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Após algumas horas, os soldados perceberam haver algo de estranho com aquele ser misterioso que usava um sobretudo negro, pois ele ainda estava imóvel, como se fosse um poste fincado no chão.

Seu título estranho já havia se espalhado entre todos os soldados, aumentando ainda mais o seu medo. 

A crueldade com que Mason tirou a vida de um padre e a natureza cruel de Goblletooth, por sua sede de sangue, lhes renderam os primeiros títulos: leais do podador.

— Leais do podador? Perguntou Mason, juntando as sobrancelhas.

— Foi isso que ouvi. Talvez o título herege combinasse mais com você, zombou o portador da morte, olhando para frente.

Goblletooth respirou fundo e disse: — Goblletooth ver tantos humanos e não poder matar.

— Isso está demorando muito, murmurou o portador. Ele chamou novamente um morto-vivo para dar o recado.

O morto-vivo caminhou e ficou a uns três metros dos soldados, dizendo: — Meu senhor disse que vocês têm uma hora.

Ele ficou olhando para frente enquanto o morto-vivo retornava, até que um dos seus subordinados falou em sua cabeça.

“Meu senhor, a líder da vila me mandou passar esse recado: a vila foi atacada por uma matilha de lobos nível dois, mas todos estão bem” 

Ele arregalou os olhos ao ouvir isso e perguntou telepaticamente: “Isabella… está bem?”

O mundo ao seu redor desapareceu, como se tivesse sido apagado de sua mente. Ele estava concentrado na voz do seu subordinado, como se fosse a única coisa que existisse.

Após alguns segundos, a voz disse: “Sim, meu senhor, ela está bem. A líder da vila também mandou informar que em menos de três dias tudo estará pronto.

Ele suspirou de alívio e disse: “Informe que eu já mandei alguns escravos seguir para a vila, eles estão acompanhados por liches, caso queiram pedir relatórios diários.”

Voltando para o mundo real, percebeu que Maximilian, Benjamin e alguns soldados já haviam voltado.

— Portador da Morte, aqui está tudo o que você pediu, e o reino de Lasco agradece por poupar nossas vidas, disse o rei

Na frente dele havia mulheres jovens e lindas, crianças do sexo masculino e feminino, no máximo tinham entre sete a dez anos, todos estavam presos e segurando alguns casos de couro com grãos.

Mason percebeu que Drake não disse nada e então deu um passo à frente e disse: — Eles não são escravos, tirem as correntes deles.

As sobrancelhas de todos tremeram de raiva, mas ninguém quis testar a paciência de um dos Leais do Portador.

— Vocês ouviram, tirem as correntes, agora! Dessa vez, quem disse foi Benjamin.

Rapidamente, os soldados removeram as correntes dos escravos, e eles foram para atrás de Mason.

— Leve-os e faça o mesmo plano, te espero aqui, disse o portador, cruzando os braços e mostrando suas mãos esqueléticas.

Todos que estavam próximos dilataram as pupilas e deram, subconscientemente, um passo para trás. O portador tinha um leve sorriso no rosto e suavemente removeu seu sobretudo, mostrando seu corpo. Tudo abaixo do pescoço era apenas ossos.

Goblletooth começou a gargalhar analisando o corpo do portador pela primeira vez. Eles voltaram para o mundo real quando ouviram a voz do portador.

— Bom, eu, o Portador da Morte, fico feliz que o glorioso Reino de Lasco tenha cumprido com o tratado.

 Todos já estavam com uma expressão de alegria no rosto quando ouviram isso, mas essa expressão logo desapareceu quando prestaram atenção novamente nele.

— Contudo, vocês não podem confiar em um homem que acabou de matar um padre e olhem para nós, somos monstros. Então, a morte de vocês está garantida.

Goblletooth dobrou os joelhos e atacou ferozmente o cavalo do rei, porém, Benjamin apareceu e derrubou o rei da sua montaria.

O orc despencou, amassando a parte traseira do cavalo. Uma nuvem de poeira cobriu uns cinco metros, e ninguém conseguia ver nada.

— O REI, SALVEM O REI! Todos os soldados correram contra o orc.

— Hahahahahah! Goblletooth gargalhou enquanto segurava a cabeça do cavalo e a arremessava contra os soldados. Ele não podia ver nada devido à densa nuvem de poeira.

O cadáver do cavalo se espatifou, matando todos os dez soldados. O portador da que estava observando teve um vislumbre da posição do rei e se lançou contra ele. Benjamin estava balançando a sua lança descontroladamente, na esperança de acertar alguém.

