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Capítulo 355

Tradutor: FireFox l Revisor: —

O continente estava em colapso. O cometa quebrou e colidiu com a terra enquanto sua atração magnética arrancou a atmosfera e causou uma destruição catastrófica. A mana estrangeira transbordou.

— Um desastre que transcendeu a magia.

Agora causaria uma era glacial no continente, talvez até mesmo penetrando no núcleo interno e esmagando-o em poeira cósmica.

“Eu não vou deixar isso acontecer agora.”

Epherene deu um pequeno sorriso. Sophie olhou em volta e assentiu.

“É certamente raro apreciar tal momento de destruição.”

“Sim.”

Eles estavam no farol agora, bem no topo onde Deculein tinha visto o continente perecer. O sol brilhava, arrasando a terra agora que o cometa havia roubado qualquer consolo.

“Nós quatro decidimos implementar o milagre do professor juntos.”

Disse Epherene. Esses quatro eram Murkan, Idnik, Epherene e Sophie. Adrienne era completamente inútil, exceto pela magia de destruição.

“Murkan e Idnik vão se encarregar do feitiço gravado no farol de baixo; eu vou ficar com o meio e a parte mais importante…”

Ela olhou de volta para Sophin. Ela olhou para a destruição e assentiu novamente.

“Eu cuidarei disso.”

“…Sim.”

Epherene olhou para trás. Ela enviou um sinal para os magos que esperavam.

“Vamos começar.”

Gwooh…

Naquele momento, Murkan e Idnik ativaram sua magia. Eles desenvolveram um feitiço do qual haviam se lembrado com antecedência. Primeiro, o mana de Murkan apoiou a parte inferior do farol e o mana de Idnik foi colocado sobre ele.

“Eu te encontro… depois de um breve sono.”

Disse Sophie. Epherene sorriu suavemente, aumentando a mana dentro de seu coração.

“Sim sua Majestade.”

Swoooosh-

A mana de Epherene fluiu como água. A mana do tempo preencheu o meio do farol, esperando que Sophie pegasse a última.

“…”

Sophie fechou os olhos, deixando a mana vermelha explodir de seus dedos e encharcar o topo do farol. Não foi insuficiente nem demais, mas exatamente como Deculein calculou. Ela implementou o milagre que ele preparou.

E como imperadora, ela liderou o caminho do continente adiante.

* * *

…Em algum lugar na Aniquilação, não muito longe. No canto da terra, queimado pela mana do cometa e olhando para o horizonte que logo desapareceria e desmoronaria, Kreto permaneceu com Quay.

Ele estava vendo o continente perecer com ele.

“Não resta muito tempo. Minhas barreiras não são tão boas.”

A magia de Kreto não duraria muito em meio a essa destruição. Um minuto, talvez dois. Como alguém que não nasceu excepcional, esse era o seu limite.

“Então, obrigado. Não é isso que você queria?”

Com os braços e as pernas já completamente desintegrados, Quay ergueu os olhos. Ele não conseguia entender completamente Kreto ou se ele estava tentando se proteger ou ficaria junto com ele até o último momento.

“Os humanos são realmente…”

Depois de observá-lo por um tempo, ele disse suavemente.

“Estúpido.”

Pedaços de pele descascavam sempre que ele movia os lábios. O corpo de uma boneca quebrada não duraria muito. No entanto, Quay continuou.

“No final, você estará condenado e não viverá para sempre e, eventualmente, morrerá. Por quê…?”

De repente, uma mão pousou em sua testa. Era um gesto delicado medir a febre de uma criança doente.

“… Não tente entender. Este ditado diz: Você pode sondar a água com dez braças de profundidade, mas não pode sondar o coração humano.”

Ele falou como se fosse uma coisa razoável de se dizer, sorrindo o tempo todo. Quay suspirou e fechou os olhos.

“Então, como você estava na Era Santa? Você era feliz?”

Quay torceu os lábios em um sorriso.

