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Céu azul e rosas coloridas, o salão de baile visível ao fundo, e um homem e uma mulher na varanda demonstrando carinho.

Para Max, que sempre teve que superar ameaças para sobreviver, essas cenas clichês eram antiquadas e irritantes.

— Sua Alteza, caso algo dê errado, fique no ponto de encontro combinado.

Ele se lembrava do que Freesia havia dito antes de virem, mas se esconder nas árvores o dia todo era tedioso.

“Devo ir embora?”

Se pudesse, ele gostaria de deixar tudo e voltar para o Salão Blooms, mas estava mostrando uma paciência anormal.

— Falando sobre Lady Floyen… me pergunto se ela está bem, já que é conhecida por ser uma marginal na alta sociedade e tem muitos inimigos.

“Isso mesmo, há muito a ganhar com esta festa.”

A festa de hoje não só contava com seu mentor, mas também com muitos nobres que apoiavam a Imperatriz.

Se alguém se aproximasse de seu mentor, não seria uma má ideia rastrear suas identidades agora e cortá-los no futuro.

Mas o que realmente ocupava a mente de Max era a imagem de Juvelian com um vestido, dançando nos braços de outro homem.

“Provavelmente já está dançando com outro homem, né?”

Os olhos de Max ficavam cada vez mais assassinos quanto mais ele olhava na direção do salão de baile.

“Se eu revelasse minha identidade e entrasse agora mesmo…”

Enquanto seu corpo tremia com um forte impulso, a porta da varanda, onde ele havia combinado de se encontrar com Freesia, se abriu.

Ao reconhecer a pessoa que acabava de sair, os olhos de Max se arregalaram.

“Juvelian?”

A princípio, ele pensou que talvez estivesse alucinando e piscou algumas vezes antes de confirmar que era realmente Juvelian.

“Por que ela veio aqui?”

Ele começou a ter vários pensamentos, mas estranhamente, se sentiu melhor ao vê-la, ao ponto de o cenário, antes monótono e chato, parecer mais bonito.

“Ela deve gostar de rosas, já que as observa tão atentamente.”

Sem perceber, Max sorria enquanto observava Juvelian, mas logo ficou confuso com sua próxima ação.

“O que, por que ela abaixou a cabeça de repente?”

Assim que Juvelian levantou a cabeça, Max encontrou sua resposta.

“Ela está chorando?”

Ele pensou que talvez estivesse enganado, mas viu um fio de lágrimas escorrer de seus olhos, uma mistura de roxo e azul, como gemas.

Naquele momento, o pedido recente de Freesia passou pela cabeça de Max.

— Sua Alteza, não cause problemas e fique quieto no ponto de encontro.

Mas antes que ele terminasse de lembrar o comentário, Max já havia saltado da árvore.


Franzi levemente o cenho ao olhar para o aprendiz do meu pai.

“Por que ele está dizendo algo tão inesperado?”

Mesmo sendo assim, ainda sou a única filha de um Duque.

Posso ter atormentado outros no passado, mas nunca fui vítima desses atos… parecia que o aprendiz do meu pai me via como uma presa fácil porque o tratei com bastante gentileza.

— Me diga.

Ele exigiu com uma voz áspera, como se me interrogasse.

— Por quê? Se alguém me incomodou, vai castigá-lo por mim?

Sua resposta foi imediata.

— Sim, porque prometi te ajudar.

Deixei escapar um suspiro. Não pensei que ele levaria tão a sério o que eu disse levianamente.

“Ah, sério. Se ele tentar me ajudar, acabarei me metendo em problemas!”

Eu ignorei sua arrogância porque não queria parecer imponente, mas outros nobres pensariam diferente.

Havia muitos nobres que aplicavam a pena de morte aos plebeus apenas por usarem uma linguagem informal, alegando que estavam se rebelando contra uma figura superior. Então, se Max, um plebeu, tentasse usar a força contra um nobre, perderia a cabeça imediatamente.

