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Capítulo 51.2 ❃ Um plano de Fuga.

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O curandeiro enche-se de medo de sua aluna, ao observar a incrível calma e destreza em que ela dominou Áurea. Mesmo que esta ação tenha sido praticamente fácil para ela, Áurea, a todo momento de sua revolta, estava com uma camada de fogo em volta do corpo, que fora ignorada com mana espirital da meio-elfa. 

Impressionado com este fato, ele tenta retomar para o assunto, tentando não demonstrar a sua surpresa:

— Es-Está bem… — Uss! — Tosse. — Como eu dizia… 

— Meu plano envolve transportar a Evangeline para fora da sala com a ajuda de um…

Áurea, ainda em cima da cabeça da meio-elfa, ameaça a avançar novamente para cima do homem, ao notar que ele ainda não havia retirado a ideia de transporte da cabeça. No entanto, Evangeline prevendo isto, adianta-se em tapar o percusso da fada com a sua mão, agora com uma magia de água. Em seguida declara:

— Por favor, mestre Áurea, deixe o senhor Ivan terminar de explicar o plano. Eu sei que esse assunto de transporte é bem delicado no momento, mas tente entender que ele não fará aquilo novamente, então deixe para realizar essas ações no final, okay?

Diferente de antes que Áurea repreendera a jovem durante a história contada por Ivan, Evangeline a repreende com as suas ações impensadas e, está ação deixa a fada completamente envergonhada, pois para ela, — se for comparar com a sua idade, — Evangeline é como um bebê e este mesmo bebê está corrigindo-a.

— T-Tá…

A pequena criatura senta-se novamente na cabeça, agora um pouco mais calma e envergonha por ser advertida por usa aprendiz. Sem perder o foco, Evangeline, continua sua declaração, agora voltada para o homem.

— E, senhor Ivan, peço que não volte com a ideia estúpida de antes, por favor…

Enquanto declara em tom de voz severo, a jovem direciona seus olhos para cima, guiando a atenção do curandeiro junto. O seu intuito é mostrar como Áurea está sensível no momento. 

Assentido com a preocupação de sua aluna, Ivan decide reformular suas palavras, contudo ele também planeja fazer algo que irá fazer seu espírito voltar ao normal.

— Bem… o que eu quero dizer é, vamos retirar Evangeline da cidade, porém, vou precisar de um “item discreto” para isso.

— U-um “Item discreto”?

Amice, que até o momento estava calada observando tudo, questiona o nome peculiar junto a ideia de seu patrão, como resultado disso, Ivan, sem perder muito tempo, a responde:

— Exatamente. Foi até bom você ter me perguntado isso.

— Como já sabemos, as ruas já podem ter soldados procurando por Evangeline, e, também, não podemos descartar a hipótese de ter junto a eles alguns receptores. No entanto, mesmo que eles a procurem, não saberão exatamente qual é a sua aparência, visto que, até o momento, apenas as pessoas da estalagem do Bramir sabem quem ela é.

Adiantando-se com a sua declaração, Áurea, com seus braços cruzados, ainda chateada com o assunto passado, dirige sua questão ao plano:

— E o que um item não “chamativo” tem a ver com isso?

Com uma voz contagiantemente alegre e eufórica, o curandeiro a responde em seguida:

— E é nisso que eu quero chegar!

Porém, ao notar as expressões que as garotas fazem a isso, retoma para sua postura anterior com uma pequena tosse falsa.

— Uss! — Tosse.

— Qu-Quero dizer… Se apenas as pessoas que estavam na estalagem naquele dia sabem a real aparência dela, todo o anúncio, tanto o do prefeito, quanto a de sua irmã pode ser ignorado.

— Convenhamos que, eu não havia pensado nisso antes e, me desculpo por aquele inconveniente de mais cedo, pois graças a repreensão feita por Evangeline a mim e, tendo mais tempo para pensar, cheguei em um ponto superior ao de antes.

Evangeline, confusa com o processo de explicação, o interrompe com mais uma pergunta:

— Espera, senhor Ivan, como assim “pode ser ignorado”? Mas o que isso tem a ver? Mesmo que não saibam como eu sou, ainda resta a opção de rastrearem por minha mana, como o senhor mesmo disse: “pode haver receptores nas ruas agora mesmo.”

No final da declaração dela, o homem dirige sua mão para o queixo, ao ponderar por breves segundos, até que retruca empolgadamente, levantando as suas mãos em exagero.

— No entanto, isso pode ser resolvido!

Observando que Ivan está muito eufórico, Áurea, conclui que ele está realizando mais um de seus jogos de adivinhação, um dos jogos que ela sempre odeia participar. Revoltada com este fato, interrompe sua alegria com uma bronca.

