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De olhos fechados, ouvia o vento em minhas orelhas e a chuva ao meu redor. Sentia o ar passar forte por mim, ou melhor, eu passava rápido por ele.

Em cima da feligrilo, a viagem era suave e gostosa, mas não podia aproveitar. Algo acontecia dentro de mim, ou não acontecia nada, eu estava vazia.

Lutava para me manter acordada, quando uma voz veio aos meus ouvidos.

— Tá legal. Agora que já relaxaram, podem contar que merda foi essa? — Era a voz de Ed. Não abri os olhos para vê-lo, mas parecia curioso.

— É o que eu quero saber. — Greeta ainda se mantinha comigo, claro, eu estava com a cabeça em seu colo, afinal. Sua mão acariciava gentilmente meus cabelos, uma sensação gostosa vinda da massagem de seus dedos.

Fora a dor em minha perna que havia quebrado no confronto, estava tudo tão calmo… Mal parecia que tínhamos acabado de sair daquela luta absurda. Meus batimentos e respiração estavam calmos, poderia até dormir, se não estivesse com uma montanha de pensamentos em minha mente.

Na verdade, não era bem assim. Eu tinha muitos pensamentos, mas ao mesmo tempo, não conseguia pensar em nada naquele momento. Estava cansada demais. Muito cansada…

— Foi uma emboscada. — A voz de Cleiton soou um pouco distante enquanto eu já quase dormia. — Nos pegaram lá dentro e nós fugimos.

— E Ângela? — perguntou Ed, seu tom era meio preocupado.

— Foi ela quem armou para nós — falei meio sonolenta. Senti a necessidade de falar quando a pontada de raiva acendeu dentro de mim. Não gostava do sentimento, mas não podia evitá-lo.

— Então foi ela? Aquela… — Greeta foi interrompida antes que pudesse libertar toda sua raiva óbvia em um xingamento fútil.

— Ela armou para vocês? — Ed foi quem tomou a palavra, com um tom um tanto surpreso. O que era natural, ele era amigo daquela… cobra. — Tipo, armou para vocês dentro da casa dela?

— Isso. — Cleiton parecia cansado e desanimado.

— Quer dizer que vocês tiveram que fugir da família Lizerd? — Seu tom estava se transformando de surpreso para curioso, talvez.

— E eu… ajudei vocês… a escapar… — Sua suposição parecia mais uma afirmação do que uma pergunta. Com a voz horrorizada, continuou: — Pai Sagrado! Eu sou um criminoso! Vamos…

— Nem pense em voltar. Lembre-se do que sua chefe disse, você deve nos dar todo apoio.

— Mas que droga! Maldita Claudia. Ela sabia disso? — Seu humor parecia irritado. Ele mudava muito rápido.

— Talvez…

— Espera! Então todo mundo sabia, menos eu? — Greeta esboçou insatisfação em sua voz e parou o cafuné em minha cabeça.

— Ei! Eu também não sabia — disse Ed.

— Você é insignificante. Mas porquê eu não sabia? Amy, nem você me contou. — Cutucou minha bochecha.

— Na verdade, não sabíamos da emboscada. Se soubéssemos, não teríamos ido, não acha? — Cleiton falou antes de mim.

— Hum… — Greeta se calou por uns momentos. — Sei lá, você não é tão esperto.

Ouvi apenas um longo e pesado suspiro em resposta.

O silêncio reinou, mas não por muito tempo.

— Espere, então aquele esquisito que alcançou Lesly era o Kamaitachi? — perguntou Ed.

— Bingo! — disse Cleiton com um pouco de ânimo, mas não entendi o que a expressão significava.

— Que loucura… Como você conseguiu… Você lutou com ele?

— Lutei, e acho que era uma mulher, mas não fazia meu tipo. Muito magra.

— Cara… você lutou contra o Kamaitachi de Hinfrim e saiu vivo, e tá pensando se ela fazia seu tipo? — Ed parecia decepcionado.

