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Tradutor: Asu | Editor: Asu

As magias rúnicas temporárias possuíam cinco níveis.

A Ventania, que Tae Ho aprendera, era de Nível Um. No entanto, a magia de Tae Ho era muito mais forte que a de outros guerreiros de Rank Inferior que a negligenciavam.

O vento que soprou foi forte o bastante para defletir as flechas. Não só isso, como também foi capaz de grosseiramente empurrar a porta que as fadas sombrias tentavam fechar.

Bang!

O Silêncio Branco que Tae Ho estava montando avançou silenciosamente. Siri e os outros guerreiros também deixaram a casa no mesmo ritmo.

Tae Ho aproximou seu corpo ao do Silêncio Branco e olhou a frente. Como era esperado, havia uma quantidade esmagadoramente maior de letras verdes e cinzentas, em comparação com as vermelhas. Tae Ho foi na direção oposta dessas letras vermelhas, que se reuniam próximas ao exterior da casa e olhou para trás.

Chwajajak!

As fadas sombrias que saíram da casa disparavam flechas continuamente. Algumas delas atingiram as costas e os braços dos guerreiros, mas, ao invés de gritarem de dor, eles contra-atacaram com suas bestas.

Eles não eram guerreiros de Rank Inferior à toa. Se os guerreiros da Rank Mínimo podiam ser considerados humanos valorosos, aqueles de Rank Inferior e acima, por conta de todas as runas acumuladas, já poderiam ser chamados de super-humanos. A força superior desses guerreiros era uma vantagem óbvia, mas sua fortitude e a capacidade de se concentrarem eram ambas superiores ao normal.

Um guerreiro, que tomou três flechadas nas costas, continuou a atirar sem vacilar, perfurando com precisão a testa de uma das fadas. Como a mira dos outros guerreiros era igualmente precisa, a moral das fadas sombrias diminuiu.

“Continuem correndo!”

Siri gritou para Tae Ho e os guerreiros. Eles não sabiam quantos inimigos haviam ali, ou quantos poderiam estar se escondendo. Por enquanto, escapar era a prioridade.

Tae Ho abriu um caminho. Ele escapou pelas bordas do vilarejo, ao invés de correr através da entrada principal. Isso foi possível porque o Vilarejo Mollo não era completamente cercado.

“Cuidado com suas cabeças!” Siri gritou. Tae Ho virou o rosto e viu letras vermelhas descendo das árvores. Eram grandes cobras que estavam penduradas sobre os galhos.

Tae Ho armou-se com a Presa Rúnica. A espada se incendiou e ele a balançou enquanto avançava. Os outros guerreiros também empunharam suas adagas e machados para se livrar das cobras.

Os Silêncios Brancos não pararam. Os guerreiros da legião de Uller deram um jeito nas cobras e apuraram seus ouvidos. Eles ouviram os galopes dos cavalos que as adas sombrias montavam para persegui-los.

“Rolph, fique junto de Tae Ho. Guerreiros, evoquem a benção de Uller!”

Siri rapidamente comandou os guerreiros. Rolph se manteve próximo de Tae Ho e os guerreiros, que formavam uma fila indiana enquanto corriam pela floresta, começaram a evocar a benção de seu patrono um a um.

Essa é outra diferença que há entre os guerreiros de Rank Inferior e os de Rank Mínimo.

Os guerreiros de Rank Inferior da legião de Uller podiam usar mais de uma benção: Furtividade e Rastreamento.

Eles ativaram suas bençãos de Furtividade e seus arredores logo se tornaram quietos. Mesmo que estivessem cavalgando em alta velocidade, não havia rastros a serem encontrados no solo.

Tae Ho respirou fundo enquanto corria. O som dos cascos dos cavalos se perdeu ao longe.

Mallus, o chefe da família Mollo, rangeu os dentes. Sua face estava pálida. Ele não sabia dizer onde as coisas deram errado.

Não haviam sinais. Ele não deixou escapar nem mesmo a mais ínfima pista.

‘Por quê?’

Mallus xingou. Além disso, a situação era grave. Ele havia atacado no momento em que notou ter sido descoberto pelos guerreiros de Valhalla, mas mesmo assim ele não conseguiu aprisioná-los.

O que aconteceria se eles simplesmente escapassem? Quando foi que eles perceberam?

Sua cabeça pesava. Ele não conseguia pensar em nada. Muitas coisas estavam incertas.

