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A sala de testes, como foi chamada por Pierre, era um local dividido em duas alas, lembrando muito uma gravadora, com uma área cheia de computadores e uma janela de vidro retangular à prova de balas separando-os, por onde podiam observar o indivíduo a ser testado. 

Mayck estava ali, sentado em uma espécie de cadeira — onde tinha um capacete acoplado em seu encosto — e um tipo de algema que o impedia de mover suas mãos e pés. Eles tentaram retirar sua máscara, mas não conseguiram. 

Esse é o lugar que Déni falou? Bizarro. 

Em volta dele, havia alguns braços robóticos com agulhas nas pontas e um número considerável de tubos ligados a um recipiente de vidro acima dele. 

“Muito bem, imbecil, fique quietinho para nós vermos se você é compatível.”

“Compatível com o que?”

“Não te interessa. Apenas fique quieto.”

Depois de fechar algumas travas no braço da cadeira em que Mayck estava, um homem de cabelos brancos, com a idade já avançada, saiu daquela parte da sala e se juntou aos demais, que estavam prontos para iniciar o teste. 

“Comecem agora.”

A ordem foi dada e um botão foi acionado. Em seguida, todas as luzes foram apagadas — exceto um único holofote sobre Mayck. Um gerador e a máquina começaram a emitir ruídos como os de um gerador. 

Ei… isso não é ruim? Olha esse monte de agulhas…

Mayck acabou contraindo seu corpo só de imaginar aquelas agulhas perfurando-lhe. 

Um sorriso se abriu no rosto de Pierre, conforme as agulhas se aproximavam do garoto. No entanto, a máquina parou de repente, sem explicação nenhuma. 

“O quê? O que houve?”

“Não sabemos, senhor. Parece que a energia está sumindo.”

Pierre olhou para Mayck, atordoado. Seria coisa dele? Ele pensou, mas descartou a possibilidade quando viu o garoto quietinho em seu lugar — quietinho até demais — não tinha como ele fazer nada. 

Ou pelo menos foi isso o que o garoto queria que ele pensasse. Na verdade, Mayck estava absorvendo a carga elétrica de toda a máquina, fazendo com que ela não pudesse trabalhar.

Mayck fez isso repetidas vezes, o que enlouqueceu Pierre. Assim, ele mandou que tirassem o garoto de lá para que pudessem  reparar a máquina imediatamente. 

Enquanto isso, Mayck ficou acorrentado com cadeias que cobriam sua mão inteira. Ele pensou em mil formas de derrubar todo mundo e sair dali, mas tinha que ser cuidadoso, ou seu plano iria por água abaixo. 

Mais cedo, ele ativou o GPS de seu DA, portanto, sua localização exata estava sendo enviada para Ruby e os demais. Não iria demorar muito para eles chegarem ali. 

Enquanto eles estão focados em mim, Chika e os outros vão poder invadir as outras salas e talvez resgatar as crianças daqui. Mas eu também tenho umas perguntas pra esse cara. 

Pierre havia mencionado Yang e o documento sobre Kin lhe intrigaram; ele precisava de respostas.  

A máquina foi reparada, quer dizer, eles verificaram mas não encontraram nada de errado, então Pierre ordenou que fosse feita uma nova tentativa.

E lá foram eles, executaram todos os mesmos preparativos e ficaram prontos. 

“Está pronto, senhor.”

“Certo… comecem logo.”

O botão foi acionado e novamente a máquina falhou. 

“Ah, caralho, puta que pariu”, Pierre enlouqueceu de vez e desistiu da máquina. “Já que essa merda não funciona, vamos fazer manualmente, andem”, ele gritou com os nervos à flor da pele. 

As máquinas foram afastadas de Mayck e o mesmo homem com a idade já avançada se aproximou dele, com uma seringa em mãos contendo um líquido estranho. 

Essa é a tal substância que a Strike Down encontrou nos corpos? 

Essa informação tinha chegado a ele no fim da tarde, com o trato sendo cumprido por parte da Strike Down. 

O homem, que atendia por doutor Yamato aproximou a seringa do braço de Mayck e arregaçou as mangas do sobre tudo dele, expondo seu braço. No entanto, ele parou no meio do caminho. 