— Bom… É. Mas vou te dizer, ela não é pouca coisa. Os boatos dela ser um nephilim devem ser verdade, a quantidade de mana e talento com o vento que ela demonstrou foram incríveis, sem contar que ela não parecia ter uma pedra mágica.

A conversa me interessou aí. Queria mesmo perguntar algumas coisas sobre magia, afinal, o que aconteceu lá, foi algo que eu nunca nem sequer poderia imaginar. Minha mente quase não assimilou uma demonstração mágica como aquela. Mas antes que eu pudesse perguntar algo, Greeta passou na frente.

— E mesmo assim, eu acabei com ela com um golpe. — Ela estava obviamente se gabando, podia saber disso mesmo de olhos fechados.

— Você? Fui eu que lutei com ela, tu só fez dar o golpe final quando ela estava distraída. — Insatisfação exalava da voz do anão.

— Sim, e quem dá o golpe final, fica com a glória. — Podia quase sentir seu sorrisinho irônico e confiante costumeiro.

— Ora, sua…

— Ela tá certa, quem bate por último, fica com os créditos. — Ed se intrometeu.

— É verdade, você não parecia que ia conseguir vencê-la sozinho. Foi Greeta quem salvou a gente. — Entrei na conversa. Já me sentia mais desperta, então abri os olhos.

— Até tu, Amyrrh? — O anão parecia incrédulo. Com um bufo, ele se deixou cair de costas nos pelos molhados da gata, onde estava sentado.

— Não se sinta mal, você até que aguentou bem até eu te salvar. — Riu. — Mas e então, como você tem tanta mana?

— Não tenho tanta. Já estava esgotado quando a Kamaitachi chegou. Com mais um minuto ou dois de luta… Bem, teríamos problemas.

— Então, que bom que eu salvei nossa pele. Haha… Urhg!

— Greeta! Você tá bem? — Olhei para o ombro enfaixado de minha amiga, a mancha de sangue dominava as bandagens no lugar do corte.

— Tudo bem sim. Só precisamos passar um pouco de myrrh quando chegarmos. E você, está bem?

— Estou… — Estava? Minha perna ainda doía. — Só muito cansada, ainda.

— É natural — dizia Cleiton enquanto voltava a se sentar. — Você deve ter liberado toda sua mana naquela conjuração. Ficou esgotada, mas vai se recuperar. Agora, temos muito à conversar sobre seus…

— Chegamos! — Anunciou Ed quando Lesly parou de correr.

Eu estava tão entretida na conversa que nem notei que já estávamos de volta em Hinfrimmue, e bem em frente ao prédio da guilda.

— Conversamos depois. Aqui nós teremos de ser rápidos — Cleiton se levantou. Nós não ficamos para trás.

Greeta me pegou com cuidado, embora tenha feito minha perna doer de qualquer jeito, conseguindo gemidos de minha boca, e me colocou sentada em seus ombros, antes de se levantar e seguir o anão para a escada pendurada na gata.

— “Obrigado por salvar nossas bundas, Ed.” Que isso, não foi nada. — O humano falava sozinho enquanto descia a escada acima de nós.

Saída da porta da guilda, Claudia tinha os braços abertos, um sorriso no rosto e um olhar curioso direcionado à mim. Ed também me lançou o mesmo olhar antes, mas ignorei, era o mesmo olhar que já recebera tantas vezes, a reação comum em ver minhas asas.

— Suspeito que tenha dado tudo errado, né?

— Precisa como uma cirurgiã — respondeu Cleiton. — Não temos tempo para conversa, soldados de Hinfrim e a Kamaitachi podem chegar em pouco mais de uma hora se já tiverem saído de lá. Precisamos sair o quanto antes para que você encubra nossos rastros.

— Eles nunca chegariam tão rápido, mas é claro, você tem razão. — Seu semblante ficou sério. — Ed, mandei preparar o melhor lagarto de caminhada para eles e abastecer com mantimentos. Verifique o andamento e traga-o para cá.

