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Noro sente uma dor de cabeça e, de repente, se vê em um bar. Ele está bebendo quando nota o homem maduro ao seu lado. 

“Ei, qual é a nossa missão hoje?” pergunta o jovem. “Hoje vamos nos infiltrar em uma masmorra,” responde o maduro. O jovem parece indignado. “O quê?! Você está brincando? Isso é suicídio. Eu não vou fazer tudo que aquele maluco pede.” O maduro lança um olhar de reprovação. “Vamos conseguir, e precisamos fazer isso.”

Noro sente que se tornou mais forte.

A visão se desfaz. “Quem é esse maluco sobre o qual eles falavam? E por que queriam se infiltrar em uma masmorra?” 

Noro sai dessa visão com mais perguntas do que respostas, mas nota algo emanando do corpo do jovem. 

Uma aura se forma e, no ar, surge uma pedra. Noro a pega, e ela se transforma em uma flauta de madeira. “É sério isso?” Ele a transforma em pedra e a absorve. 

À medida que Noro absorve a pedra, uma mudança sutil, mas poderosa, ocorre. Ele percebe o sussurro do vento, não como um mero som, mas como uma linguagem antiga e misteriosa. 

Intrigado, ele observa sua adaga sendo envolta por um vento escuro e sinistro, pulsando com uma energia quase viva.

Ele ergue a adaga, sentindo o poder que flui entre seus dedos. Com um olhar fixo, ele mira uma árvore próxima, uma testemunha silenciosa da floresta. Movendo-se com uma precisão mortal, Noro desfere um corte no ar. 

O vento, agora um aliado poderoso, segue o movimento da lâmina.

Um corte profundo aparece no tronco da árvore, como se tivesse sido feito por uma força invisível e afiada. 

A incisão é limpa e precisa, revelando o poder bruto contido na combinação do vento e da lâmina. Noro olha para o corte, uma expressão de satisfação e surpresa em seu rosto. 

Ele compreende, naquele momento, que adquiriu um poder formidável, uma fusão perfeita entre a natureza e a arma, entre o vento e a adaga.

‘Isso sim é útil.’

Ele retorna ao local da batalha, onde o chão exibe marcas profundas de cortes. Lá jaz o corpo sem vida do homem mais velho, decapitado e imóvel, enquanto dos restos mortais da mulher, apenas fragmentos permanecem.

“Eu realmente queria te conhecer, sabia?” Noro murmura, observando a Pantera Alpha ferida e prostrada no chão.

“Isso pode não ser da minha conta, mas vou vingar a morte dela”, declara Noro, aproximando-se da Pantera que o encara com olhos quase fechados.

Com um movimento preciso, ele crava a adaga no coração da fera, abrindo seu peito com um corte horizontal. “Adeus”, ele sussurra, fechando os olhos.

Subitamente, Noro se vê cercado por um grupo de panteras menores que a Alpha. A de cicatriz não está entre elas, sugerindo que os eventos ocorrem após a batalha. 

Estranhamente, a Pantera Alpha está faminta, desesperadamente faminta.

“Então isso aconteceu após a passagem da Serpente”, conclui Noro. A Alpha observa as outras e, num impulso súbito, ataca brutalmente, desencadeando uma carnificina. 

A luta é pela sobrevivência, pelo direito de se alimentar. “Que ironia”, pensa Noro, refletindo sobre o ciclo predatório da natureza.

E então, a Pantera Alpha se encontra sozinha, cercada apenas pela quietude pós-batalha. 

Sem remorsos ou dúvidas, ela entende que sua luta brutal foi pela sobrevivência. Contudo, algo inesperado se destaca em meio à desolação: um embrião gigantesco, com cerca de dois metros de comprimento. “Como isso é possível?”, Noro se pergunta, intrigado pela existência dessa criatura anormal.

Curiosamente, a Pantera Alpha demonstra um comportamento protetor em relação ao embrião. 

Com um instinto maternal, ela se aconchega ao lado dele e, em um raro momento de paz, adormece. A visão da Pantera, agora guardiã de uma vida misteriosa, lentamente se desvanece.

Com essa experiência, Noro sente uma nova onda de força fluir em seu ser.

Noro abre os olhos, emergindo de sua visão. Ele imediatamente percebe a presença de uma aura negra intensa e densa, que se condensa diante dele, formando uma pedra singular. 

Esta pedra, de um roxo profundo e maior que as anteriores, chama sua atenção. Ao pegá-la, ela se metamorfoseia magicamente em uma lâmina longa e curva, de cor negra com detalhes em roxo que lembram relâmpagos, estendendo-se da ponta até o cabo. 

A espada, com cerca de um metro e meio de comprimento, exibe uma curvatura elegante e um gume único, assemelhando-se a uma espada japonesa.

