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Desde a descoberta de um infiltrado na base, todos os soldados e professores começaram a investigar todos que ficavam na base militar. Kura e Arold se encontravam na parte dos chuveiros, após um longo dia de treinamento. Arold estava saindo do banheiro para que

Itadaki entrasse, enquanto seu irmão apenas pensava em quem poderia ser aquela pessoa dentro da base, de tal forma que nem havia se ligado que alguém havia entrado no banheiro.

— É… parece que não vai ter uma solução tão cedo.

Ele entra no chuveiro, sua primeira visão foi o corpo de alguém de costas. A pessoa tinha sua cabeça coberta pelo vapor da água, mas o tronco à mostra, ela aparentava ter seu braço direito “encaixado” no corpo, fazendo com que seus braços não parecessem um igual ao outro, como se cada um fosse de um corpo diferente. Kura se assustou e ficou envergonhado com isso, saindo rapidamente do banheiro enquanto pensava:

“Mas, que merda é essa?! Quem, ou, o que é aquilo?”

Ele tenta descobrir quem é, mas a porta do chuveiro acaba abrindo e batendo com força no seu rosto, fazendo-o perder por alguns momentos a consciência e não conseguir mais achar quem estava lá dentro. Isso apenas deixava mais e mais perguntas para ele, como “quem era aquela pessoa?” e também “por qual razão seus braços são diferentes?” Não tinha como o jovem ter essas respostas por enquanto, então ele apenas tomou o seu banho e se dirigiu até seu dormitório, onde dormiu na cama de cima do beliche e seu irmão na de baixo. No outro dia, após um longo período de aulas e treinos, Arold foi tomar banho, enquanto o baixinho almoçava. Ele comeu sozinho no refeitório um prato grande de arroz, feijão, um bife, farofa e batatas-fritas, depois de terminar a refeição, ele saiu do refeitório e foi refletir um pouco, ficando em silêncio por vários segundos, até decidir ir ao banheiro fazer suas necessidades após um grande copo de suco de limão. Quando entrou dentro de uma das cabines, ele começou a se sentir observado. Ativou sua habilidade de sentir os batimentos cardíacos e a respiração dos outros e conseguiu saber que havia outra pessoa no banheiro atrás da porta da cabine. Ele usou mais a fundo essa habilidade para saber a intenção de quem o observava, ela era hostil e assassina. Logo, um ataque foi disparado contra Kura, era como se fosse um raio saindo dos olhos do ser hostil. A resposta do jovem protagonista foi usar sua eletricidade como um “escudo”. Ele notou o golpe inimigo evaporar, já entendendo que não era um raio usando energia, mas sim algum tipo de líquido.

”Evaporou? Então ele atirou um líquido?!”

Através dos buracos feitos na porta da cabine do banheiro, ele notava que a pessoa tinha aquele braço estranho. Quando o agressor notou que falhou na sua tentativa de assassinato, abriu um buraco na parede com sua força e fugiu por ele, evitando ser descoberto pelo jovem. Após esse acontecimento, Kura analisou o buraco feito na porta da cabine, notando que era o mesmo feito nos corpos das pessoas mortas. Alguns superiores chegaram no banheiro para saber o que aconteceu. Depois de descobrirem e analisarem tudo, Kura foi retirado do local como uma testemunha, sendo interrogado sobre o que ele viu:

— Bem… eu não cheguei a ver o rosto do assassino, mas, vi o seu braço direito… eu vi que alguém que entrou no banho após o Arold há alguns dias tinha o seu braço direito encaixado no corpo e ele era bem diferente que o seu braço esquerdo, e depois do ataque eu notei que tinha uma marca no braço dele, mas não conseguia ver direito como era.

O homem do interrogatório era o mesmo que fazia as provas de admissão no exército, ele ouvia aquilo enquanto anotava os detalhes em um caderno que ele carregava embaixo do braço. Quando acabou de escrever, fechou o caderno e o guardou no bolso.

— Bem, nós vamos consertar o banheiro e depois vamos interrogar o seu irmão, para ver se ele sabe quem usou o chuveiro após ele… bem, dispensado, pode ir embora daqui direto pra aula. Seu fura aula desgraçado!

O jovem obviamente se assustou com a fala daquele velho ranzinza “Ele sabe que eu mato aula?!”. Aquela demora apenas aborrecia o diretor, que batia com força na mesa usando um porrete, aquilo fez o Kura “acordar” do seu transe e sair correndo para a sala de aula, estava realmente desesperado com tudo aquilo.

— Tsc… garoto miserável, consegue matar um bispo e acha que já é alguém pra faltar aula…

O velho colocou um charuto na boca e começou a fumar. Mais uma vez, um olho observava tudo aquilo que acontecia, era novamente o assassino observando a sua única tentativa falha de assassinato.

— Maldito Kura… ele tá realmente me botando em cheque, tenho que me livrar dele logo, dele e do irmão dele!

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Olá, eu sou Kura!

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