Ao entrar no abismo, Vílk foi surpreendido pelas costas por uma criatura estranha, mas em questão de segundos, ele desviou e cortou a criatura ao meio.
— Vílk (sorrindo): Hehe, isso foi golpe baixo.
A criatura no chão começou a gargalhar de forma sinistra enquanto desaparecia lentamente na neblina.
— Vílk (olhando a criatura gargalhar e desaparecer): É cada coisa.
Vílk caminha procurando algo que o pudesse levar à caverna da figura nebulosa. Quanto mais ele andava no abismo, mais sentia que estava sendo observado de ângulos variados. Sua mente começava a girar, ele começava a ficar zonzo e ouvia alguns sussurros estranhos o atormentando.
— Sussurros (ecoando): Venha conosco, venha… venha.
Sua respiração começava a ficar ofegante, e os sussurros continuavam.
— Sussurros (calmos e ecoados): Descanse, durma, relaxe.
Quanto mais ele tentava avançar, mais o abismo o tentava. Caminhando, ele cai de joelhos, segurando sua cabeça.
— Vílk (grita com raiva e com uma lágrima escapando): Parem já com isso, parem, por favor.
Ao fundo, vendo aquela situação, Ráy observava.
— Ráy (pensando): Acho que não captou o que lhe ensinei, Vílk.
Ráy preparava-se para ir até Vílk, porém ele o vê cruzando as pernas, mudando sua forma de respirar, colocando a espada sobre as duas mãos e fechando os olhos.
— Vílk (pensando): Agora eu me lembrei. O Ráy me alertou sobre isso. A chave é a meditação.
Observando, Ráy sorri ao ver o que Vílk fazia.
— Ráy (pensando): Pelos vistos eu me enganei. Você captou o que lhe ensinei.
O corpo de Vílk parecia emanar uma aura esverdeada, e quanto mais ele meditava, uma espécie de barreira também esverdeada surgia e aumentava de tamanho gradualmente de 1 em 1 metro a cada 10 segundos.
Observando a uma distância de 20 metros, uma criatura de olhos cinzentos, pele verde e emanando uma aura roxa segurando uma espécie de junção de um machado e um arco.
— ??? (silenciosamente): Eu encontrar um convidado, senhor mestre, gegegege.
Um minuto depois, a criatura decide atacar. Ele prepara uma flecha e a atira contra Vílk.
A flecha avança a uma velocidade incomum e atravessa a barreira de Vílk, que já se encontrava com 7 metros. A flecha se aproximava da cabeça de Vílk, mas em um piscar de olhos, ele se esquiva baixando sua cabeça.
— ??? (surpreso): Hã? Como ele fazer aquilo? Parece que eu ter que lutar, gegegege.
— Vílk (irritado): Vocês só sabem atacar pelas costas, covardes. Seres como vocês devem conhecer a fúria da minha lâmina.
— ??? (surpreso): Gegegegege, na luta valer tudo, gege. Mas como seu corpo está ali, depois aqui? Que magia ser essa?
— Vílk (irritado): Não é magia, é Ciência.
— ??? (arqueando uma sobrancelha): Ciência? O que ser isso?
— Vílk (sorrindo): Hehe, a melhor coisa do mundo. (irritado): E a última coisa que você irá conhecer.
— ??? (sorrindo de forma diabólica): Isso é o que veremos, gegegege.
— Vílk (irritado): Chega de conversa.
Vílk avança e ataca a criatura, mas ela defende e contra-ataca. Vílk esquiva e ataca, mas novamente ela defende e ataca com uma rajada de vento cortante de sua arma. Vílk tenta se esquivar, porém ele recebe o ataque, causando uma cicatriz em seu rosto.
— Vílk (irritado): Parece que você me acertou. Chega de brincadeira, mas me responda uma coisa. (sorrindo): Você conhece o V?
— ??? (surpreso): V? Que V? O que é isso?
— Vílk (sorrindo): Hehe.
Vílk começa a saltar de um lado para o outro em uma grande velocidade, que aos olhos da criatura, ele parecia teleportar.
— Vílk (grita com um grande sorriso): Hehe, V de “vrau”.
— ??? (estranhando): V de “vrau”?
Vílk clica em uma espécie de botão em sua cintura e, vindo para cima da criatura, ela defende colocando sua arma na frente. No entanto, aquele não era Vílk; ele aparece em suas costas gritando “vrauuuuuuuuuuuu”, o atravessando e deixando um corte em forma de V.
— ??? (caído): V… de… vrau, gege. Eu gostar… ahhhh… arg.
— Vílk (sorrindo e irritado): Ehhh, eu também sei atacar pelas costas, hehe.
E dentre as sombras surge Ráy batendo palmas.
— Ráy (com um leve sorriso): Parabéns, jovem Vílk. Você conseguiu provar que está pronto para a próxima etapa de seu novo treinamento.
— Vílk (surpreso): Treinamento? Espera, você esteve sempre aí? Não te detectei.
— Ráy (colocando a mão sobre a cabeça de Vílk): Você ainda tem muito que aprender, Vílk.
— Vílk (sorrindo): Você sempre me disse para tomar cuidado aqui, mas até que foi bem fácil, hehe. (pensando): Quase sucumbi? Quase sucumbi, mas isso não importa.
— Ráy (sério): Não se precipite, Vílk. Eu havia pedido ao guardião para mandá-lo à área menos sombria do abismo, então não se alegre tanto.
— Vílk (surpreso): O, o quêêêê…? (pensando): Velho pilantra. (com um triste sorriso): Então este não é o pior lugar aqui?
— Ráy (olhando para Vílk): Sim, e por isso irei treiná-lo ainda mais, para que você consiga manter o controle nos piores lugares do abismo.
— Ráy (ouvindo um som): Está ouvindo isso?
— Vílk (sério): Não?
Ráy escuta uns batimentos vindos da criatura, e para confirmar, ele vai e checa sua pulsação. Ela ainda estava viva.
— Vílk (sorrindo): O que foi, Ráy? Está conferindo a minha vitória, hehe. Nem precisa, esse já não acorda mais.
— Ráy (sério): Errado, ele está vivo, porém inconsciente. Vamos levá-lo e interrogá-lo. Normalmente, as criaturas daqui não costumam ser tão fortes. Se não fosse por essa sua engenhoca, essa batalha ainda não teria terminado.