— Ivan… se você está planejando me colocar de novo nesses seus joguinhos de adivinhação, eu juro, pelo mais sagrado espirito das chamas ancestrais, que eu vou te carbonizar inteiro!

Os cabelos de Áurea se acendem em resposta a sua ameaça.

Em resposta a isso, Amice, se sente desconfortável ao ouvir a palavra “carbonizar”, porém em sua mente não consegue entender. Em contrapartida, Ivan, esboça um sorriso em sua face, pois toda esta cena que fez, não foi para deixar todos confusos, mas sim para retomar a personalidade de seu espírito novamente.

Agora, vendo que as coisas podem continuar com um pouco menos de tensão, ele revela o que realmente concluiu:

— Ceerto, ceerto, acaaalma-se… vamos concluir todos juntos. Se nenhum guarda da cidade e, a maioria das pessoas não sabe quem é a “Majin procurada” e, o jeito de saberem é pela mana, o único meio que podemos combater isso, é pelo…

— Encantamento!

Amice responde sem muito rodeios, deixando todos impressionados, visto que, ela fora a única a concluir isso, além de Ivan. 

Evangeline, confusa com a abordagem pensada pelo curandeiro, o questiona com um semblante em dúvidas:

— Encantamento?

Amice, ao notar a confusão na face de sua amiga, lhe explica:

— Isso, senhorita Evangeline. O patrão planeja encantar algum item com um feitiço de anti-detecção mágica, ou antimagia.

Interrompendo, para afirmar ainda mais a explicação feita por sua criada, Ivan complementa ainda mais com o que pensou.

— Exatamente, Amice. Podemos encantar um item que possa bloquear por um breve momento a detecção mágica feita pelos receptores, e nesse período, você poderá sair da cidade sem chamar a atenção dos soldados, porém, a algo que pode comprometer este plano…

— E… o que seria, Patrão?

— Hmmm… 

Por breves segundos, o homem pondera pondo sua mão no queixo, e durante esse processo, continua a declarar com uma voz exitante, visto que não há certeza no que ele diz.

— Talvez, mas só talvez, possa ter avisos por todos os cantos com aparência dela.  Algust, mesmo que seja alguém bem fraco, não deixa de ser esperto, por isso ele já deve ter feito um retrato falado da criminosa. Então, apenas algo não chamativo, não ofuscaria isso…

— Eu posso Cuidar disso!

Adiantando-se para frente de todos, Amice, eleva a sua voz, com o intuito de resolver este problema, entretanto, Áurea, ao notar está ação dela, a interrompe com uma pergunta:

— O que você quer dizer com isso, Amice?

— E-Eu… eu posso ir atrás de comprar o item e também algumas roupas, assim a senhorita Evangeline poderá misturar-se com todos sem chamar muito a atenção.

Como resultado da resposta dela, Áurea, elevando a sua voz em discordância, nega a ajuda da criada, pois, para ela, Amice já passou por muita coisa e, se pôr em perigo desse jeito, pode passar dos limites.

— Nem pens…

Todavia, é interrompida de contra-argumentar por Evangeline, que dirige sua declaração:

— Até que isso pode funcionar, porém, não quero te obrigar a fazer nada, Amice. Você sabe, além de todo mundo aqui, a sua real capacidade, então eu te pergunto: você tem certeza disso?

Ao proferir a sua questão para a Amice, um olhar afiado é direcionado para ela, visto que todos em volta querem saber a sua real resposta. Então, sem muitos rodeios, ela confirma novamente a sua vontade, assentindo com a cabeça.

Ivan, ao lado adjacente dela, dirige-se para próximo e, um pouco receoso com a ideia, semelhante ao seu espírito, ele diz:

— Amice, se é isso o que realmente quer fazer, eu aceito sua ajuda, mas tenha cuidado lá fora. Não dá para saber se eles já suspeitam de nós.

— Pode deixar que eu cuido disso, patrão Ivan, e, em breve, retornarei com tudo.

Por fim, Amice dirige-se para o portal e, ao atravessá-lo, some da vista de todos. 

Uma preocupação floresce nos semblantes de Áurea e Ivan, dado que Amice ainda não parece estar 100%, no entanto, resolveram assentir com sua ideia, pois privá-la de ajudar no plano só prejudicaria ainda mais as coisas.

Entretanto, ao lembrar que não levara uma sequer bolsa de dinheiro, Amice retorna com a sua cabeça para dentro da sala e pergunta ao seu patrão:

— É… senhor Ivan… Onde o senhor guarda as suas moedas mesmo?

A volta da criada remove totalmente a tensão imposta anteriormente, criando uma reação de descontração e alívio em todos.

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