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Com um simples gesto de mão, ele fez a líder retornar ao mundo real. Até os guardas ficaram chocados, pois não conseguiam acreditar que um só monstro pudesse ter tal poder. 

— Posso deixar dois liches na vila. Acho que é o suficiente para matar qualquer coisa ou fazê-lo pensar duas vezes antes de agir, disse ele.

Esse era o momento certo para fazer seu pedido, mas ela não tinha força de vontade suficiente, forçando-se a ser corajosa, cerrou os punhos enquanto tentava falar.

— Drake, eu… queria… saber… se você pode deixar aqueles três esqueletos e os dez mortos-vivos na vila. Eles estão sendo de grande ajuda.

Ela estava esperando uma resposta negativa, porque sabia que treze era uma grande quantidade de subordinados.

— Você me fez ir atrás do Goblletooth, então também quero algo em troca, disse Drake.

— Tudo bem, eu faço qualquer coisa, respondeu Beatrice com um tom desesperado.

— Você ouviu o que o Goblletooth disse sobre os humanos. Serei realista, eu destruirei o reino de Lasco por inteiro. Tirarei todos os escravos de lá, então é melhor crescer um pouco mais essa vila e começar a pensar onde eles irão ficar, disse ele.

Beatrice ficou perplexa, quando viu os quatro aventureiros com aquele monstro. Ela se conteve, mas aniquilar um reino, tirar vidas era algo inexplicável.

Ela suspirou fundo e disse: — Posso pensar sobre isso? Talvez eu tenha uma resposta depois.

O monstro sem misericórdia acenou com a cabeça e passou o comando dos seis goblins mortos-vivos e dos quatro aventureiros mortos-vivos e os dois liches.

Após essa breve conversa, os dois voltaram para dentro da vila. No entanto, ela tinha uma expressão de alguém que acabou de ver um fantasma. Com isso, eles se separaram, cada um indo para um lado.

“Acho que não foi o momento ideal para falar isso com ela”, pensou Drake, caminhando pelas vias, até que chegou em seu destino.

Uma casa igual às outras velhas e acabada, ele deu três batidas na porta de madeira e esperou.

Vários segundos se passaram, e uma linda jovem abriu a porta com um sorriso no rosto, mas esse sorriso foi embora quando seus os olhos viram alguns monstros: três liches, dois esqueletos e um urso morto-vivos.

— Bo-boa tarde, senhor. Você veio aqui para ver a Isabella?, perguntou a jovem, dando subconscientemente um passo para trás.

“Sim, ela está?”, perguntou o monstro com um sorriso irônico.

A jovem ficou perdida em seus pensamentos, mas logo voltou para o mundo real.

— Desculpe, entre. Ela está dormindo, mas vou acordá-la, disse a jovem.

Ele entrou na humilde casa e foi direto para a sala, acompanhado pela jovem. No interior a casa estava bem cuidada e confortável.

Após alguns momentos sentado em uma cadeira de madeira, ele ouviu passos discretos, mas não era da jovem.

Uma garotinha de cabelos negros e curtos entrou em seu campo de visão. Assim que seus olhos se encontraram com os de Drake, um sorriso largo se formou em seu rosto e ela correu até ele e se sentou ao seu lado.

— Precisamos conversar sobre aquilo, disse ele olhando para Isabella.

— Eu… me desculpa, maninho, respondeu Isabella, olhando para baixo.

— Ninguém merece sofrer ou matar outra pessoa, isso é muito errado. Repreendeu o pai.

— Mas as pessoas foram más comigo desde quando eu nasci. Quando você me salvou, eu senti a necessidade ser útil para você, disse a garotinha, com lágrimas escorrendo sobre suas bochechas.

Drake levantou a mão magra e a levou até o rosto de sua nova família. Ela fechou os olhos ao sentir o dedo indicador dele enxugando suas lágrimas de tristeza.

— Está tudo bem agora. Eu não deixarei ninguém te machucar novamente. Se algo acontecer com você, pode me falar que eu resolvo. E outra coisa, não quero que você faça aquilo nunca mais, disse ele.

Após alguns segundos ele falou novamente: — Tenho uma surpresa para você lá fora.

Ela ouviu tudo com atenção quando ouviu que tinha uma surpresa, a felicidade encheu seu coraçãozinho.

