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Uma grande sensação de desespero esmagava seu coração e o deixava sufocado, como se alguém estivesse o torturando, mas não sentia dor, apenas o medo e desespero depois que sua visão foi reduzida ao nada. Queria gritar, mas não conseguia, queria correr, mas não podia, queria chorar, mas não saía nenhuma lágrima. Como se estivesse sendo sufocado e preso: completamente importente. Foi quando ele acordou…

— Ah!

…O jovem se levantou rapidamente da cama, segurando seu peito com força, respirando fortemente e com lágrimas deslizando pelas suas bochechas.

Algo gritou um “ai” naquele quarto, mostrando nitidamente sua dor, porém, Dante não ouviu ou percebeu alguma coisa.

— Só foi um sonho… — sussurrou para si mesmo, enquanto, gradualmente, se acalmava.

O jovem viu as lágrimas em seu rosto, limpou-as.

Olhou para o lado e viu a forte luz do sol invadindo seu quarto e o iluminando.

“Já está de manhã!”, olhou para o lado, e viu uma garota agachada no chão, segurando sua cabeça.

— Ai, ai, ai! Isso doeu…!

— Veterana?

Chloe o olhou, com o seu rosto ainda mostrando dor e olhos lacrimejando, e disse:

— Eu vim aqui te acordar… Esperava pelo menos um “bom dia, linda veterana”…

— Humildade está em dia, hein?

— Mas ao invés disso, fui recebida com uma cabeçada!

Dante fez um dano crítico em Chloe, que ainda permanecia agachada com a mão na cabeça. O garoto não sentiu o impacto e nem a dor da cabeçada por causa da adrenalina após o pesadelo que teve.

— Desculpa, é que não tive um sonho muito legal.

— …Que tipo de sonho você teve ao ponto de me dar uma cabeçada?

Colocou a mão no queixo, lembrando-se vivamente do que sonhou na noite passada. Não era o tipo de sonho que você esqueceria em algumas horas ou logo depois de acordar, além do mais, era muito lúcido, algo que o deixou ainda mais pertubado.

— Na verdade, estava mais para um pesadelo…

Chloe sentou em sua cama, prestando atenção no garoto, enquanto fazia carinho na região em que levou o ataque: na testa.

— Acho que eu estava em uma floresta estranha… Ouvi uns sons de correntes batendo no chão, até o momento em que uma agarrou a minha cabeça, e…

— E…?

— E… “splash”, esmagou minha cabeça…

Chloe não se importou muito com o relato do sonho, afinal, sonhos eram sonhos, e qualquer coisa poderia acontecer em um, até mesmo a sua cabeça sendo esmagada por correntes. Porém, agradeceu ao seu cérebro por não ter pesadelos com frequência.

— Por falar nisso, Chloe, porque você veio me acordar?

A resposta era óbvia, claramente para trabalhar, até porque não havia muitos motivos, além desse, para a garota o acordar em seu quarto. Não conseguia prever nenhum outro motivo.

— É mesmo! Você está atrasado! Vamos, rápido! Temos que trabalhar!

— O quê?! Será que o despertador não estava ativado?

Não era isso, pois o despertador começou a fazer seu trabalho naquele momento, tocando repetidamente uma música de anime. Dante ficou sem graça, por causa da música sendo tocada, suas bochechas estavam ficando coradas. Tinha um pouco de vergonha de algumas pessoas ouvirem música do alarme.

Chloe olhou confusamente para ele, depois para os lados, depois para a estante onde o celular do garoto estava, ficando fascinada com aquele item tocando uma música, que ela até estava gostando.

Enfim, algo que o jovem não pensou na noite passada em relação foi que…

“O fuso-horário daqui é diferente do Japão…”, se sentiu burrou por não ter pensado naquilo.

Após isso, a garota deu um tempo para o jovem se arrumar, enquanto ia atrás de Ren para começar o trabalho: outro que havia se atrasado.

Saiu de seu quarto, já uniformizado, e andou até o andar debaixo, onde encontrou Chloe.

— Foi mais rápido do que eu pensei.

— Desculpa por atrasar a gente…

— Não se preocupe, você não é o único que se atrasou.

Ela olhou Ren, que estava encostado na parede comendo um pão.

— Que demora foi essa para pegar um pão, hein?

— Não enche meu saco… Cara, isso está bem gostoso… — falou com a boca cheia e mordendo ainda mais o pão.

— Senhores, se podermos começar as tarefas agora, seria ótimo. Os outros já começaram.

— Chloe, Chloe, você leva o trabalho muito a sério.

— E não é para levar?

Assim, o segundo dia de emprego de Dante Katanabe começou, e, dessa vez, com algumas tarefas invertidas e que não foram feitas no dia anterior, o que deixou o garoto curioso. Aparentemente, não teria algumas tarefas todos os dias, o que seria bom, já que poderia se aperfeiçoar em áreas que nunca trabalhou antes.

Enfim, o dia só estava começando, e no meio da tarefa de limpar os corredores, acabou esbarrando em uma pessoa de baixa estatura.

