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Quarta-feira, o último dia do jogo dos desafios. 

Após ser contatado pelo hospital — já que havia deixado seu telefone para contato após sua visita — Mayck recebeu uma notícia terrível: seu avô havia falecido algumas horas depois que ele foi embora. 

Isso provocou um grande choque no garoto e foi o motivo dele ter passado a noite em claro. 

Meu pai já deve ter recebido a notícia…

Ele nem conseguia imaginar o quão abalado seu pai estava. 

Poderia culpar Keiko por isso? Poderia, mas ele só estaria fugindo da realidade. Takafumi sempre teve o coração fraco. Não era culpa de ninguém ele ter partido. O momento foi apenas inconveniente. 

Entretanto, o caos que isso iria desencadear não seria nada pequeno, principalmente com o relacionamento da família tão instável.

Foi essa desculpa que Mayck achou para não fraquejar. Sua mente parecia que ia quebrar e o desejo de largar tudo o assombrou novamente. 

Outro e-mail foi enviado para seu celular

“Quarta-feira, dia 7, último dia do jogo dos desafios. 

Participantes restantes: 3 (três)

Para o fim do jogo realizado nos últimos sete dias, os participantes restantes participarão de um confronto de um contra todos. O último a ficar de pé se torna o grande vencedor.”

Um contra todos? 

Mayck analisou o desafio estranho em sua mente. Era de se esperar dado o fato de ter sobrado apenas três dos sete participantes iniciais. 

Além disso, a regra que permitia que os participantes se aliassem, mas estivessem prontos para trair estava sendo colocada em prática. 

Mayck se perguntava como Hana gostaria de prosseguir. Se ela aceitasse perder para que ele lutasse contra Keiko seria ótimo. Na verdade, era tudo o que ele queria. 

Certamente, Hana não se importaria. Ele decidiu contatar a garota sobre sua ideia, embora as chances dela aceitar fossem baixas. 

Mayck deixou a base sem falar com ninguém. Ele só queria ficar sozinho, mas tinha que ficar atento a qualquer possível ataque. O desafio não dizia um local específico para os embates e como estava contra Keiko, não tinha como prever como ela agiria sendo do jeito que era. 

Um erro e ela poderia matá-lo no meio da rua, sem se importar com as consequências. 

Vários minutos se passaram sem que ele percebesse, e quando se deu conta já estava no portão da escola. 

Nada diferente. A mesma quantidade incontável de alunos entrando um após o outro. Havia poucos rostos que Mayck reconheceu, mas ninguém de seu círculo de amigos em particular. 

Ao entrar, as aulas eram as mesmas de toda semana. Os mesmos professores, mas matérias diferentes, mesmo colegas, mas conversas diferentes. 

No entanto, ao contrário dos dias normais do garoto, onde ele se empenhava para fazer pelo menos o mínimo de suas obrigações, ele se sentia estranho… tudo parecia tão sem cor. 

O que eu vou fazer?

Mesmo que Takafumi tivesse lhe dito para não se arrepender de suas escolhas, o garoto martelava em sua cabeça se as coisas podiam ter sido diferentes. 

E se ele não tivesse descoberto os poderes de Kin, ou melhor, e se ele tivesse recusado falar com ela até o final? Isso não poderia mudar o fato de que ele se envolveria com o mundo dos portadores, mas, com certeza, as coisas seriam diferentes. 

Mesmo que eu pense nisso… nada vai mudar. 

Era só perda de tempo. 

Na carteira da frente, em uma troca de aulas, Haruki puxou seu celular e animadamente abriu um jogo. Seus olhos fixados e cheios de vida observavam a tela com afinco. 

O movimento de seus dedos na tela deixava óbvio que era um jogo de FPS. 

“Você viciou mesmo nesse jogo, hein.” Chika se aproximou da carteira dele, pondo seus olhos no celular. 

“Ehehehe… eu estou perto de pegar uma posição entre os cem melhores jogadores”, ele falou sem desviar totalmente sua atenção. 

“Hmm… é tão legal assim? Talvez eu devesse tentar jogar também.” 

Ouvir a afirmação de sua amiga fez Haruki se animar. Tanto que ele tirou os olhos da tela por um curtíssimo período de tempo. 

“Jogue.” Seus olhos brilhando com entusiasmo, que se foi completamente quando a tela indicando sua derrota apareceu em seguida. “Não…!” Sua cabeça entre suas mãos, quase sendo batida contra a carteira. Era a expressão mais genuína de arrependimento. 

Chika riu amargamente e consolou seu amigo que tinha caído mais algumas posições no ranking. 

Mayck os observava com indiferença. Ele havia visto cenas parecidas todos os dias, mas nunca participou, pois continuava invisível às lembranças deles. 

Passar por esse exercício diário ativou seu sensor de irrelevância e ele já tinha deixado de se importar. E os eventos anteriores tiveram parte nisso. 

