entendendo, ele simplificou o conceito.

— Imagine que você precisa subir um lance de escadas para chegar a um andar superior. Você precisa de cinco degraus para fazer isso, e é sua mana que os cria. Mesmo que você consiga manter apenas dois degraus por vez, é o bastante.

— Você só precisa chegar ao segundo degrau, deixar o primeiro se dissolver e então criar o terceiro…

— Suba para o terceiro, enxágue e repita! — Quylla completou o pensamento. — É por isso que o livro os chamou de Passos em vez de pulsos ou empurrões. Para ser honesta, a escolha das palavras me deixou um pouco confusa.

Lith assentiu.

— Caso contrário, seria necessário que você conseguisse lançar cinco pulsos de uma vez, e seria completamente irracional para a segunda lição.

Mas Quylla não estava mais ouvindo. Depois de agradecer rapidamente, ela voltou a praticar, conseguindo atingir instantaneamente a terceira marca. Em menos de dez minutos, outro ding ressoou.

Seus vizinhos há muito pararam de zombar, e quando conseguiram encontrar coragem para pedir um bis a Lith, ele não estava em lugar nenhum. Quylla ignorou seus pedidos de ajuda, trabalhando duro para dominar o que acabara de entender.

Depois dela, Lith ajudou Yurial e depois Friya. Ele ainda não tinha decidido o que fazer com eles, mas não tinha nada a perder na troca. Ele mataria dois coelhos com uma cajadada só, mostrando a eles sua superioridade e também fazendo com que se sentissem obrigados.

Conseguir estabelecer um relacionamento de igualdade com o herdeiro de um arquimago e a filha de um nobre influente desencorajaria seus pares de demonstrar hostilidade aberta, se não os forçaria a evitar qualquer assédio posterior.

Logo, sua performance excepcional no departamento de luz seria bem conhecida. Pouquíssimos ousariam se mover contra ele uma vez que Marth e Manohar demonstraram tanto interesse por ele.

Tudo o que ele precisava era de mais um empurrão, e todo o drama entre jovens mestres e amantes se tornaria uma relíquia do passado.

No final da lição, Lith recebeu mais dez pontos de Nalear, já que muitos daqueles que ele ajudou conseguiram entender completamente a verdadeira natureza do exercício.

“Isso faz cinquenta pontos!” Solus estava em êxtase. “Uma pena que também devemos deduzir os dez que Trasque levou.”

“Não adianta chorar sobre o leite derramado.” Lith respondeu. “Além disso, depois do almoço, teremos nossa primeira aula de Mestre de Forja. Mal posso esperar para colocar as mãos nele!”

No almoço, Quylla, Yurial e Friya tentaram se juntar a ele mais uma vez, e dessa vez Lith não as mandou embora. Ele estava curioso para ver o que elas tinham a oferecer em termos de conhecimento e poder.

Em vez disso, ele acabou atolado em conversa fiada. Lith tinha esquecido completamente como eram as conversas do ensino médio, como os adolescentes falavam principalmente sobre meninos, meninas ou choramingavam sobre seus professores.

— Sério… — Friya espetou sua lasanha como se tivesse uma vingança pessoal contra ela.

— … Que tipo de Professora simplesmente coloca você numa sala e exige que você descubra tudo sozinho? Quão idiota ela pode ser?

Lith a ouvia de vez em quando, então, quando o assunto em questão se tornou sua área de especialização, ele estava pronto para responder à pergunta que tinha acabado de ouvir errado.

“Pelo menos um sutiã tamanho D.” Ele pensou.

“Pelo meu criador, não ouse dizer isso em voz alta!” Solus o repreendeu mentalmente.

— Aposto que sua família contratou um tutor para você. — Yurial entrou na conversa, balançando a cabeça diante do comentário dela.

— Sim, por quê?

— Só tutores dão magia na colher. Meu pai nunca me explicou nada, a menos que eu fosse incapaz de entender algo sozinho. Ele apenas me dava livros e exigia resultados.

Estando lúcido novamente, Lith entrou na conversa.

— A propósito, por que seu pai não lhe ensinou todos esses exercícios antes? Isso lhe daria uma grande vantagem, e não acho que a academia se importaria.

Yurial balançou a cabeça novamente, suspirando.

— Ah, sim. Só porque meu pai é um arquimago, eu tenho todo o conhecimento do mundo na ponta dos meus dedos. — Ele disse rangendo os dentes.

— Eu queria que fosse assim. Até minha bisavó se tornar uma maga, a nossa era uma família de plebeus. As duas coisas que ela passou para sua linhagem são: o despeito pelos nobres, sem ofensas. — Ele disse levantando a mão em um sinal de desculpas para Friya.