‘Ainda não acabou… eu ainda tenho uma chance.’

Ele ponderou sobre o que poderia fazer para se livrar dos guerreiros.

No começo, eles entraram em sua casa sem qualquer suspeita. Isso queria dizer que a valquíria que os trouxe ainda não havia descoberto as verdadeiras intenções de Mallus.

Ele não tinha certeza de quando fora descoberto pelos guerreiros, mas eles eram os únicos que sabiam.

Então tudo o que ele tinha que fazer era se livrar deles.

‘Mas como?’

Eles já haviam escapado do vilarejo. Mallus havia enviado uma equipe de busca, mas era duvidoso que eles poderiam capturá-los. Além disso, se os guerreiros saíssem do território da família Mollo, as outras fadas sombrias também poderiam tomar conhecimento da luta. Não lhe restava muito tempo.

Ele precisava de ajuda, mas temia pedir por ela.

“Parece que algo deu errado.”

Ele ouviu uma voz. Surpreso, Mallus não conseguiu nem mesmo engolir sua saliva propriamente. Ele tremia e mal conseguiu olhar para trás.

Mallus não estava mais na casa de sua família. O mundo havia se transformado em sombras e ele caiu num amplo local, sozinho. Ele se ajoelhou, encostando a cabeça no chão. Os olhos que o encaravam estavam a uma distância incrivelmente alta.

Gigante.

Os monstros de Jotunheim.

Os olhos do subordinado do exaltado rei dos gigantes, Utgard Loki, brilhavam mesmo no escuro. Com aqueles olhos encarando-o das trevas, Mallus não conseguiu considerar esconder absolutamente nada. Ele revelou tudo o que sabia.

Ele precisava de livrar dos guerreiros de Valhalla fugitivos. Se ele não o fizesse, as coisas só piorariam.

“Me empreste o poder do basilisco. Se você emprestá-lo a mim, eu posso…”

“Você não tem essa capacidade.”

A voz que descendeu dos céus petrificou Mallus. Era verdade. Ele conhecia a si mesmo melhor do que qualquer um. No entanto, se ele não fizesse nada, tudo o que lhe restava seria destruído.

Mallus começou a suar, incapaz de respirar propriamente. A voz do gigante o agitou uma vez mais.

“Mas não tema, Mallus. Eu já preparei algo.”

Mallus hesitou e, inconscientemente, levantou sua cabeça. O gigante lhe observava. Ele não confiou nessa pequena e infantil fada sombria desde o princípio e havia, obviamente, preparado algo caso o plano principal desse errado.

Ele já deve estar a caminho.”

Uma existência que não poderia ser derrotada por meros guerreiros de Rank Inferior de Valhalla.

Os olhos do gigante atravessaram Mallus, fixando-se no que havia além da escuridão, em um lugar muito distante.

“Nós os despistamos.”

O guerreiro vigiando a retaguarda disse, em voz baixa. Como se fosse um sinal, os outros pararam de usar suas técnicas de furtividade. Os Silêncios Brancos também diminuíram sua velocidade. Eles não podiam correr para sempre naquele ritmo acelerado, pois precisavam de tempo para respirar — o mesmo poderia ser dito dos guerreiros de Valhalla.

“Não fiquem muito relaxados. Não podemos descansar até nos encontrarmos com Gandur.”

Siri olhou para trás e disse em tom baixo. Como ela não conseguia sentir nenhum traço das fadas sombrias com sua benção de rastreamento, eles pareciam ter sido bem sucedidos em despistar seus perseguidores, mas aquela floresta ainda era o lar das fadas. Agora que a família Mollo, em quem eles confiavam, havia subitamente os atacado, não seria estranho caso outras fadas sombrias também o fizessem.

Os guerreiros sabiam que isso era verdade, mas ao invés de ficarem desnecessariamente nervosos, eles se demonstraram um tanto ociosos.

“Isso dói demais, Siri. Não podemos cuidar de nossos ferimentos antes de prosseguirmos?”

“Havia veneno nas flechas. Provei um pouco dele e minha língua ainda está dormente. Ele parece ser particularmente letal. Além disso, o veneno das cobras parece induzir paralisia.”

Enquanto conversavam, os guerreiros arrancaram as flechas de seus corpos, trêmulos. Se fossem guerreiros normais, eles já teriam sido mortos graças ao veneno letal. Mas, sendo guerreiros de Rank Inferior, eles só sentiram uma intensa dor.