Já não importava se as coisas voltassem ao normal. 

Ocasionalmente, Mayck detectava o olhar de Chika ou Akari, que pareciam desconfiar de algo, mas no fim eram só olhares. 

No horário de almoço, ele não viu Haruna. 

Ela provavelmente está com o restante da família, ele pensou, e se dirigiu para uma mesa vazia que encontrou no fundo do pátio interno, carregando uma bandeja com um tipo de sopa levemente apimentada. 

Sem ser incomodado por ninguém, ele almoçou sozinho. Nem mesmo quis procurar por Hana.

Depois do intervalo, mais aulas. Até que elas acabaram. 

Ao sair da escola, Mayck não retornou para a base da Black Room, mas ficou passeando pela cidade, esperando algo começar. 

O sol já estava se pondo. Não estava muito quente como nos dias anteriores, era até refrescante para um dia de verão. Uma brisa leve soprava, trazendo consigo a sensação de estranheza no ar. 

Mayck estava completamente sem rumo. Ele não fazia ideia de onde ir, então optou por ficar quietinho em um banco de praça que achou em um parque não muito longe da escola. 

Hoje é o último dia do jogo. Eu me pergunto se ele serviu de algo. 

Na realidade, os desafios foram apenas uma forma de ganhar tempo e evitar que Keiko fizesse mais estrago. 

Se eu tivesse ido resolver isso como das outras vezes, talvez eu tivesse evitado que isso acontecesse com meu avô. 

Os minutos iam se passando, até que a noite caiu e ele se cansou de ficar parado. 

Keiko com certeza vai se mover a partir de agora. 

Ele se levantou do banco e, após alongar seu corpo, seguiu para um local um tanto quanto nostálgico. Lá seria o palco perfeito para dar um fim em tudo que começou ali. O local onde ocorreu a catástrofe da luz vermelha meses atrás.  

Ao chegar lá, não encontrou ninguém. Era duvidoso que elas chegariam justamente ali, mas ele decidiu esperar um pouco. 

Em meio a escuridão, ele encostou no que restou de uma cerca e descansou um pouco. Apenas a luz da lua com a ajuda das estrelas iluminavam aquele cenário desértico de mundo pós apocalíptico. 

A cratera enorme ainda estava cercada por faixas que proibiam a entrada. 

Será que isso vai ser fechado algum dia?

Mayck cogitou a possibilidade daquele buraco ser tapado. Se fosse deixada nas mãos da natureza, talvez levasse centenas, até milhares de anos. 

Isso está nas mãos do futuro, de qualquer forma. Ele deixou de pensar nisso, já que não iria a lugar algum. 

Algum tempo depois, Keiko apareceu ao longe e foi lentamente se aproximando. 

Então ela chegou…

“Que desafio mais conveniente. Pensei que teríamos que conseguir pontos para vencer”, ela falou assim que chegou a uma distância razoável. 

“É. Mas eu duvido que aquele cara tenha pensado nisso.”

“Sobre o que aconteceu com seu avô, saiba que eu não tenho nada a ver com isso.”

Keiko decidiu limpar seu nome, como quem dissesse ‘eu não fiz isso, então você não tem direito de se vingar’. Porém, essa nunca foi a intenção de Mayck. 

Ele estava abalado, obviamente, pela morte de seu avô, mas ele não procurou alguém para culpar e Takafumi também não gostaria que sua família buscasse vingança por ele. Isso era certo. 

“Não se preocupe. Isso não importa aqui. Só vamos resolver isso de uma vez, okay?”, Mayck disse com uma voz indiferente e se endireitou, afastando-se da cerca. 

Keiko não podia ler perfeitamente a expressão neutra do garoto, mas, pelo tom de voz, ela podia deduzir que ele não estava ligando para aquela situação tanto quanto deveria. 

Por outro lado, Mayck conseguia ver com clareza o rosto sorridente de Keiko que escondia cores de ódio. 

Após olhar ao redor, Keiko abriu a boca novamente. 

“Eu não estou vendo Hana-chan. Você não vai esperar até ela chegar? Isso te daria pelo menos uma chance.”

‘Você não pode me vencer sozinho.’ Era isso o que ela queria dizer. 

Em resposta, Mayck soltou um suspiro e fechou os olhos por um segundo e ao abri-los, estreitou-os. 

“Eu sou mais do que o suficiente. Preocupe-se com você mesma.”

“Hm… você não está confiante demais? Eu vou te dar mais uma chance. Quer esperar Hana-san para ter uma chance de vencer?” Dessa vez o tom de voz de Keiko era mais sério, apesar do sorriso em seu rosto. 

“Se eu puder acabar com isso sem que Hana se envolva, está ótimo. Você está planejando algo, não está? Não acho que você perderia tempo assim quando quer me matar com tanta vontade.”

“Ah, cara…” os ombros de Keiko caíram e ela fez uma cara decepcionada. “Você está certo. Eu estou planejando algo, mas se essa é sua resposta, então não vou mais perder tempo.”