— Depois você vai ter que me contar toda essa história direitinho. Não pense que não vou querer uma recompensa por isso. — Saiu.

— Justo. Agora, vamos discutir os detalhes lá dentro. — Gesticulou para seguirmos.

Fomos até a porta da guilda e entramos no prédio, com a humana ficando atrás de nós. Cleiton entrou primeiro, depois Greeta, comigo em seus ombros. Ao passar pela entrada, senti algo, como uma resistência quase inexistente, mas estava lá, ou podia ter sido só impressão. Embora, o som da chuva tenha se tornado muito abafado de repente.

Uma vez dentro, o menino Draven nos recebeu.

— Irmã! — Imaginei que ele fosse correr e pular para tentar me alcançar, mas invés disso, ele parou na frente de Greeta e apontou as mãos para mim, estirando bem os braços. — Olha o que a tia Claudia me ensinou! — Com sua voz infantil soando bem concentrada, de olhos fechados, continuou. — “Pelas trevas, eu caminharei. Na escuridão, eu encontrarei. Nossas sombras se erguerão e toda luz dominarão. Cegue meu alvo e o faça se perder em meio ao preto! Engula tudo escuridão!”

Um tipo de fumaça negra irrompeu de suas mãos e viajou em uma velocidade um pouco lenta em minha direção. Eu poderia até ter desviado, mas no momento, estava cansada e fui pega de surpresa, não sabia o que era aquilo.

A nuvem negra me alcançou e, na mesma hora, tudo sumiu. Não havia cheiro, luz, cor, som… nem mesmo o pouco barulho da chuva lá fora. Tudo sumiu, mas apenas por um segundo, um longo e desesperador segundo.

Quando a fumaça sumiu, muito mais rápido do que chegou, todos os meus sentidos perdidos voltaram de uma vez. Eu estava vendo, cheirando e ouvindo.

— …egal, né? — Draven parecia animado.

— Draven… nunca mais faz isso comigo, por favor. — Minha voz estava tensa, mas não sabia se o garoto tinha entendido o recado.

— Desculpa… Hehe… Sei que é assustador. Não farei de novo. — Ele tinha uma mão atrás da cabeça e um sorriso no rosto.

— Você é um maguinho agora? — perguntou Greeta, parecia um pouco surpresa, talvez até impressionada.

O menino apenas abriu mais o sorriso em resposta. Sua cauda se movia animada.

— Magia básica das trevas, um feitiço simples, mas eficaz e com mais de uma utilidade. — Cleiton se virou para a entrada. — Como conseguiu ensiná-lo?

— Feitiço? — perguntei.

— É magia, mas de outro jeito — explicou Greeta, embora não explicasse nada realmente.

— Não me dê crédito. — Claudia fechava a porta atrás de nós e caminhou até nossa frente. — Ensinar magia à um nephilim é como ensinar alguém à correr: dei uns passos rápidos com ele, e quando vi, meu pequeno gênio já estava mais rápido que eu. — Bagunçou os cabelos de Draven, que parecia bem feliz com os elogios. — Mas se estiver se perguntando como uma clériga passou conhecimento das trevas, eu apenas lhe ensinei como imbuir mana em sua voz e depois lhe expliquei o feitiço e como funcionava. Ele aprendeu com prática e sem nenhuma demonstração…

— Gostaria de discutir mais sobre isso, mas o momento exige um pouco de urgência. — Interrompeu.

— Claro. Vamos nos sentar? — Gesticulou para o resto do salão, que estava completamente vazio, mesmo nos balcões. Vazio e silencioso como nunca esteve desde que cheguei à Hinfrimmue, embora eu só tivera passado por ele três vezes.

Seguimos ela até uma mesa grande, onde todos pudemos nos sentar. Greeta me colocou em uma das cadeiras, eu agradeci após segurar alguns gemidos. Draven sentou ao meu lado e segurou minha mão. Ele perguntou se eu estava bem e expliquei que minha perna estava quebrada, mas que já estive pior.

