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Capítulo 87 – Morte inesperada ou não? X

『Aviso: alteração no tempo verbal』

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Wat sentiu que seu braço tinha sido arrancado. Ele cerrou os dentes com força, mas era como se não conseguisse respirar de maneira apropriada. A partir desse momento em diante, Rei então começou a sua sessão de tortura.

Enquanto a diversão unilateral continuava, Tyrant, Rina e Kazuki observavam assustados para aquela cena ridícula de longe. Embora a vista não fosse agradável, o próprio cenário parecia uma assinatura sangrenta do que Rei era capaz de fazer com as suas habilidades. 

Claro, houve uma leve hesitação no começo após ver o estudante torturar Wat, e por um instante Kazuki até mesmo cogitou em descer e interferir no assunto. Entretanto, no final, ele preferiu apenas observar e deixar aquela situação nas mãos de Rei. 

A princípio, o estudante não pretendia levar as coisas adiante. Sequer pensou na possibilidade de usar um método violento como a tortura, seu único objetivo era recolher informações. 

Todavia, após notar como Wat não abriria a boca de maneira alguma, seu único pensamento foi; “ele merece uma boa surra. Depois disso talvez ele possa abrir a boca”.

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— Acho que já chega. Você não vai falar mais nada? Não pensei que você fosse tão devoto. 

Wat mal conseguia manter-se de pé, com a consciência falhando após ser acertado violentamente inúmeras vezes no corpo. 

O estudante então acrescentou: — Em comparação com a morte e a dor que você causou nos outros, ainda acho que isso é leve demais. 

“Seu ombro esquerdo e antebraço estão deslocados, suas mãos também não estão legais, fora as suas costas que estão em um péssimo estado. Seus ferimentos parecem ruins, mas ele ainda consegue se mover e falar…”

Comentou em pensamentos, limpando as mãos encharcadas de sangue na própria blusa. 

— As coisas… não… vão ficar assim — respondeu Wat de volta, com os olhos injetados de raiva. 

A figura que antes mais parecia a de um anjo, agora era irreconhecível, com vários hematomas no rosto e sangue jorrando de seus ferimentos. 

O cheiro de carne pobre enchia a atmosfera, enquanto um rastro de sangue espalhava-se por toda a região, deixando-a ainda mais aterrorizante com a escuridão do início da noite. 

— Insolente! Mesmo que você me torture, isso não vai adiantar em nada — advertiu, com dificuldade em falar, mas com uma certa arrogância e confiança nas próprias palavras. 

— Espere até a igreja de Querpyn ficar sabendo disso… eles vão te caçar até o fim do mundo. Mesmo que eu seja um sacerdote com a menor patente daquele lugar, ainda sou respeitado e essencial — acrescentou, então logo começou a rir mesmo com a sua péssima condição.

Wat sequer conseguia manter a consciência. Foi quase um surto de raiva dizer essas palavras que pareciam pressas em sua garganta. 

— E como eles vão saber disso se você estiver morto? Deixa de falar merda, seus adoráveis companheiros morreram. Ninguém vai vir aqui para te salvar — retrucou o garoto, sem poupar palavras. 

Em resposta, o homem respondeu: — Não seja por isso. 

Dito isso, Wat moveu suas mãos quebradas até a calça e tirou do bolso um pequeno colar com uma pedra carmesim em seu centro. Demorou algum tempo até que ele pudesse mover o colar com a mão até próximo do rosto, onde em seguida ele mordeu a pedra vermelha com todas as forças que tinha — ao ponto de quase quebrar os dentes. 

No momento em que terminou de engolir todo o líquido viscoso que saiu da pedra, um sorriso formou-se em seu rosto antes de declarar lentamente: — Que a justiça da deusa Vermeti seja feita. 

Lágrimas começaram então a escorrer involuntariamente do rosto de Wat. 

“Ah… não esperava que fosse usar isso dessa maneira ridícula… sinto mais uma vez… que este é um mundo que eu desconheço. No final, parece que a minha deusa me abandonou…”

Wat caiu no chão e lamentou internamente pelo rumo que as coisas se seguiram. O restante de sua força e energia vital então foram drenadas de seu corpo, e uma luz vermelha saiu de dentro de sua boca em uma velocidade anormal, indo em uma direção em linha reta. 

Zap. 

— Está satisfeito agora, muleke? Você conseguiu o que queria. — Essas foram as últimas palavras de Wat, antes de revirar os olhos e morrer 

— …  

O estudante aproximou-se para conferir a sua condição, mas após perceber que Wat tinha morrido, um suspiro profundo saiu de sua boca. 

— Ele realmente morreu…

— Que loucura.

Embora tivesse presenciado todo aquela massacre, Rei se sentiu grato por conseguir permanecer racional naquela situação. Ele sempre foi mentalmente forte, mas agora, por algum motivo ele podia tomar decisões sem um pingo de culpa, mesmo em ocasiões perigosas. 

Ele rapidamente se recompôs e olhou para a passagem ainda sombreada pelo sangue e escuridão, e então se virou para o local onde Tyrant, Rina e Kazuki estavam. 

❖ ❖ ❖

Quando chegou em cima da casa velha, a primeira coisa que Rei fez foi se aproximar de Kazuki, virando a cabeça para o lado e dando um passo à frente ao mesmo tempo.

— Terminei. 

— Com isso, acredito que vocês não tenham mais que se preocupar com os fanáticos da igreja de Querpyn novamente. 

Após escutá-lo, a expressão de apreensão no rosto deles era inegável, mesmo que estivessem tentando esconder, ainda era muito nítido como se sentiram após presenciarem de longe o que ocorreu. 

No entanto, apesar da similaridade de suas expressões, o sentimento de cada um deles era diferente.

Kazuki sentia-se culpado, queria trocar de lugar com Rei, para que ele não tivesse que sujar as mãos ao matar tantas pessoas. Ele temia que algo pudesse mudar na personalidade do estudante.

Enquanto Rina somente queria agradecer, mesmo após presenciar todo o massacre unilateral. Ela no fundo, pensou naquilo como justiça, apesar de sangrenta, ainda era justiça. 

Enquanto Tyrant juntou as mãos e orou para o universo, desejando que a alma de todos que morreram naquele local fossem para um lugar melhor. 

— Obrigada. Muito obrigada pelo que fez pela gente! Se não fosse por você, hoje teria ocorrido um massacre de uma escala sem precedentes. Consigo até mesmo sentir a vibração e energia positiva erradiando o ambiente ao redor, o propósito do universo é incrível. — Tyrant foi a primeira a agradecer, enquanto deixava algumas lágrimas escorrerem pelo rosto. 

Continua…  

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