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Capítulo 00 – Prólogo – Solidão como força transformadora

“Na solidão, o guerreiro encontra a si mesmo. É na ausência dos outros que a verdadeira força emerge, forjada pelo fogo da introspecção.”
Reflexões do Clã Adaga Arcana, Capítulo 3, verso 12.

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No escuro absoluto, iluminado apenas pela luz trêmula de uma fagulha mágica, o observador lia aquelas palavras repetidamente, refletindo sobre seu significado mais profundo:

“A solidão é uma encruzilhada onde confrontamos nossos medos mais profundos e nossos sonhos mais elevados. Quem somos nós quando estamos sozinhos? Quando as vozes do mundo se calam e só nos resta a companhia de nossos próprios pensamentos?” 

Essas questões ecoavam em sua mente, enquanto ele revisava as anotações de suas intermináveis pesquisas. Sentia-se puxado pelo mistério do passado, e cada descoberta era um passo mais perto de desvendar a essência da força que buscava.

Com uma decisão rápida, atravessou o portal em direção ao passado, determinado a explorar o verdadeiro poder que a solidão poderia revelar. 

Ao sobrevoar o novo local, um dos muitos que decidira visitar, ele foi instantaneamente dominado por uma sensação de fascínio misturada a uma vaga inquietação. 

Abaixo, como em um quadro sombrio, um garoto de sete anos, chamado Harley, se destacava na penumbra. Ferido e faminto, ele estava preso em uma jaula suspensa de bambu, um contraste grotesco contra a noite banhada pelo brilho gélido da lua. 

A expressão em seu rosto era de pura ferocidade; seus olhos, que deveriam refletir a inocência da infância, eram poços de escuridão. Não havia lágrimas, nem súplicas; apenas uma aceitação fria e brutal da realidade que conhecia. A jaula era seu lar.

Planando pelo ar, o observador contemplava o ambiente desolador ao redor do menino. 

Cada jaula vazia ao redor contava uma história de sofrimento e luta, uma série de tentativas fracassadas de forjar guerreiros em meio ao caos e à dor. Sangue, em quantidade que desafiava a razão, manchava o chão, as grades e até o corpo de Harley, enquanto o fogo consumia o que restava de seu clã.

“Seria essa criança a última tentativa?” — o observador se perguntava, sua mente agitada pelas lembranças dos muitos garotos que sucumbiram antes de Harley. Sabia que todos conheciam apenas duas realidades: treinamento e retorno à jaula. Um ciclo interminável de condicionamento.

Ao pairar sobre aquela cena de desolação, o observador sentiu uma nova onda de dúvida:

“Será ele a escolha correta? E se eu libertar esse ser? Ele sucumbiria ao peso do tempo como os outros? Ou, em sua libertação, encontraria uma força capaz de desafiar até mesmo as previsões mais sombrias? A solidão pode destruir, mas também pode transformar. Poderia essa fera, forjada na solidão e no sofrimento, encontrar em sua libertação a força para transcender sua própria natureza?”

“Seria esse garoto, endurecido pela dor e pelo isolamento, a chave para uma verdadeira revolução?” — continuou o observador — “Poderia Harley, com toda a dor e fúria acumuladas, ser o agente de uma mudança tão radical quanto necessária? E, se assim fosse, que tipo de líder ele se tornaria? Alguém que destrói ou alguém que constrói?” 

Ele sabia que esta era mais uma aposta, mais uma tentativa, possivelmente mais um erro. Mas a possibilidade, a esperança de algo diferente, o mantinha fascinado.

Com toda uma vida dedicada à pesquisa e ao conhecimento, ele refletia: 

“Como poderia ele converter essa experiência em algo inteligível, em uma narrativa verdadeiramente envolvente? Como criar essa narrativa sem a presença de uma figura que atuasse como catalisador, como o argumento definitivo para seu presente à humanidade: a demonstração do poder transformador da solidão?”

O observador tinha suas convicções. Para ele, a solidão era a verdadeira força por trás de todos os seres que impactaram o mundo. Ela não escolhia seus filhos, mas criava suas criaturas mais formidáveis. 

Paradoxalmente, era uma força poderosa, capaz de erguer impérios ou destruir civilizações. Era na solidão que a verdadeira essência do ser humano, nua e crua, energia; livre de máscaras, sem artifícios. Nos confins da alma solitária, ele acreditava que era possível encontrar a verdadeira essência do ser humano, nua e crua, sem máscaras ou artifícios.

“Onde nos levaria essa nova tentativa? A novas conquistas? Descobertas? Aventuras? À finalização do livro da jornada de Harley? Ou, quem sabe, a lugares e conhecimentos além de qualquer concepção humana?” — refletia o homem, suspenso no ar, seu olhar perdido nas possibilidades infinitas do futuro.

O futuro de Harley estava apenas começando a ser traçado, e o observador sabia que não podia perder um único momento dessa transformação. 

“Será que ele conseguiria vencer seus demônios internos e se tornar a força de mudança que tanto ele quanto o mundo precisavam? Haveria uma chance de que a jornada de Harley pudesse oferecer as respostas que ele procurava, uma prova final de que a solidão era o ingrediente secreto no caldeirão da grandeza?”

A curiosidade do observador era insaciável, já tinha perdido outras tantas mudas, e ele sabia que precisava continuar acompanhando a evolução de Harley. Cada passo que ele desse, cada decisão que tomasse, seria um capítulo a mais nessa história épica de transformação. 

Ele sentiu um frio na espinha ao pensar que o destino de muitos poderia depender do sucesso ou fracasso desse único ser. 

E assim, o observador se manteve atento, ansioso para ver como a jornada de Harley se desenrolaria, ciente de que o destino de muitos poderia ser moldado pelo sucesso ou fracasso desse único ser, forjado na dor e na busca incansável por poder.

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ANEXO:

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Olá, eu sou Val Ferri Sant. Ana!

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