“… Não havia tal coisa.”

Ele respondeu friamente e abriu os olhos.

“Como vivíamos apenas para Deus, não havia necessidade de felicidade pessoal.”

“…”

Kreto assentiu sem dizer uma palavra. De repente, uma expressão de desapontamento se espalhou pela expressão de Quay.

“Mas Deus me deixou aqui… sem resposta. O eu que adorava acreditava e queria apenas você…”

“Hmm? Você não disse que Deus morreu? Então, como ele pode responder?”

“…”

“Apenas continue com uma história.”

Quay olhou para Kreto, mas seu olhar estava distante.

“Quay. Eu sei que é um pouco aleatório, mas…”

A terra em colapso e o céu em colapso, o continente se misturando com o universo, e ele observava como se apreciasse uma obra de arte…

“Se eu fosse Deus, teria pena de você.”

Kreto parou por um momento.

“Para você, que tem a vontade mais forte, sua fé tem sido a maior provação, adversidade e sofrimento para a humanidade.”

“…”

Os olhos de Quay tremeram. A figura de Kreto refletia-se nos olhos da boneca, ambos banhados pela luz estelar do universo. Ele se sentiu como antes.

“Acho que me arrependeria. Acho que me arrependeria um pouco de ter ido embora sem dizer nada a você.”

Um pequeno sorriso surgiu nos lábios de Kreto.

“Mas isso seria a prova de que até mesmo Deus era imperfeito sob qualquer ponto de vista.”

A existência de Quay ironicamente já testemunhava a imperfeição de Deus.

“Então, talvez você seja o único inocente no fluxo do destino.”

Ele foi criado na Era Sagrada, o que significa que não era diferente da origem da humanidade. Como criatura, ele estava mais perto de Deus do que qualquer outra pessoa. Portanto, primeiro pode ser culpa de Deus se ele for culpado.

“Então….”

Kreto baixou o olhar e olhou para Quay. Silenciosamente, ele olhou de volta.

“…”

Mas por que? Agora Quay estava um pouco confuso. Olhando para o rosto de Kreto, uma lembrança de um dia distante veio à mente. Em um mundo tão distante, em um tempo tão distante, as memórias foram esquecidas. Aqueles dias em que ele acordava todas as manhãs com o chilrear dos pássaros, agradecia a luz do sol que molhava seu rosto sonolento e sorria inocentemente com o canto dos gafanhotos…

“Descanse em paz.”

Kreto o lembrou deles.

“…Sim.”

Quay respondeu inexpressivamente. Kreto coçou a cabeça.

-E então.

A chuva se espalhou do céu.

Uau…

No momento da destruição, neste momento, quando a atmosfera estava queimando, uma garoa que ia contra a providência da natureza caiu sobre a barreira de Kreto.

“Eu acho que posso entender… um pouco.”

Vendo isso, Quay teve certeza.

“A razão pela qual você nasceu como o irmão mais novo de Sophie.”

Claro, pode não ser. Ele poderia estar cometendo um erro bobo, pois havia um problema com o corpo que ele habitava.

“Não acho que haja nenhuma razão particular para eu ter nascido como o irmão mais novo da imperatriz.”

“…”

Quay balançou a cabeça e sorriu.

“…Volte. Para o farol.”

Kreto não sobreviveria aqui. Mas Quay não podia permitir que ele, a encarnação, morresse em vão dessa maneira. Neste último momento, não deve abandonar o filho que lhe transmitiu a vontade de Deus.

“Por que?”

“Porque você está em perigo.”

Não importava se isso era uma ilusão. A vontade de Deus sempre foi vaga, e o conteúdo mudava dependendo da aceitação do coração do crente.

“Volte e entregue minhas palavras para Sophie.”

Kreto era uma encarnação, e Deus o enviou aqui para ouvir essas palavras no final, para se desculpar com ele… essa foi a interpretação de Quay.

“Que palavras?”

Kreto perguntou. Quay ergueu os olhos.

