— Atchim! Brrrr! …Caramba…
Dante estava esfregando as suas mãos desesperadamente pelo seu corpo, por que? Porque ele estava com muito frio.
Já que o garoto não queria gastar dinheiro comprando roupa para a sua escrava, como uma forma de economia, ele decidiu emprestar para ela o seu casaco, como vestimenta.
Por isso, ele estava com muito frio, além de que tinha começado a nevar no dia anterior. Naquele momento, as ruas estavam com neve, uma pouca quantidade até o momento.
— Aí, você tá bem?
Rishia perguntou, pois estava se mostrando preocupada com o garoto. Ele olhou para ela, e respondeu:
— Só um pouquinho de frio… nada demais… Atchim!
— …Você mente mal.
— Ei, os dois, foco — o detetive exclamou a os dois que estavam atrás dele — Dante, Rishia. O que vocês acham disto?
Sherlock falou enquanto apontava para a parede.
— Marcas de sangue?
— É, isso são marcas de sangue!
Os dois responderam ao detetive. Os três estavam em uma casa de uma família normal. Eles estavam ali investigando, tinha acabado de rolar mais um sequestro e, dessa vez, dentro da casa dessa família. Dava para perceber que rolou uma briga no local, estava tudo bagunçado, e algumas coisas quebradas.
— Sim, são marcas de sangue. Elas são poucas, realmente não tem muito sangue nesta parede. Julgando que o único local com sangue nesta casa é aqui, e tem esse pouco de sangue, podemos pensar que; quando o sequestrador veio levar a vítima, ela reagiu, fazendo um machucado não tão grande no criminoso. Mas parece não ter adiantado. Estou certo, senhora?
Ele perguntou para uma senhora que estava no local. Aquela senhora de idade era a mãe da vítima, ela estava com uma cara assustada e de preocupação, mas só acenou positivamente com a cabeça.
— Entendi.
— Ei, ô Sherlock Holmes!
— É Sherlock Grand’ilbalcitk!
— Eu sei, é só que, não é melhor a gente fazer perguntas pros parentes da mulher, não?
— Eu queria dar uma olhada no local primeiro. Mas se quiserem, já podem interrogar eles. Depois me passem as informações.
Depois disso, Dante e Rishia foram até a família da casa. O garoto foi conversar com a senhora que respondeu ao detetive anteriormente, e a cavaleira foi conversar com um senhor de idade.
— Senhora, se não se importar, cê poderia me falar sobre a aparência da sua filha? Vai ser útil para a investigação.
Dante recebeu todas as informações que precisava e, depois disso, ele anotou tudo em seu celular.
— Ei, Dante!
Rishia foi em direção a ele e perguntou:
— Recebeu informações da mulher?
— Sim, só dela mesmo.
— Recebi mais informações do sequestrador.
— Sério?
— Sim. Pelo visto, ele estava usando um manto com capuz na hora do sequestro, então não puderam ver seu rosto.
— …Ahn, mas assim complica a nossa vida!
Dante falou, com um tom tristonho.
— Por falar nisso, por que eu não recebi nenhuma dessas informações? Cê sabe me dizer?
— A senhora tinha chegado na sala quando a filha já tinha sido sequestrada, ela deveria estar dormindo naquela hora.
— Hm, entendi. Então eu perguntei pra a pessoa com a menor quantidade de informações.
— Essas informações vão ser úteis — Sherlock falou. ele acabou aparecendo do nada perto deles, isso fez Dante se assustar — Então, gravem bem elas.
— …Agradeceria se você não aparecesse, assim do nada…
Após isso, um tempo se passou, e eles ainda estavam na casa investigando. Foi quando o garoto percebeu que precisava fazer uma necessidade urgente.
— Ei, Rishia. Preciso ir no banheiro, tem algum banheiro público aqui? É urgente!
— Ahn? Hm, bem, se você quer tanto assim fazer cocô, o banheiro da casa fica no…
— Eu não quero fazer cocô! Quero fazer xixi! — exclamou o garoto, enquanto seu rosto estava vermelho de vergonha — E eu não quero usar o banheiro desta casa, é falta de educação, ainda mais na situação que a gente está agora!
— Ah, certo. Tem um banho público lá fora, perto dele, um banheiro público, pode usar ele.
— Ok, valeu!
Dante saiu da casa e foi em direção ao banheiro público. Chegando lá, ele viu um grande local, com uma grande pias com torneiras, um grande espelho acima da pia e vários compartimentos com privadas.
“Uau, parece que este local aqui é bem atual para um mundo medieval! Pensando bem, o banheiro da mansão também era assim. Que pena que a da hospedaria não é.”
Ele também percebeu que tinha ninguém naquele local, mas decidiu ignorar isso totalmente. O garoto correu rapidamente para um dos compartimentos com privadas para poder urinar.
Depois de fazer xixi, ele foi em direção a pia e ligou a torneira.
— Não dava para dar descarga, mas pelo menos dá para lavar a mão. Peraí, será que isso é normal neste local, Sabedoria?
Com essa dúvida em sua mente, ele decidiu perguntar para a Sabedoria, a antiga Deusa da Sabedoria, mas ela não respondeu.
— Hm, será que ela tá dormindo?
Bem, não importava no momento. Ele fechou a torneira, e secou a mão em sua blusa, já que parecia não ter toalha no local.
— Tudo bem, então está na hora de…
A sua frase foi cortada, porque algo inesperado aconteceu ali.
— Ah…
De repente, sua cabeça se abriu rapidamente por uma pedra, uma grande pedra. Ela só não abriu como se espatifou por completo, pareceu que a cabeça dele acabou explodindo aleatoriamente e rapidamente. Isso aconteceu em frações de segundos, matando o Dante na hora.
Podia se ver carne humana espalhada pela sala, junto de sangue que estava em todos os cantos, inclusive no espelho. Seu corpo caiu rapidamente no chão gelado.
Um dos seus olhos acabaram voando com a explosão de sua cabeça, e acabou dando de cara na parede, o seu outro olho caiu no chão, mais especificamente na poça de sangue que estava no local, e ele se mexeu lentamente até ficar parado.
A pedra que parecia ter vindo do além, estava no chão e, cheia de sangue. O olho do Dante que tinha ido parar na parede, acabou deslizando lentamente até essa pedra, fazendo a parede manchar com sangue cada vez mais.