“Ele pode estar blefando… mas, novamente, se for esse cara… é bem possível que realmente faça isso.”

Depois de observar o aprendiz do meu pai por alguns dias, percebi que, talvez por ter crescido na floresta, ele parecia realmente não saber de nada.

Sua cabeça parecia tão vazia que eu pensava que, se tirasse os olhos dele, poderia morrer acidentalmente em algum lugar onde eu não pudesse ver.

Assenti para mim mesma.

“Sim, me afeiçoei um pouco a ele, então não posso deixá-lo morrer.”

Embora não fossemos de maneira alguma próximos, era algo confortável estar com esse homem que me tratava sem fingimento.

Eu me sentia uma pessoa normal, não Juvelian, a única filha do Duque, quando estava com ele.

— Peça desculpas.

— O quê?

Vendo-o me olhando fixamente quando o chamei, continuei.

— Se quer me ajudar, então fale comigo usando termos formais na frente dos outros daqui em diante.

— O que você disse?

— Já sou menosprezada na sociedade, então se você também me desprezar, não acha que as pessoas me ridicularizariam ainda mais?

Ele me olhou em silêncio.

— Dependendo de como usar, as palavras podem criar inimigos ou aliados. Os nobres são especialmente sensíveis às palavras. Talvez se o sistema de status fosse abolido, você não precisaria se preocupar com isso, mas como não é o caso, estou apenas dizendo que deve ter cuidado.

Ele continuou me olhando em silêncio com seus olhos carmesins.

“Se tem alguma reclamação, simplesmente diga. Por que me olha assim?”

Quando comecei a sentir que seu olhar era um pouco estranho, ele assentiu lentamente.

“Que bom garoto.”

Vê-lo assentindo obedientemente me fez sentir como se estivesse vendo uma criança comportada. Fiquei tão orgulhosa que quase dei tapinhas na cabeça dele sem perceber.

Rapidamente retirei minha mão e falei.

— Ah, por sinal, por que você está aqui na festa?

— Trabalhando.

Respondeu secamente.

Hm, bem, muitas vezes contratavam mercenários para festas e banquetes por razões de segurança, então pensei que ele devia ter as qualificações para ser um guarda temporário.

Mas se eu tivesse que apontar um problema, seria que, para um plebeu, sua aparência chamava muita atenção.

— Quando os nobres falarem com você aqui, deve se dirigir a eles usando termos formais. Compreende?

Sentindo-me ansiosa, perguntei de novo e ele suspirou.

— Está bem.

Mas eu sabia o quão arrogante e ignorante do mundo ele era, então estendi meu dedo mínimo e acrescentei.

— Aqui, prometa.

Ele franziu a testa, mas logo suspirou de novo antes de ceder e estender seu dedo mínimo.

Assim que carimbamos nossos polegares, ele retirou a mão e falou em um tom irritado.

— Mas o que seu par está fazendo que você está aqui sozinha?

“Bem, acho que pode parecer isso mesmo.”

A varanda, em um sentido positivo, era um lugar para relaxar, mas também podia ser interpretada como um lugar para aqueles que não se adaptavam à festa fugirem.

E enquanto meu pai fosse minha companhia, não estava em uma situação onde pudesse aproveitar a festa livremente.

— Meu pai está lá dentro…

Max me olhou chocado.

— O quê? Não disse que iria chamar o seu primo?

— Ah, sim, mas de alguma forma acabou assim.

Ele me olhou com o cenho franzido.

— E quanto à dança?

Respondi à sua pergunta com um suspiro.

— Se tivesse recebido um pedido de dança, estaria aqui fora parecendo angustiada na sua frente?

Assim que as palavras saíram dos meus lábios, o sorriso que apareceu no rosto dele foi tão rápido que até deu um pouco de medo.

“Bem, acho que minha situação deve parecer divertida.”

No passado, devido ao título de filha de um Duque, ainda havia pessoas que pediam para dançar comigo. Mas, por algum motivo estranho, não recebi nenhum pedido hoje.

