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『 Tradutor: MrRody 』

Havia três grandes vantagens em me tornar o chefe da tribo. Primeiro, eu não precisaria esconder o fato de ter recebido uma bênção. Além disso, eu poderia mudar o modo ilógico dos bárbaros fazerem as coisas, que estava em declínio há décadas, conforme meu gosto. Terceiro, no futuro, quando eu recuperasse o Tesouro Gênese Bárbaro, eu poderia usá-lo como quisesse.

Não era que ser o chefe fosse a única opção. Era apenas uma questão de como a política tribal havia mudado antes disso. O fato era que os bárbaros eram uma raça conservadora que valorizava a tradição, mas haviam progredido (ainda que pouco a pouco) sob certos Chefes do passado, como usar honrarias e mostrar cortesia ao rei. Agora também reconheciam a existência de espíritos malignos e enviavam seus corpos para o Grande Templo. Considerando sua longa história, não fazia muito tempo que era dado como certo que os guerreiros viveriam na cidade em vez da terra sagrada. Talvez cerca de seiscentos anos?

“No passado, apagar essências no templo era proibido por toda a raça.”

Era realmente bastante absurdo que apenas isso tivesse mudado ao longo de milhares de anos. Em vez de dizer que o chefe não tinha autoridade para fazer mudanças, seria mais preciso assumir que uma pessoa que pudesse ainda não havia aparecido. Não apenas o chefe da tribo tinha autoridade esmagadora em questões da tribo, mas os guerreiros tendiam a acreditar e seguir a maioria das palavras do chefe porque achavam que ele era mais inteligente que eles. Bem, mesmo assim, se a reforma começasse, inevitavelmente haveria resistência, mas essa parte poderia ser mudada lentamente com tempo suficiente.

“Não é uma má ideia.”

A sugestão do xamã só soou ridícula por um momento. Mas quanto mais eu olhava para ela, mais parecia uma opção muito sólida. O problema era que levaria pelo menos alguns anos para me tornar o chefe da tribo do jeito normal.

“Ouvi dizer que o chefe atual da tribo já foi um dia um aventureiro no oitavo andar.”

Seu rank exato de aventureiro era desconhecido, mas era claro que levaria muito tempo para alcançá-lo em termos de habilidade de combate.

“Não preciso necessariamente chegar até o oitavo andar.”

Minha interrupção deveria ser em torno do sexto andar. Nem todos os Chefes tribais no passado eram tão fortes quanto o nosso atual. Mesmo que lhe faltasse força na batalha, contanto que tivesse boas habilidades de liderança ou julgamento sólido, ele era promovido a chefe da tribo.

“Preciso reunir meus próprios apoiadores a partir de agora. Mesmo que não seja para me tornar chefe, ter influência dentro da tribo definitivamente será útil.”

Assim que terminei de reunir meus pensamentos…

— Guerreiro, parece que tem muitas coisas na sua mente. Estou com fome, então saia.

— Ah, oh… sim. Claro. Aproveite sua refeição.

O xamã me ordenou que saísse. Droga, ele foi quem acendeu o fogo no meu coração primeiro.

Growl!

Na verdade, eu também estava com fome.


Quando saí da tenda do xamã por volta das 9 horas, sorri amargamente.

“De alguma forma, toda vez que venho aqui, acabo perdendo um dia inteiro.”

Ainda assim, talvez porque eu tivesse desmaiado, meu corpo se sentia mais revigorado do que costumava quando acordava, e me senti pronto para começar o dia assim. Com esse espírito, agarrei um dos anciãos que passava. — Você sabe onde está Ainar?

— Não a vi desde a Floresta dos Guerreiros ontem.

Hmm, ela ainda poderia estar lá? Eu estava um pouco preocupado, então segui para a floresta onde o funeral tinha sido realizado ontem. Um tempo depois, encontrei Ainar deitada nos arbustos, babando.

— B-Bjorn?

— Você dormiu aqui?

— E-Eu não estava planejando, mas… — Ainar desviou o olhar, envergonhada, enquanto limpava sua saliva com as costas da mão. Infelizmente, seus olhos pousaram em Kiduba. — Oh… — Como se acordando de um sonho e enfrentando a realidade, Ainar soltou um suspiro curto. Depois de ficar ali em silêncio por um tempo, ela abriu cuidadosamente a boca. — Ei, Bjorn?

— Fale.

— Você tem algo para comer?

Agora isso sim era uma bárbara. Ri e coloquei minha mochila no chão. Então, tirei a comida conservada que costumava comer no labirinto e comemos juntos.

— Você está bem agora?

— Estou um pouco irritada, mas melhor.

— Irritada?

— Ele me enganou. Se ele tivesse sido honesto, eu não teria mostrado um lado tão feio de mim mesma. Kiduba me fez agir como uma covarde na frente de todos. — Ainar resmungou com raiva, e tive a sensação de que ela acreditava plenamente no que estava dizendo. Era bastante fascinante que ela pudesse superar a tristeza e entrar nessa fase de luto em apenas um dia. — A propósito, Bjorn, aconteceu algo com você também?

