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Capítulo 55.2 ❃ Retorno ao Vilarejo.

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Durante este momento, Evangeline continua seu percurso pelos becos atrás das moradias. Por um longo período ela correra despreocupadamente atrás das casas, porém tal ação não pendura por muito tempo.

Uma parede. 

Uma extensa e enorme parede, mais alto que qualquer outra casa, está na frente dela, — a impedindo de continuar.

— Tsk! Aqui é o final da linha, não tem como eu me esconder mais aqui atrás, mas parece que eu já estou bem longe daquele local, então, não vejo problemas em sair por este corredor.

Olhando para a direita, observa um estreito percurso escuro e úmido do corredor, que mostra no final a forte luz do sol junto a grande movimentação nas ruas da cidade.

Ainda receosa sobre o fato de sentir alguém lhe seguindo, Evangeline observa uma vez mais o movimento na retaguarda e, ao não encontrar nada além de ratos e poeira, — nada além do normal, segue em direção a extensa e predominante movimentação de pessoas.

Durante seus vagarosos passos, a meio-elfa posiciona fortemente o capuz sob a cabeça, — tampando quase completamente o seu logo cabelo carmim junto das pequeninas orelhas pontudas. 

Bem próxima da saída, remove-se de lá.

Puxando uma vez mais o tecido na cabeça, a jovem, — receosa por ser reconhecida por alguém, olha atentamente para a esquerda e direita, para averiguar completamente a movimentação de soldados e pessoas suspeitas, — não avistando nada, além de alguns soldados muito longe de onde está.

”Certo, aparentemente não possui muitos soldados por aqui… e, também, esse local parece muito movimentado para o meu gosto. Corri durante um bom tempo, mas parece que eu nem sequer saí do distrito comercial…”

Seguindo pela calçada próxima do antigo atalho, Evangeline começa a caminhar em passos um tanto rápidos, — porém sem demonstrar entusiasmo nisso, até encontrar o grande portão sul de Nakkie.

Durante a caminhada pelo local, a jovem passa por diversas lojas, — sendo elas de utensílios domésticos, acessórios, bijuterias e finalmente, uma especializada em armamentos militares, — comumente visitados por aventureiros e mercenários que chegam a cidade diariamente.

Por um pequeno período que observa tal local, Evangeline imagina-se entrando nesta loja e indo em uma grande jornada em busca de desvendar mais deste novo mundo e, no meio deste processo, retornar para o vilarejo com diversos presentes para sua amiga Anastácia. 

Voltando a atenção para a amiga ferreira, lembra-se da empolgação que ela fez ao ver o freezer, — a imaginando com o comportamento parecido com o do Ivan, ao olhar para estas lojas cheias de acessórios.

Ela sabe que a ferreira não possui muitos recursos por viver afastada das cidades, — dado a região do vilarejo. Conseguir matéria-prima para forjar as mercadorias da loja é algo muito complicado e caro para ela. Então, a meio-elfa imagina-se fazendo estas viagens e entregando estes recursos para ela, — algo, que não cabe a ela realizar neste momento.

”Essas peças de armaduras… certamente Anastácia ficaria tão animada quanto Ivan ficou ao ver o forno. Se eu não tivesse em fuga desse lugar, com certeza eu pararia para comprar algo para ela, algo que não posso fazer agora… Droga, maldita situação!”

Após uma longa caminhada, Evangeline observa de bem longe o enorme portão sul de Nakkie. Contudo, algo chama sua atenção, — um grupo de soldados que adentram na cidade indo de encontro até ela.

Uma inquietação surge nela, mas ao lembrar-se que ninguém pode reconhecê-la devido ao desenho mal-interpretado, enche-se de um pequeno alívio, — focando novamente na saída que está logo ali.

Todavia, ao levantar imprudentemente o rosto para observar a saída do local, um dos soldados, que comporta o grupo que passa por ela, observa o rosto da jovem de relance, — notando nela as orelhas pontudas.

No decorrer da caminhada do grupo de soldados pela rua, um sentinela em questão, observa um dos avisos de procura da majin, notando rapidamente a aparência peculiar do desenho. 

