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Capítulo 122

Foi bom vê-lo depois de muito tempo e Perez sorriu brilhantemente.

Seu corpo é tão grande que preciso olhar para cima, seu rosto agora tem uma linha clara e sua voz tão baixa como se ele fosse outra pessoa.

Havia muitas coisas diferentes, mas definitivamente era Perez.

— Quem é você? 

Pude ver Perez constrangido com minhas palavras frias.

Eu não me importo.

— Sinto muito, mas acho que você parou a pessoa errada.

Eu disse e me virei.

— Flore.

Com um olhar perplexo em seu rosto, ele gentilmente agarrou meu ombro.

— Sou eu, Perez.

— Perez? Pensando bem, acho que conheci alguém assim.

Os olhos vermelhos olhando para mim tremiam levemente.

Realmente parecia que ele pensava que eu tinha esquecido dele.

Eu disse, olhando fixamente para tal Perez.

— Ah, o Perez que passou quase seis anos sem mostrar a cara? 

— Bem…

— Ou você está falando daquele Perez, que se formou cedo na academia depois de cinco anos e ficou sem dar notícias por meio ano? 

Agora você entende o que estou dizendo.

Perez disse em voz baixa, abaixando ligeiramente a cabeça.

— … desculpe.

Você não está arrependido, está?

Ouvir o pedido de desculpas diretamente dele me deixou emocionada e com raiva.

Eu dei um tapa no ombro de Perez com todas as minhas forças com a bolsa na minha mão.

— Menino mau.

Como em sua vida anterior, formou-se simultaneamente em serviço público e em serviço militar.

Perez também se formou no início de cinco anos, reduzindo um ano.

Ele poderia me impedir de bater em seu braço com os olhos fechados.

Mas, Perez apenas ficou parado.

— Digamos que você estava ocupado na academia e não pôde voltar durante as férias. Mas como você explica que não tenho ouvido falar de você nos últimos meses? 

— Isso é… estive vagando por aí por meio ano após a formatura, então não pude enviar e receber cartas.

Assim que se formou, sei que fez uma viagem rápida com os amigos.

Assim que perdi o contato com Perez, descobri por meio de Bate.

E não é como se eu estivesse preocupada ou o quê.

É Perez, que já tinha usado o Aura aos doze anos.

Quantas situações perigosas tal pessoa enfrentaria ao viajar pelo continente com os amigos que conheceu na Academia?

Contudo.

— Você poderia enviar uma carta dizendo ‘Estou vivo’ para Lombardi de qualquer lugar! Um cara inteligente que se formou na academia não consegue nem pensar nisso? 

Estranhamente, fico emocionada.

Mas o rosto de Perez parecia estranho quando me viu com raiva.

Parece que ele está sorrindo ou franzindo a testa.

Depois de ficar olhando para ele por um longo tempo, ele perguntou em voz baixa,

— De jeito nenhum. Você estava preocupada comigo, Flore? 

Ele é realmente.

— Como eu não ficaria?! Você simplesmente sumiu repentinamente…! 

— … estou feliz.

Antes que eu percebesse, eu estava nos braços de Perez.

Algo semelhante aconteceu quando trouxe meu avô ao palácio para resgatá-lo.

Em comparação com então, Perez é maior agora.

A ponto de todo o meu corpo ficar completamente preso em seus braços.

Pisquei algumas vezes surpresa e chamei Perez.

— Perez.

— Huh? 

— Me deixe ir.

Então Perez baixou obedientemente o braço que me prendeu.

O som de choque entre os tecidos soou claramente em meus ouvidos.

Olhando para cima, Perez estava sorrindo.

Não foi o sorriso fraco que ele deu apenas um momento atrás.

Os longos cílios negros eram ligeiramente curvados.

Isso é maldade.

Eu não posso acreditar que você está tentando revelar sua beleza.

Eu apertei os olhos enquanto empurrava Perez para longe do meu corpo.

— Ainda não estou aliviada da minha raiva.

— Sim, desculpe.

Ele acenou com a cabeça e admitiu obedientemente.

Mas, o pedido de desculpas foi rápido.

De repente, senti o olhar de Perez olhando para mim e murmurei.

— Você cresceu muito.

Antes de regressar, era exatamente como eu o tinha visto à distância.

Não, é mais bonito porque você parece mais brilhante do que antes. E os olhos são um pouco diferentes. Ele tinha olhos muito secos e frios que olhavam para a multidão que se reunia para vê-lo.1

— Flore cresceu muito também.

Perez na minha frente estava cheio de vida.

Ele parecia feliz em algum lugar.

Como…

— Um grande cão.

Um grande cachorro preto balançando sua cauda grande lentamente.

Parece um pouco estranho, mas ele já passou do ponto de ser chamado de cachorrinho.

— Cão? 

— Não, não é nada. O que há de errado com você, Perez? Você não foi ao palácio? 

De jeito nenhum Caitlyn e Kylus deixariam Perez sair assim.

Seu cabelo bagunçado e suas roupas estão amarrotados como o do homem que acabou de descer do cavalo…

— Você veio me ver sem ir ao palácio antes? 

— Sim.

Sim, ele o fez.

Não acredito que você veio me ver sem passar no palácio antes.

Eu disse enquanto limpava minhas roupas um pouco desgrenhadas por ter sido abraçado por Perez.

— Volte para o palácio.

— … sim.

Posso sentir Perez um pouco mal-humorado com minhas palavras.

Mas eu disse com mais firmeza.

— Vá e mostre a todos que você está de volta. Após cinco anos de graduação no Serviço Civil e no Serviço Militar ao mesmo tempo, o Segundo Príncipe Perez está de volta.

— Ah…

Perez respondeu com um sorriso suave em torno da boca, como se entendesse o que eu quis dizer.

