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Hill City Public Library — 23h30.

As luzes fluorescentes da biblioteca cantarolaram um adeus monótono quando Mandy e Lewis atravessaram a porta de vidro para fora. O cheiro de papel velho, tinta e um toque de sonhos esquecidos permaneciam no cabelo de Mandy, uma poderosa lembrança dos mundos que ela acabara de atravessar nas lombadas gastas que revestiam as prateleiras.

— Só mais um capítulo de Moby Dick, Lewis! — implorou, com os olhos arregalados de entusiasmo. — Certamente o Capitão Ahab não se importaria de esperar um pouco mais pela sua baleia!

Lewis riu, balançando a cabeça. 

— De jeito nenhum. Parece que estamos aqui há horas.

Mandy deu um tapa de brincadeira em seu ombro. 

— Só porque adoro uma boa história.

— Você e seus livros. — Sorriu. — Às vezes acho que você prefere viver nessas páginas do que aqui com o resto de nós.

— Talvez eu preferisse isso mesmo. Há algo mágico em ser transportado para outro tempo, outro lugar, apenas virando uma página. 

— Bem, aquele livro, Doctor Who, sempre diz que é hora de voltar ao presente. Temos a realidade esperando por nós.

O sorriso de Mandy vacilou ligeiramente. 

— Realidade… — repetiu, a palavra com gosto obsoleto em comparação com a tapeçaria vibrante tecida dentro das paredes da biblioteca. — Aqui é só… sei lá, horrível? Previsível? Uma segunda-feira sem fim?

O silêncio era pontuado apenas pelo clique rítmico dos sapatos na calçada e pelo zumbido distante dos grilos. Acima deles, um milhão de pequenos diamantes brilhavam na imensidão escura do céu noturno, refletindo o brilho nos olhos de Mandy. 

Mas mesmo sob o manto sereno da noite, ela não pôde deixar de notar a ruga marcando uma linha entre as sobrancelhas de Lewis. 

— Pela sua cara — cutucou gentilmente pelo ombro. —, parece que tem algo de errado.

Lewis estremeceu ligeiramente, como se tivesse saído de um devaneio. Um sorriso irônico apareceu no canto de sua boca.

— Huh? Ah, na verdade não é nada. 

Tentou encolher os ombros com indiferença. Mas a natureza forçada do gesto pouco fez para dissipar o peso que parecia pressioná-lo.

— Vamos, Lewis. — Persistiu, sua voz cheia de preocupação. — Nós nos conhecemos há tempo suficiente para você não reprimir as coisas pra mim. Parece que você está carregando o peso do mundo em seus ombros.

— Você tem ideia do que tá acontecendo por aqui? Tantas coisas estranhas. Pessoas agindo de forma tão bizarra. Isso… me dá arrepios na espinha.

— Arrepios na espinha? — Franziu a testa, avaliando-o por seu desconforto no rosto. — Não me diga que você está com medo do que quer que esteja acontecendo nesta cidade.

— Não é medo, é mais como um incômodo geral. Como se algo estivesse fora de sintonia.

— Já lidamos com tantas situações esquisitas. Achei que você estivesse acostumado com a ideia de que a normalidade está fora de cogitação.

À medida que caminhavam, Mandy reparou que Lewis estava constantemente olhando para trás, como se estivesse antecipando algo.

— Espere um pouco, você tem medo de que algo nos siga? Um monstro, talvez?

Lewis revirou os olhos.

— Não, é só que… com toda essa estranheza no ar, não custa nada ficar alerta.

— Pfft! Alerta para o quê? Fantasmas urbanos?

O garoto grunhiu, mas um pequeno sorriso escapou.

— Só tô sendo cauteloso. 

Ela conseguia ver o medo nos olhos dele, mas não deixou que isso a detivesse. Estendeu a mão a Lewis, que ainda parecia um pouco apreensivo.

— Se continuar assim, vamos a lugar nenhum.

