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— Então você vai mesmo nos ajudar? — Zernen questionou, com um sorriso no rosto.

— Vou, mas depois vou querer saber mais detalhes sobre tudo. As suas visões, absolutamente tudo!

— Certo! — Balancei a cabeça positivamente. Ela seguiu andando em direção à porta, enquanto eu e o Zernen nos afastávamos para a parede lateral rente à porta. Alexandra pegou na maçaneta e abriu a porta, seu formato retangular vindo sobre nós, mas logo voltou com toda força. Blam! A porta fechou-se.

— V-Vossa majestade, Princesa Alexandra, o que a Srta. faz por aqui? Digo, nem a vimos! — disse um deles.

— Tem noção do que a vossa ausência causou?

— Vossa majestade?

— Olhem para ali.

— M-M-Mas aquela é a…

— Droga! Estão raptando a princesa Meredith!

Ouvi passos correndo, suas vozes ressoaram cada vez mais longe dos meus ouvidos.

— Mil perdões, vossa majestade! Nós a traremos de volta!

Alexandra abriu a porta e esticou sua mão, dando sinal para que pudéssemos sair.

— Você enganou eles muito bem. — Soltei um sorriso, enquanto carregava a Meredith em meus braços.

— Sério! Se eu tivesse essa magia, eu seria o homem mais feliz do mundo!

Nem queria saber o que Zernen faria se estivesse em posse desse poder.

Saímos caminhando, como a princesa Alexandra disse, pelos corredores. Ela disse que estava nos guiando para um compartimento onde ficava localizada uma passagem secreta que iria dar para fora do castelo.

Ela contou que essa passagem secreta foi originalmente construída para a fuga da família real caso uma guerra acontecesse, mas que, com o tempo, ela, Meredith e companhia usavam para fugir do castelo e se aventurar fora dele.

Foram dias divertidos. Contudo,
quando cresceram, tudo se desfez e agora carregavam o fardo de assumir seus papéis reais no reino de Hengracia.

Ela também começou a lamentar sobre sua irmã. Um desabafo sobre como a inveja havia tomado conta do seu coração — nisso tenho que concordar — de como não imaginava tal coisa e muitas outras coisas que faziam seus traços contorcerem-se em uma expressão triste.

No fim, descobri que eu era um péssimo conselheiro. Tentei de tudo usando as palavras do herói, mas não deu em nada.

— Muito obrigada por tentar me animar.

Pelo menos recebi um sorrisinho daquele rostinho gentil.

— Mudando de assunto, princesa Alexandra…

— Espere um pouco. — Alexandra me cortou, avançando um pouco mais adiante. Zernen estava na retaguarda, vigiando as nossas costas.

No próximo corredor, haviam dois servos caminhando para este corredor.

— Ei, vocês…

Espreitei um pouco, podendo avistar dois servos trajados de ternos negros e camisa branca no interior, provavelmente mordomos.

— Vossa majestade, Princesa Alexandra!

— Na vossa atrás. — Alexandra apontou o seu dedo indicador para o rosto de um. Quando eles viraram os seus olhos, depararam-se com a visão de mim, carregando Meredith no colo e Zernen, que estava na minha retaguarda. A gente corria.

— O que? Intrusos! — bradou um deles, seguido do outro: — E estão raptando a princesa…

— Do que estão a espera? Estão raptando minha prima!

— C-Certo! Fique aqui com a princesa — informou ao seu companheiro e ele concordou com a cabeça. — Eu vou avisar os soldados!

— Vão os dois!

— Mas princesa… — murmurou um deles. Contudo, com a voz grave e uma expressão severa, Alexandra emitiu:

— É uma ordem!

Ambos assentiram com a cabeça e, então, correram com todo seu fôlego para frente. Após sumirem da nossa vista, Alexandra deu sinal para que pudéssemos avançar.

E foi desse jeito que fomos nos livrando de muitas pessoas que por aqueles corredores passavam, desde servos a soldados. A magia de ilusão da princesa Alexandra era realmente eficaz, não havia nenhuma falha ou defeito em suas cópias.

— Voltando àquele assunto, princesa… — Finalmente pude falar, após encontrarmos um corredor totalmente limpo.

Alexandra olhou para mim.

— Vai ser um pedido egoísta, mas eu quero que venha comigo.

— O que? — Paramos, nos entreolhando. — Ficou louco?!

— Como deve saber, eu consigo ver o futuro e no futuro não só esse castelo, mas todo o reino é destruído. E não há quem sobreviva da família real.

— Mas eu não posso abandonar a minha família, tão pouco o meu noivo.

” Perdão, mas seu noivo que se lixe!”

“Mas enfim, vou continuar insistindo até ela aceitar.”

— Eles se recusaram a ouvir! Você não pode fazer nada, princesa Alexandra!

— Se o que diz é verdade, melhor que eu fique para tentar persuadir o meu pai a receber a sua visão bem. Além disso… Vai ter o Zik para comprovar tudo!

— Zik tentou, mas sua magia é inútil.

— Como assim?

— Eu disse que sua irmã iria morrer e a esfera dele permaneceu branca.

— Que estranho. Todavia, vou falar com ele sobre isso depois que vocês estiverem bem longe daqui.

— Por favor…

— Ei, vocês… — o sussurro de Zernen atraiu os nossos olhos. — Tem alguém se aproximando, é melhor nos apressarmos.

“Parece que terei que cessar as insistências por enquanto.”

Continuamos caminhando por mais dois corredores e, por fim, havíamos chegado no último corredor.

— Ali… — Ela apontou para a porta no fim do corredor. — Fica o antigo quarto do meu avô, que agora virou um armazém de livros antigos e outras relíquias.

— Perfeito! — eu disse, enquanto continuamos caminhando.

— Ufa! Finalmente vamos poder sair desse castelo — Zernen suspirou, esticando os seus braços. — Não aguentava mais a sensação de estar sendo perseguido!

— Vocês não vão a lugar nenhum. — Um homem que saiu de um dos lados do corredor se posicionou próximo à porta, que era a nossa esperança de escape.

Ele trajava uma armadura prateada. Seus fios de cabelo azul-escuro pousavam sobre os seus ombros. Seus olhos negros, severos e perspicazes, nos analisavam de baixo para cima.

“Ah, não. Eu só posso ser o homem mais azarado do mundo.”

— V-V-Você…

Até a princesa Alexandra arregalou os olhos.

— Esse cara… — murmurou Zernen, seus olhos ficando tão sérios quanto os de uma águia.

— Não imaginei que pudesse estar colaborando com um crime tão grave quanto esse, princesa Alexandra. Você realmente me decepciona.

— Não é o que pensa, Xavier. Eu posso explicar!

Xavier, esse era o nome do capitão do exército de Hengracia. Sua força e poder eram literalmente iguais aos de um aventureiro rank S.

— Não há o que explicar. — Ele sacou a espada da bainha presa à sua cintura, apontando para nós. — Está claro que isso se trata de uma traição.

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Olá, eu sou o Andy Lucas!

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