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“Hahaha… Isso é incrível” Lucian ria animadamente enquanto voava pelos céus, o vento agitando seus cabelos.

A inebriante sensação de liberdade…

Sentir os fluxos de ar…

Observar tudo de cima…

Tais sensações são simplesmente intoxicantes.

As asas de Lucian então se dobraram, seu corpo se inclinando enquanto ele mergulhava.

Então ao se aproximar do chão ele deu uma cambalhota no ar.

E então pousou firmemente no chão. Uma pequena e abafada onda de choque se espalhou enquanto o chão afundava levemente.

“Preciso melhorar minha aterrissagem.” Concluiu Lucian, olhando para a pequena cratera e um grande número de raízes arrancadas.

Afinal, ele não pode causar toda essa destruição toda vez que pousar.

Esticando uma de suas asas, ele a golpeou violentamente em uma árvore próxima.

O tronco desta árvore então se inclinou e caiu, e na posição próxima ao centro, podia-se ver uma incisão perfeita, a incisão de ser cortado por uma lâmina muito afiada.

‘Sem resistência…’ sorriu Lucian, satisfeito com a capacidade ofensiva.

Quanto mais fácil cortar, mais feliz ele fica.

E neste momento ele sentiu sua consciência sendo atraída para outro lugar, este era seu familiar se comunicando com ele e compartilhando seus sentidos.

Ele então ouviu uma voz dizendo: “Senhor Lucian, o jantar está pronto.”

  Sim, era Kie avisando sobre o jantar.

Logo seu corpo começou a encolher em uma bola vermelha, antes da mesma desaparecer.

Esta era a primeira vez em que ele usava a capacidade de teletransporte.

——————-

Em um quarto mal iluminado, uma cabaça vermelha escuro começou a soltar um líquido carmesim.

O líquido se levantou no ar, antes de se contorcer e expandir, liberando a figura de Lucian.

‘Essa foi uma experiência interessante…’

“Já vou senhora Kamado” disse Lucian, guardando a cabaça antes de sair do quarto.

“… Siga-me” falou Kie, após ficar atordoada por alguns segundos, olhando para as belas feições do homem à sua frente, seus cabelos levemente ondulados que caíam e emolduravam seu rosto, sua pele tão branca que beirava o pálido, os olhos vermelhos carmesim que pareciam brilhar de vez em quando, bem como o kimono preto bem ajustado ao corpo dele.

Afinal, não é sempre que alguém tão bonito aparece nas montanhas.

Ou melhor, raramente aparecem quaisquer pessoas nas montanhas.

‘Será que eu deveria?’ Pensou Lucian, sabendo do olhar que Kie havia lhe dado, já começava a cogitar se deveria seduzir essa bela viúva.

‘Não tenho luxúria, apenas quero ajudar uma mãe solteira.’ Justificou-se mentalmente, apesar de não ser possível dizer o quão verdadeiro esta afirmação é.

E Kie, vendo que Lucian havia percebido seu olhar, apenas corou levemente antes de continuar guiando-o para o jantar.

Em poucos momentos eles chegaram a uma sala com uma grande mesa, sentados à mesa estavam todos os filhos da família Kamado.

Tanjiro Kamado, Nezuko Kamado, Takeo Kamado, Hanako Kamado, Shigeru Kamado e o mais novo Rokuta Kamado.

Um total de 6 crianças. Tanjuro e Kie devem ter trabalhado muito.

Se fosse para descrevê-los em poucas palavras, esses seriam “bons garotos”.

“Esses são meus filhos.” Kie os apresentou brevemente, antes de trazer uma tigela e hashis para Lucian e sentar-se.

“Me parecem crianças adoráveis” sorriu Lucian, enquanto sentava-se.

“E são!” Kie disse orgulhosamente antes de se sentar à mesa.

“Obrigado pela comida!” Todos que estavam à mesa disseram antes de começar a devorar suas refeições.

‘Intragável!’ Lucian suspirou internamente, a transformação em demônio mudou o paladar dele, e mesmo que a comida não tivesse gosto de fezes ou de podridão, como uns certos ghouls, ainda assim mastigar era como mascar cera.

‘Se eu tivesse o lírio aranha azul.’

Mesmo que ele achasse a comida sem gosto, e a textura terrível, ele não permitiu que isso transparecesse em seu rosto.

“O senhor poderia dizer mais sobre essa flor?” Tanjiro, o mais velho entre os 6 irmãos, perguntou a Lucian, quebrando o silêncio que pairava sobre a mesa.

E mesmo que os outros não tenham dito nada, eles ainda levantaram as orelhas e se atentaram à conversa.

“Bem… Elas são extremamente raras, este provavelmente é o único lugar que as têm em todo o mundo. Elas florescem apenas uns poucos dias por ano, e apenas sob a luz do sol.”

“Dizem que ela possui propriedades místicas, capazes de curar doenças, aumentar a vida ou coisa semelhante, inclusive pelo que ouvi dizer, ela está sendo procurada por médicos, demônios e caçadores de demônios.“

Falou Lucian, com seu leve sorriso se intensificando ao dizer aqueles que a procuravam.

“Demônios e caçadores de demônios? Eles realmente existem?” Tanjiro perguntou curiosamente, enquanto inclinava a cabeça levemente.

“Sim, eles existem. Estão escondidos nas montanhas, em templos e cabanas isoladas, e alguns de nível mais avançado se disfarçam perfeitamente como humanos. Enquanto os caçadores de demônios, andam por onde houver demônios, é até que bem reconhecível, portam uma espada e usam uniforme.”

Sorriu Lucian, enquanto simplesmente dizia a verdade, sem nenhum medo de quaisquer consequências que isso poderia causar.

“I-isso é as-assutador…” Gaguejou Shigeru, de apenas sete anos, o medo em sua face.

Todos tiveram reações semelhantes, afinal todos temiam os temíveis demônios devoradores de humanos.

Curiosamente o que menos esboçou medo foi Rokuta, o mais novo entre todos ali presentes, talvez por simplesmente não entender o significado de “demônio”.

“Mas por que o senhor busca essa flor?” perguntou Nezuko, depois de hesitar por um momento enquanto digeria o que havia escutado.

“Curar uma terrível doença que me aflige a tempos” respondeu Lucian, pois a vulnerabilidade ao sol com toda certeza é uma condição grave.

“Entendo, espero que o senhor consiga achá-la.” Nezuko assentiu ao ouvir as palavras de Lucian, com sua personalidade gentil, pena e preocupação não puderam deixar de aparecer no fundo de seus olhos.

“Eu também espero” Lucian sorriu enquanto olhava para o rosto da garota.

“Tanjiro me ajude a tirar a mesa.” Um tempo após o fim da conversa, Kie pediu, preparando-se para lavar a louça.

“Sim, mãe!” Rapidamente respondeu Tanjiro enquanto levantava-se.

“Devo ajudar em algo?” perguntou Lucian enquanto os olhava se ocuparem.

“Não, você está aqui como hóspede, como poderíamos pedir algo?” Kie rapidamente recusou a ajuda oferecida.

Ele já estava pagando, como ela poderia pedir mais?

“Está tudo bem” disse Lucian enquanto se levantava, e levava algumas tigelas e hashis para a cozinha e as colocava na pia.

Durante o processo ele aproveitou para observar a cozinha e mais da casa.

E vendo as mobílias de madeira não tão bem trabalhadas e diversas paredes com um aspecto mais dilapidado, ele poderia dizer que eles estavam vivendo uma vida relativamente pobre.

‘Acho que o melhor seria trazê-los para meu lado’ Ponderou Lucian enquanto se movia em direção ao seu quarto.

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