Ignorando quase completamente a aparência exacerbada da majin, nota o que mais importa, — as orelhas pontudas e cor de cabelo, algo que se assemelha em muito com a jovem que acabara de ver.

Parando o grupo no meio do percurso, o guarda anda em direção a meio-elfa, — a chamando em seguida.

— Um momento, cidadã!

Completamente sem o que fazer neste momento, Evangeline apenas para de andar e aguarda a aproximação do soldado.

Durante a aproximação do soldado, uma forte ansiedade a preenche. A possibilidade da sua descoberta em meio a cidade é algo que a faz repensar em inúmeras formas de fuga. 

Simplesmente ignorando tudo que passa em sua mente, ela começa a correr em direção ao portão. No meio do alto movimento, o seu capuz desprende da cabeça, revelando seu longo e extenso cabelo carmesim e orelhas pontudas.

As pessoas em volta da rua espantam-se com a aparência da jovem, concluindo em seguida que se trata da majin criminosa. 

Muitas crianças e mulheres que ficam no caminho da meio-elfa berram de medo.

— Aaaahh! Socorro! A majin, ela vai me matar!

Sendo ignoradas completamente por Evangeline que finalmente chega no portão sul. 

Observando a retaguarda, vislumbra um grande exército, e no meio deles está Ivan e Amice, acorrentados e sendo puxados por cavalos.

Cerrando seus punhos com grande ira, Evangeline…

— Hey, cidadã… quero falar com você. Pode vir até aqui?

O soldado que a observara caminhar antes, corta a linha imaginativa que Evangeline teve durante o momento em que ele aproximara.

”É… parece que não é uma boa sair correndo sem mais e nem menos… Vai que aparece uma horda de soldados do nada.”

Virando-se vagarosamente até a posição do soldado, a meio-elfa encara a face metálica do elmo dele.

— Si-sim, sen-senhor guarda… como posso servi-lo?

— Ah, não é nada importante, só fiquei curioso com algo. Poderia acompanhar meus colegas e eu até nossa base? Queremos realizar algumas perguntas para a senhorita.

Um mal-pressentimento desce sobre o ser de Evangeline. 

Aquele soldado parece ter reconhecido ela, mesmo se vestindo de outra maneira e não se assemelhar em quase nada com a ilustração. 

A jovem fica completamente sem o que fazer neste momento. Se ela correr, atiçará a certeza que o homem possui sobre ela, porém, se for com ele, também confirmará o que ele desconfia.

”Droga! O que eu faço agora? Não posso correr, mas se eu for com eles também vou me ferrar.”

Milhares de planos passam pela mente da jovem e nenhum deles é válido o suficiente de tirá-la desta situação. Em todos eles, ela é obrigada a correr em direção ao portão.

Sem escolhas aparentes no que pode fazer, ela decide seguir o que o seu coração manda.

— Ah, ma-mas é claro, senhor. Vou com o senhor sim…

— Muito bem. Venha por esta rua, a movimentação e bem inferior.

O homem aponta para a esquerda, mirando em uma rua totalmente mal movimentada e escura.

— Cla-claro, mas antes, senhor guarda…

— Sim?

Em um ato completamente imprevisível, Evangeline retira o seu capuz, — o fincando completamente no elmo do soldado. Em seguida, liberando um poderoso chute nele, o faz cair de traseiro no chão.

Aproveitando do momento surpresa dos seus atos, a meio elfa, — com todas as atenções das pessoas presa em si, ativa a habilidade 《Mana Flash》, — quebrando seguidamente o anel encantado com a alta dose de mana sob ele.

Correndo em alta velocidade para a posição oposta da rua apontada pelo sentinela, — Evangeline segue em direção ao portão da cidade.

Totalmente revoltado e confuso com as ações imprevisíveis da jovem, o soldado finalmente remove completamente o pano do elmo, — liberando a visão de tudo novamente. 

Observando o extenso cabelo ruivo e orelhas pontudas, constata que trata-se da criminosa do aviso, — informando em seguida em berros para os seus companheiros.

— O que estão fazendo parados aí!? A majin está fugindo! Peguem-na!

Após o forte grito do homem, um estalo de confirmação preenche a mente dos seus companheiros, que começam a tocar uma corneta, — atiçando rapidamente todos os soldados nas redondezas. 