Ela cruzou os braços. Mayck não estava conseguindo ler suas intenções, mas ele pensou que era melhor fazer o primeiro movimento, antes que ela colocasse seu plano incerto em ação. 

Mayck se preparou para uma arrancada veloz, porém, Keiko chamou sua atenção outra vez. 

“Ah, a propósito, Mayck-kun, até onde você está disposto a ir para me parar?”

“Até onde…? Até onde for necessário. De preferência que não seja muito longe.”

“Então você enfrentaria alguém importante?”

“O que quer dizer…?”

Um sorriso malicioso se formou no rosto de Keiko. Os olhos de Mayck se arregalaram e ele ficou pálido. Só aí ele conseguiu perceber as reais intenções da garota à sua frente. 

“Você é suja…” Foi o maior insulto que o garoto conseguiu pensar enquanto observava a figura se aproximando de Keiko. 

Takashi se posicionou ao lado da garota em silêncio. 

Como se para ajudá-lo a enxergar melhor, Keiko ligou a lanterna de seu celular e a posicionou em Mayck. 

“Pois bem, Mayck-kun. Você está pronto?” Ela parecia estar se divertindo com a reação do garoto, que parecia ter visto um fantasma. 

“Você veio com tudo na sua vingança. Quer me quebrar emocionalmente para depois me matar?” Seus olhos se estreitaram novamente, sua voz fria, até alguns segundos atrás, escondia sua impaciência. 

“É claro. Não faria sentido apenas te matar.” O sorriso de Keiko se quebrou. “Kin tinha um sorriso puro e você tirou isso dela. Nada mais justo que você pagar com a vida.”

“Maldita… E agora? Trouxe meu pai apenas para assistir?”

Outro sorriso vindo de Keiko. Ela dirigiu-se para Takashi, que estava em silêncio até então, e pegou um pequeno orbe em seu bolso — do tamanho de uma bolinha de gude. 

“Muito bem, Takashi-san. Como eu havia lhe dito, esse é Mayck-kun. A pessoa que…” ela fez uma rápida pausa e moveu seus lábios lentamente, para que Mayck entendesse cada sílaba. “…matou suas filhas, Alana e Kin e o responsável pela morte do seu pai.”

O orbe reagiu às palavras e Takashi também. Ele levantou seu rosto. Seus olhos sem brilho mostravam a desolação em sua mente. 

“O que você tá fazendo?” Mayck perguntou, dando um passo à frente. 

“Então foi você…” A voz fraca de Takashi ecoou por aquele ambiente em ruínas. Gradualmente ele elevou sua voz. “…Foi você quem tirou tudo de mim, não é?!”

“…!” Mayck não teve resposta, ou melhor, ele não conseguiu abrir a boca para responder. Estava sendo acusado por seu próprio pai. Parecia que uma mão segurava e apertava seu coração sem misericórdia. 

“Você vai pagar…! Eu vou matar você!!”

Com o sangue subindo a lugares mais altos, Takashi puxou sua arma de trabalho da cintura e mirou em Mayck, que não sabia o que fazer. Naquele momento, sua cabeça estava em curto.

O que se passava em sua mente… ele sabia que Takashi estava sendo controlado. Era mais que óbvio. No entanto, seu corpo não obedecia quando ele tentava se mover. 

Era tão simples. Ele só precisava usar sua velocidade para afastar Keiko de lá…

… um disparo. Passou raspando na bochecha do garoto e ao mesmo tempo sua mente ficou esbranquiçada, enquanto o silêncio após o tiro era completo. 

Eh…?

Os olhos de Takashi transbordavam ódio e encaravam Mayck como se olhassem o inimigo de seu país. 

A respiração do garoto se alterou, ficando mais rápida e dolorosa. Seu corpo paralisado. 

Vendo isso, Keiko sorria. Aquela expressão de desesperança e confusão era tudo o que ela queria. 

“Vê-lo ser morto pelo próprio pai também não me parece ser uma ideia ruim.” Ela pôs o dedo nos lábios, como se isso a excitasse. 

Era verdade que ela estava gostando de ver o garoto sofrer, mas ela não queria ir tão longe, pelo menos há algum tempo ela pensava assim. 

Takashi apertou o gatilho e um segundo disparo ecoou. Porém, um cristal vermelho interferiu na trajetória até a cabeça de Mayck, anulando completamente o tiro em pleno ar, causando uma pequena explosão de estilhaços. 

Em questão de segundos, Hana agarrou Mayck pelo abdômen e o afastou de Keiko, indo para bem longe. 

“Olha, ela decidiu aparecer?”

Keiko observou as duas figuras tomando distância, mas não se incomodou. Ela sabia que eles voltariam logo; caso contrário estariam abandonando Takashi. 

<—Da·Si—>

Como esperado, alguns minutos lentos se passaram e Hana apareceu diante dela. 