Mesmo assim, Siri negou com a cabeça após encarar os guerreiros, preocupada.

“Façam os primeiros socorros enquanto nos movemos. Não podemos parar.”

Eles precisavam continuar andando, mesmo que fosse pouco. Como Siri havia dito, eles não podiam relaxar até se encontrarem com a valquíria Gandur.

Os guerreiros reconheceram a gravidade da situação, cuidando de suas feridas enquanto se moviam nas costas dos Silêncios Brancos.

Rolph, que não estava particularmente machucado, perguntou a Tae Ho em um sussurro. “Tae Ho, você soube que eles eram inimigos usando a sua Saga?”

“Sim.”

Tae Ho assentiu e então olhou para Siri. Ele hesitara na ocasião, mesmo tendo-os descoberto com os olhos de dragão, mas felizmente Siri acreditou nele sem nem mesmo hesitar.

“Obrigado por acreditar em mim, Capitã.”

“Naturalmente.”

Siri respondeu e então observou seus arredores. Vendo a expressão áspera de Siri, Rolph sorriu amargamente e perguntou, “Confiar em seus companheiros não é algo óbvio? Foi o que a capitã acabou de dizer.”

Eles enfrentaram batalhas mortais juntos, afinal de contas.

Tae Ho assentiu inconscientemente. Não fazia mais do que dez dias desde que ele conhecera Siri e Rolph, mas os sentimentos que ambos evocavam eram diferentes. Eles pareciam ser aliados confiáveis com quem Tae Ho lutara durante anos.

“O mais jovem diz as coisas mais honradas.”

“Ele é o mais jovem entre nós e já está falando sobre companheiros de guerra. Em quantos campos de batalha você já foi? 40, ou 50?”

“Ei garoto, faça alguns truques bonitinhos pra gente.”

Os guerreiros de Rank Inferior disseram esse tipo de coisa para Rolph, rindo silenciosamente.

Siri, então, disse afiadamente, “Fiquem quietos. Nós não estamos totalmente livres deles. Evoquem suas bençãos de furtividade assim que terminarem de se tratar.”

bom, bom.”

Os guerreiros replicaram e então começaram a se concentrar em tratar das feridas. No entanto, eles só deram dois passos quando um dos guerreiros ergueu sua cabeça, de adaga em mãos. Ele gritou.

“À direita!”

Bang!

A voz e o barulho ensurdecedor rugiram simultaneamente. A lança, violentamente arremessada, perfurou o peito do guerreiro e se enfincou no chão sem cerimônias.

“Se separem!”

“Está vindo, bloqueiem o ataque!”

Os guerreiros gritaram simultaneamente. Um deles balançou sua espada em um gesto de puro reflexo.

Mas era tarde demais. Sendo mais preciso, o inimigo é que era grande demais.

O machado do guerreiro havia acertado seu alvo. Entretanto, o inimigo avançou em direção a eles, ignorando o ataque por completo e então perfurou o pescoço de um dos guerreiros.

Seu corpo era enorme. Ele puxou o guerreiro que tivera o pescoço perfurado e balançou seu braço direito. E então, cobras venenosas começaram a verter da ponta de seus dedos.

As cobras morderam os guerreiros e os lobos. Aqueles que estavam fora do alcance delas se armaram rapidamente e alguns até mesmo desmontaram dos Silêncios Brancos.

Tae Ho também olhou para o inimigo, chocado. Mas não era porque o monstro tinha a cabeça de um inseto e uma cauda, mas sim porque ele não podia ler seu nome. A única coisa identificável eram as letras vermelhas.

Ele sabia o que isso significava.

Uma existência de outro patamar. Algo que ele não poderia alcançar com sua força atual.

O monstro estalou sua língua viperina. E, em simultâneo, sua cauda e seus braços cobertos em escamas negras se mexeram. Ele parecia pronto para pular, mas ao invés disso esmagou um dos guerreiros com sua cauda e explodiu algo com uma de suas mãos. E então, uma aura negra começou a engolfar os arredores.

Boom! Boom! Boom!

Eles caíram no chão, isso porque os lobos haviam subitamente desaparecido.

Dissipar invocação. Como a invocadora dos Silêncios Brancos, a valquíria, estava tão distante, nada poderia ser feito para impedi-lo. Os guerreiros preferiram atacar ao invés de tentar analisar a situação.

