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Capítulo 024 – Cidade da Fênix

* Ding! *

[Missão {Termômetro} Falhou]

* Ding! *

[Missão Oculta Falhou]

Bom capítulo a todos.

Na manhã seguinte, todos acordaram bem cedo e seguiram viagem após uma refeição leve. E como tudo parecia calmo, Alexander começou a fazer algumas perguntas sobre o mundo e seus itens usando a desculpa de que morava em uma pequena vila.

Após algumas perguntas, Alexander descobriu que havia outros itens com a função de armazenamento além do seu anel, mas o valor deles não era baixo e suas funcionalidades eram bem menores.

— Parece que o [Anel do Deus Ladrão] é mesmo inestimável… — ponderou Alexander. — Melhor tomar ainda mais cuidado quando for usá-lo.

Não querendo deixar muito óbvio que não sabia muito, Alexander deixou suas perguntas espaçadas, o que não era uma má tática, mas alguns grupos de criaturas apareceram e a conversa foi substituída por vigilância.

Nenhum grupo apresentou qualquer perigo até que um grupo liderado por uma besta de 1ª evolução apareceu.

— Parem — comandou Leon. — Protejam os cavalos. Esses babuínos de braços longos são conhecidos por sempre priorizarem as criaturas mais indefesas.

— Não precisa — interveio Alexander. — Enfrentar esses babuínos não é um problema depois que se acostuma com eles.

Assim que disse isso, Alexander pegou seu cajado e saltou da última carruagem da caravana, que era destinada à escolta que não estava conduzindo os cavalos.

— Eu faço os preparativos e você acaba com o grandalhão, Ocean — disse Alexander a Ocean, que também havia pulado para acompanhá-lo.

— WOOLF — respondeu Ocean, que começou a se contrair e firmar no chão.

— O que ela está fazendo? — perguntaram-se as pessoas observando Ocean.

Os magos do grupo de repente se entreolharam surpresos e encontraram sua confirmação nos olhos um do outro. Assim como eles previram, a flutuação de mana ficou ainda mais densa e uma esfera consideravelmente maciça de água se formou à frente de Ocean.

Quando os babuínos estavam próximos o suficiente, Alexander lançou a maior |Lâmina D’água| que pôde em seu líder, mas ele conseguiu evitá-lo saltando.

Ocean, que esperava por isso, disparou sua habilidade mágica e explodiu o babuíno de 1ª evolução, que não tinha mais como se esquivar, em uma confusão sangrenta com um único ataque.

Com a morte de seu líder, os outros babuínos começaram a fugir de volta para o lugar de onde vieram, mas ninguém comemorou, pois estavam muito ocupados reavaliando Alexander e Ocean. Perceber que Ocean era na verdade uma besta mágica foi uma grande surpresa, mas ver que ela poderia matar uma criatura de 1ª evolução com um único ataque elevou o impacto a outro nível.

— Não pensem muito nisso. Foi apenas compatibilidade — disse Alexander, trazendo o grupo de volta a realidade. — Esses babuínos são ágeis e podem causar muito dano com socos e mordidas, mas são mais frágeis que goblins.

Após pensar um pouco, o grupo, que sabia que os babuínos eram de fato frágeis, concluiu que o que Alexander disse era parcialmente razoável. Mas ainda assim foi bastante surpreendente que Ocean tivesse tanto poder destrutivo.

Assim que a situação se acalmou, Alexander perguntou novamente sobre itens com armazenamento interno e descobriu que os modelos mais baratos eram vendidos em moedas de ouro. E mesmo com esse valor, ainda eram muito populares entre os aventureiros, que geralmente se deslocavam muito de um lugar para outro para realizarem suas missões.

O restante da viagem foi relativamente tranquilo e Alexander conseguiu conversar bastante para obter mais informações. Muitas das quais o ajudaram a compreender um pouco melhor o sistema deste mundo e como ele funcionava.

Quando o sol começou a perder intensidade no céu, restando apenas aquela típica tarde quente e aconchegante, o grupo chegou à Cidade da Fênix.

— Isso é mesmo uma cidade? — perguntou-se Alexander. — Parece mais um grande forte de madeira… Duvido que a sua população chegue a 4 dígitos.

Enquanto Alexander observava a estrutura das muralhas da cidade, que eram predominantemente feitas de madeira, Victor foi falar com os guardas no portão para pedir-lhes que deixassem Alexander se registrar na guilda dos aventureiros, como havia prometido.

Depois de alguns minutos, Alexander percebeu que Victor já havia explicado sua situação e tentou o seu melhor para convencer os guardas, mas eles ainda pareciam relutantes em permitir a entrada de Alexander e Ocean.

Alexander estava prestes a chamar Victor e dizer-lhe para desistir quando Cristina saiu da carruagem por alguns segundos, acenou para os guardas com um pequeno brasão que emitia um brilho negro e voltou para sua carruagem.

