Após se esgueirar até um beco escuro, Drake ficou sentado para ganhar um pouco de energia.
Foram questões de minutos até que todos os guardas do reino ficassem cientes do ocorrido e bloqueassem os portões.
“O que faremos? Tem guardas por todos os lados” perguntou ele para voz misteriosa.
“Existem entradas para os esgotos, você só precisa entrar, e vou lhe dar informações assim que estiver lá dentro”, respondeu à voz misteriosa.
“Mas como eu vou fa…” antes que ele pudesse terminar, a voz misteriosa o interrompeu e disse: “Acho que foi um erro ter escolhido você, então procurarei outra pessoa”
“Seu filho da puta, você não pode me fuder” disse Drake com tom de raiva na voz.
“Você sabe o que fazer”, respondeu à voz misteriosa.
“Merda, tem guardas por toda a parte”, pensou Drake.
Ele avançou devagar até a beira do beco e olhou para fora, mas um grupo de guardas passou correndo.
Rapidamente, ele voltou a cabeça para dentro e apoiou as costas nuas na parede, prendendo o ar em seus pulmões. Após alguns segundos, o ar preso escapou de sua boca.
Drake moveu a cabeça para a pista, onde avistou uma tampa redonda de ferro presa no chão.
Antes que pudesse tomar consciência, seu corpo, por si só, já se dirigiu à tampa de ferro.
— Parado aí!, gritou um adolescente que estava empunhava um espada. Usando uma armadura completa de prata e um capacete preto, e seu nome era Alan whitman.
“Merda”, murmurou Drake. Ele cessou o que estava fazendo, girou seu corpo e olhou para Alan.
Simultaneamente os dois se entreolharam. O guerreiro que empunhava sua espada, deu um passo à frente Drake, por sua vez, subconscientemente, deu um passo para trás.
“Mate ele, mate logo”, ordenou a voz misteriosa.
“Esse cara tem uma espada, e eu nem tenho roupas direito” respondeu Drake.
Ele olhou ao redor procurando uma saída ou algo para se proteger do guerreiro, mas a voz de Alan chamou sua atenção.
— Olha, eu nem queria estar aqui, então você pode seguir seu caminho. Eu não me importo.
Alan virou as costas para ele, guardou sua espada na bainha e se afastou com passos lentos.
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“Como esse lugar cheira mal”, pensou Drake. Ele estava na parte sul do esgoto, que tinha cerca de cinco metros de altura e era bem pouco iluminado. Ratos habitavam todos os canais desse esgoto.
“Vá direto, você chegará em uma bifurcação. Pegue o caminho da esquerda e siga em frente”, ordenou a voz misteriosa.
Ele acenou com a cabeça e avançou. Após uma hora, ele se viu diante de um lago onde todos os canais de esgoto se encontravam.
“Você não precisa falar nada, eu já sei o que fazer aqui”, disse Drake, observando o lago. Água tinha uma cor verdejante e incontáveis animais estavam em torno dela.
Cauteloso, ele entrou na água e seguiu até a margem do lago, onde se deparou com uma floresta. Uma névoa densa a envolvia, como se fossem uma coisa só.
“Eu preciso de um banho”, pensou Drake, cheirando-se. Após alguns minutos, voltou para o mundo real e examinou cuidadosamente os arredores.
“Não fique parado, entre na floresta e siga em frente. Você encontrará um grimório”, disse a voz misteriosa.
Ele acenou com a cabeça entrando na floresta.
Após meia hora de caminhada, Drake percebeu um grimório negro sendo vigiado por dois esqueletos. Eles empunhavam uma espada longa feita de ossos.
Ele parou a uns dez metros quando notou que os dois monstros humanoides o encaravam.
“Puta merda, m-monstro”, disse Drake, apontando para os esqueletos.
“Vá em frente, eles estão sob minhas ordens e logo estarão sob as suas”, respondeu à voz misteriosa.
“Eu confio em você” disse Drake voltando a caminhar novamente, no entanto, ele parou: “Eu não confio em você. Eu só quero matar todos, e você também deseja isso”.
“Você não confia no seu:
Salvador?” perguntou a voz misteriosa. Mas, em seguida, a voz continuou a falar: “Eu não desejo isso. Foi você quem desejou isso mais-que-tudo e me acabou”.
“Entendo, então minha raiva é seu alimento?”. Perguntou Drake com um sorriso irônico no rosto.
“Vamos dizer que sim”, respondeu à voz misteriosa. Antes que ele pudesse responder, a voz misteriosa continuou: “Vá em frente, não demore”
Após se aproximar dos esqueletos, ele reparou que um deles estava faltando três costelas e o segundo apresentava rachaduras no crânio.
— Pegue o grimório com as duas mãos! Disseram os dois esqueletos,
simultaneamente, apontando para o grimório.
Sua curiosidade era grande e não tinha pressa, enquanto observava mais de perto o grimório.
A capa tinha uma caveira, duas correntes cruzadas que formavam um X que o prendiam, incontáveis partículas negras circulavam em torno do grimório.
“Que negócio mais estranho. Quero dizer, ele alimenta-se da raiva e quer me dar seu poder. Eu estava esperando o quê?”, pensou Drake.
— PEGUE-O! Gritaram os dois esqueletos simultaneamente.
Ele lançou um olhar aos dois e acenou com a cabeça. Em seguida, obedeceu à ordem recebida. Assim que tocou o grimório, uma dor indescritível percorreu seu corpo, concentrando-se em sua cabeça.
Abrindo os olhos em fúria e gritando de forma tão aterrorizante que todos os animais fugiram, saliva, lágrimas e um turbilhão de fluidos escapavam de seu corpo. A dor aumentava gradativamente.
Se passaram apenas míseros segundos, mas para ele foram vinte minutos de agonia e tormento.
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Victor estava sentado em uma cadeira requintada, bebendo vinho, quando alguém bateu na porta.
— Entre! Disse ele.
A porta se abriu, revelando um homem com cabelos grisalhos, 2,10 m de altura, olhos escuros e pele negra. Seu nome era Steve cawthorne.
Quando viu Steve, ele se levantou com um sorriso no rosto e disse — Então, você é o homem que pode caçar qualquer coisa.
Percebendo a falta de formalidade diante de um convidado, ele se desculpou e disse — Desculpe minha falta de delicadeza, sinta-se à vontade.
Logo em seguida puxou-o uma cadeira quase igual que estava sentado
— Hahaha! Tudo bem, não posso perder tempo quando tenho um trabalho a fazer! Disse Steve.
Victor mais uma vez se sentou em sua cadeira requintada e cruzou as pernas enquanto degustava seu vinho. Após alguns segundos ele disse — Recebi informações de que ele não saiu do reino, então deve estar em algum beco ou na favela. Eu não me importo, só quero que ele esteja vivo.
— Entendido, já recebi os detalhes sobre ele. Vou indo, disse Steve. Ele se virou e agarrou a maçaneta.
Porém, ele parou e disse — Talvez este pequeno reino fique agitado demais.
— Tanto faz! Respondeu Victor com indiferença.
Victor estava obcecado em encontrar o homem que matou seu pai e vingar sua morte, como se seu pai fosse um santo ou até mesmo o papa.
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Um ser estranho estava deitado sobre as folhas secas da floresta, ao seu lado dois esqueletos empunhavam uma espada longa, feita de ossos.
Drake recuperou a consciência e se levantou do chão sem demonstrar nenhum sinal de dor ou ferimento.
“Eu não sinto mais nenhuma dor, como eu tiv…” Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu a voz simultânea dos dois esqueletos.
— Saudações, portador da morte.