— Uhm… 

Lewis examinou a mão estendida com uma ponta de hesitação, como se estivesse ponderando a decisão de aceitar o gesto amigável. Uma expressão passageira de vergonha cruzou o seu rosto, como reflexo das suas próprias inseguranças. Ele estava aquém das expectativas dela, uma sombra momentânea no seu semblante.

— Não precisa, é só emoção da situação. — disse, desviando o olhar. — Dá pra andar sozinho.

Mandy levantou uma sobrancelha, com um sorriso brincando nos lábios.

— Emoção, é? Você está agindo como se eu estivesse oferecendo uma carona em um foguete espacial. É só minha mão.

Gesticulou os dedos de uma forma descontraída, convidando-o a ultrapassar a relutância e a aceitar a ligação que ela lhe estava a oferecer.

— Vamos lá, não seja tímido.

Ele sempre foi cauteloso quando se tratava de novas experiências, mas algo nesse momento parecia diferente. De qualquer modo, finalmente cedeu.

— Isso é normal pra você?

— Silêncio, por favor. — Soltou uma risada branda, divertida com a reação dele. — Vamos para o museu.


Em frente ao Museum – Black Hills Institute, as portas do edifício estavam abertas, convidando-os a entrar, apesar da hora tardia.

Mesmo àquela hora já avançada, revelou-se uma joia escondida para Mandy e Lewis explorarem. O local tornou-se uma verdadeira mina de tesouros, repleto de obras de arte que narravam histórias antigas.

As pinturas nas paredes sussurravam contos em silêncio, enquanto as cerâmicas e as esculturas registavam momentos efêmeros no fluxo do tempo. Cada peça contava uma história única, mergulhando os visitantes num passado longínquo e recapturando memórias que transcenderam o curso da história.

— Nossa! Uma cidade tão pequena com um lugar tão chique!

Mal iluminada por holofotes, a galeria era um banquete para os sentidos. As paredes, pintadas de um azul celeste profundo que aprofundava as sombras da noite, exibiam uma mistura eclética de arte.

Pinturas a óleo estavam penduradas ao lado de imponentes esculturas de bronze, enquanto delicadas cerâmicas feitas à mão brilhavam em prateleiras de vidro. Foi uma explosão de criatividade, um contraponto vibrante à reverência silenciosa de um museu tradicional.

Mandy não poderia deixar de se perder em sua alegria inocente, apesar do clima sombrio presente. Ela se aproximou de uma escultura estranha, com a alegria brilhando em seus olhos.

— Me lembra aquelas criaturas míticas das histórias que eu amava quando criança.

Lewis tentava acompanhar seu entusiasmo.

— Você tem um jeito único de ver as coisas.

— É praticamente um convite para uma aventura clandestina, então é óbvio que eu ficaria animada.

Cada peça exibia uma elegância única, adornada com ornamentos discretos mas inegavelmente significativos. Uma placa discreta acompanhava cada peça, com uma mensagem incisiva gravada: “Não toque, mas aprecie com os seus olhos.”

Este aviso silencioso, eloquente em sua simplicidade, estabelecia uma barreira invisível que evitava qualquer intrusão indevida. No entanto, a mensagem não se destinava apenas aos visitantes, mas também aos próprios habitantes da cidade.

A sua missão era preservar o inestimável para os séculos vindouros. Cada exposição era mais do que uma obra de arte; era uma ligação viva à história, um património partilhado.

À medida que ambos percorriam as obras cuidadosamente dispostas, Mandy sentiu uma admiração inesperada invadir-lhe o ser. Um choque percorreu-lhe a espinha, um arrepio quase sutil que lhe fez eriçar os pêlos da pele. Era um entusiasmo genuíno, puro e não planejado, que se enraizou profundamente na sua alma.

— Nossa!

Quando se deparou com os imponentes esqueletos de dinossauros, não conseguiu conter sua expressão de fascínio.