O cabo é ornado em preto com detalhes roxos, e a guarda é projetada para um encaixe confortável na mão.

“Uau,” Noro exclama, impressionado, enquanto balança a nova arma. Sem conhecimento específico sobre espadas, ele conjectura: “Isso é uma katana, não é?” 

Seu palpite está próximo, mas na realidade, trata-se de uma Nodachi, conhecida por seu tamanho avantajado. “Ela é tão grande… mas surpreendentemente leve,” Noro observa, admirando o equilíbrio e a beleza da arma nas suas mãos.

Noro, ainda admirando a majestosa Nodachi em suas mãos, decide testar sua nova arma. 

Com um olhar de determinação, ele se posiciona, segurando a espada com um equilíbrio perfeito entre força e leveza. 

A lâmina, negra e enigmática, parece pulsar com uma energia oculta, os detalhes em roxo vibrando como relâmpagos capturados na escuridão do aço.

Ele escolhe um alvo, uma árvore robusta próxima. Com um movimento fluido, quase dançante, Noro ergue a Nodachi acima da cabeça, concentrando sua força e precisão. 

Em um instante, a lâmina desce num arco veloz e elegante, cortando o ar com um assobio sutil.

O impacto é preciso e devastador. A lâmina afunda na madeira da árvore, deixando um corte limpo e profundo, demonstrando uma força surpreendente e uma afiação implacável. 

O corte é tão perfeito que parece quase sobrenatural, a árvore tremendo momentaneamente sob o poder do golpe.

Noro recua a espada, observando o resultado. Ele sente a lâmina vibrar levemente em sua mão, como se estivesse ansiosa para mais. 

Com um sorriso de satisfação, Noro reconhece o poder formidável que agora detém em suas mãos, uma arma que transcende sua compreensão, mas que responde a cada um de seus comandos com uma precisão mortal.

Noro dissolve a arma em sua mão e pondera: “Não sei onde encontrar esse embrião, então só me resta seguir para o norte.” Ele organiza seus pertences e parte em direção ao norte, vestindo a capa de pele que tomou do cadáver do homem mais maduro.

Enquanto Noro avança rumo ao norte, seus pensamentos vagueiam, entrelaçados com justificativas e reflexões sobre suas ações recentes.

“Eu fiz o que tinha que fazer”, Noro se convence, tentando aplacar a inquietação que borbulha dentro dele. “Eles não eram inocentes, afinal. Caçadores… ou algo parecido. Uma ameaça.”

Ele se agarra à ideia de que não havia outra escolha, uma necessidade de sobrevivência, assim como a Pantera Alpha lutando por sua vida. “É a lei da selva, do mundo em que estou agora. Matar ou ser morto.”

Mas, no fundo, uma dúvida persiste, um murmúrio sutil que questiona se haveria outro caminho, uma alternativa para a violência. “Será que eu poderia ter evitado isso? Não, não… era eles ou eu.”

Noro se perde em seus pensamentos, confrontando a realidade de suas ações com a narrativa que constrói para si mesmo, um conflito interno entre a moralidade e a necessidade brutal de sobrevivência no mundo em que se encontra.

Após algum tempo andando, Noro avista algo ao longe. A pilha de ossos parece crescer à medida que se aproxima, e algo grande se destaca à frente. Alerta, ele invoca sua Nodachi. 

“O que é isso?”, murmura, aproximando-se com cautela. Então ele vê: o embrião gigante. “Essa coisa?!”, exclama Noro, surpreso, dando um passo para trás. 

Ele rapidamente compreende que a Pantera estava ali para proteger aquela criatura. Além disso, nota que o embrião cresceu ainda mais, agora medindo cerca de três metros. 

Noro se aproxima, resoluto. “Eu preciso fazer isso. Vou matar essa coisa.”

Frente a frente com o embrião, Noro ergue sua espada e desfere um poderoso golpe vertical, mas para sua surpresa, o embrião permanece aparentemente intacto. 

“Você é mais resistente do que pensei, hein?” comenta, impressionado. 

Com a Nodachi firmemente em mãos, Noro contempla o embrião colossal diante de si. Ele respira fundo, sentindo a energia fluindo através de seu corpo. 

Levantando a espada, ele a mira com precisão cirúrgica. Num movimento ágil, ele ativa a habilidade recém-adquirida. De repente, ventos negros começam a dançar ao redor da lâmina, envolvendo-a numa aura sombria e vibrante, quase como se a própria noite se agarrasse à espada.

Noro então desfere o golpe. A lâmina, agora uma extensão do vento negro, corta o ar com uma velocidade estonteante, deixando um rastro de energia escura em seu caminho. 

O embrião, uma massa imensa e ameaçadora, parece diminuir perante a força do corte. 