“Você realmente não fugiu. Meus parabéns.” Sarcasticamente, Keiko bateu leves palmas. 

“Eu não tinha essa opção, certo? Não posso deixar o tio Takashi nas suas mãos para que você possa usá-lo como quiser.”

“Pode ser isso do seu ponto de vista.” Ela deu de ombros. “Mas, falando sério, Mayck foi covarde ao ponto de fugir e deixar você se virar com tudo sozinha? É mesmo um lixo.” Sua voz sarcástica já tinha sumido e ela estava séria novamente, como se imitasse Hana. 

“Não é bem assim, mas eu não quero perder muito tempo com você.” Hana demonstrou uma pitada de hostilidade. Ela não gostou de ouvir seu amigo ser insultado. “Keiko-san, de verdade, você realmente acredita nas palavras de Yang?”

Hana a fitou. Após um suspiro, Keiko respondeu com a mesma seriedade. 

“Hmph. Mesmo se eu não acreditasse, não teria nenhuma prova a favor de vocês, não é? Pode não ser a mesma coisa pra você, mas Mayck definitivamente é um assassino e você sabe muito bem disso.”

Hana, que sabia que Mayck havia exterminado uma organização no passado, não podia fingir ignorância, por isso não retrucou, deixando Keiko continuar. 

“Vocês não têm provas para me fazer acreditar na história de vocês. Além do mais, Yang me salvou e eu tenho uma enorme dívida com ele, mesmo que ele seja um degenerado. Você consegue entender, não é?” Keiko sorriu. 

Ela insinuou que, sendo a aliada da justiça que Hana era, conseguia entender o que era dever a vida a alguém, mesmo que ela não estivesse em tal situação. 

Não chegava a ser uma síndrome, mas Keiko era constantemente chantageada pelo sentimento de dever sua vida à Yang. As outras provavelmente sentiam o mesmo, portanto aceitaram todas as palavras dele sem hesitar. 

A luz da verdade nem chegava sobre ela. 

“É verdade… você tem um ponto nisso tudo. Entretanto, se você realmente quisesse saber a verdade, não importando as circunstâncias, você teria procurado e feito o que é certo. Ou então… você tem outros motivos para seguir com essa vingança?”

“Isso não é da sua conta.”

A garota cuspiu essas palavras, o que só fez a nuvem de suspeita aumentar sobre sua cabeça. 

Havia algo ali e Hana percebeu imediatamente. 

“Talvez seja bem óbvio, mas vou perguntar mesmo assim. Além da sua vida, você está devendo mais coisas à Yang? Por exemplo…, a vida de suas amigas…”

“Cala a boca.” Hana foi interrompida abruptamente. “Não fique falando como se entendesse  tudo.”

“Você tem razão, me desculpe. Mas eu ainda tenho esperança de que posso te ajudar. Afinal de contas, você já foi eliminada desse jogo e eu vou ser em breve. Isso quer dizer que Mayck já venceu.”

“Esperança de me ajudar? Que piada.”

“Eu estou falando sério, Keiko-san. Você sabe que há uma forma de resolver isso sem lutar, apenas não quer enxergar.”

“Não fique falando besteiras. Eu já tomei minha decisão. Que tipo de pessoa eu seria se voltasse atrás depois de tanto esforço?”

Enquanto a discussão se estendia, Hana ia criando uma imagem mental do que Keiko poderia estar enfrentando. 

Havia muitas possibilidades que ela não conseguia imaginar, mas uma hora ou outra, ela chegaria na resposta. 

“Você parece ter se esforçado muito mesmo. Conseguiu até reprimir os sentimentos que importam de verdade. Kin não gostaria disso, você sabe.”

“Pare de falar dela tão casualmente. Você me dá nojo, Hana-chan.” Keiko estreitou os olhos. “Já basta. Não vou mais ouvir o seu papinho. Vamos acabar logo com isso.”

A essa altura, Keiko já tinha pensado em um novo cenário para sua vingança. Como Mayck iria reagir se descobrisse que Hana matou seu pai? Ela queria descobrir isso, então pegou o orbe novamente e se voltou para Takashi que estava quieto até aquele momento. 

Ela sussurrou algumas palavras e o homem levantou sua arma, segurando-a com as duas mãos. Seu olhar pintado de ódio foi dirigido para Hana. 

Ele pôs o dedo indicador no gatilho, mas quando estava prestes a disparar, um projétil vermelho entrou pelo cano da arma e a cristalizou nas mãos de Takashi, que a derrubou. 

“Tudo bem, Keiko-san. Se é assim que você quer resolver as coisas, vamos em frente, mas sem envolver terceiros.” Ela tinha seu dedo apontado para eles. 

“Fufu… piranha arrogante. Vocês dois são iguaizinhos.” Keiko forçou um sorriso, mas suas veias estavam saltando. Ela pensou em usar Takashi como um escudo humano, mas desistiu da ideia ao ser desafiada. 