— Sim, eu vou.

Eu acenei minha mão um pouco para Perez, então comecei a caminhar em direção à mansão.

Então, olhei para trás pensando em algo que esqueci.

Ele ainda estava parado olhando para as minhas costas.

— Não se atrase amanhã.

Perez, que estava viajando, não poderia ter voltado hoje sem motivo.

Tive a sensação de que era para participar do banquete de meu aniversário de dezoito anos.

Com certeza, Perez sorriu, cruzando os olhos com delicadeza novamente.

— Sim. Vejo você no banquete amanhã, Flore.

Eu acenei minha mão novamente e me virei, e meu pulso está um pouco dolorido.

Foi a parte em que bati em seu braço quando balancei minha bolsa em Perez há pouco.

— Eu não bati em nenhuma pedra.

Nunca bati em uma pedra real, mas pensei que seria assim.

Deslizei meu pulso espinhoso e dei um passo agitado novamente.


Lignite, o segundo filho da família oriental, chefe de família Luman, duvidou de seus olhos.

— Estou sonhando acordado em plena luz do dia? 

Ele esfregou os olhos com aquele murmúrio, mas a visão à distância não mudou.

— Perez está… sorrindo? 

Embora fosse o Príncipe do Império Lambrew, ele se tornou amigo desde o primeiro dia na academia e foi confortavelmente chamado pelo primeiro nome em particular.

Muitos seguiram Perez, mas Lignite foi o único que poderia chamar o nome de Perez.

Mas mesmo esse Lignite nunca viu Perez sorrir.

Até hoje.

A primavera chegou, mas foi nesta manhã que ele chegou a Lombardi correndo freneticamente com seu cavalo pelos ventos assustadores do norte ainda cortante.

Lignite pensou que algo estava acontecendo no palácio porque Perez disse que eles tinham que chegar ao centro do Império hoje, não importa o quê.

Mas Perez levou o cavalo ao lugar errado.

Por mais que Lignite pergunte para onde está indo, Perez insistiu em ‘Se for difícil, irei sozinho.’ então ele lamentou e seguiu com azedo.

E foi em Lombardi que eles chegaram.

— Ele ao menos sabia como sorrir? 

Sério, Lignite pensou que Perez estava estragado em algum lugar.

Em particular, sempre questionei se a parte que controla as emoções e as expressões faciais está funcionando adequadamente.

Mas Perez, que viu uma mulher, estava sorrindo.

Ele tem olhos que parecem pingar mel. 

— Huh? 

Lignite saltou de seu assento.

Foi porque Perez deu um grande abraço nela.

— Isso… se eu contar para outras pessoas, ninguém vai acreditar em mim.

Ele ficaria feliz se não fosse chutado por mentir.

Então algo piscou em sua cabeça.

— Por acaso… 

As pernas de Lignite tremeram de impaciência.

Perez, que permaneceu no local onde a mulher saiu primeiro, voltou ao local onde Lignite estava esperando apenas depois que suas costas tornaram-se invisíveis.

— Agora, vamos para a Capital.

Perez, que se aproximou com um grande passo enquanto agitava sua capa, voltou ao seu rosto inexpressivo de sempre.

— Perez.

— O que é? 

Perez, que estava verificando se a sela do cavalo havia sido afrouxada, respondeu ao chamado de Lignite asperamente.

— Ela é a pessoa da carta, certo? 

Perez, que estava amarrando o nó com força com a mão, parou de se mover.

Além disso.

Lignite sorriu.

— Ela é a pessoa que você tem escrito todas às vezes que nunca mostrou a ninguém? 

Havia várias hipóteses entre os colegas sobre o destinatário da carta.

É a dama de honra que vem trazer algo para Perez usar uma vez por ano.

Não, é um relatório para o imperador sobre suas realizações na Academia, visto que ele escreve tão denso quanto um relatório todas às vezes.

Havia muitas hipóteses diferentes a dizer.

Mas a maior risada foi o que Lignite disse uma vez.

— Talvez Perez tenha uma queda louca por alguém? 

As pessoas que ouviram riram enquanto seguravam seus estômagos, dizendo que era ridículo.

Era inimaginável que Perez gostasse tanto de alguém.

Por falar nisso.

— Como esperado, eu estava certo! 

Lignite gritou, cerrando os punhos.

E disse a Perez provocativamente.

— Há muitas surpresas? Parece que você só gosta de bifes sangrentos. É também sobre comer alimentos doces.

O amor de Perez por comida doce era famoso na Academia.

Quando questionado, disse que não gostava de comidas doces, mas sempre procurava por doces pelo menos uma vez ao dia. E quando o mantinha na boca, o rosto de Perez, que sempre fora rígido, se soltava.

— Lignite.

— O quê?

— Barulhento.

— Huh.

Perez foi o primeiro a montar.

Lignite o seguiu e perguntou.

— Vamos para o palácio agora? 

— Não. Eu tenho mais um para parar antes disso.

Perez terminou e começou a galopar novamente.

O local onde os dois pararam foi o cemitério nos arredores da Capital.

Era como um parque bem administrado, principalmente onde os nobres eram enterrados.

Perez, que amarrou as rédeas do cavalo na entrada do cemitério, tirou um pequeno buquê de flores que estava no bolso da sela há vários dias.

A flor havia murchado um pouco, mas Perez a segurou com uma das mãos e se dirigiu para o fundo do cemitério.

O tagarela Lignite também manteve a boca fechada e seguiu por aqui.

Com o tempo, Perez, diante de um cemitério bem decorado com mármore e estátuas, depositou cuidadosamente o buquê.

— Estou aqui.

Perez disse isso, varrendo o monumento com uma pequena inscrição à mão.

  1. Flore o está comparando ao Perez de sua primeira vida[]
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