“Acho que é o carma pelo meu comportamento passado.”

Quando pensei nisso, de repente vi uma mão estendida na minha frente.

Antes que percebesse, Max, olhando para mim com uma expressão séria, estendeu a mão.

— Por que está com a mão estendida?

— Não consegue perceber? Estou pedindo uma dança.

Disse franzindo levemente o cenho.

— Sabe dançar? Uau.

Perguntei surpresa, ao que ele assentiu com arrogância e disse com voz convencida.

— Deveria se sentir honrada, não danço com qualquer um.

Me preocupava que ele pudesse pisar nos meus pés, mas não podia recusar alguém que parecia tão ansioso para dançar, então decidi ser generosa.

— Sim, é uma honra dançar com você.

Disse pegando sua mão estendida.

Naquele momento, duvidei dos meus próprios olhos por um segundo. Diferente de todas as outras vezes, o sorriso confiante que ele exibia agora parecia pertencer a um Príncipe arrogante.

“Ele é realmente bonito.”

Enquanto levantava nossas mãos unidas, o olhei como se estivesse encantada.

Então começamos.

Ouvimos a orquestra tocando dentro do salão flutuar até a varanda.

“Provavelmente terei que liderar, né?”

Seguindo a suposição de que ele era um iniciante, tentei dar um passo lento, mas, naquele exato momento, ele começou a me guiar.

“O quê?”

Um passo que era fluido demais para ser de um iniciante, e até mesmo a direção era perfeita: não houve nenhum movimento desperdiçado. Parecia que ele tinha muita experiência.

“Como?”

Olhei para ele perplexa.

— Ai!

Foi porque estava usando sapatos desconfortáveis de salto alto e me distraí? De repente perdi o equilíbrio e quase caí.

Mas…

— Por que está tão distraída?

Ele me repreendeu, segurando minha cintura com força e olhando para mim com seus olhos carmesins.

Entrei em pânico por um momento, mas então tentei imediatamente escapar de seus braços.

— Seu tornozelo está bem?

Suas palavras saíram sem rodeios, mas me preocuparam. Me fez sentir algo estranho.

— Ah, está tudo bem. Então, se puder…

Tentei colocar alguma distância entre nossos corpos, mas não consegui quando de repente ele me levantou e me segurou como uma princesa.

“O que, o que ele está fazendo?!”

Seu comportamento inesperado me deixou nervosa.

Ele me colocou em um banco e começou a aplicar algo no meu tornozelo. A sensação de frescor fazia parecer que ele tinha colocado um adesivo para aliviar a dor.

Sentindo-me surpresa, olhei para ele, mas ele abaixou a cabeça e resmungou.

— Tem sorte de eu estar carregando o remédio… o que teria feito se não fosse assim?

“Carregar remédio com ele… é porque é um mercenário?”

Olhei para ele com leve admiração.

— Obrigada.

Ele abaixou a cabeça ainda mais enquanto expressava sua irritação.

— Não preciso de agradecimento, apenas não se machuque.

Olhando para a parte superior da sua cabeça, notei uma folha presa no cabelo dele.

“Devo tirar.”

— Aí, isso deve…

Comecei a dizer, mas me calei quando ele levantou a cabeça levemente.

Estendi a mão para tirar a folha, mas devido ao movimento dele, a posição da minha mão agora parecia como se eu estivesse prestes a acariciar sua cabeça, o que me fez sentir um pouco envergonhada.

Então, ele pegou minha mão.

— Você, agora mesmo…

“Ah, ele está bravo?”

Notei que seu rosto ficou um pouco vermelho. Parecia que devia estar bravo pelo que parecia que eu estava prestes a fazer. Estava prestes a me desculpar, mas uma voz repentina me interrompeu.

— O que acha que está fazendo?

Nós dois viramos a cabeça ao mesmo tempo.

— P-Pai.

Meu pai estava na entrada, nos olhando com um olhar assassino nos olhos.

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Olá, eu sou Babi.Bia!

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