Os guardas que estavam relutantes imediatamente começaram a suar frio e deixaram todos entrar sem fazer mais perguntas. Eles nem mesmo pediram para confirmar o que Cristina havia mostrado, como se tivessem sido treinados e colocados ali apenas para identificar aquilo com um único e rápido olhar.

Com a ajuda de Cristina, Alexander conseguiu entrar na cidade e o grupo de Victor se ofereceu para levá-lo até a guilda dos aventureiros assim que terminaram a escolta. 

Alexander agradeceu a todos pela ajuda que lhe deram, mas recusou este último favor, pois ainda queria discutir algumas coisas com Cristina.

O grupo achou isso um pouco estranho, mas escolheram não se aprofundar e apenas se despediram.

Cristina, que até então estava dando ordens aos funcionários que vieram buscá-la, virou-se para Alexander ao ouvi-lo mencionar seu nome.

— Não quero incomodá-la mais do que o necessário, mas acontece que tenho alguns itens que obtive caçando e ouvi que a Companhia Lua Negra compra alguns deles — explicou Alexander. — Isso é verdade?

— É claro. Se o item tem algum valor intrínseco, nós compramos. — respondeu Cristina. — O nosso lema é nunca deixar passar qualquer negócio.

— Venha até a loja da Lua Negra — disse Cristina. — Poderemos conversar com mais calma lá.

Agradavelmente surpreso por Cristina ser tão direta e clara quanto ele, Alexander começou a seguir a carruagem dela até a loja da Lua Negra.

Ao seguir a carruagem pelas ruas, Alexander percebeu que estava enganado, a população da cidade era muito maior do que suas expectativas. No pouco tempo que passou na cidade, presenciou uma alarmante afluência de pessoas para as dimensões dela.

— Estranho. Não deveria ser possível que tanta gente morasse em uma cidade como essa com esse nível de tecnologia — ponderou Alexander. — Isso só se tornou possível na Terra depois das revoluções tecnológicas… Então, como?

Não demorou muito para que Alexander recebesse a resposta à sua pergunta enquanto avançava pela cidade. Pois enquanto caminhava, viu duas crianças brincando de se molhar ao lado de uma fonte que parecia pulsar com mana.

— Parece que estava errado desde o início — analisou Alexander. — Comparei esse lugar com a Terra na idade medieval/feudal por causa da sua aparência, mas suas situações são bem diferentes. Esse é literalmente um mundo mágico.

Alexander ficou tão distraído pensando nas implicações que essa diferença fundamental causava que quase passou direto pela loja, o que era bem difícil, pois havia uma majestosa lua negra estampada nela.

Assim que chegaram, Cristina desceu da carruagem e instigou Alexander a segui-la para dentro da loja, mas quando ele não o fez, ela se virou para lhe encarar com um olhar questionador.

— Não quero lhe criar problemas, mas posso levar Ocean junto? — pediu Alexander. — Não tenho onde deixá-la, e ela está sem identificação.

— Hmm? — perguntou-se Cristina — Ah sim… Sua loba.

Deparando-se com o pedido de Alexander, Cristina entrou em um pequeno estado de contemplação, como se avaliasse os prós e contras. — Tudo bem, mas só dessa vez. Não é comum familiares entrarem na loja.

Assim que Cristina entrou na loja, os funcionários começaram a mostrar certo respeito enquanto o grupo passava por eles. Com ela guiando o caminho, eles conseguiram chegar sem qualquer problema a uma sala que tinha a placa “Aquisição de matéria prima”.

— Então, quais itens você tem para vender? — perguntou Cristina, bem objetiva.

— Peles de criaturas de 1ª evolução e alguns metais. — respondeu Alexander.

— O valor depende da qualidade. Pode pegá-los para que eu possa avaliá-los?

— Posso limpá-los antes da senhora avalia-los? — perguntou Alexander — Devem estar um pouco sujos da minha viagem.

Cristina ficou levemente satisfeita por Alexander perguntar isso e apontou para um grande balcão no fundo da sala. — Pode usar aquele balcão, pois ele tem um sistema de drenagem. Quanto à água…

— Não precisa se preocupar com água — interveio Alexander educadamente. 

Curiosa sobre o que Alexander pretendia fazer, Cristina se posicionou para ter uma boa visão do balcão. Alexander por sua vez, fingiu querer dar-lhe uma melhor visão e posicionou-se de forma a fazer com que o balcão bloqueasse a visão dela da sua bolsa improvisada.

Ao concluir que Cristina não conseguia mais ver sua bolsa, Alexander fingiu arrumar seus itens enquanto na verdade os substituía pelas peles mais valiosas que tinha até que elas ocupassem ¾ do volume da sua bolsa.

Com tudo pronto, Alexander começou a puxar as peles de dentro da bolsa e colocar em cima do balcão. Quando a bolsa secou, ele respirou fundo e começou a usar |Revigorar| para limpá-las, bem como aos metais que tinha.

Assim que Alexander fez isso, Cristina se afastou e uma funcionária entrou na sala para verificar a situação e fixou o seu olhar nele.

Vendo o olhar surpreso de Alexander, Cristina lhe explicou: — Feitiços não devem ser usados tão casualmente aqui dentro.