Uma chuva de machados e adagas perfurou o corpo do monstro. Ele estava coberto em sangue, mas nada mais. Ele até mesmo esmagou a cabeça de um dos guerreiros como se nada tivesse acontecido.

Três guerreiros já haviam sido mortos. Não, quatro. Ele apanhou um dos machados preso em seu corpo e o girou em um arco amplo. Os guerreiros soltaram suas armas e pularam para trás, mas um deles não foi rápido o bastante. O machado abriu seu peito e, no momento em que o sangue começou a jorrar, a cauda do monstro agarrou-o pelo pescoço e então o esmagou contra o chão. O som de algo quebrando pôde ser ouvido.

“É um Regenerador! Não se aproximem dele de forma tão imprudente!”

Siri gritou e atirou com sua besta consecutivamente. O monstro nem mesmo se preocupou em desviar das flechas e abriu sua boca.

“Uma caçadora de Rank Inferior conhece os Regeneradores? Assim deve saber que não pode fazer nada contra mim.”

O monstro tinha uma voz profunda e assustadora. Ele abriu um enorme sorriso e então começou a arrancar as armas presas em seu corpo, atirando-as contra os guerreiros. Enquanto eles desviavam ou se defendiam dos ataques usando suas próprias armas, ele avançou, correndo na direção de Siri.

Ela respirou fundo e então jogou sua besta na direção do monstro, armando-se de sua adaga. O monstro era veloz, mas Siri também era.

A espada da criatura e a adaga de Siri se chocaram. O monstro era inúmera vezes maior que Siri e, mesmo sendo uma super-humana, ela seria incapaz de resistir àquela força monstruosa por muito tempo.

O monstro riu. Ao invés de colocar mais força na pressão que sua espada exercia, ele preferiu chutar. Mesmo preso em seu impasse com Siri, a força contida por trás daquele chute era enorme.

Siri girou seus braços e seu corpo de maneira estranha, desviando do ataque. A postura do monstro desmoronou e, graças a isso, ela encontrou uma abertura.

Ela atacou rápida e impiedosamente. Inúmeras feridas apareceram no corpo do Regenerador em um instante, encobrindo-o em sangue. E, novamente, foi tudo o que aconteceu. As feridas começaram a se regenerar e ele estocou sua espada na direção de Siri como se nem mesmo sentisse dor.

Bang!

Ela aparou o ataque, mas não conseguiu suportar o peso por trás dele. O corpo de Siri pareceu dobrar diante daquela força esmagadora e caiu no chão.

Bang!

A flecha atirada por Rolph explodiu. Tão logo a batalha corporal entre Siri e o monstro terminou, os guerreiros começaram a atirar flechas contra ele ininterruptamente. Mas foi em vão. A criatura foi atingida por aqueles ataques como se não fossem nada e, em seguida, disparou na direção de Siri, que arquejava de dor contra o chão, na intenção de matá-la.

Rolph atirou outra flecha. Ela explodiu, diminuindo a velocidade do monstro, mas só. Um dos guerreiros xingou e se virou de costas, começando a correr sem nem mesmo olhar para trás. Ele não estava escapando, ou deixando seus companheiros para trás. Não, ele estava correndo porque aquele era o seu papel. Se todos morressem ali, tudo teria sido em vão. Ao menos um deles tinha de ficar vivo para entregar as notícias. E, graças a isso, ele escolheu correr — mesmo tendo que enfrentar essa humilhação.

Mas o monstro percebeu isso. Ao invés de continuar a correr na direção de Siri, ele se virou e ergueu sua mão direita. Uma cobra voou tão veloz quanto uma flecha e prendeu as pernas do guerreiro. Ele não estava morto, tendo apenas caído no chão, mas isso era o bastante.

O Regenerador tornou a olhar para Siri, que já estava de pé. Ela encarou o monstro, que riu em resposta. Ele continuou a ignorar as flechas que lhe perfuravam as costas e ergueu sua espada.

Bang!

O ataque foi aparado novamente, mas desta vez não foi por Siri. No momento em que o monstro virou seu corpo para impedir o guerreiro fugitivo, Tae Ho aproveitou-se da abertura que lhe foi dada.

Ele soube no momento em que suas espadas se chocaram. Era uma força monstruosa. A pressão exercida pelo monstro era tão esmagadora quanto a de um gigante.

Saga: Os Olhos de um Dragão Veem Através de Todas as Coisas

Ele não conseguiu enxergar nenhuma fraqueza. Tae Ho prendeu a respiração e começou a se concentrar. O Regenerador era um monstro, mas ele também era um super-humano.