Pierre, que já estava atordoado, ficou confuso pela lerdeza de Yamato. 

“Ei, doutor Yamato, o que está havendo? Aplique logo.”

“Eu estou tentando…, mas não consigo me mexer.”

“Há?! Como assim?” Enfurecido, Pierre caminhou até ele e tomou a seringa de sua mão. “Tsc. Deixa que eu mesmo faço essa merda.”

Sua mão levantada, pronta para ficar a agulha no braço do garoto com toda a fúria que ele conseguiu reunir… mas seu destino foi o mesmo. 

“O quê…? Que merda é essa? O que está acontecendo aqui?”

“Eu me pergunto como você mantém esse lugar funcionando.” Mayck falou sem mostrar nenhum sentimento em específico em seu tom de voz. 

“…?”

Pierre perdeu a voz quando encarou os olhos azuis do garoto atrás da máscara o encarando até o fundo de sua alma, trazendo-lhe um temor desconhecido e diferente de qualquer coisa que ele já havia presenciado antes em sua vida. 

Repentinamente, um ruído agudo soou nos ouvidos de Mayck e ele soube imediatamente do que se tratava, portanto, sem muito esforço, utilizando um pulso elétrico — curto, mas poderoso — destruiu as algemas que o prendiam e se levantou. Passou as mãos nos pulsos para aliviar a dormência. 

“Você… o que você fez?”

“Eu me preparei pra ir embora. Mas, antes, eu tenho umas perguntas pra você.” Ele encarou Pierre e tirou a seringa de suas mãos, colocando-a em uma prateleira ao lado da cadeira. “Primeiro, qual sua relação com Yang? Esse instituto tem alguma coisa a ver com a Ascension?”

“Ha…ha… imbecil. Por que eu te contaria…?”

“Pra ganhar mais alguns minutos de vida”, Mayck se virou para ele e afirmou sem um pingo de hesitação, o que só aumentou o pavor de Pierre, que começou a se perguntar com quem tinha se envolvido. 

Os guardas, que estavam perto deles, agiram conforme suas posições exigiam e dispararam contra Mayck. No entanto, ele estendeu sua mão e criou um vórtice de água impulsionado com vento ao seu redor, parando todos os tiros.

Dispersou o vórtice e lançou uma corrente de ar poderosa para pressionar os guardas contra as paredes, que racharam com a pressão exercida pelo ar naquele espaço fechado.

O garoto voltou seus olhos para Pierre em seguida. 

“Tá… tá bom… eu conto. Só não me mata, por favor”, de forma patética, ele implorou por sua vida com seus olhos esbugalhados. 

Mayck ficou em silêncio, esperando que ele falasse. 

“… Nós temos uma relação de negócios com a Ascension. Eles compram crianças poderosas e nos financiam. Em troca, nós fazemos pesquisas. Apenas isso, eu juro…!”

“Que tipo de pesquisas?”

“Isso eu não…”

Pierre quis fugir do assunto, mas sentiu uma intenção assassina vindo do garoto de pé a sua frente e sua incapacidade de se mover só piorava as coisas; ele não tinha outra opção senão falar. 

“Evoluções… manipulação de ID e essas coisas. Não tem mais nada além disso.”

“Hmm… não me convenceu.” Mayck pôs a mão no cabo de sua katana em suas costas e a puxou, revelando uma pequena parte de sua lâmina. “Quando foi a última vez que você falou com Yang?”

“Na-na semana passada! Ele conversou comigo por telefone e disse que um garoto de máscara que era muito inteligente viria até aqui e me disse para capturá-lo.”

“E porquê?”

“Ele falou que seria uma cobaia perfeita.”

“Entendi… uma cobaia… chega a ser irritante…”

“Ma-mas eu juro que foi tudo ideia dele! Eu não tenho outra escolha a não ser obedecer o que ele diz. Caso contrário, eu não teria recursos para…”

“Para machucar crianças? Vou aproveitar e fazer outra pergunta: onde estão os outros institutos?”

“E-eu não sei…”

“Sem mentiras aqui.” 