E ela também tentava manter seu lado humano.

Certamente Hana hesitaria em atacar Takashi, mas parecia que usá-lo para atacá-la psicologicamente teria menos efeito que em Mayck. Então ela preferiu ir da maneira mais rápida. 

“Eu queria que vocês dois cometessem suicídio, mas eu tenho a chance de esmagá-los aqui, então não vou desperdiçá-la.”

Keiko inclinou o corpo levemente para a frente e meteu a mão na bainha em sua coxa, puxando uma faca de combate de lâmina dourada, que parecia reluzir com o luar. Empunhando a faca, ela disparou como uma bala em direção à Hana, que já esperava por isso. 

Hana se posicionou imediatamente e cruzou os braços em frente ao seu corpo. Cinco cristais surgiram ao redor dela e, ao seu comando, dispararam contra Keiko, como balas com um brilho carmesim. 

Embora a distância tenha sido cuidadosamente calculada, tudo o que os cristais atingiram foi o chão, levantando uma cortina de poeira e causando um som alto e irregular. 

O quê?! Hana arregalou os olhos. Keiko havia sumido em meio à poeira. Para onde ela foi? 

Ela correu os olhos ao redor, mas não viu ninguém além de Takashi, que estava a uma distância segura dela, aparentemente inconsciente, apesar de estar em pé. 

“É bom ter muitas informações antes de enfrentar alguém!” 

A voz de Keiko veio de cima e quando Hana percebeu, mal teve tempo de se esquivar do corte rápido e poderoso da faca de Keiko, que ela pode ver lentamente passando perto de seu rosto. 

“Eu não vou errar de novo.” A agente da Strike Down projetou mais cristais e disparou contra sua adversária após se distanciar. Ela jurou ter acertado, mas quando se deu conta, Keiko já não estava lá outra vez. 

Ela é rápida assim? Não… pode ser que seja…

Enquanto fazia sua análise, ela instintivamente olhou para trás de si, onde Keiko surgiu outra vez e estava a ponto de apunhalá-la fatalmente. 

Foi menos de um segundo que Hana teve para conjurar um cristal de coloração azul translúcido em forma circular, que se pôs entre as duas. 

Keiko o atingiu com a ponta da faca. O impacto ressoou pelo cristal, criando um som que parecia vir de um instrumento de percussão e sendo gentilmente transferido para o ambiente ao redor. 

“Hahaha. Eu tinha esquecido disso. Parece que você tem um poder bem interessante, Hana-chan.” Keiko se afastou lentamente enquanto sorria. 

“Eu digo o mesmo. Lutar contra alguém que pode vir de qualquer lado é mais problemático do que parece.”

“Então se acostume. Pois eu estou só começando.”

Como se para provar a teoria que Hana havia criado, um círculo brilhante ou talvez um círculo espacial — não era simples de dizer apenas vendo as múltiplas cores variadas, mas todas com tons escuros — surgiu abaixo de Keiko e ela caiu nele. 

Um portal?

A garota se alarmou novamente. O ruído do vento passava por seus ouvidos, o cheiro da poeira impregnava suas narinas. 

O silêncio, então, foi quebrado pelo surgimento repentino de Keiko bem ao lado dela, que novamente manejou sua faca, buscando causar um corte fatal em Hana. Mas ela acabou desviando. 

E assim, Keiko iniciou uma série de usos do seu portal, indo até Hana por todos os lados possíveis e tentando cortá-la com sua faca.

Hana teve dificuldades em desviar de todos, elevando seus sentidos ao máximo para tentar prever os movimentos da sua oponente, mas não conseguiu evitar alguns cortes em seus braços. 

O cansaço já estava perto de tomá-la, mas ela não desistiria tão facilmente. Tomando distância do último portal aberto, Hana abaixou e tocou o chão. Cristais enormes surgiram no chão e a rodearam como uma barreira. 

Desse jeito só vai haver uma forma dela me atacar usando os portais. Eu preciso dar um jeito de encurralar ela. 

Mas não seria tão fácil. Mesmo encurralada, Keiko poderia simplesmente abrir um portão para outro local. 

Essa habilidade tem que ter um ponto fraco. Talvez uma condição para ser ativada, ou um tempo limite para usar. 

Caso contrário, Keiko seria invencível. Nesse caso, ela teria de esperar a energia da garota se esgotar. Porém, essa última não era uma boa opção para aquele momento. 

Hana, então, foi tirada de seus pensamentos e involuntariamente cobrou o rosto com os braços, devido a um projétil de plasma de alta densidade, que atingiu os cristais e causou uma enorme explosão, jogando estilhaços para todos os lados, que desapareceram como poeira. 

O que foi isso agora…? Em meio a poeira, ela encarou uma fonte de luz do outro lado.

“Você não pensou que eu só tinha os portais, né?”