Foi Cleiton quem iniciou a conversa após nos acomodarmos.

— Colocou uma barreira de som em volta do prédio e o esvaziou para receber os criminosos mais procurados de Hinfrim? Isso não vai lhe causar problemas?

— A situação exigia isso, mas não se preocupe, eu lido com a família Lizerd. E, do jeito que as coisas estão indo, logo serão os criminosos mais procurados de Saretten, então eu espero uma compensação por isso no futuro.

— Justo. — Colocou ambas as mãos juntas na mesa. — Agora, qual o plano que você arrumou para nós?

A humana demorou um pouco para responder, mas logo puxou um pergaminho para cima da mesa e o desenrolou. Havia vários desenhos pelo papel amarelado, eu não entendia nada daquilo.

— Sei que a melhor rota possível para alcançar seu objetivo são as cidades ao sul — disse ao girar o papel na mesa para que nós olhássemos pelo ângulo que ela olhava. Com um dedo em um desenho específico, ela continuou ao passar o dedo devagar por uma linha. — Com um lagarto de caminhada, chegariam à cidade mais próxima em poucos dias, mesmo que Hinfrim seja muito distante de tudo. Com as provisões que estou fornecendo à vocês, só precisariam parar para comprar comida e seguir viagem. Com certeza seriam mais rápidos que seus caçadores e tomariam distância, não haveria tanto problema, pelo menos, por algumas semanas.

— Mas as notícias correm, logo não serão só os soldados de Hinfrim nos perseguindo — foi Greeta quem falou. Ela parecia estar entendendo a conversa.

— Sim. Como mestre de uma poderosa guilda, eu serei obrigada, mais cedo ou mais tarde, à avisar as outras guildas sobre vocês. Claro que o senhor Lizerd gostaria de capturar nossa anjinha ele mesmo, então é provável que ele omita detalhes, mas com certeza vai espalhar para as cidades ao sul e sudoeste sobre criminosos fugitivos, e então todos ficarão na atentos. Não importa para onde vocês forem, não estarão seguros ao sul.

— Então, o que sugere? Pegar um navio ao oeste? Seria mais seguro, mas não temos dinheiro para isso, e tenho certeza que você não pode nos dar — questionou Cleiton.

Claudia suspirou antes de responder: — Não. Eu gostaria de dar toda a verba da guilda para ajudá-los, mas é impossível. Eu seria executada por traição.

— E porque você não vem com a gente? — perguntei.

— É, tia. Vem com a gente — concordou o menino Draven.

— Adoraria, queridos. — Sorriu ao puxar sua mão que estava no papel para gesticular. — Sério, seria ótimo ajudar o Anjo da Ruptura em uma jornada épica em busca de parar a Tempestade Eterna. — Sua expressão suavizou. — Mas não posso abandonar minha vida aqui. Tenho família em Hinfrim, e levei anos para chegar à posição que estou, não posso deixar tudo de lado assim. Já estou arriscando muito só por ter essa conversa. Espero que entendam.

— Então, sem navio. — Greeta apoiou o queixo no braço levantado sobre a mesa. — Seguimos pelo sul?

— Tenho outra ideia, mas vai atrasá-los um pouco. — Colocou o dedo de volta no papel, em outro desenho específico. — A cidade Gáinel, ao norte. Claro que se distancia de seu objetivo, mas confia em mim, é a melhor opção.

— Hum… — Cleiton alisou um pouco a barba. — É uma cidade fraca e um pouco distante, ainda mais distante de nosso objetivo. Não vejo motivos para irmos lá.