— Olha isso, Lewis, olha! — chamou-o, apontando para as estruturas dos dinossauros. — Eles são como celebridades geológicas!

Era um tesouro de conhecimento, uma cápsula do tempo enraizada na rua principal de Hill City.

Nenhum artifício, nenhum truque elaborado; era uma resposta visceral às maravilhas que se revelavam diante dela. 

— É, tô vendo. — Com olhos surpreendidos, observava o esqueleto do T-Rex. — Nunca imaginei que estaria tão perto de criaturas que existiam há milhões de anos.

— Sabe, eu sempre pensei que os dinossauros eram apenas algo saído de um filme. Mas olhando para isso… é como voltar no tempo! — Sorriu, contagiada pela empolgação. — Imagine só, Lewis, se pudéssemos ter um dinossauro de estimação. O que você escolheria?

— Tô fora, escolheria nenhum. Seria suicídio ter um desse.

— Tá, tá, você tem um ponto. Um dinossauro de estimação pode não ser a melhor ideia. Mas e quanto a um bebê dinossauro? Esses pequeninos parecem fofos!

— Bebê dinossauro, é? Seria algo para se pensar.

Os dois riram juntos, aproveitando o momento de relaxamento em frente aos dinossauros fossilizados.

Conforme exploravam, os fragmentos de meteorito chamaram a atenção de Mandy.

— Você já viu um desse? É como ter um pedacinho do universo bem aqui na Terra!

Lewis sorriu em relação à empolgação, que estava quase saltitante.

— Tô vendo que a emocionada aqui é bem nerd também.

— Claro que sim! — Riu-se e, percebendo que estava admitindo isso, tentou se corrigir: — N-não! Quero dizer, não é todo dia que podemos ter uma experiência como essa. Imagine só as histórias que essas pedras poderiam contar se pudessem falar.

As rochas brilhantes, remanescentes de um evento celestial distante, pareciam ter um fascínio misterioso. A ideia de ter uma parte do espaço na sala a encheu de admiração e curiosidade.

— Tô amando esse lugar!

Esperava-se que o museu transmitisse o gosto pela descoberta e a satisfação da compreensão. Era a expressão mais pura da curiosidade intelectual. Cada estátua, relíquia e obra de arte deveria ser respeitada, não apenas como um testemunho do passado, mas como um lembrete das regras que regem o mundo.

Enquanto suas mentes se enchiam de fascinação e contemplação, Lewis desprendeu-se da mão de Mandy e se aproximou de uma estátua, a qual expunha detalhes anatomicamente corretos, mas não convencionais, que normalmente eram omitidos. Uma risada escapou dele, uma expressão de surpresa e diversão ao perceber uma representação artística do corpo humano de maneira tão inusitada.

— Essa estátua realmente se expõe, não é? — Apontava para a parte íntima. — Olha o trequinho que esse cara tinha.

— Parece que você está vendo tudo isso pela primeira vez. — Um sorriso discreto enfeitou seus lábios. — Essas estátuas, pelo que me lembro, são da Grécia Antiga. Eram formas tipicamente idealizadas, sabe, para efeito artístico? Talvez um pouco… enfatizadas demais em algumas áreas.

— Tá, mas o meu é maior que o dele.

Seus olhos se arregalaram momentaneamente de vergonha.

— Olha só, eles realmente tiveram coragem de retratar essa coisa com tanta… sinceridade. Eu nunca conseguiria fazer isso sem rachar o bico.

Mandy se aproximou e, sem hesitação, desferiu um chute certeiro em sua região genital, com força avassaladora.

— Merda! — gritou, desabando no chão em meio a contorções de dor. — Isso foi um golpe baixo!

Retorcia-se no piso, confrontando a realidade agonizante do que era possivelmente a pior dor que um homem pode experimentar.

— E você acha isso engraçado também? — Riu-se baixinho, suas feições refletindo uma mistura de diversão e crueldade. — Nem foi tão forte assim.