No momento após a isto, Evangeline estala a língua em indignação. 

Ela não tinha outra escolha a não ser lutar ou correr. Porém com um pressentimento ruim em começar uma lutar com soldados altamente treinados, vestindo armaduras altamente preparadas para combate, decidira apenas escapar o mais rápido possível, — o mais rápido que ela consegue correr.

Todos os soldados em volta da grande comoção começam a correr em direção a fugitiva. 

As velocidades de seus 《Mana Boost’s》 e 《Mana Flash’s》, parecem superiores a de Evangeline, dada a distância que conseguem percorrer a mais do que ela, — além, é claro, de serem de um rank superior.

A pouco a pouco os soldados quase a pegam, contudo, pela alta destreza que adquirira na luta contra o monstro taelho, suas habilidades de parkour ficaram superiores, — reforçando-as com a velocidade da habilidade.

Pulando e agarrando-se em construções, além de jogar inúmeros obstáculos pelo percurso, — para atrapalhar a movimentação dos soldados, Evangeline consegue driblar um a um com os seus movimentos imprevisíveis.

Durante a perseguição, um dos soldados impressiona-se com as piruetas da meio-elfa pelo percurso.

— Tsk! Como ela consegue se mover assim pelas construções? Por acaso ela é uma rogue?

Porém ao lado dele outro soldado tenta o adverti-lo.

— Para de questionar, idiota! Só corra mais rápido!

Algo que chateia muito, respondendo em seguida com grande fúria.

— Não mande em mim! Eu sei o que tenho que fazer!


No meio do percurso da fugitiva, um tenente, trajando-se com um manto grande carmesim com o emblema de um navio dourado nele, percebe a fuga de uma jovem ruiva e, atrás dela, inúmeros outros soldados. 

Olhando para toda aquela agitação com uma expressão um tanto alegre, declara animadamente ao impressionar-se com tamanha animação que ocorre na cidade.

— Opa! Parece que essa cidade é mais animada do que pensei.

Observando a alta comoção que todos fazem para aquela cena, não pensa duas vezes em começar a perseguir a jovem ruiva também.

— Parece que vou ter que deixar minha investigação de lado por hora. Aparentemente aquela ali deve ser uma delinquente… melhor eu ajudar meus companheiros!

Agachando sob o solo e, pondo as mãos no chão, o tenente começa a avança em alta velocidade em direção a Evangeline. A velocidade é tanta que o impacto de ar joga algumas estantes de frutas no chão, — sendo roubadas em seguida por pequenas crianças que vestem trapos, que soltam pequenas gargalhadas alegres.

— Hey! Você pagará por estas frutas!

O dono da loja surge, cobrando o soldado por derrubar as frutas.

Olhando para trás, ele para, move a mão direta para as costas, — pegando de lá uma algibeira media cheia de moedas.

— Claro, senhor! Pode ficar com isto.

O homem arremessa a algibeira em direção ao dono da loja, que desvia por reflexo, — devido à alta velocidade e força exercida nela. Como resposta a esta ação, a pequena bolsa de pano colide na parede, rasgando-se e revelando inúmeras moedas de prata dentro.

Algo que impressiona todos em volta.

— Agora se me der licença, preciso ir. Até!

Retornando para a corrida, libera outra pressão de ar em todos. 

O dono da loja, desesperado pelo dinheiro no chão, começa a coletar, — afastando com as mãos qualquer curioso por perto.

— Afastam-se, o dinheiro é todo meu!


Aproveitando de sua alta velocidade, o tenente finalmente alcança a Evangeline. 

— Hey, fugitiva! O que está acontecendo, hã? Ta brincando de pega-pega?

A jovem olha para atrás e observa que um dos soldados está em sua cola, porém, mesmo sendo mais rápido que ela, ele não se aproxima mais para pegá-la, — algo que a faz entrar em pânico respondendo ele em seguida.

— O quê!? Como? Quem é você? Pega-pega?

— A qual é, vamos! Não conhece o jogo pega-pega? Pensei que majins crianças brincavam disso…

— Tsk! Então, você já sabe por que estou fugindo. Nesse caso, por que não me captura? O que está esperando?

