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Os três finalmente chegam à majestosa residência do Shirei-kan. Um palácio grandioso composto por faixas intricadas nas beiradas do imponente portão principal, onde se destaca o símbolo da região: o Tarutara. Este emblema sagrado divide de um lado uma arara-vermelha e do outro uma tartaruga azul, simbolizando a harmoniosa união entre humanos e chimaras após a devastadora primeira guerra.

Adentrando a suntuosa residência, os mosqueteiros percorrem um corredor ricamente decorado que os conduz ao magnífico salão principal. Em seu trajeto, deparam-se com o respeitado doutor Futomo, que se aproxima na direção oposta.

— Olha se não é o remanescente dos velhos tempos, Renāto! E com a mesma aparência de sempre. Pelo jeito, aquele produto azul que você usa é bem efetivo, não é mesmo?

— Futomo. Soube que você voltou para o torneio nesta Kisetsu.

— Caímos para levantarmos mais fortes, mosqueteiro. Foi só isso que você ficou sabendo sobre mim? — responde Futomo, dirigindo um olhar penetrante para Lup e Telly.

— O que está insinuando?

Futomo percebe que os jovens mosqueteiros não revelaram nada sobre sua arma secreta.

— Hmm, esquece.

— A cada dia mais louco… — sussurra Renāto para si — e o que faz aqui, no palácio?

— Eu estava me atualizando com o Shirei-Kan sobre o Gurētofue, já que faz alguns Kisetsu que não participo. Pelo jeito, o assunto aqui é só sobre uma guerra civil e blablablá. Achei melhor voltar outra hora.

— É por isso que estou aqui, mas isso não vem ao caso. Suponho que esteja preparando usar mais bugigangas nesse torneio, como fez nos outros.

— Se funcionarem como planejo, serão mais do que bugigangas. E não sou eu que possui uma arma mística poderosa com várias possibilidades diferentes de serventia, e que a usa como um porrete azul brilhante — ironiza o doutor.

— Se quiser, eu te mostro na prática como funciona a Hamburupi.

— Até que não seria uma ideia tão ruim… — assente Futomo, com um tom ameaçador.

Os dois se encaram por um momento, até que Futomo tira o peso do ambiente.

— Mas preciso me preparar para o Gurētofue desde agora, já que cada lutador requer uma estratégia diferente. Boa sorte com aquele lá, tá com cara de poucos amigos. Até a reunião!

Enquanto se afastam, Renāto comenta com os jovens.

— Tanta tecnologia, e não dá um jeito naquele ninho que ele chama de cabelo. Vai entender…

Os mosqueteiros continuam seu caminho e finalmente entram no esplêndido salão, onde Evos os aguarda na entrada da sala do Shirei-kan.

— Renāto! — exclama o guarda real — finalmente você chegou. Pensei que Lup e Telly tinham falhado em sua missão, mas pelo jeito subestimei os dois. Bem nostálgico esse seu uniforme.

— Você não mudou nada, Evos. Esses jovens insistem em ser mosqueteiros, mesmo eu avisando dos perigos e tudo mais. São tão teimosos quanto você sempre foi.

— Você age como um rabugento ancião, mesmo parecendo ter a minha idade — diz Evos, soltando um leve riso — Gurenāru está a sua espera. Lup, Telly… Fizeram um bom trabalho. Estão dispensados do trabalho de hoje, mas amanhã voltam à ativa. Entendidos?

Sim, senhor! — exclamam os dois, em coro, que antes de saírem, dirigem-se a Renāto.

— Mestre, prometemos que na próxima vez que nos encontrarmos, nós é que vamos te proteger!

— E seremos lendários, usando a nossa Dentō, rapieira, e mosquetes em conjunto!

Renāto esboça um leve sorriso.

— Só me prometam uma coisa, pirralhos: honrem esta região.

Os dois acenam com a cabeça e se retiram.

— Vou ver como estão os outros mosqueteiros no quartel. É sempre uma honra… mestre.

— Igualmente, Evos.

O guarda real se retira do salão. Antes de Renāto adentrar a sala do Shirei-Kan, ele reflete, observando a sala do palácio, sobre seus tempos gloriosos. Em sua mente, surge lembranças como a condecoração dele e de seus dois irmãos, Dereon e Bapinoza; O quanto Gurenāru I transmitia confiança para seus soldados e o quanto ele teve que mudar depois do nascimento de seu primogênito.

Após um breve tempo, ele finalmente entra na sala e encontra o comandante da região, sentado em sua majestosa mesa, enquanto o restante dos mosqueteiros permanecem atentos do lado de fora da porta.

— Jovem Gurenāru… Parece que foi ontem que seu choro ecoou por todo esse palácio.

Gurenāru não esboça nenhuma emoção, e com expressão séria, direciona seu olhar a Renāto.

— Perdão por fugir do assunto. Faz tempo que não venho a capital e estou meio saudoso. O senhor solicitou minha presença, aqui estou.

— Agradeço por vir, Renāto. Até ficaria mais eufórico em ver um velho amigo, mas precisamos falar sobre os chimaras.

A ameaça à união se intensifica! Como Renāto ajudará o Shirei-kan a enfrentar esse desafio iminente?

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Olá, eu sou Silas Santos!

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