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“Marc, venha buscar a Isabella” ordenou o portador telepaticamente.

Ele olhou para sua irmã que estava na formação, bom ele não olhou diretamente para ela.

Drake mudou de direção e olhou para a formação dos liches. Se alguém os olhasse, teria a convicção de que ele estava falando com seus subordinados.

E com isso, o portador perguntou.

— Você sabe que não pode contar isso para ninguém, não é mesmo?

— Se alguém souber, pode acarretar em problemas muito sérios.

Mais uma vez ela apenas acenou com a cabeça inconscientemente na esperança que ele a visse.

Mas para a sua desgraça ele não viu e com um tom sério, o portador perguntou.

— Você entende?.

Essa foi a primeira vez que Isabella ouviu a voz do seu irmão com esse tom ameaçador e sinistro.

Uma recordação do primeiro encontro deles surgiu em sua mente e eventualmente, ela também lembrou da voz dele daquela época.

Mas percebeu que não tinha o mesmo tom que agora.

Isso fez suas pernas tremerem de pavor. Ela já tinha se apavorado com os monstros da tribo. Depois disso, a escuridão. E agora, isso.

Ela estava com medo de falar qualquer coisa, para não irritá-lo mais ainda.

Devido a essa decisão, os minutos foram se arrastando. Ela abaixou a cabeça olhando para os pés e falou com dificuldade.

— S-sim.

Isabella queria dizer mais coisas para que seu irmão não a machucasse.

Mas, apenas um simples “sim” foi possível no momento.

Se o portador pudesse vê-la agora, talvez se arrependeria de sua grosseria.

Lágrimas corriam incessantemente por suas bochechas, mas ela foi corajosa e controlou o choro com toda a sua força. 

Após ouvir a resposta dela, Drake se virou para onde estavam os quatro goblins esqueletos e aguardou Marc.

Isabella permaneceu no centro dos liches por alguns minutos, até que sons de galhos e folhas secas se aproximaram eram audíveis.

Marc já havia comunicado sua chegada alguns minutos antes de entrar na floresta dos monstros, por isso nenhum lich se moveu.

— Ok, vamos lá. Disse o portador para Isabella que sair da formação.

Ela permaneceu em silêncio e dirigiu-se ao cavalo.

Drake ficou surpreso porque não era comum ela agir assim. Ele ficou pensando e pensando, mas não conseguiu encontrar uma resposta.

O mais óbvio era perguntar e foi isso o que ele fez.

— Porque você está assim, aconteceu alguma coisa com você?.

Mas, mesmo assim, o que recebeu como resposta foi um gelado silêncio congelante da noite.

Um dos Lich ajudou-a a montar no cavalo. Após isso, recuou e juntou-se aos outros cinco liches.

“Que diabos aconteceu para ela está assim?” si perguntou o portador.

Após refletir por alguns instantes, e não encontrar a resposta em uma de suas lembranças mais recentes, ele apenas pôde soltar um suspiro profundo.

Mas, é claro que ele não deixaria essa noite quase perfeita acabar assim.

Ele avançou um passo, o que fez o cavalo se apavorar, mas Marc segurou as rédeas com firmeza, fazendo com que ele parasse no local.

— Me desculpa, eu não queria fazer aquilo com você.

Enquanto falava isso, ele levantou a mão e colocou-a sobre a cabeça dela, desarrumando sua tiara e seus cabelos.

Ela fechou os olhos e, após alguns instantes, um largo sorriso se abriu em seu rosto.

“Eu ainda não sei o que fiz, mas tenho que ficar atento para que isso nunca mais aconteça novamente.”, pensou ele, olhando para Isabella.

Ele ordenou mentalmente que os quatro goblins esqueletos coletassem alguns pedaços de madeira e gravetos para acender uma fogueira.

— Vou ficar alguns dias fora, por isso não dê problemas para a sua tia Beatrice.

Com um sorriso no rosto, Isabella respondeu.

— Tudo bem, só não esqueça do meu vestido, o maninho me deu e eu ficaria muito triste sem ele.

“Parando para olhar, agora realmente vejo que ela está usando o manto que as gêmeas lhe deram para comemorar a cerimônia”, pensou o portador.

Ele não havia notado isso antes porque estava muito concentrado em sobreviver e proteger Isabella também.

— Hahahahaha! Vou buscá-lo só porque você é minha garota favorita., disse o portador, gargalhando.

Os olhos dela brilharam ao saber disso, era como se ela tivesse encontrado um tesouro escondido.

Seu coração se encheu de alegria, se ela estivesse ao lado dele certamente o abraçaria com todo o seu amor.

Conforme diz o ditado, tudo que é bom dura pouco e, de fato, isso aconteceu.

O cavalo iniciou a caminhada vagarosamente, enquanto o goblin esqueleto que carregava o venbero o seguiu.

Ele voltou sua atenção para a pilha de corpos dos goblins.

O portador não estava animado para fazer aquilo agora, até porque estava escuro demais.

Ele queria esperar a fogueira para ter uma iluminação suficiente, mas não queria ficar entediado por horas na escuridão.

“ Prefiro esperar a fogueira”.

E com esse pensamento, Drake decidiu não trabalhar até que a fogueira estivesse pronta.

Ele não poderia correr deste trabalho pesado que o esperava.

Só em pensar em goblins outra coisa veio à sua mente.

“Meu batalhão de goblins seria o terror da floresta, treinados e armados com espadas, escudos e outras armas poderosas que fariam qualquer humano tremer de medo”.

Ao pensar nos goblins, uma imagem clara dos rostos de Seraphina e Leonard surgiu em sua mente.

— A sorte anda do lado daquele que merece. Murmurou o portador.

“A última frase dita por aquela mulher foi essa. Aquelas armaduras, aquele poder, tudo aquilo foi estranho”.

Ele não teve oportunidade de pensar sobre isso e, pensando bem, Drake estava certo de que Seraphina não era alguém para se provocar.

— Uma hora ou outra vamos nos encontrar novamente, e eu terei minhas perguntas respondidas, ela querendo ou não, murmurou ele novamente, olhando para o céu.

O primeiro goblin esqueleto apareceu e largou alguns galhos no chão, transmitindo sua localização telepaticamente para o portador.

Logo o segundo também repetiu a ação e mais e mais chegava. O amontoado de gravetos e troncos ressecados estava a três metros da pilha de corpos dos goblins.

Quanto mais se chegava, mas ele sabia que o momento de tédio era inevitável

Ele só pôde suspirar enquanto esperava.

“Eu poderia simplesmente começar a reanimá-los no escuro, mas não há ninguém aqui para me julgar ou me chamar de preguiçoso. Os outros que estão aqui jamais fariam isso. Acho”.

O portador pensava ser duramente criticado pelos seus subordinados. Até porque eles trocavam informações entre si mentalmente.

Nada os impedia de fazerem isso.

Ele só pôde suspirar novamente ao pensar nisso.

Conforme diz o ditado “mente vazia é a oficina do diabo”.

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