O tenente demonstra uma expressão de dúvida. Ele não entende a pergunta da jovem.

— Capturar você? Por que eu faria isto?

Altamente surpresa com a resposta do homem, Evangeline tenta virá-lo contra outros soldados, — algo que não funciona.

— Ah, se não vai me capturar, lute com aqueles caras ali atrás, certamente eles são os vilões e querem me ferir.

— Ahahaha! Ótimo, muito bom… Você é uma ótima comediante, porém não me enganará. Não sei por que te seguem pela cidade, mas devem ter um motivo bom para isto. Bem, é melhor eu parar de conversar e te entregar para eles agora.

— Droga!

O soldado a pouco a pouco, aproxima-se dela, junto de uma forte inquietação que a preenche.

Pelo curto espaço de tempo que corre do homem atrás de si, ela imagina-se falhando miseravelmente no seu objetivo de adentrar na masmorra, — algo que a faz gritar de frustração.

— Droogaa!!

De repente, uma silhueta feminina corta a luz solar sob o céu azul. 

No meio deste processo, uma pequena bola preta colide entre o tenente e a meio-elfa e, desta pequena bola, um poderoso som de explosão ecoa por toda a região, — algo que faz o tenente frear a perseguição junto a outros soldados.

Poucos segundos após o estrondoso barulho, uma volumosa e extensa fumaça começa a cobrir completamente o lugar, — tapando totalmente a fuga de Evangeline.

A silhueta finalmente pousa dentro da fumaça, declarando para todos os perseguidores com grande animação.

— Aaaah, que peeeninhaaa~, não poderei deixar que vocês capturem ela.

Uma voz feminina revela-se dentro da fumaça.

— O que estão fazendo parados aí? Estão com medo de uma simples fumaça? Vamos, não podemos deixar a majin escapar!

Um soldado mais experiente brada para todos continuarem a perseguição.

— Na-na-ni-na-nããaooo~, a Evazinha vai escapar sim!

Como resposta a isto, todos os soldados em volta entram em posição de combate, para capturar a possível cúmplice da majin. Contudo, algo não humano começa a sair do meio da fumaça.

Uma forte e poderosa pegada treme completamente o chão. O som de algo serrando o solo é evidente para os soldados. 

Todos ficam altamente confusos com tais barulhos, pois antes, parecia ser apenas uma mulher, porém agora assemelha-se com algo não humano.

Outra poderosa pegada treme o local, manifestando em fim a perna para fora da fumaça. Uma pata esverdeada coberta por escamas altamente enrijecidas, — similares a pedras. Tal aparência meramente incomum desencoraja alguns guardas.

Um poderoso grunhido é liberado pela fera ainda coberta pela fumaça.

— Rhoaaahhh!

Por fim, a luz solar foca diretamente sob a fera dentro da fumaça, revelando finalmente a silhueta do monstro para todos.

— U-um… dra…

Durante a corrida, Evangeline olha para atrás para constatar o que foi o barulho que escutara, observando seguidamente uma grande fumaça no local, — sendo ignorada fortemente por ela, que apressa-se em sair da cidade.


Em um momento anterior a este evento, uma jovem moça, de cabelo curto prateado e pele bronzeada, está deitada em um dos telhados das residências próximas à casa de Ivan. 

Com uma espécie de luneta de bolso, ela observa a fuga de Evangeline, que aterriza no beco e corre rapidamente para dentro dele.

Um sorriso incomum surge nela, seguido da uma declaração altamente amistosa:

— Ai, ai, ai, ai… Evazinhaaa~, você não pode sair assim sem miiiiim~…

Levantando rapidamente de onde estar, a beldade de cabelos prateados, pula de telhado a telhado seguindo a meio-elfa pelo corredor, porém algo faz a parar.

Evangeline finalmente chegou no final do percurso, — saindo em seguida para as ruas movimentadas.

Agachando-se em cima do telhado, a bela moça, observar os passos da jovem pela calçada.

Enquanto persegue a meio-elfa, pulando furtivamente de residência a residência, nota que um dos soldados faz sua amada Evazinha parar, — a chateando fortemente, todavia, ainda continuando com a observação pela luneta de bolso.

