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Capítulo 55.3 ❃ Retorno ao Vilarejo.

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Durante este processo, Evangeline, — após sair pelo portão da cidade, sem nenhuma dificuldade, aproveita da situação espontânea provocada pela pertubação que ocorrera, — para esconder-se imediatamente no ponto cego da área de transporte de carruagens.

Por um certo período a jovem observa um forte movimento de guardas que adentram apressadamente para a cidade, com cavalos e carruagens militares, — questionando-se em seguida sobre o que realmente é a fumaça que vira no meio da corrida.

”Esse alto movimento é algo um tanto anormal. Até seria compreensível se fosse para ir atrás de mim, mas o que será que está fazendo eles ficarem tão comovidos assim? O que será que foi aquela bomba de fumaça agora pouco? Ela conseguiu parar completamente os soldados que estavam atrás de mim, porém, quem jogou aquilo?”

Ainda em dúvida do que realmente pode ter acontecido, a jovem chacoalha a cabeça, — tentando retirar estas dúvidas da mente.

”Deixa pra lá! Isso não é algo importante para mim, pois de qualquer forma aquilo acabou me ajudando, mas ainda… Não! Melhor não focar nisso e esperar até que tudo fique tranquilo de novo…”

Então, ela espera, muito bem escondida entre as rodas de uma não muito bela carruagem vermelha de madeira.


Neste exato momento, na casa de Ivan… 

O curandeiro, totalmente enraivecido com as ações impensáveis de Bentley, tenta corrigi-lo da pior forma, — da pior forma para o rapaz.

Erguendo sua mão altamente calorenta, — imbuída em fortes chamas, ele segura fortemente o ombro do rapaz.

Virando o olhar vagarosa e pavorosamente até a mão, Bentley, espanta-se.

Esta é a primeira vez em todos os anos em que seu tio morreu que ele encontra outra pessoa com quase o mesmo calibre que Wagner, mas isso não é de se estranhar. Ele sabe Ivan fora um soldado que lutara na terceira grande guerra, — a guerra dominada especialmente pelos elfos e majins, as raças mais fortes de todo o continente. 

O homem teve rigorosos treinos de cansaço extremo, tudo para poder ter uma boa luta com os mais fracos dos majins, — que eram os mais fortes que os humanos mais fortes na época.

Contudo, durante um enorme tempo após a guerra, Ivan não focou em aprimorar sua perícia em combate mágico e sim a cura, algo que o ajudou em muito em se tornar o curandeiro de destaque na cidade que mora, — um título conquistado pelo ardo esforço em ajudar os outros. No entanto, após observar que a sua amada amiga, Áurea, fora golpeada tão levianamente daquele modo, um estalo de realidade o toma.

Em sua mente ele pensa sobre possíveis embates que podem acontecer. Ivan sabe que não poderá depender de seu espírito em combate mágico, pois ao contrário dele, Áurea não tem total especialidade neste tipo de assunto e, isto, o fez repensar em retornar para o seu treino. Todavia, este não é o momento para isto, mas sim, para descontar a sua raiva momentânea.

O rapaz amedronta-se. 

Após quase uma década, o sentimento de medo retorna para o seu entendimento. Um medo familiar, algo repreendedor está prestes acontecer, — uma ação que ele conhece firmemente.

Esboçando um sorriso medroso na face, ele tenta se preparar para algo que está a seguir.

No entanto, é em vão.

Pela surpresa de Moira e Oliver, que observam na sala de estar, o curandeiro vira completamente o rapaz, — o golpeando fortemente em seu abdômen. O forte impacto do golpe, — desferido em Bentley, o faz ser arremessado exageradamente para fora do corredor.

Para os espectadores que observam tal cena, em suas mentes, isto é algo de impressionar-se. Ivan é um homem de idade elevada, — perto dos 50 anos, levantar um rapaz em sua faze adulta com um simples soco é algo extremamente admirável. Entretanto, diferente de Bentley, que possui uma força sobre-humana dado ao seu rank e intensos treinos com o tio, Ivan possui a destreza da imbuição mágica, — que reveste completamente qualquer parte do corpo escolhida, concedendo-lhe força o suficiente para levantar, — formalmente, uma carruagem de porte médio.

Coberto inteiramente de ira pela ação que o rapaz fez, Ivan não toma cuidado o suficiente com a força do seu golpe, — fazendo ele ser arrepender de não ter socado ele para dentro do quarto e não para a sala. 

De modo a se esperar a esta ação, o jovem colide fortemente com o forno-mágico e o freezer sob a mesa de centro. Como resposta pelo desiquilíbrio nas gemas de mana nelas, ambas as invenções explodem com o impacto, — desacordando Bentley após a isso, além de destruir completamente as invenções.

Por final, ao ser golpeado e explodido, Bentley freia abruptamente o percurso inevitável, — ao chocar-se com o sofá, que em suma, vira-se completamente, batendo a cabeça com bastante força no chão.

Neste meio tempo, Amice, — ainda sentada, constata, — com uma expressão impressionada, finalmente a força do seu patrão, a força que ela sempre ouvira em histórias.

”Incrível… O meu patrão… é incrível…”

— NÃoOo!

Um grito cheio de tristeza e decepção é desferido logo após.

— PoR QuÊ!?

A voz fica cada vez mais forte e as emoções de desamparo excedem a de uma pessoa comum.

— Po-por que… PoR QUe VocÊ TInHa qUE CaIr NaS InVeNÇÕes!?

Moira está completamente desacreditada. Ela ansiava fortemente em entender como realmente funcionava as invenções. No entanto, isto não será mais mostrado a ela, pois ambas estão destruídas devido ao impacto que ocasionou na explosão de ambas.