— Ah, me desculpe, não prestei atenção.

Era Melli, que o olhou de baixo pra cima, não se importando muito com aquilo. Sem dizer uma palavra, ela curvou sua cabeça para baixo, e foi em direção à sua próxima tarefa.

— Eh, pelo menos ela não me ignorou dessa vez…

— Fez amizade com a Melli? — Chloe perguntou.

— Não. Ontem eu dei boa noite para ela, mas fui ignorado…

— Bem, a Melli é bem reservada, introvertida e calada. Acho que ela não vai querer muito conversar com você, um novato — disse Ren.

Dante pôde ver a garota sumindo do seu raio de visão.

— Bem, quem sabe um dia, né?

Depois disso, continuaram suas tarefas. Não aconteceu muita coisa de surpreendente no resto daquele dia, apenas trabalho e conversa.

Até que a noite veio, e a penúltima tarefa estava completa.

— Cara, limpar os banheiros é cansativo… — falou Ren, bocejando e se alongando.

— Pois é, mas ainda falta limpar o closet — comentou a garota — Depois disso, poderemos descansar.

— Aaaah?! Sério? Estou cansado… Não podemos não limpar o closet e falar para o Chap que esquecemos?

— Não… não podemos fazer isso.

O rapaz sentou no chão, com o rosto ainda mais cansado em ouvir aquilo. Chloe tentou levantar Ren forçadamente, enquanto ele se recusava a voltar a trabalhar com um rosto triste. Dante, vendo aquela cena, disse:

— Ei, vocês dois, podem deixar que eu limpe o closet sozinho.

— Hã? — A garota franziu as sobrancelhas.

— Está falando sério, Dante?! — o rapaz o questionou animadamente.

— Eu atrasei a gente, não? Acho que seria justo vocês acabarem acabarem primeiro.

— Você tem certeza? — Chloe perguntou.

— Muito obrigado, Dante! Nunca esquecerei o que você fez por mim!

Quando olharam para os lados, não viram Ren em lugar nenhum.

— Ele estava com preguiça de trabalhar, mas saiu daqui tão rápido quanto um raio. — Ela suspirou — Enfim, se você tem certeza mesmo, não vou te impedir. Estarei tomando banho enquanto você faz a limpeza de lá. Depois verei como você se saiu sozinho, tudo bem?

— Certo!

Essa foi a primeira tarefa que o jovem fez sozinho em seu emprego. Foi até o closet e começou a limpá-lo como nunca, deixando seu piso brilhante e paredes extremamente limpas. O local não era muito grande, então, acabaria rápido a tarefa, e poderia ir tomar banho e se jogar na cama.

— Prontinho! Tarefa feita!

Encostou a vassoura na parede, junto do pano que estava em cima dela.

Feliz com mais um dia de trabalho bem sucedido, mal esperava pelo dia seguinte. Com isso, todos os afazeres foram concluídos.

— Vou logo para o banho e…

No momento em que colocou a mão na maçaneta do closet, a luz emitida pela pedra de mana se apagou.

“Hã, o quê?”

O jovem pegou a vassoura e tentou acertar a pedra mágica usando a ponta do cabo. Estava escuro, e se esforçava para achar a localização certa da pedra.

“Será que acabou a mana?”

Era uma hipótese. Como não sabia a quanto tempo aquela pedra de luz estava ativada ali, a conclusão mais sensata era essa. O pior, era que não se podia carregar a pedra mágica, já que não possuía magia ou mana.

“Talvez o chefe tenha alguma sobrando por aí… Vou perguntar para a veterana depois.”

Colocou a vassoura no canto novamente, e foi até a porta.

— Hã?

Foi quando, de forma repentina, a luz foi acendida novamente…

— Voltou ao normal?

…E se apagou novamente.

Dante foi empurrado de forma violenta no chão. Não viu quem ou o quê foi, mas aquilo o assustou. Tentou se levantar, mas uma enorme sensação de ardência assolou a região da sua barriga, e aquilo o impedia de se levantar.

Tentou gritar, mas o sangue saindo de sua boca o impediu.

Não sabia o que estava acontecendo, e o porquê daquilo estar acontecendo tão repentinamente, mas, a dor causada em seu corpo fez o derramar muitas lágrimas.

“Que porcaria está acontecendo…?”

Sentiu seu nariz arder e sair sangue dele também. Com isso, começou a se sentir sufocado.

A luz da pedra mágica começou a acender e apagar de forma repentina e rápida. Conseguiu ver o seu corpo, e ficou em completo desespero.

Havia um enorme buraco na região do seu estômago. A visão de sua carne humana, entranhas e sangue o fizeram passar mal. Vomitou sangue.

Sua visão começou a ficar turva, sentiu o coração bater ainda mais forte e a respiração ficar mais fraca.

— S… soc… — Tentou pedir ajuda, porém, sem sucesso.

“Por que isso está acontecendo de novo…?”

Sua visão estava começando a falhar.

“Não… quero morrer…”

Não é como se tivesse muita opção, pois já estava morto.

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