Ao perceber que o soldado a faz sair correndo dele, percebe que ele aparentemente reconheceu ela. Algo que faz a beldade continuar a perseguição atrás da meio-elfa.

Contudo, no meio do percurso, observa que outro dos soldados está quase a capturando e, para não deixar que sua ambição atual falhe, agarra uma das bombas de fumaça que está em sua cintura, — arremessando fortemente entre ele e a fugitiva.

Pulando rapidamente para dentro da fumaça, a bela moça de cabelos prateados começa a mudar de forma.

Sua pele bronzeada começa a esverdeá-se. Pequenas escamas pontiagudas surgem sob a superfície de braços e pernas. O belo cabelo prateado cai, substituindo-se para uma placa enrijecida de escamas que parecem rochas. Dois grandes chifres aparecem nas laterais de suas têmporas, seguido de outros pequenos na parte inferior deles. E, do começo da nuca até o final do seu rabo escamoso, uma fileira de pontas solidas como pedras crescem. 

Aproximando-se para fora da fumaça, ela revela-se como um pequeno dragão terrestre de aproximadamente 6 metros de altura.

— Rhoooaaaah!

— U-um Th-Therraniin! O que um desses faz em uma cidade!? Cade a cúmplice da majin!

O desespero do soldado confuso é de ser esperado. Um monstro surgir no meio do nada, é algo a se estranhar, ainda mais pela peculiaridade do monstro em questão.

— Acalme-se idiota! Este dragão é apenas um filhote. É comum que eles surjam em cidades no inverno!

O soldado experiente no meio de todos retruca.

— Mas isto não explica como um surgiu do nada no meio da rua! Não tem como este animal ser o familiar da majin, pois caso fosse, ela teria usado para lutar e não para fugir!

— Controle-se! Faça o que deve ser feito e acione reforços!

— Ce-certo!

O sentinela corre rapidamente para a posição oeste.

— Hey, você!

O soldado experiente chama a atenção de um dos guardas, que está encolhido com a mão na cabeça, pois, por não portar uma arma sequer, não possui escolhas a não se se proteger de qualquer ataque com as mãos.

— Isso não é hora de imitar um tatu! Toque a corneta, evacue os cidadãos!

No momento seguinte da ordem, o guarda toca a corneta.

O tenente, que até então perseguira a meio-elfa, aproxima-se da criatura com um olhar analisador, algo que faz o monstro dragão reconhecê-lo e afasta-se por segurança com um olhar assustado.

”Tsk! O que raios esse cara está fazendo aqui? Será que ele está atrás de mim? Preciso chamar a atenção desses medrosos até a Evazinha escapar, mas com ele por perto vai ser complicado…”

Batendo poderosamente seu rabo na loja ao lado, destrói facilmente a construção, — arremessando no processo inúmeros destroços de tijolos para cima de todos os soldados.

A maioria é atingido em cheio, enquanto o resto consegue se defender com bastante dificuldade.

A massa crescente de poeira e fumaça é evidenciada por todos. 

Os cidadãos ao ouvirem o clamor da corneta entram em panico, — observando em seguida um monstro na cidade. 

Todos começam a correr em desespero como resposta a isto, atrapalhando em muito os soldados.

Olhando para atrás, nota que Evangeline já saiu da cidade, porém, — graças a sua falta de preocupação com um possível ataque, é surpreendia pelo tenente, que sobe em cima de si, — pendurando-se em seu pescoço.

A agitação do monstro é observada por todos. 

É explicito para todos que o monstro está altamente desconfortável com o homem preso nas suas costas, entretanto, ele não desfere nenhum golpe na criatura, — apenas sussurra algo próximo do ouvido dela.

— Ora, ora, ora… Olha só que encontrei na cidade hoje, parece que é o meu dia de sorte… Karlaya, o que pensa que está fazendo? Mudou as táticas de lutar agora? Começou a se mostrar para todos?

Sacudindo-se fortemente com o intuito de se livrar do homem, ela retruca amargamente:

— Tsk! Me solta, seu tarado!

Karlaya apresenta um comportamento altamente agressivo com a declaração do tenente.

— Ah, mas o que foi, Karlaya? Você está coagindo com aquela majin, é?

