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Assim que conseguiram adentrar o refúgio, acompanhadas de dois elfos, Rina e Tyrant foram imediatamente alocadas para um quarto nas proximidades, com o propósito de serem hospedadas, como a maior parte dos indivíduos que vinham até Svishtar. 

Antes de entrar no cômodo, Kazuki se separou de Rei por alguns minutos. Ele parecia aflito, preocupado com Mia e Takayo, aos quais não tinha visto desde a última noite.

De acordo com os elfos ainda na entrada do refúgio, as crianças estavam no convento de artes que estava a ocorrer desde ontem, gerenciado por outros elfos especialistas, que cuidavam de crianças e adolescentes.

Ao pensar sobre isso, Kazuki ficou surpreso em saber como os elfos conseguiam ser impecáveis em sua organização e proatividade.

Eles não somente auxiliavam os refugiados e pessoas da guerra, mas também os abrigavam, assim como preparavam um tipo específico de auxílio psicológico e atividades para as crianças e órfãos que estavam presentes. 

Era de se admirar como havia uma diferença tão grande em comportamento e mentalidade entre as raças. 

Se a mesma situação de guerra ocorresse com os humanos, com toda certeza haveria algum caos ou intriga causada pela falta de administração.

Os humanos nunca iriam auxiliar os da própria raça, meramente por altruísmo.

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Visualmente, o refúgio era um lugar que aparentava ser modesto e humilde. Entretanto, no seu interior havia uma área que abrigava inúmeros cômodos e áreas externas, chegava a ser imenso.

Além do mais, por se tratar de um local que foi construído por dentro de uma montanha, toda a zona foi planejada e sistematicamente organizada de forma sutil e meticulosa, até nos mínimos detalhes, como ventilação e sistema de esgoto.

Os elfos não eram uma raça que tivesse o acesso ou conhecimento suficiente para fazer algo dessa magnitude.

 Então… a dúvida que sobrava era de; Possivelmente… Eles tiveram a ajuda de outra raça.

Descartando a maioria e selecionando a mais provável, tudo indicava que eram os anões.

“Anões?”

“Mas, então, por quê?”

O estudante deixou de pensar sobre essas questões, afinal, havia muitas incertezas e dúvidas sobre o por que do local ter sido construído assim. Tentar achar alguma uma solução só sobrecarregaria a sua mente naquele instante, e nem faria sentido se envolver nas questões de outrens.

Na melhor das hipóteses, os elfos tiveram auxílio dos anões ou fizeram toda a construção sozinhos, com algum tipo de ajuda externa.

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Ao adentrar o cômodo que estava hospedado, o estudante fechou a porta atrás dele e caminhou até a cama de casal próxima e desabou sobre ela. 

Finalmente ele podia descansar depois de toda aquela caminhada infernal. Tudo do seu quarto estava da mesma forma como havia deixado antes de sair com Kazuki. 

O cômodo ainda estava do mesmo jeito… Afinal, só havia se passado um dia desde que Rei e Kazuki saíram para explorar a vila próxima ao rio Nertyrem. 

Três camas próximas, um enorme tapete de urso que cobria todo o local, e uma lareira que aquecia toda a zona e afastava insetos pequenos e mosquitos enormes.

Rei, deitado sobre a cama, começou a pensar em um plano e estratégia futura, ele não poderia ficar estagnado mais. Precisava criar alguma meta, mesmo que fosse a menor de todas.

Em seu ponto de vista, até agora ele não havia encontrado alguém que pudesse orientá-lo de maneira correta sobre suas habilidades, sequer sabia como a magia ou éter funcionavam ao certo.

Não sabia como lutar, usar magias, então ficava dependente de seu sistema. 

Sim, claro. 

Ele tinha a noção e compreendia que todos os eventos que ocorreram até o presente momento foram de certa forma imprevisíveis e inesperados. 

Por conta de tudo que aconteceu , ele não teve o tempo suficiente para analisar todo o contexto e pensar profundamente sobre essas questões menores. 

O garoto tentou se contextualizar cronologicamente de todos os eventos que ocorreram até o presente momento, sem deixar de lado absolutamente tudo que ocorrera.

