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Alguns minutos antes de Angel chegar no vilarejo, Freya estava sentada na mesa, escrevendo alguma coisa em um papel. Alice estava lá também, a vigiando, e com curiosidade.

Havia alguns outros papéis em cima da mesa também, todos em branco.

— O que você está fazendo?

Decidiu perguntar.

— Fazendo uns desenhos. Fiz esse aqui pra você.

— Sério?

A garotinha virou o papel que estava na mesa e o entregou para Alice. Quando a súcubo pegou, viu algo que a encheu de alegria. Era um papel com o que parecia ser ela e Freya, lado a lado, de mãos dadas e com um sorriso no rosto.

— Hehe. Adorei. Obrigada, pequena.

— Fico feliz que tenha gostado. Agora, eu só estou esperando você me ensinar a escrever — disse meio envergonhada.

— Uh?

Alice pensou um pouco, até que se lembrou de ter dito que iria ensinar ela a escrever, para fazer uma carta para Dante.

— É mesmo! Eu havia me esquecido!

— Então podemos fazer isso agora?

— Claro!

— Ebaa!

A garotinha comemorou. Finalmente ela seria ensinada a escrever.

Alice foi ao seu lado, pegou uma folha de papel em branco, e tentou ensiná-la como se escreve, desenhando o alfabeto na lateral como referência.


Depois de um longo dia, com as compras e o término de seu trabalho, Dante se deitou e se espreguiçou na cama de seu quarto.

— Hoje o trabalho terminou muito cedo.

Ainda estava de dia, faltava algumas horas para começar a escurecer. Geralmente, suas tarefas terminavam a noite, junto de seus colegas de trabalho, mas, hoje foi diferente.

Ele ainda estava usando seu uniforme de trabalho, a roupa de mordomo, e estava tentando encontrar uma boa posição naquela sua confortável cama. Não para dormir, e sim para relaxar um pouco.

— O que posso fazer agora?

Estava em dúvida. Tinha muito tempo sobrando.

— Aquela garota foi embora, não tive nenhuma boa resposta.

Kaori apareceu naquele local do nada, fazendo surgir uma pulga atrás da orelha do garoto. Ela a conhecia, mas ele não. Dante queria entender isso, mas a jovem não explicou nada, e foi embora no mesmo dia.

[Bem, acho que sei o que você pode fazer?]

— Sério o quê?

Sophie não respondeu, e deixou que ele encontrasse a resposta sozinho. Imaginando o que poderia ser, como um estalo em sua mente, chegou no que a garota queria dizer.

— Você é uma gênia!

Dante ficou bastante feliz com a sugestão sugerida por ela. Ele entendeu o que Sophie quis dizer, e a garota também se alegrou quando o jovem chegou no mesmo pensamento que ele.

O garoto comentou mais cedo que queria fazer isso, e até a sua amiga fada comentou sobre. Então, na parte de trás da mansão, onde os funcionários cuidavam das moitas do local, ecoou um grito.

— Regulus!

Um raio de eletricidade negativa foi disparado no chão.

— Tão maneiro!

Após Sophie dar a ideia, Dante correu até o vilarejo e buscou Flora. A partir disso, eles começaram a treinar a magia de raio negro, assim como queriam.

A fadinha estava sentada em seu ombro, olhando com atenção cada magia sendo proferida pelo garoto. Porém, algo a incomodava, e para a confirmação, decidiu fazer algo.

— Dante, quero que você faça um estilo diferente da magia de raio negro agora.

— Oh? E qual é?

— Quero que diga “eletruns regulus” e solte a magia. Entendeu?

— E o que isso faz?

— É uma bola de eletricidade. Então, tome mais cuidado. Não acerte nas árvores!

— Entendido.

Precisava de uma certa concentração para soltar a magia. Não era dizer o encantamento e pronto. Precisava de concentração. Então, estava tranquilo ela dizer o encantamento enquanto explicava para o garoto. Uma bola de eletricidade negra não iria surgir do nada.

— Entendo. Uma bola, né? Nesse caso!

— Huh?

O garoto estava soltando a magia normal de raio negro que ele conhecia, “Regulus”, utilizando o dedo indicador para mirar. Mas, dessa vez, ele iria fazer algo diferente. Arrastou sua perna para trás, deixando a outra na frente. Estendeu a mão no ar e a levou para trás.

— Eletruns…

A bola de eletricidade negra surgiu em sua mão com um tamanho pequeno, crescendo eventualmente, até ficar maior que sua mão.

— …Regulus!

Levou seu braço para frente com rapidez, soltando a magia em uma parte onde não havia risco em pegar nas árvores ou na mansão. Afinal, se causasse um incêndio agora mesmo, tinha medo de imaginar o que Chap faria com ele.

A bola de eletricidade explodiu no céu, apenas deixando sua fumaça. Flora olhou para aquilo e suspirou. As suas dúvidas estavam corretas.

A fada se levantou do ombro dele e voou até ficarem cara a cara.

— Isso não é bom. Infelizmente, temos um problema.

— Uh? O quê?

— Você está usando uma quantidade de mana desnecessária.

— O quê?!

O garoto não gostou de ouvir aquilo e ficou preocupado. Em sua mente, aquilo era ruim. “O que fiz de errado?”, era o que se passava por sua cabeça.

— Permita-me explicar. — Limpou a garganta — Por algum motivo que não sabemos, quando você utiliza a nossa magia de raio negro pelo contrato, você está sugando mais mana que deveria. Com isso, ficaremos sem magia mais rápido. Por isso, precisamos de algo que ajude você com isso. Algo como uma varinha, ou um cajado.

Nesse momento, a preocupação de Dante se transformou em animação ao ouvir a palavra “cajado” e “varinha”. Esses dois objetos eram usados por magos para auxiliar na magia, e com esse conhecimento, o garoto se imaginou em dois cenários.

O primeiro: um mago velho e sábio com uma longa e macia barba branca no rosto — mesmo a sua aparência sendo a atual —, ele segurava um poderoso cajado em suas mãos, enquanto caminhava fervorosamente pelo topo da mais alta montanha daquele mundo. Enfrentando o frio, junto dos fortes ventos que balançavam sua roupa. O segundo; um jovem mago voando em sua vassoura, e apontando a sua varinha para frente, com um sorriso no rosto.

O garoto levantou sua mão.

— Mas pra que eu precisaria exatamente de um cajado ou uma varinha? — animadamente questionou.

— Bem… tanto um cajado quanto uma varinha tem várias utilidades. E uma dessas é para catalisar a magia. Desse jeito, você poderá usar magia sem gastar uma quantidade desnecessária.

O garoto entendeu agora. Aquilo iria o ajudar a não gastar mais do que devia da mana de Flora.

— Bem, por sorte, temos aquele item tradutor que exala muita mana. Assim posso encher meu box. Mas seria bom você ter um cajado ou uma varinha.

— Entendo. Então, quero um cajado. Na próxima vez que eu for em Kuyocha, irei conversar com a Alfrey sobre isso — disse para si mesmo.

— Tudo bem. Vamos tentar mais uma vez. Vamos lá!

— Tudo bem.

Continuaram a tarde inteira treinando.

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