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“Mas um dia vivendo essa mesma coisa, já não basta ser um escravo?” perguntou a si um adolescente.

Com 1,70 m de altura, cabelos escuros que tocavam seus ombros, olhos azuis e pele clara, sem nenhum porte físico, seu nome era Drake Clifton.

Entretanto, seus pensamentos foram interrompidos quando alguém o chamou.

— DRAKE! A porta se abriu, revelando um jovem com 1,80 m de altura, cabelos prateados curtos, olhos castanhos e pele clara. Seu nome era Victor Ashford.

— Sim, jovem mest… Antes que pudesse terminar, ele foi atingido por um soco no estômago.

Isso o fez cair de joelhos, tossindo um bocado de saliva.

Depois que a dor desapareceu lentamente, Drake ergueu a cabeça e encarou Victor, que exibia um olhar indiferente.

— Não entendo por que um escravo como você precisa ter olhos tão bonitos. Eu te odeio, disse Victor desferindo um soco no rosto dele.

— Me desculpa, jovem mestre. Eu não mereço. Sinto muito, sinto muito — suplicou Drake, enquanto limpava o sangue que escorria de sua boca.

Victor perdeu a cabeça ao assistir o quão desprezível Drake era e lançou diversos chutes contra ele.

Após apanhar incontáveis vezes pelo filho do nobre mais influente do reino, ele aprendeu a não resistir e aceitar as surras diárias.

Não muito tempo depois, Victor havia cessado seus ataques contra Drake, que estava imóvel com lágrimas escorrendo sobre suas bochechas.

— Você só serve para apanhar das minhas mãos. Você teve a proeza de ser tão inútil que sua mãe te vendeu por quinze moedas de ouro — disse ele enquanto dava as costas para sair.

“Eu vou te matar, eu vou te matar, eu matarei todos.” Toda vez que sofria nas mãos do nobre, ele tinha esse pensamento.

Mas, uma voz misteriosa e rouca ecoou dentro da sua cabeça:

“Você…”

Assustado com a voz repentina dentro de sua cabeça, Drake olhou ao redor onde seu campo de visão lhe permitia enxergar, mas não encontrou nada. Novamente, a voz misteriosa e rouca ecoou dentro de sua cabeça.

“Você quer vingança? Eu senti isso em sua alma. Posso conceder tal poder.”

A cabeça dele se encheu de inúmeros pensamentos, mas um em específico ficou evidente.

“Eu… eu não quero só me vingar do Victor, eu quero acabar com todo esse reino, esses filhos da puta.”

Seu sangue ferveu de raiva, e ele não se importando com a dor que sentia, fechou as mãos.

“Primeiro, você deve sair desse lugar, não importa como. Simplesmente fuja.”

“Mas… e-eu… eu nunca consegui fugir desse lugar. Mesmo que eu tente, eu simplesmente não consigo”, respondeu Drake.

“Você se acomodou nesse buraco. Você nunca tentou fugir antes”, explicou a voz misteriosa.

Foi então que ele teve um choque de realidade em toda sua existência.

Naquele instante, ele percebeu que não tinha nenhuma razão para fugir. Mesmo que quisesse matar todos, nunca havia tentado antes.

“Isso é uma grande merda, eu sou um merda, eu vou fugir desse lugar” pensou ele chorando.

A noite chegou, deixando a prisão dele ainda mais fria. Novamente, a porta foi aberta, mas desta vez um homem muito gordo entrou.

— Meu dia foi muito estressante, eu preciso extravasar um pouco — disse o homem, lambendo os lábios e afrouxando o cinto de sua cintura larga. Seu nome era Klaus Ashford.

Toda vez que Victor surrava Drake, seu pai Klaus entrava para se divertir com ele.

—Vejo que meu filho realizou um bom trabalho hoje, disse Klaus, observando Drake, que estava com os olhos fechados.

Porém, ele foi recebido por um chute que o fez cair de joelhos, tossindo incontrolavelmente. Seu rosto mostrava uma mistura de dor e raiva.

Drake, mesmo com o corpo dolorido, foi habilidoso o suficiente para rasgar sua blusa velha e colocá-la na boca de seu oponente. Então, puxou o cinto que estava quase caindo da cintura de Klaus.