A Nodachi encontra seu alvo com uma precisão implacável, dividindo o embrião ao meio com um corte tão limpo e perfeito que por um momento parece que nada aconteceu. 

Então, como um véu se partindo, o embrião começa a se desfazer, liberando um líquido estranho e viscoso, enquanto a cabeça de Noro lateja com uma dor aguda, mas dessa vez nenhuma visão ocorre.

“Ele nem nasceu ainda, afinal”, refletiu Noro, observando a aura negra emanar do embrião. Surpreso, ele testemunha a transformação da aura, que desta vez não se cristaliza em uma pedra, mas assume a forma de um olho humano, estranho, viscoso e repulsivo. “Ah, que coisa…”, murmura Noro, aproximando-se para pegá-lo. 

De súbito, o olho se desfaz em suas mãos, transformando-se no mesmo líquido que escorrera do embrião ao morrer. “Que diabos?!”, exclama ele, enquanto o líquido se contorce e, inexplicavelmente, voa em direção à sua boca, forçando-o a engolir tudo.

Noro desaba no chão, lutando por ar enquanto tosses convulsivas o sacodem. Uma dor inimaginável irrompe em seu olho esquerdo, uma sensação cortante e profunda como nunca antes experimentada. 

Subitamente, seu olho é violentamente expelido de sua órbita, provocando um grito lancinante e estridente de pura agonia. 

Desesperado, ele morde a própria mão até sangrar, uma tentativa vã de desviar a atenção da dor excruciante, enquanto o sangue jorra copiosamente do vazio que seu olho deixara.

No meio deste tormento, Noro percebe algo ainda mais bizarro e inacreditável: sua visão retorna. 

Tremendo, ele toca o local de onde seu olho foi arrancado, encontrando-o estranhamente de volta ao seu lugar. Contudo, o olho vertia lágrimas de sangue, e a dor, ainda aguda e insuportável, continuava a atormentá-lo. Ele se retorce no chão, seu corpo contorcido pela dor insuportável, enquanto lágrimas se misturam ao sangue em seu rosto, um testemunho da intensidade inenarrável de seu sofrimento.

À medida que a dor insuportável começa a diminuir, Noro se encontra em um estado de exaustão, respirando pesadamente.

“Eu odeio… esse presente maldito”, murmura ele, ainda ofegante. Então, uma percepção aguçada toma conta de seus sentidos. 

Ele se surpreende ao perceber que está vendo mais longe, com uma clareza incrível, e sente até os menores movimentos ao seu redor. 

A realidade parece se expandir em um raio de cinco metros, onde ele até consegue sentir a presença de vermes rastejantes sob a terra. “Que porra é essa?”, questiona ele, ainda confuso.

Ao voltar seu olhar para a Nodachi caída ao chão, uma visão ainda mais estranha se desdobra. 

Caracteres vermelhos começam a se formar diante de seus olhos, mudando de língua rapidamente até se estabilizarem no idioma que ele compreende. Ele lê as informações que aparecem:

neko lua

Lâmina Púrpura

Nível: (Ativo)

Dádiva: (Um Alpha solitário, que só se importa com sua própria sobrevivência, fez de tudo para sobreviver, e assim foi feito. Essa arma foi forjada em dificuldades e pode cortar tão rápido quanto um raio.)

#tela-fim​#

Chocado, Noro pensa, “eu… eu estou em uma Webtoon?” Ele desfaz a Lâmina Púrpura e invoca a Corrente Negra, e o mesmo fenômeno ocorre:

neko lua

Corrente Negra

Nível: (Inativo)

Dádiva: (Um ser que tentou fugir de seu cruel destino, mas não conseguiu. No final das contas, seu destino estava selado, morrer pelas mãos de outro alguém. Ele sempre está preso.)

#tela-fim​#

“Isso é… incrível”, ele exclama, ainda absorto na revelação. Quando seu olhar retorna ao embrião, ele percebe novas informações emergindo:

neko lua

Embrião de um Demônio

Nível: (Barão)

Ritual: (Inato)

#tela-fim​#

Noro cai sentado, atônito. “Barão?!” A ideia de ter matado um ser de tal magnitude é quase inacreditável. 

“Isso é sério?” Ele se belisca, tentando assegurar-se da realidade dos fatos. Matar um Barão, uma criatura tão poderosa e rara, é um feito quase inédito na história da humanidade. “Eu fui um dos primeiros a matar um desses.”

Ele fica em silêncio, processando a magnitude do que acabou de acontecer. Rituais, ao que parece, são dons concedidos às criaturas mais poderosas do outro lado, algo comparável aos presentes, mas em um nível muito mais elevado. 

A revelação de que acabara de enfrentar e vencer um Barão de ritual inato deixa Noro em um estado de choque e fascinação.

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Olá, eu sou Azulin!

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