Quando a fumaça se dissipou, lá estava Keiko, com sua faca de combate brilhando fortemente e uma alta temperatura emanando dela. 

“Você é cheia de truques.”

“Eu só vou usar tudo o que eu tenho.”

Hana estalou a língua. Essa luta seria mais difícil do que ela esperava. 

Imediatamente, Keiko correu em direção a ela e usou seu portal novamente, mas para transportar os projéteis, que eram jogados com o balançar da lâmina, por vários lados. 

Hana sabia que não podia ficar parada, então projetou outros cristais vermelhos, os quais flutuavam e giravam velozmente em torno dela. Ao fazer isso, ela evitou ser atingida pelos ataques, os quais deixavam os cristais estilhaçados, mas que também eram anulados.

Se eu não der o meu melhor, vou acabar me ferrando. É uma pena que não estou com muita sorte aqui. 

Lutar de noite não era muito vantajoso para Hana, principalmente em um lugar com pouca iluminação. Apesar disso, ela tinha que fazer. 

Após se concentrar profundamente e rapidamente, cristais coloridos circundaram Hana e começaram a emitir um brilho — cada um conforme sua cor — e se fundiram tornando-se um só cristal de várias cores que pareciam dançar dentro dele. 

“Ohoo~ Vai levar mais a sério?”

“Eu tiro o chapéu pra você, Keiko-san. Faz tempo que não me sinto tão encurralada.”

“Isso é bom pra mim.”

Hana sorriu amargamente e Keiko maliciosamente.

“<Soul Prism>.” 

“<Space Shortcut>.”

Elas falaram de forma quase uníssona e seus corpos transbordaram de poder, de modo que o ambiente também sentia os efeitos através de uma ventania que se espalhou rapidamente. 

Keiko, que gostaria de estar em todos os lugares para proteger o que lhe importava e fazer tudo sozinha. Hana, que era obrigada a se adaptar às situações e agir de acordo. 

Ao mover as mãos, o cristal acima da cabeça de Hana começou a absorver a luz refletida pela lua e logo disparada como um pequeno, mas poderoso laser, o qual mudava de cor, dependendo do tipo de ferimento que ela queria causar em sua oponente. 

Keiko, no entanto, abriu um portal em frente ao seu corpo, que fez o ataque sumir no limbo. 

Parece que ela não vai facilitar. 

Hana encarou Keiko, mas ela sumiu de repente, indo parar atrás dela ao usar outro portal. Entretanto, a garota estava atenta dessa vez, então levantou a mão e bloqueou o golpe de faca vindo de cima com um cristal azul. 

A luz só corria em linha reta, então para atingir Keiko sem precisar se mover, Hana projetou um segundo cristal branco o qual recebeu a luz do cristal maior e refletiu para Keiko. 

Porém, o raio luminoso vermelho, para causar queimaduras, foi mandado para o limbo do portal. 

Keiko saltou para trás e se afastou. 

Hana viu isso como uma chance de tentar falar com ela novamente. 

“Ei, Keiko-san, já não basta disso tudo? Você já deve ter entendido, não é?”

“Vai continuar com isso? Eu recomendo você ficar mais atenta.”

Deixando essas palavras, ela disparou como uma bala, empunhando sua faca em direção aos olhos de Hana, que deu um passo para trás e se inclinou para evitar ser cortada. 

Outro portal foi aberto e a mão de Keiko entrou nele, saindo em outro portal nas costas da garota.

Porcaria…!

Ela sabia que tinha baixado a guarda, então acabou levando o ataque em cheio. 

Hana cuspiu um pouco de sangue. 

Keiko se afastou após seu ataque eficaz. 

Que droga. Eu fui ingênua. Devia ter prestado mais atenção. 

Ela pressionou sua mão na parte onde recebeu o golpe. Não parecia ter atingido um órgão vital, então ela ficaria bem, mas isso não era garantido. 

Enquanto eu estiver lutando contra ela, não posso dizer que vou ficar bem. Droga… eu preciso ser mais rápida que ela e impedir que ela use esses portais…

“Parece que você não saiu ilesa dessa vez.” Keiko ficou de pé a uma certa distância, olhando Hana com desprezo. 

“Keiko, fale a verdade. Você não está mais fazendo isso apenas por vingança, não é?”

Hana realmente achava isso. Até porque com ela estando tão vulnerável, Keiko não procurou matá-la de uma vez. 

“Como você é chata…” Ela revirou os olhos. 

“Tenta ser racional. Pense como alguém decente pelo menos uma vez!” Hana elevou sua voz, apesar da dificuldade para se manter em pé. O sangue já escorria por sua mão. 

“Eu sei que você acreditou em toda aquela história do Yang, mas não tem como você não ter desconfiado depois de conhecer Mayck.”

“E porque algo mudaria? Ele é só um assassino como eu pensei que era…”

“Não é não! Mayck fez tudo o que fez para proteger Kin. A culpa foi minha por não ter notado antes… Por eu ser fraca, não pude estar ao lado deles para ajudá-los.”