Mayck aumentou seu tom de voz, deixando-a imponente, e deixou sua energia fluir pela sala, o que criou uma pressão em cima dos corações de todos os presentes ali, inclusive Pierre, que derramou lágrimas. 

“E-e-eles estão espalhados pelo Japão. Todos escondidos em diferentes lugares. Te-tem um mapa no computador principal. Você pode acessá-lo com o cartão que está no meu bolso.”

O garoto o encarou. Tentou descobrir se ele estava mentindo, mas não parecia ser o caso. Afinal de contas, o medo que Pierre estava sentindo era totalmente visível em seus olhos trêmulos e o nariz escorrendo. Então, pôs a mão no bolso do paletó de Pierre e retirou um cartão branco de acesso com o nome e a foto dele. 

Deve ser isso. 

“Muito bem. Você me disse quase tudo o que eu queria saber.”

“… Então você vai me deixar ir…?”

“Não. É claro que não. Nunca nem pensei nisso.”

“Mas você… eu disse tudo o que você queria saber!”

“Mas eu não lembro de ter dito que iria te deixar ir. Você fez coisas nojentas demais pra ser deixado em paz. Mas, mesmo que eu queira te matar agora, vou deixar para eles julgarem você.”

“O quê?!”

Mayck pôs sua mão na cabeça de Pierre e liberou uma descarga elétrica que o fez perder a consciência por completo e cair no chão. O garoto desativou sua ID nesse momento também. 

“Só espero que você não tenha perdido a voz ou a memória, de resto…”

O doutor Yamato também caiu no chão, incapaz de reagir. E como poderia, tendo acabado de presenciar o poder esmagador de Mayck? Era isso o que parecia para ele. Portanto, preferiu ficar calado, pois ninguém garantia a sua vida ali. 

A parede de repente explodiu. A fumaça decorou a sala, assim como a poeira, que obrigou Mayck a pôr os braços na frente do rosto. 

Mas o que é isso?

“M-san!”

Em meio a toda a poeira que preencheu a sala, Ruby e Lily se aproximaram do garoto. 

“Você tá legal?” Elas perguntaram, checando o corpo dele de cima a baixo. 

“Ah, sim, eu tô legal.”

“Ei, espere vocês duas…” Kai também se aproximou, embora mais ofegante que as duas garotas. Ele fez uma pausa para respirar. “M-san… que bom que você está bem.”

“Valeu…”

“E como estão as coisas por aqui?” Lily analisou os arredores. Ruby e Kai fizeram o mesmo. 

À medida que a poeira ia baixando, os corpos dos soldados e de Pierre impossibilitados foram ficando cada vez mais visíveis. 

“Parece que você já deu um jeito em tudo por aqui…” Não havia surpresa na expressão de Ruby, era como se ele já esperasse por aquilo. 

“Bom, de certa forma… E quanto a vocês? Já resolveram tudo?” 

“Sim. Um batalhão armado da Black Room está conduzindo as crianças para a academia. O pessoal ficou lá para ajudar”, Lily afirmou, antes que Mayck perguntasse sobre os outros membros dos times Alfa e Delta. 

“Hmm… Então deu tudo certo? Ainda bem.”

“Você duvidava?”

“É que eu bolei ele meio que no desespero, então…”

“Não foi lá essas coisas, mas até que funcionou perfeitamente para a ocasião. Nós só precisamos nos dividir direitinho e cuidar de todo mundo de uma vez.”

Mayck só havia enviado um sinal de GPS e as imagens, mas foi o suficiente para Ruby e os outros entenderem sua mensagem. Era quase como se eles estivessem em total sincronia. 

“Ah, é mesmo. Parece que eles têm um mapa com a localização dos outros institutos.” Mayck mostrou o cartão de Pierre. “Temos que ir até uma sala e usar esse cartão aqui.”

“Então vamos logo. Eu só vou avisar que tem algumas pessoas aqui embaixo e vamos direto pra lá.”

Eles assentiram. 

Ruby pegou seu DA e passou a mensagem para Isha, que estava ajudando na evacuação dos funcionários do instituto. Em seguida, eles foram até a sala em que Mayck havia pegado um refém anteriormente. 