— O que você quer dizer?

— Só parece que sim. Sua expressão está mais sombria do que da última vez que nos encontramos. Se for por minha causa, só quero dizer que você não precisa se sentir assim por minha causa.

Uma expressão mais sombria, huh? — …Não é por sua causa, não se preocupe.

— Se não por mim, então por quem é?

— É… — Considerei inventar uma desculpa, mas abandonei a ideia logo em seguida. — Provavelmente porque um companheiro de equipe meu morreu.

— …Entendo. Posso perguntar o que aconteceu?

Dei a ela um breve resumo do que aconteceu nesta expedição. Ainar ouviu silenciosamente sem nenhum de seus habituais interlúdios energéticos. Quando tudo acabou, ela recitou silenciosamente o nome como se não quisesse esquecer, e expressou brevemente suas condolências. — Riol Warb Dwalkie… Eu queria ter tido a chance de conhecê-lo antes.

Ainar e Dwalkie, huh? Era difícil imaginar os dois juntos, mas Dwalkie até tinha sido melhor amigo do anão. Eles poderiam ter se tornado bons amigos. Bem, não que importasse agora.

Um momento depois, Ainar se levantou de sua cadeira e fez uma proposta repentina. — De qualquer forma, Bjorn, por que você não luta comigo? — ela perguntou. — Quero ver se me tornei uma guerreira forte o suficiente para não te atrasar.

— Você quer se juntar ao grupo que estou montando?

— Se você acha que eu mereço.

Que barbárico. O fato de ela não esperar nenhum favoritismo de nossa amizade era um sinal de quão confiável ela era. No entanto, você precisava traçar uma linha entre seus negócios e sua vida pessoal.

— Ainar, além da posição de mago, só resta um lugar. E eu estava pensando em ter um mago também para preencher essa função.

— Fale diretamente.

Eu sorri. — Quero dizer que faça o seu melhor.

Ainar respondeu com um grito de — Behelahhh! — e de repente, uma espada grande estava em sua mão e se movia em direção ao meu pescoço.

Tanque, Combate Corpo a Corpo, Combate a Distância, Mago – todas posições vitais dentro do grupo já haviam sido selecionadas. No entanto, graças ao Sr. Urso também atuar como um batedor, a vaga que teria sido de um batedor havia se tornado vaga, uma espécie de bônus. A identidade da equipe que eu criaria seria determinada pela classe de personagem que eu colocaria nessa posição. Teríamos o poder de fogo instantâneo de dois magos, ou o dano constante de dois combatentes de longo alcance? Ou deveria buscar consistência e velocidade de caça com dois guerreiros de curto alcance? Após muita deliberação, decidi ir com dois magos.

— Behelahhh!

No entanto, conforme minha luta com Ainar começava, minhas incertezas cresceram.

“Ela definitivamente ficou muito mais forte.”

Ela tinha tido meio ano de treinamento em esgrima, aumentos de atributos de Forja, além da essência de quarto nível que herdou do ancião.

“Não esperava que ela herdasse essa essência. Ela realmente tem sorte.”

Atualmente, em termos de poder, ela era quase igual a Missha. Considerando o fato de que ela só tinha duas essências, seu potencial na segunda metade era considerável. Havia apenas uma coisa que me incomodava. Isso tornaria a equipe muito focada em combate corpo a corpo.

Graças à essência do Ogro, eu também era capaz de causar dano. Se Ainar se juntasse, nossa equipe teria três combatentes corpo a corpo.

— Vamos parar por aqui.

— Ainda posso continuar!

— Eu sei. Mas não acho que tenha sentido continuar.

— …Eu não estou qualificada?

Balancei firmemente a cabeça. — Não é isso. — Embora eu não estivesse usando armadura, o fato era que ela me fez sangrar mesmo quando estava Gigantificado. Não preciso dizer que ela passou.

— E-Então posso ir com você na sua próxima expedição?!

— Você pode me dar um tempo para pensar sobre isso?

— Ahh! Ok! C-Claro. Um minuto é suficiente?

— …Um minuto é muito curto, me dê três.

— Posso esperar tanto tempo! Como você sabe, sou muito paciente!

Fechei os olhos e ignorei a tentativa sutil de Ainar de se elogiar. Como já tinha tomado a decisão no coração, não demorou muito. Só queria revisá-la mais uma vez.

Logo, abri os olhos e olhei para a Ainar. Eu não tinha um colar para colocar em volta do pescoço dela. — Espero que trabalhemos bem juntos.

— E-espera. Isso significa…?

— É o que você está pensando.

Ainar, segunda filha de Fenelin: Aprovada.