Keiko estreitou os olhos. Por algum motivo, algo se acendeu dentro dela: a vontade de querer saber mais. 

“Se você ama mesmo a Kin, então você deve ser capaz de entender.”

Oculto aos olhos de Keiko, um cristal branco e minúsculo começou a se solidificar atrás de Hana. 

“Você só está fazendo o que fez por que está sendo obrigada. Há muito tempo você percebeu que essa vingança era inútil, certo? Saori me contou que ouviu tudo de Ryuu e dos outros dois. Yang só está usando vocês para cumprir o objetivo dele…”

“Eu sei…! Merda…!” Com os nervos à flor da pele, Keiko esbravejou. “Eu sei muito bem que só estou sendo usada, mas o que posso fazer? É um fato que Yang salvou minha vida…”

“Já chega disso.” Hana arrumou sua postura e encarou Keiko profundamente, como se pudesse ver através dela. “Pare de ficar usando essa desculpa. Eu tenho certeza que sua vingança é só desculpa também. Se você não matar Mayck, suas amigas vão morrer. É isso?”

Uma sombra apareceu no rosto de Keiko. Ela abaixou os olhos e apertou os punhos. Aparentemente, fora lida com perfeição. Ela, então, cerrou os dentes e depois abriu a boca. 

“Você é muito irritante. Fala como se entendesse tudo o que se passa na mente dos outros. E daí se for isso? O que tem a ver com você? Mesmo que eu diga não à Yang, aquele cara é um monstro, ele pode matar todas nós sem muito esforço.”

Então era melhor fazer o que ele mandava sem questionar. Assim, a sobrevivência delas era garantida. 

Talvez sem se esforçar nem um pouco, Keiko disse essas palavras em um tom mais baixo. 

“E então? Você prefere manchar o nome de Kin matando a pessoa que ela gostava?”

“An?” A expressão de Keiko mudou de repente para um olhar confuso. 

“É verdade. Kin gostava de Mayck. Tenho certeza que mais do que um amigo. Eu não sei exatamente como ele se sentia em relação a ela, mas tenho certeza que ele se importava muito com ela. Keiko, pense um pouco. Ainda dá tempo de voltar atrás.”

“…”

Keiko ponderou por um momento. Mas não era como se ela fosse simplesmente aceitar tudo com um sorriso. Ela relutava suas ações em sua cabeça, lutando contra si mesma. 

“Além do mais, Saori me disse que as outras já entenderam tudo e Midori está com problemas pra aceitar também. Você quer ver sua família quebrar desse jeito?”

“É claro que não! Elas não vão quebrar. Eu prometi que as libertaria e é isso o que vou fazer. Não sei o que você sugere, mas eu só tenho que te matar aqui e todas serão libertas desse inferno.”

A determinação dela, no entanto, pendia para o lado errado. 

Desde pequena ela sempre correu em linha reta. O que parecia verdade, era verdade, então ela se mantinha fiel aos seus objetivos, não querendo pensar em coisas complicadas de jeito nenhum. Eis aí o motivo para sua teimosia ser tão grande. 

Ela martelou tanto em sua alma que tinha que matar Mayck para salvar suas amigas que isso se tornou sua única verdade. Mudar isso parecia impossível. 

“Não fale mais nada. Apenas morra em silêncio.” 

Ela se moveu outra vez e correu. Mais veloz que um disparo, no entanto. Ela tinha intenção de acabar com tudo ali. Hana previu isso então saltou para trás, esperando que os portais se abrissem. 

Keiko o fez. E quando fez, atravessou a lâmina por um deles, fazendo-a se deslocar pelo espaço até o pescoço de Hana. Mas era isso o que a garota queria. Com um rápido movimento de sua mão, ela lançou o cristal branco e aparentemente inofensivo no portal. 

Assim que o atravessou e entrou em contato com Keiko, ele explodiu em um súbito flash poderoso o suficiente para iluminar por vários quilômetros, junto com uma onda de choque, que jogou as duas para longe. 

Takashi também foi pego no raio da explosão. 

Hana bateu suas costas fortemente contra um escombro e teve que lutar para não perder a consciência, enquanto a ferida em suas costas parecia ter sido mais aberta e seus ouvidos zumbiam. 

Alguns segundos depois, só restou o silêncio. 

Isso foi mais forte do que pensei que seria…

A respiração de Hana doía, mas ela ainda conseguia se manter consciente. 

Eu tenho que melhorar o uso dessa coisa. Será que funcionou?

Hana estreitou os olhos, tentando ver além da cortina de poeira. Seu coração estava acelerado e no silêncio angustiante, seus batimentos eram audíveis. 

A cortina lentamente se dissipou, dando passagem para a luz da lua. O corpo de Keiko caído ao longe foi iluminado. Vendo isso, a garota relaxou completamente e um som escapou de sua boca, como se ela estivesse aliviada por poder respirar de novo. 