— Não sabia disso — disse Alexander com sinceridade. — Por favor, perdoe a minha ignorância.

— Como é a sua primeira vez aqui, vou te desculpar — respondeu Cristina enquanto acenava para a funcionária não ficar tão séria. — Mas por que está usando um feitiço nesses itens?

— O feitiço que usei é normalmente usado para limpar e/ou curar pequenas feridas. Mas também o uso para limpar outras coisas — respondeu Alexander.

— Interessante… — comentou Cristina. — Você parece estar se referindo ao feitiço |Revigorar|, mas nunca ouvi falar de alguém que o usasse assim.

— Parece que os feitiços que o sistema disponibiliza são de conhecimento geral nesse mundo e não vou precisar me preocupar em chamar tanta atenção com eles — analisou Alexander em pensamento antes de responder: — Exatamente. Foi uma versão do feitiço |Revigorar|… Será que posso terminar a limpeza?

Cristina, mais uma vez, começou uma pequena ponderação de prós e contras, mas acabou permitindo que Alexander continuasse a limpeza dos itens, pois ficou interessada em ver o resultado.

Com a permissão de Cristina e a supervisão da funcionária que deveria ser a guardiã da loja, Alexander limpou todos os itens, retirou o máximo de água que pôde e os expôs para Cristina.

A jovem não pareceu se importar com o fato deles estarem molhados e começou a pegá-los para avaliá-los mesmo assim. — O corte não é profissional, mas as peles parecem macias e sem muitas falhas.

Depois de avaliar todos os itens, Cristina pensou um pouco e verbalizou a sua proposta: — 1 grande moeda de bronze por cada pele de lobo; 1 pequena moeda de prata por cada pele de besta de 1ª evolução; 5 pequenas moedas de prata pela pele de besta mágica de 1º evolução; e 8 grandes moedas de prata pelos seus metais “brutos”.

— É como imaginei, os metais que consegui nas masmorras estão “mortos”. Não há qualquer traço de energia neles, como o seu baixo valor sugere — pensou Alexander. — Mas por que a pele de besta mágica vale cinco vezes mais do que a de uma besta?

— Aceito — declarou Alexander. — Mas a senhora poderia me explicar por que está pagando bem mais pela pele de uma besta mágica do que as de bestas “comuns”?… Eu realmente não sei.

— As peles de bestas mágicas são melhores como catalisadores e condutores de mana. Por isso o seu valor de venda é maior — explicou Cristina.

— Muito obrigado por me esclarecer — agradeceu Alexander, que ponderou um pouco e pediu. — Se não for muito abuso da minha parte a sua boa vontade, a senhora poderia me explicar como chegar até a Guilda?

— Claro — respondeu Cristina, como se fosse algo menor. — Vou instruir alguém para levá-lo assim que terminarmos aqui. Espere apenas um momento, já volto com seu dinheiro.

Assim que Cristina saiu da sala, Alexander não conseguiu evitar uma contração no rosto e pensou: — Um único olhar foi o suficiente para ela saber a origem dos metais, tenho certeza… É melhor tomar mais cuidado com as histórias que estou inventando… e com ela.

Não demorou muito para que Cristina voltasse com um funcionário da loja que segurava um pequeno saco de pano que era ajustável por cordão.

— A quantia que você deveria receber era 1 pequena moeda de ouro, 1 grande moeda de prata e algumas moedas de prata e bronze, mas como pagamento pela sua participação na minha escolta, aumentei esse valor para 13 grandes moedas de prata — anunciou Cristina. — Quanto a sua gratificação por ajudar a minha caravana durante o ataque…

— Não preciso de gratificação — interrompeu Alexander tão educadamente quanto pôde. — Só aconteceu de estarmos de passagem por aquela região.. Sem contar que a senhora também me ajudou desde que chegamos na cidade.

— Já que é assim, tudo bem — respondeu Cristina quase inexpressiva, mas sem conseguir esconder uma leve satisfação com Alexander por não se prender a pequenos benefícios. — Este funcionário lhe dará seu pagamento e o guiará até a guilda de aventureiros para que possa se registrar.

— Agradeço por sua ajuda — disse Alexander. — Se surgir qualquer boa oportunidade de negócio no futuro, sempre priorizei a senhora e a lua negra.

— Isso me basta — respondeu Cristina.

Assim que Alexander saiu da sala seguindo a orientação do guia que lhe foi arranjado, a funcionária que havia invadido a sala se aproximou de Cristina e perguntou: — Ele realmente vale tanto tempo da sua atenção, minha senhora?

— Ainda não tenho como saber — respondeu Cristina. — Mas tenho que conseguir o máximo de aliados possível… E ele provavelmente não é tão simples quanto tenta parecer.

Nota do autor: A missão falhou, mas em respeito aos que participaram, decidi fazer um capítulo proporcionalmente estendido. Obviamente o capítulo não foi duplo, ou tão grande quanto alguns gostariam, mas espero que tenham gostado.

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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo já mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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