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No Castelo do Infinito.

Lucian estava sentado com Daki em seu colo, e Nakime tocando biwa para entretê-lo.

De tempos em tempos Daki colocava uma uva na em sua boca.

‘Esse tipo de vida é tão bom’ Alegremente pensou Lucian, enquanto saboreava as doces uvas, a maciez da linda mulher em seus braços e o melodioso tocar do biwa.

Olhando para ligeiramente corada Daki, que se aconchegou em seus braços, tão dócil quanto uma gatinha, Lucian sentiu vontade de beijá-la.

“Você é tão fofa~” disse ele, beijando levemente seus lábios rosados.

“Quem é ela?” Repentinamente Mitsuri se aproximou perguntando, seu um pouco azedo.

Ela não pôde deixar de sentir um pouco de ciúme ao vê-los tão íntimos.

‘Não, claro que não estou com ciúmes, eu nem gosto dele… mesmo tendo aceitado seu pedido de casamento.’

“Esta é Daki, minha mulher e sua coesposa” sorriu Lucian, apresentando Daki de forma simplista.

“Co-esposa? São quantas?” Ouvindo essa resposta, Mitsuri logo chegou a outra pergunta importante, atraindo a atenção de Daki também.

“Você, Daki e Kie, são três por enquanto, aliás devo reuni-las para se conhecerem” disse Lucian com um sorriso.

“Kie, venha para o castelo do infinito” Ele chamou telepaticamente, ao mesmo tempo em que abria uma porta para ela entrar.

Logo, se reuniram três lindas mulheres à mesa.

Kie com seus cabelos pretos, e feições gentis, que emitem um  brilho maternal, e lindos olhos roxos escuros.

Daki com os seus cabelos pratas que lentamente se tornam verde-limão, olhos verdes limão, pele pálida, seus traços afiados contendo orgulho.

E por fim, Mitsuri, com seus longos cabelos rosa que se tornam verdes, seus olhos verdes claros que brilham com paixão e jovialidade e um grande par de… atributos.

Todas com características distintas, mas todas lindas, e olhando para elas, Lucian sentiu um certo sentimento de realização brotando em seu coração.

“Esta é Kie Kamado. Kie estas são Daki e Mitsuri Kanroji, espero que todas possam se dar bem futuramente.” Lucian as apresentou.

“É um prazer conhecê-las.” Kie, a mais mentalmente madura, tomou a iniciativa de cumprimentar.

“Igualmente” disse Daki em seguida, ela assim como Kie sabiam seria uma relação de poligamia a um tempo considerável, e ela estava completamente bem com isso.

“… Sim, é um prazer conhecê-las” falou Mitsuri, mesmo que tivesse sido surpreendida, sua personalidade a impedia de dizer qualquer coisa desagradável.

“Kie, Daki, retirem-se primeiro. Conversarei com Mitsuri.” Lucian pediu, afinal ele teria que resolver os conflitos que Mitsuri poderia ter.

Ouvindo isso, elas saíram do quarto juntas enquanto conversavam.

Se ele quisesse usar a força, ninguém poderia impedi-lo, porém é justamente por isso que ele não usaria a força em nenhum momento.

Algo forçado não teria sentido, não traria prazer, e mesmo que seja dito que é pelo sentimento de conquista, forçar isso também não o traria.

“Como você tem estado?” ele perguntou para a hesitante Mitsuri.

“Tenho estado bem”, respondeu ela um tanto antinatural, um sorriso forçado em sua face.

“Você tem se sentido mal por trair a Demon Slayer Corps, não é?” disse Lucian, soltando um suspiro.

Ele conseguia entendê-la. Mudar de lado traz muitas questões morais e éticas.

“…Sim.” Após hesitar, Mitsuri confirmou o palpite de Lucian.

Virar sua espada contra aqueles por quem lutou, para aqueles que foram seus aliados, para aqueles que ela protegia e começar a lutar pelo inimigo, aqueles que ela e seus companheiros haviam jurado matar.

  Isso a fazia sentir culpa, uma culpa que pesava em seu coração e corroía sua mente.

“Não se culpe muito, as pessoas mudam de ideia o tempo todo e você não precisa lutar contra os seus antigos aliados, eu não a forçaria a isso.”

“Olhando de uma forma diferente, eu forcei a traí-los, então não se sinta culpada, e apenas pense em como você quer que a cerimônia de casamento seja.” Enquanto se aproximava, Lucian tentou dissolver essa culpa que ela carregava.

“Mas…” Mitsuri queria dizer algo, o emaranhamento ainda visível em seu rosto, porém Lucian a interrompeu.

“Isso não é um pedido, é uma ordem, e como alguém que foi capturada você não tem outra opção além de obedecer” disse ele, seu tom autoritário, não dando opções para ela.

“Certo!” Entendendo as intenções de Lucian, Mitsuri deixou de lado essas preocupações, e assentiu, voltando ao seu tom alegre.

Então olhando para quão próximo Lucian estava, ela levantou a cabeça e fechou os olhos.

‘ela quer um beijo?’

E claro, Lucian não recusou, abaixou a cabeça e beijou-a, desfrutando de seus deliciosos lábios.

Envolvendo-a em seus braços, ele a acariciava levemente as costas dela.

“Realmente não entendo esses tolos.” Após finalmente quebrarem o beijo, Lucian começou a falar.

“Do que está falando?” Mitsuri inclinou a cabeça, confusa.

“Daqueles que a rejeitaram, teus cabelos são tão brilhantes e macios, teu rosto tão tenro e lindo e seu corpo voluptuoso é tão atraente.” Lucian a elogiou com fervor, seu olhar ardente percorrendo-a.

“Você realmente acha isso?” perguntou Mitsuri, seu rosto corado e seu olhar timidamente se desviava.

“Claro, aliás, você deveria arrumar umas roupas novas, sabe roupas maiores, essa está mostrando demais.” Lucian então apontou para a abertura que mostrava parte dos seios de Mitsuri.

“Não me entenda mal, eu não queria ficar mostrando.” Ela nervosamente se explicou, para que ele não a considerasse uma exibicionista.

“Eu sei disso, na verdade, até que eu gosto desse visual, mas não quero que ninguém mais veja” disse Lucian, tocando levemente no rosto dela.

“Eu entendo” Mitsuri respondeu, antes de enterrar o rosto no peito dele, um sentimento de alegria surgindo em seu coração ao sentir a preocupação e possessividade que ele tinha em relação a ela.

Depois de muito ser rejeitada, ela queria se sentir desejada, e ele a estava desejando intensamente.

“E tem outra coisa, não sei se você conhece a marca de caçador de demônios, mas se treinar com o Kokushibo, você poderá despertá-la.”

“O que é a marca do caçador?” Mitsuri perguntou confusa.

“É uma marca que quando despertada concede grande aumento nas capacidades físicas, apesar de encurtar a vida daqueles que a desperta, tornando-o incapaz de viver além dos 25.”

“Na verdade acho mais adequado chamar de marca demoníaca, afinal no momento apenas os demônios a possuem, e apenas eles são capazes de continuarem vivos.” Explicou Lucian.

“Entendi! Parece legal, treinarei com ele para despertar a marca demoníaca!” Mitsuri disse animadamente, pensando na ideia de aumentar sua força.

Quanto a se é marca do caçador de demônio ou marca demoníaca…

Se o marido dela disse que é a marca demoníaca, então é.

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