Não foi difícil conseguir o mapa. Quando o cartão de acesso foi inserido, uma senha foi requisitada e Lucy foi convocada — sendo a única hacker dos dois times. 

De volta a base, era hora de analisar as localizações e estudar a área em que os institutos se encontravam. 

Lucy havia feito o download do mapa para um pendrive, então as duas equipes e Mayck se reuniram para discutirem as informações. 

No entanto, o local onde eles decidiram fazer isso foi o pior possível: o quarto de Mayck, que mal suportava duas pessoas e dez queriam ficar ali — Keize não coube. Era impossível, mas eles insistiram. 

Lucy, apesar do sufoco que estava naquele quarto, acessou os arquivos do pendrive e abriu um mapa de satélite, onde havia dezenas de pontos marcados.

“Os institutos são esses pontos?” Luna perguntou se esgueirando entre os braços de Ruby e Lily. 

“Sim. São eles.”

“Caramba, são muitos.”

“E estão espalhados por todo o Japão. Seria difícil cobrir tudo isso em tão pouco tempo.”

“Realmente. Ter esse mapa foi bem conveniente. Valeu, M-san…” Ethan quase se pôs de joelhos para agradecer, dado o esforço que teriam para percorrer todo o país caso não tivessem aquela informação.

Mayck não soube o que responder, então apenas esboçou um leve sorriso. 

“Nós estávamos aqui, né?” Stella apontou para um marcador na grande floresta de Aokigahara. 

“É. E eles estão todos longes um do outro. Sozinhos, vai ser difícil lidar com cada um deles. Vamos fazer uma lista de cada um e analisá-los com cuidado”, Ruby falou. Em seguida, virou-se para Mayck. “M-san, pode passar essa informação para a Strike Down? Se eles aceitarem, podemos nos dividir e cada um cuida de um lugar.”

“Tá legal… eu faço isso.”

“Obrigada. Como só vamos poder nos mover depois de combinar tudo com eles, vamos checar esses lugares na internet.”

“Aí podemos ter uma base de como achar cada um deles. Não é como se eles fossem estar abertos ao público como uma loja comum.”

Esse era outro ponto a ser considerado, até porque não havia endereços nas marcações, então era difícil afirmar com certeza que eles estavam lá. Essa missão pedia uma observação minuciosa, caso contrário, seria apenas perda de tempo. 

“E, M-san, você não vai nos oferecer um café?” Stella mudou de assunto completamente, mas ninguém achou ruim. 

“Café? Nesse calor?”

Mesmo sendo de noite, ainda estava muito quente e como eles estavam abaixo do solo o calor era dobrado. A situação piorava quando um grupo de pessoas se juntavam em um lugar com pouco espaço. 

“Tá tudo bem. Nós vamos trabalhar até tarde, não? Então é melhor ter um pouco de cafeína para nos mantermos acordados.” 

Luna tinha um ponto, mas Mayck ainda pensava que era uma má ideia. As garotas insistiram, no entanto, e os demais concordaram com elas.

“Tá bom, mas a culpa não é minha, beleza?”

Sem outra escolha, Mayck se esgueirou por entre Kai, Mia e Stella, que estavam ali ao seu lado e chegou até o fogão, que parecia estar mais longe do que antes. Em seguida, pegou o bule em um armário e o encheu de água, levando-o ao fogo. 

Depois de alguns minutos, a água ferveu e o vapor subiu, deixando a sala muito mais quente. 

Isso fez com que todos fugissem de lá se abanando, arfando e reclamando do calor. Também foram repreendidos por Mayck que saiu por último e os dispensou, já que queria tomar um banho e descansar. 

Todos haviam trabalhado demais naquela noite, então concordaram em deixar o trabalho para o dia seguinte. 

Além do mais, já havia passado da meia noite. 

Depois do banho, Mayck se deitou e lembrou-se dos documentos que confiscou do IAH. Decidiu dar uma última olhada no que dizia a respeito de Kin. 

Garota. Nascida em abril de 2006. Essas eram algumas das informações que estavam lá. Na outra folha grampeada, tinha algumas observações também. 

Kin. Usuária de habilidades de classe Suprimento. Chamada inicialmente de telecinésia simples. Status: em observação. Então essa era uma das habilidades dela?

