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O primeiro lich estava defendendo o portão principal externamente. Enquanto o segundo continuava a patrulhar toda a vila, não havia necessidade de deixá-lo fazer isso, mas Mason não queria que ele ficasse ocioso. 

Toda vez que olhava para o portão fortificado, ele pensava que com um ferreiro talentoso poderia torná-lo melhor.

“Vai ser difícil começar a fazer qualquer coisa que use minérios sem um ferreiro. Para encontrarmos um, os deuses têm que ser muito generosos”, pensou ele, entrando na outra casa onde estava a mulher.

A casa estava sendo iluminada por luminárias embutidas nas paredes. O interior estava bem conservado e ordenado.

 Ao entrar sem avisar, Mason segurou o punho da espada na cintura porque não viu a mulher na sala. Após andar por alguns instantes, ele a encontrou na cozinha.

— Você sabe que isso não é uma prisão, não é mesmo? Perguntou ele.

Depois que ele alocou uma casa para essa mulher, não saiu por nenhum motivo.

 Ao ouvir a voz dele, a mulher se assustou e, em sua mão esquerda, havia uma faca de cozinha.

Mason suspirou fundo e disse.

— Coloque essa faca ali, para não se machucar.

Ele apontou para a pia, uma peça de ferro fundido feita à mão. A base era feita de madeira, que sustentava a estrutura quadrada. A runa mágica era feita de prata, cercada por uma borda de ouro. A runa ficava a uns vinte centímetros acima da pia.

Ele estava ligado a outra runa, que estava no poço. Todas as casas tinham uma runa igual. 

De todas as vilas, essa era a única que tinha isso como consequência de fazer negócios com o reino de Lasco. A capacidade das runas era de vinte litros de água para todos os moradores. Caso usassem tudo em um dia, teriam que esperar até o outro dia. 

Mas para o líder era diferente. Na casa dele, a capacidade era ilimitada, podendo usar livremente sem se preocupar com nada.

A mulher rapidamente fez o que ele mandou e ficou olhando para mason.

— Te dei algumas horas para pensar antes que meu senhor chegue. Você só tem agora para me contar o motivo de tudo isso.

— Posso te proteger do meu senhor até certo ponto, mas, após isso, ele irá te torturar até sua mente quebrar.

Ela curvou a cabeça tentando esquivar o olhar de Mason. Isso durou por alguns instantes.

Quando Mason percebeu lágrimas escorrerem pelo rosto da mulher, ele não era tolo de acreditar nisso, e então disse

— Agora você quer me contar tudo?.

A mulher acenou com a cabeça e disse.

— Te contaria tudo, mas por favor quando for me matar faz isso rápido.

— Tá, vamos começar na sala.

Os dois caminharam até o outro cômodo da casa e se sentaram nas cadeiras.

Ela olhou para mason e começou a falar tudo.

— Meu nome é Azura Starfall. Saí do meu vilarejo em busca de ajuda para minha mãe, que está doente. Não tenho dinheiro suficiente para uma simples consulta médica.

— Então, fui em busca de ajuda no império. Acidentalmente, encontrei auxílio na igreja. O padre disse ter uma maneira para salvar minha mãe  e me pediu para entrar em sua organização.

— No começo, ele me mandava fazer coisas pequenas, como relatar tudo o que acontecia para ele. Entre outras coisas.

— Mas eu não sabia o poder que havia por trás de tudo aquilo. Eles eram um grupo religioso que adorava demônios. Ele me disse que, se eu tentasse sair ou contar para alguém, me matariam e todos do vilare…

Ela foi interrompida por mason enquanto falava.

Ele olhou nos fundos dos olhos dela e disse.

— Não me venha com histórias da sua vida de boa moça. Agora me fale tudo sobre a organização, incluindo nomes de pessoas relevantes e outras coisas.

Azura acenou com a cabeça e começou a falar.

— O nome do padre é Simeon Malevolus. Ele não confia em ninguém e é sempre vigilante com todos. O nome da organização é Asas Negras. Não sei muita coisa sobre ela, mas eles atuam no submundo e também no Distrito da Luz Vermelha.

— Quando eu estava na igreja, acabei ouvindo uma conversa. Para invocar o demônio, precisa de muito sangue como pagamento. Por isso estamos aqui.

— A quantos meses vocês estão aqui? Perguntou mason. 

“Sei que eles estão aqui há mais de um mês, por terem mercadoria para ser entregue ao reino. E, pelo que tudo indica, essa organização não tinha planos para tomar a vila da senhora Beatrice”, pensou ele, olhando para Azura”.

— Estamos aqui há mais de quatro meses e tomamos treze vilas. Não posso afirmar se há mais. Desculpe.

Enquanto falava, ela evitava o olhar de Mason, desviando o olhar para o chão.

— Você foi uma vítima e eu entendo. Então, você não irá morrer hoje. Sua punição é viver com o peso das mortes de todas essas pessoas inocentes.

— E-eu não mereço viver, disse Azura, chorando sem parar.

Ele entendeu que Azura foi só uma vítima que, por infelicidade, acabou entrando em uma organização que adorava os demônios.

Ela não merecia morrer por tentar buscar salvação para sua mãe que estava doente. Se Mason a matasse, seria pura falta de coerência.

— Olhe para mim, ordenou mason.

Atendendo ao seu comando, Azura olhou para ele com os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar.

— Você tem alguma profissão ou algo assim? Se tiver, será fácil convencer que você é útil.

Ela tinha uma expressão confusa, mas não se importou com isso e rapidamente respondeu.

— Antes de sair do vilarejo, eu era uma artesã habilidosa. Ainda posso ser útil, senhor.

Os olhos de Mason brilharam ao ouvir isso.

“Um artesão habilidoso é melhor que um aprendiz, ela vai servir”

— Suas chances de sobreviver aumentaram, mas não posso garantir nada. Havia uma pitada de empolgação na voz dele.

No fundo, ele sabia que Azura sobreviveria de qualquer maneira, pois Drake sempre seguiria seus conselhos.

Mason começou a conversar com ela, e os dois passaram alguns minutos conversando.

*****

Após conversar com Íbis, o portador saiu da casa e estava a aproximadamente cinco metros da porta da casa do líder.

Ele não a viu em lugar nenhum, mas não se preocupou com isso, pois Fergus deu sua palavra.

Mesmo que fosse por meio de palavras, o portador começou a caminhar por toda a vila, mas só encontrou o mesmo.

Pessoas vestidas com mantos brancos leitosos.

“Para onde ela foi?” si, perguntou o portador.

Até que alguém o tocou no ombro direito, e quando se virou, viu que era Gorf. Ele sorriu e disse.

— Vamos, a cerimônia irá começar.

Ele acenou com a cabeça e os dois partiram rumo ao santuário.

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