— Droga… você é maluca.

A risada dela ressoou como uma melodia estranha em meio ao cenário de tormenta. Ela manteve seu olhar firme, apesar da cena dolorosa que se desenrolava.

— Vai, levanta daí. Não posso ficar esperando você para sempre.

Com um esforço tremendo, Lewis conseguiu se erguer, suas pernas claudicantes.

— Você nunca tinha visto algo assim antes, né?

Havia um brilho de curiosidade genuína nos olhos de Mandy enquanto ela observava as atrações.

— Uh… quero dizer, não interprete mal minhas palavras, não estou insinuando que você saiu de uma caverna. — Procurou estabelecer um equilíbrio entre o humor e o respeito, evitando deixar uma má impressão. — É apenas uma observação casual.

Ofereceu-lhe um sorriso simpático, quase conspiratório. Lewis fitou-a com uma mistura de desconfiança e apreciação. 

— Bem… — Hesitou por um momento, suas palavras parecendo pesar em seus ombros, como se fossem uma confissão longamente guardada. — Minha vida até agora tem sido um constante ciclo de treinamento e luta. Meu pai me colocou nisso desde que eu era uma criança, me fazendo atingir o limite do que ele acreditava ser o auge. Ver algo tão diferente como isso… é uma experiência completamente nova. E não é só isso, também é a primeira vez que me deparo com pessoas tão diferentes como você e a equipe da agência.

A sua família, uma teia complexa de tradições e valores, deixou uma marca indelével na vida de todos os que tiveram a sorte — ou o infortúnio — de serem doutrinados em seus corredores sombrios. 

A essência da filosofia deles era gravada nos corações e mentes de seus membros desde o momento em que seus olhos se abriram para o mundo, e essa essência era tão inevitável quanto as sombras que dançavam nos recantos das salas de treinamento.

Em poucas palavras, o dogma central podia ser resumido: sonhos e objetivos não merecem um lugar na mente de alguém até que tenham passado pelo crisol do treinamento e do esforço. 

Era uma visão de mundo que rapidamente segrega aqueles que estavam dispostos a pagar o preço da grandeza daqueles que estavam confortáveis em aceitar o lugar de conformistas. 

A mensagem era clara: “Sem o suor do treinamento e a determinação do esforço, os sonhos se transformavam em ilusões vazias.”

Enquanto ele falava, um resíduo de uma tristeza oculta transparecia em seu olhar. Era um vislumbre fugaz de sua jornada até aquele momento, das expectativas e obrigações que o haviam impulsionado.

— É uma verdadeira mudança de ritmo para você. — respondeu Mandy, com um leve toque de simpatia em sua voz. — Acho que todos merecemos experimentar algo que nos tire da rotina. Algo que nos faça sentir vivos.

Havia um brilho de entendimento, uma conexão silenciosa com a busca por algo além da obrigação e do dever. Era uma exploração das próprias paixões e curiosidades, algo que Lewis estava apenas começando a descobrir.

— E olha, mesmo a Raven iria gostar disso. Sei que a Raven pode parecer uma mulher séria, e ela é, sem dúvida, mas tenho muito a agradecê-la. — Mandy sorria à medida que expressava a gratidão que sentia pela mesma. — Se não fosse por ela, eu não estaria agora vivendo essas coisas e conversando com você sobre elas. É por isso que acredito que ainda há um coração gentil nela, mesmo que não perceba.

Complementavam-se mutuamente, embora tivessem personalidades distintas. O desempenho corajoso de Raven permitiu a Mandy ultrapassar as dificuldades e descobrir uma nova perspetiva de vida, repleta de desafios inusitados.