Na mesma folha havia algumas especulações sobre a ID da garota, desde controle mental até manipulação das leis físicas. Mas não parecia que quem fez aquelas anotações tinha certeza. 

Mayck observou mais um pouco a foto da garota, enquanto se lembrava do tempo que passou com ela. Até que uma coloração na folha de trás chamou sua atenção. 

Puxou a folha e se deparou com a foto de uma figura que não esperava ali de jeito nenhum. 

Não pode ser…  tá de zueira, né?

Ele se levantou como se para confirmar a possibilidade de que sua mente estivesse pregando uma peça nele, mas não era isso, ele realmente estava vendo aquilo. Sua testa franzida e seus olhos fitando o documento como se fosse algo aterrorizante. 

“Suzuki Keiko?”

A surpresa, no entanto, não parou por aí. As outras quatro folhas depois daquela também continham fotos e nomes bem conhecidos pelo garoto. 

“Midori, Saori, Aiko, Yuriko… mas que merda é essa? Elas também são portadoras? Fugiram daquele instituto também?”

Ele pensou na possibilidade e as datas fizeram um monte de coisas surgirem em sua cabeça. Ele olhou as folhas de observações delas e acabou confirmando uma das teorias que havia criado. 

“Agora faz sentido… controle de memórias… além do mais, Keiko disse que era parente da Haruna. Talvez ela tenha manipulado as memórias dos Yukino para se infiltrar no meio deles… mas porquê?”

O motivo não ficou claro para ele. Deveria ter alguma conexão para Keiko ter feito o que fez. 

“Kin…”

Isso era bastante provável. 

“Se elas se conheciam antes, então talvez quando Kin fugiu elas decidiram procurá-la… mas como chegaram até mim?” 

Ele ponderou por um momento. Estava quebrando sua cabeça, mas não podia parar, caso o fizesse, a ansiedade não daria paz a ele. 

Yang. É isso! Aquele cara falou que tem uma relação de negócios com a Ascension, então… mas peraí, como ele sabe sobre Kin? Se não me engano, Nikkie me disse que ele esteve sumido por vários anos. 

“Ele pode ter conseguido mais informações sobre mim do que eu imagino. Ele está mesmo disposto a me ferrar.”

Mayck estalou a língua, um pouco frustrado com a chance de que estava um passo atrás de Yang. 

Além do mais, Jade não mandou mais nenhuma mensagem pra mim. E ela mencionou a Keiko na última vez que conversamos. 

Para confirmar, Mayck ligou seu celular e abriu o aplicativo de conversas, encontrando o perfil de Jade sem foto e sem permissão para enviar mensagens. 

Como eu pensei… parece que é mesmo Keiko e as outras que estão por trás disso. Mas foi fácil demais de descobrir… será que elas não pretendiam ficar escondidas por muito tempo? 

Era uma questão importante a ser pensada, pois ela poderia abrigar mais outras intenções ou objetivos. Um passo descuidado e ele poderia cair numa outra armadilha. Uma armadilha da qual ele queria escapar a todo custo. 

Desligou o celular e o pôs em cima da pequena estante ao lado da cama. 

Seja como for, eu preciso decidir o que fazer amanhã… mas antes eu tenho que falar com a Hana e os companheiros dela sobre o que nós descobrimos. 

Apesar da raiva que estava sentindo, ele a reprimiu para que ela não o desviasse do caminho. Precisava resolver uma coisa de cada vez. Era doloroso ter que aguentar aquilo por mais um tempo, mas era um sacrifício necessário para não ter outros problemas futuros. 

E sobre Yang estar envolvido, ele pensou se contaria para os outros ou não. 

Com a Ascension envolvida as coisas ficam mais complicadas. Talvez eu guarde isso por um tempo. 

De qualquer forma, ele decidiu que tomaria as decisões importantes no dia seguinte, quando sua cabeça estivesse mais tranquila. Isso o impediria de decidir coisas irracionais ou pelo calor do momento. 

No entanto, uma coisa era certa: Keiko pagaria por tudo o que ela estava fazendo, independente do motivo. 

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