O número um rapidamente disparou uma bola de fogo no orc que por sua vez deslizou seu corpo para o lado, mas não o suficiente e a bola de fogo explodiu o antebraço dele.
Mas, esse ataque não o fez desistir e, atravessando a cortina de fumaça negra com seu corpo musculoso, ele surgiu correndo novamente.
Percebendo que a bola de fogo não foi tão eficaz, o número um posicionou o número dois e três lado a lado, com uma distância de cinco metros entre eles.
Vários disparos foram feitos contra o seu oponente, mas as bolas de fogo foram como algodão para o monstro musculoso, que rapidamente encurtou a distância e desferiu um soco no rosto do número um.
O lich foi lançado para cima dos esqueletos. Marc e Sleek rapidamente o agarraram, mas quando olharam, a cabeça do seu companheiro havia desaparecido.
“Número dois e três, disparem a bola de fogo azul nas pernas dele”, ordenou o portador da morte telepaticamente.
Os dois liches se distanciaram ainda mais um do outro e, então, bolas de fogo azul explodiram na parte inferior do monstro, Drake e seus subordinados recuaram devido à explosão.
Novamente, uma explosão devastadora ocorreu, mas não tão poderosa quanto a explosão no acampamento goblin. O orc estava caído no chão, sem suas duas pernas.
“Número dois e três, recuem, fiquem longe o máximo possível. Assim que ele se levantar, atirem”, ordenou Drake telepaticamente, até que ele ouviu uma gargalhada vindo da espessa nuvem de fumaça.
— Hahaha! Gobbletooth gostou disso, Gobbletooth quer lutar mais, a fumaça negra se dissipou, revelando o orc de pé como se nada tivesse acontecido.
Experimentando o sentimento de dor pela primeira vez desde que entrou nessa floresta, em uma batalha que era mortal.
“Número quatro, cinco e seis, fiquem em posição. Número dois, agora você lidera o ataque”, ordenou Drake telepaticamente.
Os três liches avançaram e dispararam bolas de fogo em todo o corpo do seu oponente.
Goblletooth ergueu o braço para defender seu rosto. O número três se posicionou atrás dele, enquanto o número dois continuou na sua posição original e disparou bolas de fogo.
O orc não conseguia enxergar devido às múltiplas explosões. Rachaduras em formato de teia de aranha foram surgindo no chão e o ambiente estava começando a ficar quente, como se estivesse no auge do verão.
“Parem”, ordenou Drake telepaticamente, Ele desceu do cavalo e caminhou até Gobbletooth, que estava caído no chão novamente.
Após alguns segundos ele chegou e perguntou: — Você gostaria de matar alguns humanos?
O orc virou a cabeça e disse: — Gobbletooth falar com cadáver? Seu corpo começou a se regenerar.
— Vamos dizer que sim, então o que diz?
— Gobbletooth gostar de matar humanos. Então, ele se levantou e ficou de frente para o cadáver.
— Então, isso é um sim? Perguntou Drake.
— Cadáver derrotou Gobbletooth, Gobbletooth vai seguir cadáver.
“Agora tenho um aliado com pouca inteligência e muita força bruta”, pensou. O cadáver.
Ele suspirou fundo e murmurou: — Preciso avisar a Beatrice que acabei aqui.
— Vamos voltar para a vila, disse ele. Gobbletooth ficou meio perdido, mas o seguiu no final.
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Enquanto isso, na vila, Thaddeus e três mortos-vivos criminosos, trabalhavam derrubando algumas árvores.
Beatrice estava utilizando os treze monstros para realizar diversas tarefas, como o trabalho e a proteção da vila.
Assim que assumiu o comando dos monstros, ela ficou sem saber o que fazer. Mas logo a ideia de usá-los surgiu em sua mente e, com isso, a vila teve um pequeno processo.
Nas primeiras horas, foi estranho para todos quando monstros estavam saindo e entrando na vila.
— Vocês podem deixar esse aí mesmo, vou à vila pegar uma carroça, disse Thaddeus, tirando o suor da testa.
Até que um dos mortos-vivos largou seu machado e ficou parado.
“Você está me ouvindo?” perguntou ele.
“Sim, melhor”, respondeu o morto-vivo.
“Bom, bom, a distância não importa, diga para a Beatrice que estava tudo feito por aqui”, ordenou Drake.
Dito isso, o morto-vivo deixou a floresta, e Thaddeus ficou meio atordoado com essa ação repentina.
— Eu que não vou tentar impedir ele, murmurou ele, coçando a cabeça. Ele suspirou fundo e ocupou o lugar do monstro que saiu.
*****
Os dois guardas abriram o portão, e o morto-vivo entrou na vila. Ele caminhou por alguns segundos até encontrar a líder.
Ela virou um pouco confusa até que o morto-vivo falou: — Meu senhor disse que o problema com o orc já estava resolvido.
— Entendo, pode voltar para onde você estava, ordenou Beatrice.
“Então, ele realmente matou aquele monstro”, pensou ela.
Ela tinha suas incertezas se o monstro estava realmente morto ou não, mas vindo de outro monstro que conseguia controlar esqueletos e mortos-vivos, era algo diferente.
Suspirando fundo e continuando a trabalhar, afinal ela ainda era a líder. No momento, ela estava supervisionando os mortos-vivos, que estavam cavando pequenas covas para plantar as sementes em um futuro próximo.
A área de plantações tinha dez mil metros quadrados. O líder anterior não queria mudar porque sabia que seria uma tarefa árdua alcançar tal meta, e com o reino de Lasco roubando homens, era impossível para poucas pessoas.
“Talvez, se eu implorar, ele deixe esses mortos-vivos aqui”, pensou ela, cerrando os punhos. Ela saiu dos seus pensamentos quando ouviu uma voz.
— Hum, eles são assustadores, mas fazem um bom trabalho, disse o homem que era responsável por cuidar de todas as plantações. Ele tinha 1,60 de altura, olhos castanhos claros e pele negra, seu nome era Sebastian Bauer.
Beatrice virou a cabeça e viu que era Sebastian. — Oi, Sebastian, verdade, se fosse em outra ocasião, eu teria fugido
Antes que Sebastian pudesse falar alguma coisa, ela continuou: — Já podemos ir para o norte, vou mandar dois mortos-vivos disponíveis para ir com você.
— O QUÊ?gritou Sebastian. Ele rapidamente voltou ao normal quando viu que todos olhavam para ele. “Cof, cof”, Sebastian tossiu e disse: — Desculpe, líder, eu entendo. Tem quantos deles sobrando?
— Deixa eu ver, Thaddeus está usando três para cortar algumas árvores. Aqui na plantação tem oito. Dois estão com o escravo que chegou com aquele monstro, se me lembro bem, ele disse ser carpinteiro, disse ela.
— Sério, carpinteiro? Como ele virou escravo? Perguntou Sebastian.
— Não sei, mas isso não importa muito agora. Ela parou, encheu os pulmões de ar e gritou: — Dois mortos-vivos, venham aqui.
Assim, dois que estavam nas plantações aproximaram-se de Beatrice e Sebastian. Após alguns instantes, dois esqueletos pararam diante deles.
— Podem ir agora, disse a líder.
Sebastian não disse nada, apenas acenou com a cabeça e saiu com os dois esqueletos.
Os guardas do portão principal viviam reclamando da falta de movimento, agora, eles estavam com saudades dos dias de sossego e tranquilidade.
— Não aguento mais abrir e fechar esse maldito portão, murmurou o segundo guarda, fechando o portão novamente.
— Se algo acontecer por causa dessa sua boca, eu te mato, disse o primeiro guarda.