Saga: Guerreiro Imortal

As técnicas de espada do Cavaleiro de Dragão, Kalsted. Seu estilo de luta.

As duas espadas se separaram e então se chocaram novamente. Três, quatro vezes.

A expressão do monstro era de burla. Ele podia ouvir a respiração pesada de Siri logo atrás de si. Os guerreiros tentaram atacá-lo a distância e Rolph, que havia corrido, apressou-se para arrastar Siri.

Tae Ho não sabia o que a capitã quis dizer com ‘Regenerador’, mas ele descobriu algo. Ele seria incapaz de matá-lo com ataques normais. Vendo que o monstro nem mesmo piscou ao ser atingido pela flecha explosiva de Rolph, a lâmina ardente da Presa Rúnica não seria efetiva.

Ele precisava de outra coisa.

Algo que poderia criar uma brecha entre eles.

Babang!

No quinto choque de lâminas, Tae Ho começou a perder forças. Sem a benção de Idun, sua espada já teria caído no chão.

Ele se concentrou na criatura e começou a pensar.

A conversa que teve com Heda. As palavras que ela lhe dissera.

⸻ Qual você acha que é a diferença entre um guerreiro de Rank Mínimo e um guerreiro de Rank Inferior?

Na noite em que ele fora promovido, foi isso que Heda lhe perguntou após a aula sobre magia rúnica.

Um guerreiro de Rank Mínimo era uma pessoa que ainda não havia conseguido se desprender de seus hábitos do mundo mortal. Eles fortaleceram seus corpos através do uso de runas, mas ainda pertenciam à fronteira do mundo humano.

A partir do Rank Inferior, eles poderiam começar a ser chamados de super-humanos. Eram guerreiros que podiam fazer coisas que humanos normais não conseguiam, graças as suas runas.

Mas essa não era a única diferença.

Os guerreiros de Rank Mínimo recebiam a benção de um Deus.

E os guerreiros de Rank Inferior possuíam ainda mais bençãos.

Não era apenas porque eles haviam acumulado mais runas, se tornando mais poderosos, mas também porque eles haviam se acostumado com a força de seu deus-patrono.

O Deus de uma legião.

Os guerreiros de Rank Inferior seguravam uma semente, que os preparava para se ascenderem ao Rank Intermediário um dia.

A diferença entre esses dois Ranks.

A partir do Rank Intermediário, o guerreiro passa a poder utilizar a força de um Deus. Ele fortaleceria seu corpo através do uso de runas e se acostumaria a usar a força de seu Deus ao receber suas bençãos, preparando a si mesmo para receber o apoio de seu patrono.

⸻ Tae Ho, você é um pouco diferente.

Ele havia comido das maçãs douradas de Idun, o fruto dos deuses.

Ele havia recebido muito mais bençãos do que um guerreiro de Rank Inferior normal.

E a força do Cavaleiro de Dragão Kalsted havia se tornado o pilar que sustentava a força de Tae Ho.

⸻ Você pode germinar sua semente, mas eu não recomendo que você faça isso. A força de um deus é grandiosa demais para um guerreiro de Rank Inferior.

Era perigoso e ele não tinha certeza dos efeitos secundários.

Mas, mesmo assim, Heda havia lhe contado sobre isso.

Ele era especial. Ao invés de mergulhar em ignorância, ela queria que Tae Ho controlasse esse poder voluntariamente!

Bang!

A espada do monstro perfurou o solo. Era o sétimo ataque e o oitavo foi desferido com suas mãos.

As cobras que verteram para fora dos dedos do Regenerador abriram suas bocas. Tae Ho se abaixou, desviando a tempo e invadindo seu espaço. O monstro permaneceu calmo, mesmo sendo atacado por Tae Ho, que estava na defensiva até então. Ele parecia estar esperando de propósito, preparando seu nono ataque sem se importar.

Tae Ho estocou sua espada. Presa Rúnica cortou o estômago do monstro e ele saiu de seu alcance.

O Regenerador riu mas então abruptamente parou. Ele colocou suas mãos em cima da ferida em seu estômago. O sangue não havia parado de escorrer e choque preencheu sua face.

‘Heda.’

Tae Ho respirou fundo, virando-se para o monstro novamente.

O poder de um Deus.

A luz áurea de Idun emanava da lâmina da Presa Rúnica.

Olá, eu sou o Asu!

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