A razão pela qual Ainar passou era simples, e não era porque eu tinha boas lembranças de lutar contra os Demônios da Morte com ela. Tomei minha decisão depois de olhar um pouco mais para o futuro.

“De qualquer forma, terei que montar duas equipes no sexto andar.”

No sexto andar, operar em um pequeno clã em vez de uma única equipe era o ideal. A escala dos monstros e as estratégias necessárias para sobreviver eram demais para cinco pessoas lidarem. Avaliei que faria sentido enviar Missha ou Ainar para a outra equipe quando chegasse a hora, já que seu potencial de crescimento era óbvio.

— Ainar, você conseguiu uma Impressão da Alma?

— Ainda não. Como você sabe, não tenho dinheiro…

— Entendi. Tudo bem.

Explicaria a rota da Impressão a ela em detalhes mais tarde. Concluí a conversa ali. Ainar foi para a tenda do ancião para arrumar suas coisas, e eu esperei do lado de fora para organizar meus pensamentos.

“Falta apenas um mago…”

Na verdade, esse era o maior desafio em criar um grupo. Os magos eram todos esnobes. Qualquer pessoa que não fosse não seria um mago adequado.

“Ufa, já estou cansado só de pensar em fazer todo esse trabalho de pesquisa.”

Fui novamente lembrado de que era uma boa ideia não seguir com a estratégia dos dois magos. Eu conhecia dois magos, Raven e Ragna, mas não seria surpreendente se ambas me recusassem.

“Assim que voltasse, a primeira coisa na minha lista de afazeres seria aumentar os níveis de aventureiro da Missha e da Ainar.”

Enquanto eu elaborava um plano e percorria a terra sagrada, um bárbaro me avistou e chamou: — Bjorn, filho de Yandel!

— Kharon, filho de Tarson?

— Legal te ver! Mas o que você está fazendo aqui?

Quando disse a ele que vim a negócios, Kharon disse que era uma grande coincidência e pediu para eu dizer algumas palavras aos jovens guerreiros. Pensei sobre isso por um tempo e respondi que faria. Não estava eu no meio de perseguir seriamente a posição de chefe? Não pretendia perder a oportunidade de atrair apoio. Parecia que a Ainar também precisava de um tempo.

— Sério?! Os jovens guerreiros ficarão encantados!

Logo, segui Kharon até uma clareira vazia. Dezenas de jovens guerreiros já estavam reunidos, e assim que anunciei meu nome, eles explodiram em aplausos fervorosos.

— Bjorn, filho de Yandel!

— Um grande guerreiro!

— Whooo!

Embora soubesse que isso era resultado da lavagem cerebral do Kharon, ainda me deu uma estranha sensação de euforia. “Acho que sou um homem como qualquer outro, né?”

— Behelahhh! — Senti vontade de gritar, então gritei.

Os bebês bárbaros seguiram o exemplo. — Behelahhh!

Essa era uma espécie de êxtase que não conseguia experimentar desde que Ainar saiu do grupo. Sim, isso que era viver.

Fiz o meu melhor para esconder meu sorriso satisfeito e comecei a desempenhar o papel de palestrante convidado de maneira séria. Não foi muito difícil. Depois de fazê-los lutar uns contra os outros como bárbaros, circulei por perto e forneci dicas ilimitadas sobre como esmagar a cabeça de seus inimigos, preenchendo qualquer lacuna nas lições de Kharon.

— Quando tiver dinheiro, a primeira coisa que deve fazer é comprar um gravador de vídeo. Isso será útil se você for acusado de ser um saqueador.

Eu não tinha intenção de pôr um fim ao ‘bug de duplicação de dinheiro’ do Kharon. Era um pouco demais até para mim, mas afinal, as vítimas eram saqueadores, certo? Menos deles existindo tornaria o mundo um lugar melhor.

— Agora, todos juntos. Um bom saqueador?

— É um saqueador morto!

— A Guilda dos Aventureiros?

— Não deve ser confiada!

— Se encontrar um Hans no labirinto?

— Não! Vá embora! A menos que queira morrer!

Enquanto eu martelava as coisas que todo aventureiro bárbaro precisava saber em suas mentes, de repente, arrepios percorreram minha espinha.

“…Intenção assassina?”

Logo, parei de ensinar e me virei. De pé bem atrás de mim como um fantasma, vi um bárbaro familiar com uma grande cicatriz no rosto, uma longa barba trançada e até o distintivo cheio de suor que sugeriu que ele não havia se lavado por vários dias.

— Bjorn, filho de Yandel. — Era o chefe. — Recentemente, tenho recebido muitas convocações da Guilda. Isso é tudo por sua causa?

Desviei lentamente meu olhar para Kharon, que me assegurou que o chefe não viria nos encontrar durante o treinamento. Ele já estava se distanciando de mim, seu rosto pálido.

— Explique rápido. Antes que eu entenda errado.

“Ah, uh… um… Maldição.”

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