Com o cinto em mãos, ele entrelaçou as tiras em seus pulsos e, com a parte solta do cinto, a pressionou contra o pescoço de Klaus. Em seguida, direcionou toda sua força para a perna e a colocou nas costas dele.

Mas Drake estava exausto, e logo seu último suspiro atingiu o limite. Com os olhos quase saindo das órbitas, Klaus sentiu o cinto afrouxando, e rapidamente enfiou os dedos no espaço entre seu pescoço e o cinto e puxou para respirar.

“Esse gordo não vai desistir fácil” pensou Drake, levando seu corpo ainda mais para trás.

Mesmo com todo seu esforço, ele não conseguiu, foi em vão. Klaus o puxou com violência, fazendo-o cair sobre suas costas gordas. Agora, Drake estava com a cabeça sobre o ombro de seu oponente.

O nobre mais influente do reino, por sua vez, estava com a respiração ofegante, o pedaço de pano velho caído no chão, encharcado de baba.

Até que sentiu um líquido quente escorrendo pelo lado do seu pescoço.

“Isso, você não quer morrer de um jeito, vai de outro” pensou Drake, mordendo o pescoço do nobre.

Seus dentes cravaram-se na carne gorda de Klaus, fazendo-o sangrar, o líquido vermelho manchava seus lábios e dentes. Percebendo que essa tática estava funcionando, ele fez seus dentes penetrarem ainda mais.

Klaus desferiu múltiplos socos desesperados no rosto do seu oponente, até que uma dor aguda e insuportável percorreu todo o seu corpo.

A lateral do seu pescoço estava faltando um pedaço de carne enorme, que havia sido arrancado por uma mordida feroz.

Drake cuspiu a carne fora e novamente cravou os dentes na mesma posição. Ele não tinha muitas armas disponíveis, usou tudo que tinha.

“Morre, morre, morre, morre”, pensou ele com os olhos fechados. O fedor de sangue estava insuportável.

O nobre mais azarado do reino lutou com todas as suas forças para se levantar, mas seu corpo obeso não o obedecia. Sua visão ficou embaçada e seus braços ficaram fracos, incapazes de acertar o rosto de seu oponente. Ele caiu no chão.

“Agora que você o matou, precisa ir agora. Guardas viram quando perceberem que algo está errado”, alertou a voz misteriosa na cabeça dele.

Forçando seu corpo a ficar de pé, ele se levantou e, cautelosamente, abriu a porta.

Essa porta dava acesso a um quarto subterrâneo, e, à sua frente, a cerca de dez metros, havia uma casa vitoriana de aproximadamente três andares.

Por alguns minutos, Drake entrou em um jardim repleto de rosas e flores diferentes que ele jamais havia visto antes. No centro desse jardim deslumbrante, havia uma árvore majestosa com quatro metros de altura.

“Um guarda vem aí, esconda-se, rápido”, ordenou a voz misteriosa para ele.

— Eu não vej…

— Ei, você aí! O guarda gritou.

Antes que pudesse raciocinar, uma bola de fogo foi disparada em sua direção.

“Corra”, ordenou mais uma vez a voz misteriosa, percebendo que Drake havia travado na mesma posição.

A bola de fogo explodiu ao lado dele, causando uma enorme explosão.

Uma cortina de fumaça rapidamente envolveu ele e tudo ao seu redor. Após alguns segundos com sua mente apagada, Drake voltou para o mundo real e correu rumo à árvore.

“Por que você não me disse que tinha alguém chegando?” perguntou Drake para a voz.

“Meu trabalho aqui não é ser seu guia. Além disso, eu te falei”, respondeu à voz misteriosa.

“Foda-se”, respondeu Drake. Ele havia escalado a grande árvore e teve um vislumbre de toda pista.

“Você acabou de matar um nobre. Morrer sem sofrer devido à queda é até melhor. Então, pula de uma vez”, ordenou a voz misteriosa na cabeça dele.

Ele acenou com a cabeça e correu sobre um ramo que poderia facilmente suportar três Klaus, ao se aproximar do final gradualmente aumentou a velocidade e saltou sobre o muro.

A casa do nobre Klaus estava localizada no bairro mais chique de todo o reino.

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