Após os berros da jovem mulher, Ivan retorna para o entendimento anterior, — vislumbrando totalmente a baderna que realizara em sua casa. De esquerda a direita, inúmeras coisas foram quebradas.

A mesa de centro, o sofá, algumas cadeiras e algo que ele não queria que estivesse quebrado, — as invenções de sua aluna. 

Um forte pesar penetra no peito do curandeiro, que o faz ajoelhar após entender o que fez. Ele acabara de destruir completamente as invenções de Evangeline, algo que em sua convicção teve muito dedicação e estudo para serem criadas por ela e, agora, estão destruídas, — ao lado de Bentley, totalmente desacordado no chão.

— Não, não, não, não… Isso não devia ter acontecido… As invenções, elas estão… arruinadas… Como que eu…

— POoOr qUeEeEh!

Antes de finalizar a sua declaração, Ivan observa Moira em prantos no chão. Ela está completamente triste com o que acaba de acontecer. O homem, cheio de culpa por machucar o sobrinho dela, tenta desculpar-se.

— Minhas sinceras desculpas, madame Hanatsu… Acabei me descontrolando com seu sobrinho, não queria que ele ficasse…

De repente, Moira, — altamente triste com o ocorrido, dirige um olhar frio e afiado para o curandeiro, extinguindo completamente as palavras da boca dele. 

A fim de fazê-lo não entender errado, ela complementa com a sua declaração, — um tanto fria perante ao sobrinho.

— Bentley? Você está desculpando por causa dele?

Ela levanta-se e desamarrota as calças, continuando em seguida.

— Ele teve menos que o merecido. Destruição de propriedade privada é um crime, independentemente se você é um cidadão comum ou um cavaleiro real. Ele destruiu sua moradia, não uma, mas duas vezes, além de agredir despreocupadamente seu espírito. E, para quê? Para nada, eu lhe respondo.

Uma expressão de surpresa preenche o semblante de Ivan com as declarações de sua colega, em contrapartida, Oliver, posicionado ao lado do corpo de Bentley, apenas observa tudo, — com um leve sorriso satisfeito na face.

Erguendo os braços para atrás da cabeça, Moira desamarra os belos cabelos loiros, enquanto continua a declarar com extremo desgosto para com o rapaz.

— Eu já estava cansada das atitudes desse moleque. Um rapaz adulto como ele, com um título importante nas costas, ainda agindo como uma criança mimada… Me impressiono como Algust consegue aturá-lo… não, na verdade, me impressiono como consigo aturar ele e o pai. Certamente ambos têm esse comportamento um tanto exacerbado.

Completamente confuso após ouvir as declarações de Moira, Ivan a questiona o fato dela estar triste.

— Então… o que fez a madame ficar tão abalada deste modo?

Terminando de amarrar novamente o cabelo, — em um rabo de cavalo improvisado, ela retruca rapidamente com uma expressão um tanto confusa com a questão.

— Mas isto não é óbvio, Ivan? As invenções! Você me prometeu que iria me mostrar como elas funcionam… e… agora… elas estão destruídas! Como você acha que eu me sinto agora após ver essa tamanha atrocidade? Acha que eu deveria ficar alegre? Calma? Aceitar tudo e ficar numa boa? 

Completamente cercado de perguntas, Ivan dá alguns passos para longe da bela moça, que continua com sua declaração, sem ao menos deixar que o homem responda.

— Estas invenções são um marco tecnológico, uma nova era podia ser feita apenas estudando-as, agora… isto não será possível. Como poderei estudá-las, como poderei replicá-las? Como Ivan Flamesworth!?

— É.. e…

— Ou você acha que seu amigo inventor fará novas invenções como estas após descobrir que elas foram destruídas? Eu não o conheço, mas se fosse a inventora, não enviaria mais nada…

Abaixando vagarosamente o semblante com extremo desgosto, ela finaliza:

— Droga… eu realmente queria saber como elas funcionavam…

Impressionado.

Ivan fica completamente impressionado com o comportamento de sua colega. Ela não só aceita as agressões contra o sobrinho, — alguém que faz parte da família casualmente, como está completamente chateada após não conseguir entender o que as invenções podem fazer.

O curandeiro entende a situação que Moira encontra-se.

”Ela ficou completamente abalada com a destruição do forno e o freezer… mas ela tem razão. Não sei o que a Evangeline irá dizer se descobrir que destruí acidentalmente suas invenções… Eu não sei quanto tempo ela demorou para pensar nisso, e nem quanto tempo teve que perder estudando as funcionalidades das pedras de mana para criar algo único assim. Contudo, como a Moira disse, se eu fosse o inventor, certamente não enviaria mais nada para a pessoa que destruiu as minhas invenções.”

Movendo-se um passo para a frente, Ivan tem a ideia de tentar consolá-la, contudo é freado por um soldado que invade o local, — cortando a ação de ser realizada.

O soldado demonstra um semblante completamente assutado, algumas gotas de suor escorrem pelo rosto, enquanto ele avisa para o comandante o que acaba de acontecer nas ruas da cidade.

— Meu comandante! Desculpe interromper esta reunião, mas preciso informar o que aconteceu recentemente nas ruas do distrito.

Todos presentes, — menos o rapaz desacordado, ficam completamente surpresos com a aparição e expressão desorientada do soldado que adentra espontaneamente na propriedade.

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Olá, eu sou HOWL!

Curiosidades sobre Moira Hanatsu: Por estar sempre envolvidas com transportes e vendas de mercadoria, Moira adotou uma personalidade muito curiosa, — respeitando em muito cada item valioso. E, para ela, qualquer mercadoria nova que passa por sua vista, é completamente mais importante do que qualquer coisa, — isso até ser estudada e replicada por ela e seus subordinados da empresa.

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