— Exato! — Bateu o dedo no papel. — O senhor Lizerd sabe seu objetivo, imagino. Ele sabe as possíveis rotas que você tomaria, e vai avisar essas cidades, além de procurar por elas. Vocês não poderiam ficar parados. Mas indo para uma cidade fora de sua previsão…

— Ficaríamos seguros por mais tempo, já que as notícias dos criminosos de Hinfrim demorarão de chegar lá. Mas ainda teríamos que seguir pelas rotas do sul em algum momento, não faz diferença. Ainda acho melhor seguirmos o mais rápido possível.

— Você é sempre tão tonto. — Passou à gesticular com a mão sobre a mesa. Tinha um ar de insatisfação. — Quer ir de cabeça no perigo tendo que carregar três bebês, acha mesmo que dá conta? Veja, a mais forte de suas crianças tem um corte horrível no ombro e uma ferida na cabeça; sua protegida está com uma perna quebrada; e você parece esgotado. Tudo isso após o primeiro conflito que tiveram.

Não era bem assim. Foi uma emboscada, não tínhamos como esperar…

O anão olhou para todos nós, e eu espelhei seu movimento.

Claudia estava certa, na verdade. Greeta até que era forte e podia ajudá-lo, mas ainda assim, se o que aconteceu no salão do Lorde Lizerd se repetisse, ela se tornaria um fardo tão grande quanto eu, isso sem contar com Draven, e eu tinha quase certeza de que Cleiton abandonaria os dois para me salvar se fosse preciso.

— O que está sugerindo? Acha que eu conseguiria companheiros em Gáinel?

— Ha! Por favor, é claro que não — falou com ironia. — Quero que você treine seus companheiros atuais, e direito, com tempo suficiente para isso. Você tem três diamantes brutos em suas mãos: Uma lagarto das neves; um nephilim das trevas; e uma anja que quebrou uma regra e sobreviveu. Eles serão companheiros inestimáveis se você lapidá-los bem.

“Somos tão bons assim?”

Cleiton deu uma segunda olhada em nós antes de responder: — Está bem… Está certa. Mas por que Gáinel? Tem outras cidades ainda mais afastadas, ficaríamos mais seguros, de acordo com seu plano.

— Podem seguir para uma outra cidade, se quiserem. Escolhi Gáinel pois está à apenas umas duas semanas de viagem, mesmo com a estrada ruim, e também, recebi uma notícia de lá há alguns dias, um pedido. — De repente, sua expressão se tornou a expressão que me enviava arrepios, como a de uma cobra arteira.

— Um pedido de ajuda? Interessante. Elabore. — Se inclinou para frente na mesa.

— Ao que parece, um grupo de rank D explorava uma ravina, quando foram expulsos por uma criatura alada e escamosa. Disseram que era tão grande quanto um lagarto de caminhada. — Batia o dedo indicador na mesa ritmicamente.

— Um wyvern? Por esses lados? — Ergueu uma sobrancelha.

— Talvez…

— Como “talvez”?

— Um wyvern não deixaria um aventureiro queimado em estado crítico. — Seu olhar era afiado enquanto.

O anão demorou um pouco de responder: — Tem certeza disso?

— Não havia nenhum mago no grupo para ser fogo amigo, então…

O rosto do anão se iluminou em um sorriso ambicioso.

— Tão grande quanto um lagarto de caminhada. Com certeza é jovem, adolescente. Quantas pessoas já sabem?

— De fora, acredito que só eu. Mas a notícia deve ter se espalhado entre os aventureiros da cidade, embora, não tenha com o que se preocupar. É uma cidade fraca, seu líder de guilda é rank C, o único, inclusive. Por isso minha ajuda foi solicitada.

— Hahaha! — Cleiton de repente explodiu em uma gargalhada para cima e bateu o punho na mesa. — É isso! Temos nosso próximo objetivo!

— E qual é? — perguntei, ânimo crescendo dentro de mim ao vê-lo daquele jeito.

Seus olhos correram entre todos da mesa até parar em mim, com um calor que eu nunca tinha visto em seu olhar e expressão.

Com seu sorriso mais ambicioso, ele disse: — Vamos capturar um dragão.

Olá, eu sou o TolrielMyr!

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