Estrondo-

A mana vermelha se espalhou pelos céus. Sophie.

Minha criação.

“… Que eu tenho orgulho dela.”

Capturando aquela cena em sua última memória, Quay silenciosamente fechou os olhos e a água da chuva fluiu por eles. O mundo escureceu e sua consciência ficou distante, mas Quay não se sentia mais solitário. Ele estava revigorado e mais feliz do que nunca.

“Isso eu acho que posso entender um pouco agora… seu testamento.”

“…OK.”

Kreto respondeu. Ele gentilmente enxugou as lágrimas de seus olhos.

“… Que eu disse obrigado.”

Quay sorriu.

…Twit, twit.

Ao longe, ele podia ouvir o canto dos pássaros. O ainda jovem Quay ergueu os olhos e sorriu. Ele bombeou suas pernas curtas e correu, acenando com a mão acima dele.

…Twit, twit.

Seguindo o alegre chilrear dos pássaros, sorrindo alegremente enquanto atravessava as matas, sobre os rios, até que finalmente se perdeu.

…Twit, twit.

Mas mesmo se eu me perder, mesmo se estiver preso em uma montanha escura onde o sol desapareceu, posso começar de lá.

…Twit, twit.

Porque agora sei que esse canto, o canto de um pássaro que sempre me guiará, vem do meu coração.

* * *

…O centro do frio, antes do cavaleiro congelado Julie. Keiron e Yeriel estenderam a mão para ela.

—…Yeriel.

Keiron gritou. Yeriel, que estava olhando fixamente para Julie, tremeu.

-O que você está pensando?

“…”

Yeriel olhou de volta para Keiron.

“Estou pensando no que vai acontecer.”

-O quão?

“Depois disto.”

Yeriel colocou Deculein atrás de Julie. Fazendo parecer que Julie, que ainda segurava a espada na posição vertical, estava protegendo Deculein. Com isso, Deculein estaria seguro. Depois de tudo, ele poderia esperar por uma morte mais confortável.

“O que você vai fazer, Cavaleiro Keiron?”

Yeriel de repente ficou preocupada com ele. Algumas pessoas foram congeladas, pessoas que podiam congelar e pessoas que não podiam ser congeladas. Keiron foi um dos raros terceiros.

— Farei Sua Majestade hibernar. Ela ainda está no topo do farol.

Para Sophie e Epherene, a hibernação não era diferente de adormecer por um tempo. Eons desapareceriam quando eles acordassem.

“… E o que vem a seguir, cavaleiro?”

Mas não para Keiron. Para ele, aquele tempo seria definitivo, e fluiria do mesmo jeito.

—Também precisamos de alguém para administrar o continente enquanto ele se recupera lentamente. Também precisamos de cavaleiros para proteger aqueles que vão hibernar.

No entanto, Keiron anunciou seu dever calmamente, como se nunca tivesse mudado desde o início.

“… Isso faz sentido? Pode ser mais de dez mil anos.”

A vida útil do Fora do Mundo, calculada pelo próprio Deculein, era de 10.935 anos. Eles hibernariam exatamente por esse tempo, mas 11.000 anos ainda seriam 11.000 anos para Keiron.

— Posso considerar o tempo passado com o gigante como um ensaio.

Keiron sorriu levemente.

—Irmã de Deculein, todos nós temos nosso papel a desempenhar.

Yeriel olhou fixamente para Keiron.

—Então, vou proteger Sua Majestade aqui.

Rachadura…

Algo estava esfriando. Yeriel olhou em volta e se assustou ao descobrir que as pontas de seus dedos estavam congelando.

“I-Isto-“

-Dorma em paz.

Keiron assentiu enquanto observava Yeriel congelar.

—Se você fechar os olhos um pouco e depois abri-los, o continente será restaurado.

“Não, espere-“

Antes que ela pudesse gritar, Yeriel estava congelada ainda. Seu sono havia começado.

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