— Isto não é da sua conta! Agora me solta!

— Ah, não. Como você disse antes? “Na-na-ni-na-não”, você vem comigo! Preciso dos seus serviços…

— Nem fudendo!

Jogando o enorme corpo escamoso para dentro da construção, Karlaya e o tenente adentram totalmente no local, — saindo completamente da vista dos outros soldados, que estão altamente feridos no chão e, destruindo uma grande parte da loja.


Um pequeno período se passa logo após a estes acontecimentos. 

Diretamente do portão oeste, uma frota de soldados chegam na região. Devido ao ataque realizado pelo dragão terrestre na cidade, diversos reforços de todos os pontos cardeais da cidade são enviados como ajuda para dar apoio, — algo que não resolve em nada, dado o momento em que chegam no local.

Como resposta a demora pelos reforços, tudo que encontram na região são soldados completamente desanimados e feridos devido ao embate. Eles mal tiveram a chance de lutar contra o monstro e foram completamente derrotados com um simples ataque de destroços.

A dura realidade finalmente chegam para eles e, além de tudo, os cidadãos viram que eles não são páreos para um simples filhote de monstro, — fazendo com que seus espíritos de luta quebrem-se. 

Por outro lado, o prédio, que fora golpeado pelo dragão, está altamente barrado de qualquer um que chegue, — pelos destroços que continuam cedendo e caindo na região.

Um dos soldados do reforço, sem o elmo e cabelo castanho, aproxima-se de um dos envolvidos no embate para perguntar o que houve.

— O que aconteceu aqui? Um soldado desesperado nos chamou no quartel e viemos o mais rápido possível. Entretanto, o que vejo aqui é só… destruição…

— Um Therraniin… foi o que aconteceu…

Um dos soldados sentados no chão, com uma expressão desanimada, responde à pergunta.

— O quê!? Um Therraniin? Um dragão terrestre? No meio da cidade? Como?

— Sei lá, cara! Ele surgiu do nada em uma fumaça. Eu tava desmaiado, só acordei agora pouco… Tudo que me disseram foi que um cara pulou nele e entrou nesta loja aí, só que não tem ninguém ai dentro.

— Mas e a majin?

— A majin? A majin que se foda! Eu vo para casa, cansei desta palhaçada. Deixe que ela escape, não tô nem aí. Aparentemente ninguém está mais… Não depois disso tudo…

O soldado questionador observa a expressão desanimada do companheiro no chão, logo, dirige o olhar para a construção caindo aos pedaços.

— Realmente…

Picture of Olá, eu sou HOWL!

Olá, eu sou HOWL!

Curiosidades sobre os dragões: Existem três variações de dragões neste mundo, além de cada um carregar um nome comumente falado pelas pessoas.

O primeiro é o Dragão terrestre, mais conhecido como Therraniin. Os Therraniis, são dragões montanhosos e que sempre hibernam na estação de verão. Por viverem muito em regiões montanhosas, — coberta de pedras e rochas, a aparência deles imitam algo similar, — possuindo uma espécie de placa de escamas na parte superior a cabeça e inferior no queixo.

O segundo é o Dragão marinho, mais conhecido como Watherniin. Os Watherniins, são dragões aquáticos, ou seja, respiram apenas em baixo d’água. Eles possuem a peculiaridade de afundas navios pesqueiros quando os avistam no alto mar. Está prática é devida a facilidade de alimentos que conseguem, dado os pescadores que quase tomam os peixes em sua área de caça. Por viverem exclusivamente de peixes médios e grandes, os Watherniins são pacíficos com as pessoas, — apenas os atacando quando se sentem ameaçados e com fome.

O terceiro é o Dragão voador, mais conhecidos como Airniin. Não há uma grande descrição por parte de todos do mundo, referente aos dragões voadores. Tudo que sabem sobre eles, é que sempre vivem em montanhas totalmente altas, além de criar seus ninhos no mais alto delas. A comida predileta do Airniins também é desconhecida. Contudo, como um conto popular para assustar as crianças, os pais dizem que os dragões voadores aparecem para capturar crianças mal-criadas que desobedecem aos pais, — algo meramente ilusório para assustar os filhos.

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