Após percorrerem dois dias de caminhada, todos do grupo estavam prestes a vislumbrar a tal vila.
Nesses dois dias eles conversaram sobre tudo, mas ainda se mantendo cautelosos.
— Ei, ei, ei, maninho, eu queria te perguntar uma coisa, mas você poderá ficar bravo comigo, disse Isabella, abaixando a cabeça.
Ela estava montada no cavalo morto-vivo, e o urso-pardo estava logo atrás, amarrado em uma corda para não cair.
— Você pode perguntar qualquer coisa, disse o ser misterioso.
Após um longo tempo de hesitação, ela reuniu toda sua bravura e falou.
— é que… eu… queria… saber porque você é desse jeito?
Simultaneamente, todos os olhares miraram nele ansiando por uma resposta.
“Como posso explicar isso? Não posso simplesmente dizer que um grimório me chamou e me transformou nesse demônio”, pensou o monstro.
— Eu estava estudando sobre o elixir da vida, quando um dos meus ajudantes misturou porções que não deveria, e uma explosão ocorreu. Quando acordei, meus ajudantes viraram esqueletos.
— Oh… mas que ajudante burro, hein maninho, disse Isabella.
— Hahaha! Olha eles ali.
Simultaneamente, os olhares de águia se voltaram em direção dos dois esqueletos.
— Elixir da vida? Perguntou um dos homens. Ele tinha 1,89 de altura, careca e todo musculoso. Seu nome era Thaddeus Norwood.
O ser misterioso fixou seu olhar sobre aquele escravo, ao invés de responder quem fez isso foi Isabella.
— Elixir da vida? Controlar os esqueletos é bem melhor.
Os idosos só contemplavam esse acontecimento diante dos seus olhos. A garota falava daquele jeito porque não sentia medo.
— Vamos dizer que Isabella está certa. Esqueletos são melhores, mas sim, no passado, eu estava atrás do elixir da vida. Mas como pode ver, deu errado, e não planejo fazer novamente, nunca mais, disse o ser misterioso.
— Eu sabia que os esqueletos são melhores.
Com a pergunta repentina sobre o elixir, Drake soube imediatamente que esse homem permaneceria em seu pé para fazê-lo retornar aos estudos.
Resolvendo mudar o rumo do assunto, uma ideia surgiu em sua mente.
— Isabella, você quer tentar controlá-los?
Assim que ouviu isso, ela ficou toda inquieta, querendo sair das costas do cavalo.
Rapidamente, um morto-vivo a colocou para o chão.
— Como isso vai funcionar, maninho? Como? Como? Em?. Perguntou ela pulando de alegria.
— Hum… vamos ver, murmurou Drake, isso também era um experimento para saber as limitações das suas novas habilidades.
Após se perder em seus pensamentos, ele voltou para o mundo real e disse.
— Todos vocês estão sob o comando dela.
Para a sua surpresa e de todos que estavam observando, os seus subordinados responderam.
— SIM.
Todos os quartos escravos deram subconscientemente um passo para trás só de pensar que catorze armas perigosas estavam nas mãos de uma criança: era quase um controle de uma arma nuclear.
— Oh… Isabella, estava maravilhada, porém, sua personalidade mudou e sua feição estava séria como de um comandante.
“Cof… cof”, ela Tossiu e caminhou lentamente para seus novos subordinados com as mãos cruzadas atrás das costas enquanto falava.
— Meus leais subordinados, esta guerra foi difícil, mas com minha liderança, vamos juntos para a vitória. Seguiremos em frente e vamos massacrar aquela vila de humanos.
“Como assim? Será que é por minha causa? Massacrar humanos?” pensou Drake.
Gladys e João se entreolharam, e Thaddeus não conseguia acreditar no que via. Nem em mil anos ele imaginaria ver aquela cena.
— Meus guerreiros, marchem comigo rumo à vitória, ordenou a comandanta.
Seu bando seguia rumo à vitória, Drake estava olhando com espanto.
“Como isso é possível?” pensou ele, curioso.
Após ficar perdido em seus pensamentos por vários segundos, ele voltou para o mundo real e descobriu que Isabella estava distante.
Os escravos tinham uma expressão desolada no rosto como se estivessem pensando.
“Você está louco de deixar catorze armas nas mãos de uma criança?”
— Não me olhem assim, vamos ver no que isso dará, disse ele, seguindo Isabella e seu bando.
“O senhor Drake é louco”, disse João.
“Pode crer”, respondeu thaddeus.
“Se correr tudo bem nessa vila, vou tirar um tempo para aprender mais sobre essas habilidades. Ainda não usei minha <aura do desespero>. Bem, eu posso usar nessa vila. Quero dizer, a porcentagem de ter uma batalha é alta. Tenho que pensar em um jeito de não parecer um monstro e sim um herói”, pensou Drake.
Após uma longa jornada, liderada pela comandante Isabella, finalmente puderam ter um vislumbre da vila. A vila tinha uma cerca gasta de madeira. Parecia que não faziam reparos há algum tempo. Era difícil saber o que tinha no interior devido à cerca.
— Chegamos!, gritou a comandante aumentando seus passos.
— Espere por nós, gritou Gladys. Ela suspirou fundo e acrescentou: — Crianças sempre apressadas.
João acenou com a cabeça e disse: — Não quero ver os rostos dos pobres moradores quando verem esses monstros indo para cima deles.
Drake e Thaddeus não falaram nada, apenas caminhavam como se nada estivesse acontecendo.
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Enquanto isso, protegendo a entrada principal da vila, dois guardas estavam segurando espadas desgastadas e enferrujadas.
O primeiro guarda bocejou e disse: — Todos os dias é o mesmo, nada acontec…
— Ei, não termine essa frase, sabe que dá azar, disse o segundo guarda.
De repente, uma jovem surgiu no horizonte, correndo desesperadamente. Mortos-vivos, e de esqueletos, a perseguiam, empunhando suas armas.
— Ei, ei, ei, ei, vai chamar a líder e salvarei aquela garotinha, disse o segundo guarda.
O primeiro guarda acenou com a cabeça, enquanto o segundo partiu brandindo sua espada para salvar a garotinha indefesa.
Isabella, ao ver o homem correndo em sua direção com sua espada em mãos, parou e cruzou os braços com desdém.
O segundo guarda ficou intrigado ao ver a garotinha parar de repente, e várias ideias passaram pela sua mente.
“Ela já cansou? Quanto tempo ela estava correndo? Preciso ser mais rápido.”
Os monstros estavam quase alcançando a garotinha, mas ele estava muito longe para salvá-la. Os monstros estavam a poucos metros dela.
— Desculpa, garotinha, murmurou ele parando de correr.