— Não me ofende. — Ela respondeu, enquanto tremia de medo. As palavras do Diretor finalmente ficaram claras para ela. Pessoas como Lith ficariam ressentidas com os nobres que abusassem de sua autoridade, e o mesmo aconteceria com as linhagens mágicas.

“É por isso que o Rei está tão determinado a mudar o sistema.” Ela pensou. “Com o tempo, nós, nobres, estamos nos isolando das massas. Se continuar assim, em breve o status de nobre será como ter uma recompensa por sua cabeça.”

— E sua natureza trabalhadora. — Yurial continuou. — Na minha família, quanto menos você faz, mais longe você fica da linha de sucessão. Alguns dos meus irmãos perdulários são praticamente deserdados, sem dinheiro ou autoridade própria.

— A razão pela qual sou o herdeiro é por causa do meu talento e esforços, e eu poderia perder o título a qualquer momento se eu começasse a relaxar. Quando pedi ao meu pai para me ensinar os segredos da academia, você sabe como ele respondeu?

Yurial fez uma cara séria, falando com uma voz baixa e áspera, imitando o comportamento do arquimago Deirus.

— Filho, seu avô era apenas um nobre, nem mesmo um mago. Minhas fundações e recursos para magia não eram nada comparados ao que eu lhe dei. Se você não consegue alcançar tanto quanto eu alcancei apesar de tudo isso, ensiná-lo é inútil.

— Para nossa família Deirus prosperar, você precisa ser capaz de andar com suas próprias pernas. Obter vantagens injustas o torna preguiçoso e dependente da ajuda dos outros. Não há atalhos na vida para alcançar o que realmente importa. Agora volte ao trabalho!

A mesa inteira riu, Yurial tinha ficado tão imerso em sua persona que gritou a última parte, atraindo os olhares de todos os vizinhos para si. Percebendo seu deslize, Yurial ficou vermelho, então Lith perguntou a Friya sobre seu tutor, para dar uma folga a ele.

— Eu perguntei a ela inúmeras vezes. — Ela suspirou.

— Mas ela sempre respondia que nosso dinheiro estava comprando seus serviços, não sua lealdade. E que ela não tinha intenção de correr o menor risco com a Associação dos Magos por uma quantia tão pequena. — Friya zombou.

— Com a quantia que pagamos a ela, provavelmente poderíamos ter construído uma fortaleza. E você, Quylla?

Quylla estava devorando sua segunda porção de lasanha, olhando para o bife de Lith como um tigre faminto. O bocado que ela tinha comido era grande demais para ela falar, então eles tiveram que esperar que ela conseguisse engolir.

— Eu não tive tutor. — Ela explicou enquanto tentava limpar o molho do rosto.

— O curandeiro da nossa aldeia tinha sido morto por alguns bandidos, então seus livros estavam disponíveis para todos. Eu era órfã, fraca demais para trabalhar nos campos, então comecei a estudá-los.

— Depois que entendi a magia, me tornei a próxima curandeira até que o duque que estava gerenciando a reconstrução da nossa vila ouviu falar de mim. Ele construiu uma casa para mim, e quando fiquei velha o suficiente, ele me recomendou para a academia. Você sabe o resto.

Ela voltou para dar à sua refeição todo o cuidado que pôde.

— Sua história é realmente impressionante. — Yurial disse. — Mas no momento estou tão espantado com a quantidade de comida que você está comendo que não consigo pensar em mais nada.

— Eu juro que ela não estava assim ontem. — Disse Friya.

— Deve ser o tônico de Vastor. — Lith disse. — Ela é mais baixa que eu por uma boa cabeça, mas está comendo mais que eu. Acho que ela precisa de muita comida para se recuperar. Se importa se eu tocar na sua cabeça?

Quylla corou violentamente, tentou dizer algo, mas sua boca estava cheia de novo, então ela apenas assentiu, abaixando a cabeça. Lith fingiu lançar um feitiço enquanto na verdade ativava a Revigoração.

— Seus músculos estão severamente subdesenvolvidos e sua densidade óssea é terrível. Você precisa beber mais leite, para seu esqueleto.

— É a primeira vez que ouço isso. — Yurial perguntou com um olhar curioso nos olhos.

— Você se importa em explicar?

“Sim, claro! Como posso explicar os conceitos de vitaminas, proteínas e cálcio quando sua língua não tem nem as palavras necessárias para descrevê-los?” Lith pensou.

— É um velho ditado da minha aldeia. Carne para os músculos, leite para os ossos. Como você acha que eu fiquei tão grande aos doze anos? — Foi o que ele realmente disse.

Apesar de ser três anos mais velho que ele, Yurial era apenas alguns centímetros mais alto que Lith, enquanto Friya era cinco centímetros mais baixa que ele. Para espanto de Lith, os três pediram um copo de leite para cada um e começaram a beber em vez de água.

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