 — Vamos, eu quero ver minha surpresa.

Com um sorriso no rosto, ele se levantou e acompanhou Isabella. Ele não sentia nenhuma emoção, mas quando viu a situação dela, no fundo, sentiu o desejo de protegê-la de qualquer coisa que pudesse lhe fazer mal.

“Vou criar um lugar onde todos que já foram escravos ou pessoas que já sofreram nas mãos desses grandes reinos vivam felizes. Se for necessário, eu acabarei com todos esses reinos”, pensou ele. Olhando para Isabella abrindo a porta.

Os olhos da garotinha se iluminaram quando avistou o filhote de urso-pardo. De repente, ela soltou a mão do seu maninho e correu em direção ao seu novo companheiro.

“Talvez esse não seja o melhor presente de todos”, pensou ele até que ouviu a voz da garotinha.

— Esse é o melhor presente de todos. Muito obrigado, maninho, Isabella correu e abraçou Drake.

*****

 A líder estava observando os dois liches que estavam diante dela. Como ainda era de dia, eles não tinham tanta utilidade. Então, ela pensou em um plano.

— Goblins mortos-vivos e vocês, aventureiros mortos-vivos, fiquem aqui. Vamos, vocês dois, ordenou ela.

Assim, ela foi até o escravo carpinteiro e percebeu que ele havia feito uma pequena cabana de madeira para se proteger do sol. E agora estava limpando a área com dois mortos-vivos. Ele já tinha limpado uma área de dez metros quadrados e queria expandir mais.

COF, COF

Ele se virou imediatamente e olhou para Beatrice.

— Oi, líder. Eu não tinha visto você, desculpa, disse o homem tinha 2,10 metros de altura, sem nenhum cabelo, olhos negros e pele morena. Seu nome era Mason sinclair.

— Tudo bem. Como você pode ver, tenho aqui esses dois. Eles usam magia de longo alcance. Você pode fazer duas guaritas. Quero posicioná-las como defesa do portão principal, explicou a líder.

— Entendo. Estamos falando de quantos metros?, perguntou Mason, coçando o queixo.

— Hum…, talvez uns três metros de cada lado. Não precisa se preocupar com materiais. Thaddeus deve estar voltando com as madeiras, disse Beatrice.

— Se for assim, tudo bem. Usarei minha altura como base. Então, esperarei as madeiras chegarem. Daqui a uma semana, elas estarão prontas.

— Ok, agora vou indo, disse Beatrice, saindo, e os dois liches a seguindo.

Mason acenou com a cabeça e foi preparar as ferramentas.

Então, a noite caiu e todos os moradores se recolheram em suas casas. As vias da vila estavam infestadas de mortos-vivos, liches e esqueletos. Goblletooth estava dormindo no celeiro, e o número três estava do lado de fora, à espreita, esperando um único vacilo para matá-lo.

Os únicos seres humanos que se encontravam fora das suas casas eram Thaddeus, Mason, Sebastian e Beatrice. Eles estavam trocando informações entre si sobre as demandas da vila e as produções do dia.

— Deveríamos trocar essas cercas antigas, temos mão de obra suficiente, sugeriu Sebastian.

— Isso vai precisar de muitas madeiras, e apenas dois cavalos do Senhor Drake não vão ser suficientes, acrescentou Thaddeus.

— Thaddeus e Mason são novos aqui, mas estão fazendo um ótimo trabalho, então não vou esconder nada de vocês. Drake tem um plano que duvido muito, disse Beatrice.

Rapidamente ela explicou o plano para todos.

— Isso não será fácil, mas de quantas tendas estamos falando?, perguntou Mason, juntando as sobrancelhas.

Beatrice hesitou em falar, mas no final disse: — quantas eu não sei, mas acho que precisamos fazer muitas.

— Qual é o plano do Senhor Drake?, perguntou Thaddeus.

— Ele planeja destruir o reino de Lasco e trazer todos os escravos para cá, respondeu Beatrice.

Eles não estavam esperando por isso. Derrubar um reino que resistiu por um século era um trabalho difícil.

O silêncio reinou por alguns segundos até ouvirem Mason murmurar: — Então, essa é a motivação dele.

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