Ele recuou porque sua habilidade com uma espada era precária, mesmo sabendo que não correria risco de vida.

“Talvez Mason possa me ensinar algumas coisas,” pensou o portador, olhando o seu oponente. “Esse cara também não tem nenhuma habilidade com essa arma.”

De repente, um vulto passou por ele e empurrou a espada contra Benjamin com rapidez. A lâmina da espada deslizou sobre o Haste da lança, fazendo com que faíscas de fogo saltassem violentamente. Como se fosse um pedaço de seda, um corte profundo apareceu no peito do seu oponente.

Maximilian arregalou os olhos quando viu o sangue de Benjamin escorrer sobre a lâmina da espada de mason.

O orc agarrou o rei pelos pés, ergueu-o a um metro do chão e gritou para os soldados que estavam atordoados: — Goblletooth ordena que humanos parem.

O portador levantou a sobrancelha e cruzou os braços para assistir ao show.

Mason recuou e ficou ao lado do seu senhor e perguntou: — O senhor acha que ele vai comer ou arremessar contra os soldados?

Continuando olhando para frente, ele respondeu: — Os dois.

O Maximiliano berrava como uma criança, mas nenhum soldado queria arriscar-se a ser a causa da morte de seu amado rei.

— ME AJUDEM, NÃO FIQUEM PARADOS!

Até que Goblletooth atirou o rei contra o chão, fazendo seu crânio se abrir.

— Hahahahah! Goblletooth gargalhou percebendo os sons estranhos que saíam da boca do rei. Então ele pegou a coroa do rei, que estava amassada, e colocou em sua cabeça.

O orc novamente pegou o rei e bateu contra o chão. Pedaços do crânio do rei foram para todos os lados, pasta de carne se formou no chão.

Drake e Mason não tinham reação, vendo a coroa do rei na cabeça de Goblletooth.

“Vamos acabar com isso…” pensou o portador, mas seus pensamentos foram embora quando viu uma pessoa no meio dos soldados.

— PARE, GOBLLETOOTH, ordenou ele 

Mason achou estranho, mas não disse nada, apenas ficou olhando para ele caminhando e passando por Goblletooth.

O portador da morte estava a uns cinco metros dos soldados; eles estavam com pavor e tremendo como vara verde. Como iam matar um monstro, que era feito só de ossos?

— Você, disse ele, apontando a espada para um dos soldados.

Os soldados abriram espaço e foram para trás, deixando sozinho apenas o adolescente. Ele ficou sozinho e confuso.

“Talvez seja ele, caso seja, e queira se juntar a mim, vou retribuir por ter me deixado ir”, pensou o portador, baixando sua espada.

— E-eu? Perguntou Alan, confuso.

— Você me deixou fugir pelos esgotos, talvez você lembre, disse o portador.

— Hum… o soldado ficou perdido em seus pensamentos, até que arregalou os olhos e deu, subconscientemente, um passo para trás. Se ele tivesse impedido a fuga daquele cativo, o reino nunca teria sofrido, e a sua família e amigos estariam vivos.

— Então, tenho uma proposta para você, trabalhe para mim e venha ter uma vida feliz, longe desses fudidos, acrescentou ele com indiferença.

A raiva tomou o coração de Alan, e então ele disse: — Você… matou dois dos meus amigos e minha família. Eu errei, mas consertarei isso agora.

Mason, que estava a uns dez metros, rapidamente encurtou a distância e empurrou a espada contra Alan, que deslizou o corpo para o lado.

Isso tudo aconteceu em menos de dois segundos; o portador da morte não teve tempo de processar.

Após ficar perdido em seus pensamentos, ele voltou para o mundo real quando ouviu a voz de Mason — O senhor está bem?”

Ele acenou com a cabeça e focou sua atenção para o soldado que estava a uns cinco metros de distância, empunhando sua espada.

— Não ache que isso é uma luta um contra um. Vamos jogar do meu jeito, disse Drake, e das esquinas saíram dezenas de mortos-vivos correndo.

Alan, com os soldados, começaram a correr, mas viram que não tinham chances. Eles rapidamente pararam e se prepararam para lutar.

Goblletooth, que estava com o cadáver do rei em mãos, novamente arremessou, derrubando a primeira linha de defesa dos soldados.

— Hahahahahah! Ele gargalhava vendo os soldados no chão. Ele flexionou os joelhos e saltou; os mortos-vivos estavam a cinco metros dos soldados.

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