Então, ele listou: 

O vilarejo em que estava foi invadido, em seguida uma fuga improvisada.

Encontrou Svishtar depois de seguir os rastros de outros refugiados, recebeu o livro arcano de Tyrant.

Matou dois indivíduos que o sequestraram, após isso curou o amigo de Círdan, Terqueo.

Eliminou os fanáticos da igreja de Querpyn próximos da casa de Tyrant, e não muito depois acabou tendo o seu primeiro cio como ômega.

Fez sexo com Kazuki, então por fim rejuvenesceu Tyrant e Rina, tornando-as jovens e energéticas novamente.

À medida que recobrava parte de suas memórias, Rei percebeu que tudo ocorreu de forma tão inesperada e rápida, que nem ao menos teve tempo o suficiente para descansar. Espairecer a mente, e pensar com calma durante toda aquela rotina estranha.

Ele soltou um suspiro baixo e cobriu-se com o endredom da cama, abrindo sua tela de status enquanto permanecia deitado e com a cabeça imóvel para o teto.

— Status.

Nome: Reiji Megume

Nv: 25

Hp: 373 

Mp: ∞

Int: 90

Sab: 109 

For: 103 

Vit: 104

Def: 92 

Sor: 294 

Afinidade mágica: 21072 

Pontos para distribuir: [0] 

Até certo ponto, um pensamento veio à sua mente de repente nesse momento.

Talvez ele estivesse levando os assuntos de sua vida de uma maneira trivial, embora esse não fosse realmente o caso. E, mesmo sabendo que essa era sua nova realidade, com habilidades e uma forma de evoluir com níveis, parecido com um jogo dos quais jogava na escola, depois que notou que pessoas morriam e sofriam, inconsciente sua mente mudou.

Ele lembrou que toda a sua tomada de decisões havia sido decidida de uma forma grosseira. Como por exemplo seus pontos de habilidade, que foram distribuídos unicamente em sorte, meramente por não saber o que optar.

Enquanto apertava os lençóis da cama e olhava fixamente para a tela azul à sua frente, o estudante determinou como lidar com a situação. 

“Sim… 

Talvez isso ajude.”

Uma meta.

Ele estabeleceu uma ordem de coisas essenciais do que deveria fazer, levantando-se de sua cama e criando um pequeno caderno para anotar coisas importantes.

Com a caneta na mão, ele enumerou as coisas mais importantes que deveria fazer futuramente, como uma maneira de não esquecer ou se desviar de seus objetivos.

 [Aprender a controlar meus poderes. Encontrar alguém apto que possa me ajudar, que saiba sobre os elementos mágicos, a densidade mágica e o éter.

[Aprender esgrima ou alguma forma para conseguir defender-me, e não estar refém somente de poderes e habilidades, pois magia ainda pode ser anulada.]

[Conseguir sair de Svishtar, apesar de ser um lugar tranquilo, é como uma gaiola. Quero explorar um pouco mais o mundo, saber como é a capital do reino e viajar para outros lugares.]

[Entender o motivo pelo qual estou nesse mundo. Ainda não entendo o motivo de estar aqui, o que aconteceu com a minha família…?] 

[]

O garoto escreveu seu cronograma em seu idioma nativo, para que ninguém pudesse entender o que tinha escrito nesse pequeno pedaço de papel que guardou em seu bolso.

Seu objetivo era claro, não perder o foco, e desvencilhar-se da forma que está a viver, automaticamente. 

Inclusive, ao pensar a fundo, foram inúmeras vezes que desperdiçou seus talentos. Poderia ter usado sua habilidade de [Criação], ou até mesmo mudar o jeito que as coisas eram. 

Entretanto, optou em seguir uma abordagem pragmática. Ignorou ou esqueceu que havia isso para se agarrar em momentos caóticos.

Enquanto adormecia lentamente, seus últimos pensamentos antes de fechar o olho por completo eram: 

Há masmorras neste mundo…? 

Como devem ser as outras raças…? 

O que os níveis significam…? 

As divindades… Elas realmente não podem interferir neste mundo…? 

Será que o Kazuki, ele… 

Por fim, Rei adormeceu com a cabeça no travesseiro.

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