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O sol já estava se pondo, dando espaço para a lua brilhar.

E pairando sobre a floresta, a uma altitude que só as aves poderiam alcançar, estavam Seraphina e Leonard.

O vento leve e gélido passou por eles enquanto olhavam para baixo.

Na parte posterior da armadura havia um par de asas com escamas vermelhas. Eles tinham três metros de envergadura.

E no centro havia um símbolo mágico de vinte centímetros, com inscrições estranhas.

Qualquer pessoa que olhasse para aquelas inscrições diria ser de uma civilização que existiu há algumas décadas.

Seraphina roubou as duas porções da cintura de Leonard e as usou.

Seu braço ainda estava carbonizado, mas não totalmente.

Ela olhou para frente, hipnotizada pelo espetáculo do pôr do sol, mas o céu ainda estava repleto de cores.

Nuvens alaranjadas se espalhavam por todos os lugares como um manto de fogo, contrastando com o azul profundo do oceano. Alguns pássaros migravam para o norte, seus gritos ecoando pela paisagem.

— Temos que relatar isso. Ele estava com outro artefato arcano de classificação ferro-negro. Disse ela.

Leonard acenou com a cabeça e disse.

— A Organização ficaria feliz em saber que o portador da morte também está usando o viperium. Isso deixa tudo mais interessante. Respondeu ele.

— Após algumas décadas, será que os deuses nos presentearam como o melhor portador da morte? Perguntou Seraphina.

Ela estava animada porque essa era sua primeira vez fazendo uma missão desse nível, assim como a de Leonard.

Mesmo sendo filha de uma mulher com extrema importância na organização, ela não ganhou passe livre para fazer qualquer coisa.

Sua mãe era extremamente rígida com os treinamentos. Todos na organização têm direito a uma chance no teste final.

Para mostrar suas habilidades em combate, estratégias e sobrevivência em uma ilha artificial com inúmeros monstros de vários níveis.

Os níveis dos monstros podiam chegar até o nível dez, depois disso era inviável qualquer um sem equipamentos ou artefatos.

No total eram cem participantes numa ilha sem nenhum tipo de arma, apenas com a roupa do corpo e a vontade de ganhar.

Nesta última competição, os filhos das pessoas mais importantes da organização estavam participando.

E com isso já se pode imaginar que todos da organização estavam presentes para assistir.

O jogo só poderia ter três vencedores e tinha algumas regras a seguir.

Primeira regra, mate mais de cinco jogadores.

Segunda regra, matar seis monstros de nível seis ou um de nível oito.

Terceiro e última regra, é proibido fazer amizade quando a partida começar, quem for pego tentando ou fazendo isso a punição é o banimento de toda a família da organização.

Essa regra vale até para os três últimos participantes.

Sabendo disso, todos treinaram mentalmente e nenhum jogador tentou fazer amizade ou algo do tipo.

E percebendo isso, a organização adotou de outra maneira.

Colando amigo contra amigo e, nos piores casos, irmão contra irmão.

No final do jogo, Seraphina ganhou o apelido de carrasco.

Porque, além de completar as missões duas vezes seguidas, no final do jogo, ela matou os dois últimos sobreviventes.

Sendo uma das participantes sua melhor amiga de infância.

Ela não sofreu nenhuma penalidade porque não havia regras para isso.

Todos que estavam assistindo vibraram olhando aquilo, até porque todos eram loucos por sangue igual a ela.

— Temos sorte. Creio que os tempos são simples, ele cultivará forças, mas com isso não mostrará o poder real do artefato. Disse Leonard.

— Entendo, as informações sobre aquele portador estão rasuradas. Talvez aqueles do alto escalão daquela época planejavam pegar o poder do lemegeton à força e fizeram merda. Respondeu Seraphina.

— Quem não queria o poder de controlar os sete pecados capitais? Eles devem ter algum artefato de nível deus de classificação de diamante para tentar pará-lo. Disse Leonard

— Até isso nos antigos relatórios estão rasurados. Minha mãe não deixará nada em casa, mas posso tentar jogar meu charme para alguns velhos do alto escalão. Disse Seraphina.

Leonard olhou para ela e sacudiu a cabeça como se estivesse dizendo “Você não tem jeito”

Ele sabia que ela realmente tentaria fazer isso. 

Seraphina já foi submetida a muitos testes psicológicos devido a sua personalidade.

Ela era determinada a conseguir tudo o que deseja, mesmo que isso signifique matar um imperador poderoso.

— Não me olhe assim, você sabe que eu não resisto… Vamos para o império, a guilda de aventureiros mandou uma solicitação para nós. Disse ela.

— VOCÊ ME OBRIGOU A SER UM AVENTUREIRO CONTRA MINHA VONTADE, AGORA TENHO QUE ME SUBMETER A ISSO! Gritou Leonard, apontando para Seraphina.

Ele nunca quis ser um aventureiro, até porque o país em que eles estavam era considerado pobre em comparação aos outros, e não havia reconhecimento para seu nível de habilidade.

— Desse jeito você vai estourar meus tímpanos, fale baixo. Ficar assistindo o portador o dia todo é muito chato, então nada melhor que se tornar um aventureiro e bater naquele que está acima de nós. Respondeu Seraphina coçando a orelha.

— Você só entrou para a guilda de aventureiros devido os clãs, você só quer bater naqueles caras. Respondeu Leonard, olhando para ela novamente.

— Eu nunca disse que esse era o motivo, não coloque palavras na minha boca. Mas, talvez, seja por isso. Disse ela, com um sorriso irônico no rosto.

Leonard assistindo à noite chegar e com um bater de asas, ele tomou uma distância inacreditável de Seraphina.

Ela olhou para baixo e um leve sorriso se formou em seu rosto.

— Não se meta em problemas. Murmurou ela seguindo Leonard.

******

Enquanto isso, do lado de fora da floresta, Marc, Sleek e Isabella aguardavam pacientemente.

Marc estava montado um cavalo esqueleto, enquanto Sleek e Isabella estavam em outra montaria da vila.

As montarias que chegaram com eles para a vila, agora só serviam para transportar cargas.

Porque agora que eles se tornaram esqueletos, era impossível que qualquer humano normal os montasse.

Nas laterais da montaria de Marc havia duas bolsas com mantimentos para Isabella.

Essa ideia veio da líder quando soube que ela partiria para a floresta para encontrar Drake.

Se não fosse por isso, Isabella não estaria bem, pois já estavam esperando por quase duas horas. 

Ela mesma queria descer e ir atrás do seu irmão, mas Marc e Sleek a impediram de fazer isso. Uma criança na floresta dos monstros era um bom banquete para os monstros de nível um e dois.

Drake saiu da floresta com passos lentos. Ele estava conversando com Mason sobre a ideia que teve enquanto ouvia sobre as ervas.

Ele mandou mason esperar um pouco.

“Mason, vamos finalizar essa conversa por aqui. Farei uma coisa aqui e, daqui a pouco, falo com você.”

“Tudo bem, vou alimentar a mulher, qualquer coisa pode me falar comigo, senhor drake.” disse ele.

A conversa teve uma pausa rápida e ele focou sua visão em Isabella que já estava na sua frente.

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