Mandy sempre admirou Raven pela sua habilidade e sobriedade, mas também pela sua generosidade em momentos de necessidade. Tornou-se a razão pela qual a garota pôde continuar a ter estas experiências extraordinárias – ela não pensou duas vezes em pôr a sua própria vida em perigo para a salvar. A sua relação, que se desenvolveu nas circunstâncias mais difíceis, transformou-se num laço forte e inestimável.

A cidade desvaneceu-se ao longe. O tempo, por um instante fugaz, pareceu congelar, permitindo que duas almas se encontrassem numa dança de pensamentos e emoções.

Mandy e Lewis, apesar das suas diferenças e das circunstâncias que os rodeavam, partilharam um raro momento de compreensão entre si.

— Para me dar um chute no saco você boa também, né?!

As palavras carregavam um toque de ressentimento, indicando que ele ainda não superara a humilhação anterior.

— Ah, isso doeu em mim igualmente, tá? Mas eu sou ótima em esconder a dor, ao contrário de você.

— Se você fosse um homem, entenderia de verdade o quanto dói.

— Ah, por favor!

O comentário sarcástico de Mandy ecoou, suas feições contendo uma pitada de escárnio.

— Quer mesmo discutir isso? Acho que você nem tem ideia do que está falando.

— Estou mais do que disposto, aliás, já tenho um plano para te colocar no lugar.

— Bem, todos os seus planos até agora parecem ter falhado, e esse não será diferente.

Ambos, imersos em um misto de rivalidade e respeito, travavam uma conversa repleta de nuances. No entanto, havia sempre um momento para que um comentário ácido fosse lançado.

— Tudo que você parece saber fazer é falar. Mal posso esperar para ver se suas ações acompanham suas palavras.

— Não acredito que você realmente queira isso, ou está pedindo para conhecer seu fim? Parece que não valoriza muito a vida.

— Eu vou pedir apenas uma coisa, que seja justo e sem jogadas sujas, entendeu? Isso é o mínimo que eu espero.

Os olhos da garota se estreitaram enquanto ela parava de se mover, encarando Lewis com uma expressão que mesclava perplexidade e exasperação.

— Você tá falando sério?

— Claro, por que não estaria?

Havia um tom de dúvida no ar, uma incerteza pairando sobre a conversa enquanto estes tentavam decifrar a intenção um do outro.

— Agora não é o momento de fazer o que você quer, cacete!

— Aham, tá…

Algo indescritível misturado com podridão invadiu suas narinas, deixando-o alerta ao mesmo tempo. 

— Huh? — Franziu o nariz. — Que cheiro é esse?

— Cheiro? Como assim?

— Tem algo aqui. — Examinou a área ao redor. A curiosidade, tingida com uma boa dose de ansiedade, brilhou em seu peito. — Espere por mim, já volto.

Um cheiro fétido arranhou sua garganta, um cheiro metálico que arranhou seus sentidos como unhas enferrujadas. Era um odor insistente, que exigia investigação.

O odor enjoativo ficava mais forte a cada passo, levando-o por um corredor esquecido com ar denso e partículas de poeira dançando em um único e fraco raio de luz.

A porta no final estava torta, entreaberta em dobradiças enferrujadas, prometendo uma escuridão que parecia mais antiga e mais pesada do que a mera ausência de luz. Ele a abriu, um gemido ecoando no ar estagnado. A visão que o saudou não foi uma beleza curada, mas um quadro de arte grotesca. O que antes era um armazém mundano era uma necrópole improvisada, com um cheiro misturado de decadência e coisas esquecidas.

Corpos estavam espalhados no chão empoeirado. Suas carne seca aderiam às estruturas ósseas. O carpete esfarrapado, antes bege desbotado, era uma tela de poeira e sombras. As paredes de tijolos envelhecidos tinham uma superfície escorregadia e úmida.

O fedor não vinha apenas do corpo em decomposição, mas também da estrutura do edifício, uma lembrança dos costumes sinistros que deram a esta área abandonada do museu a sua sinistra vitalidade.

— O… O que diabos está acontecendo aqui?

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