Ela não está morta… né?

De onde estava era difícil ver muito bem, mas não parecia ser o caso. 

Hana se levantou, cambaleante. Por causa da ferida, ela teve dificuldade em se manter de pé. Suas roupas estavam um trapo; cheia de cortes e partes queimadas. Sem contar seus machucados pelos braços e pernas. 

Aquela luta foi realmente problemática. Ter Keiko como inimiga era algo muito ruim. 

Eu acho que acabou… eu espero. 

Sempre havia uma chance da oponente se levantar e ela, de fato, moveu sua cabeça, deixando Hana alarmada. 

Entretanto, era desnecessário. Se Keiko ainda quisesse lutar, ela já teria se levantado. 

“Já deu, não é?” Hana falou ao se aproximar da garota estirada no chão como uma boneca de pano totalmente acabada. “Você precisa abrir seus olhos, Keiko. Eu e Mayck podemos te ajudar, basta você querer.”

“Ahaha… ajudar a pessoa que tentou matar vocês? Que corajosos… ou talvez eu seja tão fraca que nem se dão ao trabalho de se preocupar com a possibilidade de eu me rebelar?” A voz de Keiko era suave, ao contrário de antes. Ela parecia ter se acalmado. 

“Pelo contrário. Por você ser tão forte, seria ótimo te ter como aliada. Não só você, mas Saori e as outras também.”

“Hm. Eu duvido que Mayck vá concordar com isso…”

“Não se preocupe, ele vai.” Hana se sentou no chão, ao lado de Keiko e olhou para o céu, assim como ela. 

A noite estava bonita e Hana comentou isso. As estrelas brilhavam com força no céu, como se dissessem alguma coisa. 

“Hana-chan…”

“O que foi?”

“Pode me contar como foi estar com a Kin?”

O pedido foi um tanto inesperado, fazendo Hana franzir o cenho, mas Keiko não parecia ter más intenções. 

Àquela altura, ela já tinha desistido de quase tudo, devido ao ataque anterior. <Refração>. Tal foi a habilidade usada por Hana que ao entrar em contato com uma forte emoção do alvo, tem efeitos variados. 

Como Keiko estava explodindo de raiva, então o cristal seguiu seu exemplo e colocou aquele sentimento para fora. 

Então, Hana abriu a boca. 

“Ela era uma garota mimada e um pouco desligada que estava sempre sorrindo. Teve uma vez que ela se perdeu em um parque e quando a encontramos, ela parecia não ter percebido que passou mais de três horas sozinha.” 

“Ahaha… Isso é a cara dela. No laboratório, ela nunca admitia que estava machucada ou com medo. Então, para não deixar ela sozinha, eu comecei a fingir também.”

“Kin era uma boa garota. Mesmo que ela ficasse triste, ela ainda fazia o possível para não preocupar os outros. O tempo que passei com ela foi incrível.”

Depois dessas palavras, elas ficaram em silêncio por um tempo, apenas deixando os minutos passarem. Até que Keiko colocou a mão no bolso e entregou um orbe, do tamanho de uma bolinha de gude. 

“Esses são a materialização do poder de Saori. Através de uma pequena quantidade de sangue, ela pode manipular as memórias de alguém. Além disso, ela pode usar o sangue de outra pessoa para passar o controle.”

“Então é assim que você pode usar o poder dela?” Hana tomou o orbe em sua mão e o analisou. Não parecia ser nada além de uma pequena bolinha brilhante. 

“As outras estão com Saori. Eu trouxe apenas essa. Para desfazer a habilidade, você só precisa quebrá-la.”

“Entendi”, dizendo isso, ela se levantou. “Você ainda tem energia, né? Então me ajude a levar Takashi para casa… ou melhor, leve ele você mesma. Eu tenho que falar com Mayck ainda.”

“Haha… Você não perdoa mesmo. Pelo menos já decidiu o que fazer comigo?” Keiko se levantou. 

“Isso fica pra depois. Anda, antes que ele acorde.”

“Sim, sim…”

De repente, seus celulares vibraram e elas os checaram; era um email esperado. Como já passava da meia noite, o jogo havia chegado ao fim, então elas foram informadas do resultado. 

Hana havia sido eliminada pelo não cumprimento de sua tarefa e Keiko por ter envolvido um civil. Mas o que mais as surpreendeu foi o fato de Mayck também ter sido eliminado, apenas por não ter participado do último desafio. 

Portanto, o jogo foi eliminado. 

Tal resultado foi meio decepcionante, embora tenha servido para algo, no fim. 

Sem mais delongas, ambas se separaram. Enquanto Hana saiu para procurar por Mayck, Keiko levou Takashi até um local seguro, perto da casa dele. 

Quando Mayck retornasse, eles decidiriam o que fazer com a garota que causou tantos problemas. 

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