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Sannire trouxe algumas frutas da bolsa lateral de sua montaria: rangos e uma fruta que se assemelhava a uma manga. Ayasaka parecia ansiosa para experimentar as iguarias.
— Pegue uma — Sannire jogou um rango na direção de Ayasaka, que quase foi atingida na cabeça. A habilidade de “pensar rápido” não era o forte da jovem cavaleira.
Ayasaka observava atentamente enquanto todos desfrutavam da refeição conjunta, compartilhando risadas e brincadeiras com sorrisos luminosos no rosto. Era um momento aconchegante, assemelhando-se a uma família unida, algo que Ayasaka sempre sonhou em ter.
— Ei, pegue um pedaço — Sannire cortou um pedaço da fruta que estava saboreando com sua faca de bolso, apontando-a na direção de Ayasaka, o pedaço delicadamente posicionado em sua lâmina.
— O que é isso? — Ayasaka pegou o pedaço de fruta avermelhada com a mão, curiosa.
— Coma, sem perguntas. Faz bem. — Sannire soltou uma risada suave.
— Pô… muito gostosa — Ayasaka murmurou com a mão na frente da boca enquanto mastigava delicadamente o pedaço de fruta. O sabor era cítrico, mas diferente das frutas comuns às quais estava acostumada. Ela gostou da novidade.
— Não é? — Sannire respondeu com um sorriso. — Chama-se Cyani. Contos populares dizem que é um presente do Laud, Divindade da Fartura.
— Entendi. Realmente parece algo divino. — Ayasaka concordou, apreciando não apenas o sabor único da fruta, mas também a sensação de estar compartilhando esses momentos especiais com seus novos companheiros de jornada.

Tuphi observava a interação entre Ayasaka e Sannire, enquanto fazia um leve bico com a boca, saboreando um rango. Contudo, seu olhar atento rapidamente percebeu a hesitação de Ayasaka em aceitar o pedaço de fruta cortado por Sannire. Determinada a agir, Tuphi decidiu participar da troca.
— Aqui, mestre. Pega um pedaço do meu rango vai! — Tuphi cortou um pedaço do rango que comia com suas afiadas presas e ofereceu para Ayasaka, exibindo um sorriso caloroso e abanando sua cauda com entusiasmo.
Ayasaka olhou para o pedaço cortado pelos dentes afiados de Tuphi, e depois para Tuphi algumas vezes, processando a situação de uma maneira mista entre surpresa e curiosidade.
— Pega logo. Lobians usam as presas para a maioria das coisas entre sua raça, e seus mestres. — Beatrice, que estava ao lado de Ayasaka, sussurrou em seu ouvido para explicar o gesto de Tuphi, percebendo que Ayasaka não tinha muita familiaridade com os Lobians.
— O-obrigada, Tuphi… — Ayasaka pegou o pedaço de rango oferecido por Tuphi e mordeu, seu rosto corando levemente.
Enquanto Ayasaka saboreava o rango, uma série de pensamentos divertidos passou por sua mente, e ela se perguntou de maneira divertida:
— Isso não é um beijo, né?! — O grupo, incluindo Sannire e Beatrice, sorriu descontraidamente diante da cena, aproveitando a atmosfera leve e amigável que permeava o momento entre os companheiros de jornada.
— Ahn?! Beijo? Você quer me beijar, mestre?!
— Não, não, não droga! Não foi isso que eu quis dizer! — Ayasaka levou a mão ao rosto tentando se esconder de vergonha de baixo da sua capa enquanto todos gargalhavam em volta.
Os quatro continuaram a conversar descontraidamente por um tempo debaixo da sombra refrescante da árvore, aproveitando a leveza do momento.
— Bom, precisamos partir para chegar no início do anoitecer no albergue — Sannire comentou enquanto se levantava e delicadamente limpava sua calça do gramado macio.
— Isso — Beatrice acenou com a cabeça, e todos se ergueram após ela.
Como parte do ritual habitual, Ayasaka subiu no cavalo com a ajuda de Tuphi, e o grupo retomou o caminho em direção ao albergue, ansiosos para alcançar o destino antes do anoitecer. O sol continuava a lançar seus raios dourados sobre a paisagem, criando uma atmosfera mágica enquanto os cavalos trotavam pelo terreno desconhecido de Ataraxia.

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