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E então, um cemitério azul é revelado…

Os membros do Kai Girudo olham ao seu redor, assustados, no que parecia um memorial de seus irmãos mosqueteiros caídos.

— Gostaram da decoração? — ironizou Kosuta — Fiz em homenagem a vocês, soldados da nossa região!

— É por isso que nunca encontramos os corpos dos mosqueteiros que desaparecem na floresta. — exclamou Portz — Seu monstro!

— Olha quem fala. Como acha que perdi uma perna? Além disso, a maioria deles atacaram primeiro. E outros estavam perdidos, mas por via das dúvidas eu dei um jeito neles hehehe… Mas vamos direto ao assunto: Quem quer ser o primeiro a se juntar a eles?

— Como… — balbuciou Renāto, relutante — Como eu fiquei tão cego, isolado do outro lado dessa região? Eu deveria ter visto isso. Deveria ter vindo aqui antes. Deveria ter escutado o que Gurenaru e Iraku me disseram. Deveria…

De repente, Renāto começa a sentir uma raiva incontrolável dentro de si. Seus olhos começam a ficar mais azulados que o normal, a ponto de ficar instável. Ele coloca a mão no cabo de sua espada, como se fosse se armar a qualquer momento, mas segurando uma ira explosiva. 

Kosuta se levanta calmamente, usando sua foice como apoio, no lado de sua perna amputada.

— Deveria, queria, poderia… Você só vive de passado, imortal! — zomba o chimara — O que aconteceu não pode ser desfeito. Aliás, esse seu olhar é bem familiar. Tá querendo me dizer algo? Saiba que você será o primeiro lendário da minha decoração!

Porém, quando Renāto se preparava para sacar sua espada, seu companheiro Tulbs pôs a mão em seu ombro, como se até ele, que tinha tudo contra os chimara, visse que aquela luta seria um erro. Com isso em mente, os olhos do kyapen voltam ao normal.

— Você já lutou demais por nós, capitão — diz Tulbs, de maneira serena — Hora de retribuirmos o favor.

Então Tulbs toma sua frente e desafia o tenebroso chimara

— Lute comigo, Kosuta! Se eu vencer, terá que dizer aos chimaras que você não tem mais nada contra Renāto, nem contra os Mosqueteiros. Se eu perder, bem, descanso aqui com meus companheiros, com muito prazer.

Após dizer isso, Wierd e Rioth também tomam a frente de Renāto.

Sabe — diz Wierd, tomando a palavra — Acho que conheço o dono daquele uniforme ali que virou o encosto da sua poltrona. Lute comigo ao invés de lutar com Tulbs. Ele não vale o sangue na sua foice.

— Até parece que vocês dão conta, bonachões — complementa Rioth — Dois mosqueteiros amadores não têm a menor chance contra ele. Deixe a luta comigo, e eu o farei perder mais do que uma perna!

Kosuta olha para os três, de maneira confusa. E então, ele solta uma risada maligna, que ecoa por todo o salão, até o som ficar ensurdecedor no túmulo dos mosqueteiros.

— HAHAHAHAHAHAHA! Esses seus companheiros são corajosos Renāto, e tolos também. Poderia estraçalhá-los rapidinho só com minha Dentō, mas como quero treinar minha habilidade com a Saisupe, vamos fazer um trato. Se os três engomadinhos me fizerem usar a minha perna amputada, atendo ao pedido que quiserem. O que me dizem?

Os três se armam com suas rapieiras, como se tivessem concordado com Kosuta sem dizerem uma palavra.

— Trato feito, mosqueteiros. Vamos para a minha área de combate particular, ou melhor, deixe-me trazê-la até vocês!

E então, o salão se molda de maneira mágica até virar uma arena. Os armamentos espalhados pela casa de Kosuta se interligam e constroem um grande domo. As vestimentas de mosqueteiros caídos tomam o chão, formando um grande tatame azul e branco. Renāto parte para um canto da arena e encosta na parede do domo, confiante em seus colegas mosqueteiros. Portz, o mosqueteiro restante, o acompanha. 

— Às vezes esqueço que não sou o único lutador de meu Kai… — murmura Renāto — Obrigado, companheiros!

— Mosqueteiros — diz Tulbs, tomando a iniciativa — Formação!

Tulbs, Rioth e Wierd parecem se transformar em outras pessoas. As posturas dos três se espelham uma na outra. Os três se posicionam, armados com uma rapieira em uma mão, e um mosquete na outra. De repente, as duas armas começam a ficar tomadas por uma aura bicolor: A rapieira se envolve com uma aura vermelha  e o mosquete com uma aura azul.

Kosuta para de se apoiar em sua foice, e enrijece sua postura. Seu equilíbrio é como de alguém que nunca tivesse perdido uma perna.

— Interessante. Em meus tempos áureos de estudo, li algo sobre essa formação, a qual os lendários realizavam. Confesso que vocês tinham minha curiosidade…

De repente, ele fica envolto por uma aura totalmente vermelha escarlate, e se prepara para atacar. Seus olhos se tornam labaredas brancas, e sua foice fica eletrizada por uma corrente elétrica vermelha.

— Mas admito que agora, possuem a minha atenção. VENHAM!

Girudo x Kosuta!

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Olá, eu sou Silas Santos!

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