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Capítulo 22: Futuro

“Um [Devil no.1] para cada” disse Lucian, anunciando para a grande fila de demônios que estava em sua frente.

Cada um deles tinha expressões monótonas e olhos vazios, e moviam-se mecanicamente, parecendo fantoches sem alma.

E realmente são, Lucian havia os privado de suas consciências.

Quanto a de onde vieram esses demônios, talvez não se lembrem, mas nos primeiros capítulos, Lucian deu uma ordem: “tragam ao castelo do infinito quaisquer demônios que encontrarem.”

E agora ele estava armando esses demônios inferiores, preparando-os para combate que viria em poucos dias.

Com tais armas em posse, esses que eram tão fracos que não derrotariam nem mesmo um pessoa comum um pouco mais preparada, agora poderiam derrubar diversos demon slayers.

“São quantos?” perguntou Shinobu, que observava tudo com um sorriso no rosto.

“São duzentos” respondeu Lucian, também sorrindo.

Devo dizer que os dois possuem uma notável semelhança, o sorriso praticamente constante em seus rostos.

Então Shinobu pareceu pensar em algo, um traço de hesitação aparecendo em seu rosto.

“Algo lhe preocupa?”, perguntou Lucian.

“Imagino que você saiba sobre a Kanao, certo?” perguntou Shinobu, fazendo prenúncio para o que diria a seguir.

“Certo.” Assentiu Lucian.

“Eu quero que ela vá conosco, mas ela está na base da Demon Slayer Corps, além do fato de sua personalidade ser um pouco estranha” disse Shinobu, expressando sua preocupação.

“Acho que mesmo que eu a convidasse, ela apenas jogaria uma moeda para decidir.”

“Você terá a chance de falar com ela em breve, e se ela recusar, é só a nocautear” disse Lucian, a confortando.

Se for usar meios gentis é só jogar a moeda novamente. Sendo um pouco mais agressivo, ele pode simplesmente deixá-la inconsciente.

“Mesmo que eu saiba a intenção de suas palavras, elas não são exatamente reconfortantes…” suspirou Shinobu, aparentando estar sem graça.

“Talvez” riu Lucian, voltando sua atenção para os duzentos soldados armados que estavam em sua frente.

‘Acho que teria ficado mais impactante se fossem rifles em vez de pistolas. Como minha primeira vez entrando em um conflito armado entre organização, realmente estou animado.’

A ansiedade aparecia levemente no rosto de Lucian, afinal esta seria a primeira vez que ele destruiria uma organização, principalmente uma do tamanho da Demon Slayer Corps.

“Então você já está pronto para atacar?” perguntou Shinobu, sua relutância podia ser vista.

“Atacarei em alguns dias, mas não se preocupe muito, você não precisará se envolver neste combate” disse Lucian, sua relutância era compreensível, afinal ela havia feito parte da Demon Slayer Corps por um longo período de tempo.

Foi a Demon Slayer Corps que havia acolhido ela e a irmã dela.

Então ele entendia essa relutância. E preferia carregar a culpa por ela.

  Assim como ele havia se colocado em uma posição de vilão com Mitsuri, dizendo que não foi ela que escolheu, e sim ele que a “forçou”.

De forma semelhante, ele pretendia carregar a culpa que Shinobu sentia por trair a Demon Slayer Corps, ele apenas ainda não sabia como fazer isso.

‘Consigo fazer isso facilmente, o que pesa o coração delas, não pesa o meu.’

Escutando as palavras de Lucian, Shinobu apenas suspirou antes de encostar sua cabeça no ombro dele.

Lucian olhou levemente para ela, e então continuou comandando seus soldados.

Mesmo que não houvesse nenhum problema na cadeia de comando e todos eles pudessem ser passados rapidamente devido a ligação telepática, Lucian ainda queria definir umas formações primeiro.

… Não que eles fossem manter alguma formação durante o ataque.

“Depois eu vou dar asas para eles” declarou Lucian após ponderar por um tempo.

“Você pode fazer isso?” Shinobu levantou levemente a cabeça ao ouvir as palavras dele, a curiosidade aparecendo em seus olhos.

“Você ouviu o que eu disse?” Lucian congelou ligeiramente e perguntou.

“Claro, estou tão perto que seria impossível não ouvir suas palavras” disse ela, corando um pouco ao tomar noção do quão perto está dele.

“Coff… sim eu posso dar asas, você quer poder voar?” Lucian rapidamente disfarçou seu constrangimento, não deixando nada transparecer.

‘Tenho que acabar com meu hábito de falar sozinho.’

Sim, ele frequentemente falava sozinho, hábito que desenvolveu por motivos que até ele desconhece.

“Claro que eu quero, acho que quase todo mundo quer” exclamou Shinobu, empolgada com a ideia de se mover livremente no céu, cortando as nuvens.

“Então sairemos para voar” assentiu Lucian, estalando os dedos e levando-a para fora do castelo infinito.

Ele então a pegou em seus braços, abriu suas asas e decolou.

“Apenas relaxe e aproveite a viagem” ele disse para Shinobu.

E ela seguiu suas palavras, olhando para baixo viu a cidade iluminada pelas luzes amarelas e mesmo que o sol já tivesse se posto ela ainda estava movimentada.

O constante fluxo de pessoas indo e vindo, o grande número de vendedores nas laterais da rua.

Esta era uma cena que fazia Shinobu suspirar pela beleza do mundo.

‘Aqueles que não sabem da existência dos demônios realmente conseguem ficar relaxados…’ pensou ela, até que ouviu a voz de Lucian.

“Futuramente isso se tornará cada vez mais comum, graças ao avanço da tecnologia, haverá luzes elétricas nas ruas e nas casas, o que aumentará em muito a vida noturna” comentou Lucian ao ver a fascinação demonstrada por Shinobu.

“Certamente quero ver isso”, ela respondeu.

“Fico curiosa sobre como seria o mundo daqui a 100 anos.”

“Não vai acontecer muita coisa em 100 anos. Deixe eu ver aqui… duas guerras mundiais, o homem vai para a lua, a tecnologia de computadores passa por um avanço gigantesco e smartphones são criados.

A medicina também tem grandes avanços, doenças antes incuráveis passam a ter uma cura fácil, e a expectativa de vida se estende bastante.

Acho que o mais notável seria a globalização, com um monte de gente viajando por aí o tempo todo” Lucian apresentou.

“Duas guerras mundiais e você diz que não acontece muita coisa?!? E como as viagens ao redor do globo se tornam tão frequentes?” Shinobu ficou claramente exasperada com essas informações.

“Ah, esqueci que nesta época a informação viaja lentamente, mas o Santos Dumont e os irmãos Wright já inventaram o avião.

Em 1906, Santos Dumont já realizou um voo publico, com um avião capaz de decolar sem trilhos, catapulta ou vento específico” respondeu Lucian.

“Realmente fico ansiosa para ver o futuro” disse Shinobu, a sua curiosidade apenas aumentou após essa conversa.

“Em breve você poderá ver” sorriu Lucian.

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