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Ring de luta. Hora local 18:07

— Que grupo simplório eu tenho em minhas mãos — a holograma caminhava pelo Ring gargalhando — pois bem, jogadores de preto, subam. Os demais, se acomodem pelo espaço.

Kinn segue sua “amiga” até a borda do Ring, ajudando essa a tirar seu equipamento. Ela desejando boa sorte enquanto Layru subia pela escada. Alendor retirava todo seu equipamento e colocava na cadeira mais próxima. O trio de amigos se oferece para ajudar, e de maneira educada, ele recusa. O jogador de preto retira sua camisa, jogando por cima de seus equipamentos.

Sem a camisa, podia ser visto várias marcas e cicatrizes em suas costas. Bem como uma estranha “teia” transparente que percorria os braços e chegava no peito. No meio do peito uma estranha pedra avermelhada emitia um leve brilho rubro. Kinn observa o jogador albino mais atentamente, notando pequenas gemas vermelhas nas costas de suas mãos.

— Um usuário de chama — Kinn gagueja, ficando apreensiva pela companheira.

— A holograma disse sem armas Fosformida — Layru prendia os cabelos com uma fita vermelha — não ouse trapacear.

— Eu escutei o que foi dito Salsadur — Alendor alongava o corpo, observando que todos fitavam a pedra em seu peito — mas sabe que não dá para retirar as gemas assim como se tira uma peça de roupa, eu possuo gemas de fogo, mas não vou usar, pelo menos não nessa luta.

— Sua adversaria tem razão sem se preocupar — a holograma analisa o corpo de Alendor — entretanto, como ele disse, não se retira uma gema facilmente… então ele tem de lutar com elas no corpo, porém não deve usar seu poder. Entendido?

O jogador preto concorda com a cabeça, mesmo tendo acabado de falar que não usaria o poder de fogo.

Layru tira sua camisa, a jogando para companheira. A jogadora de preto tinha uma estranha “tatuagem” nas costas. Alf achava parecido com um pássaro. Ela tinha estranhas teias no corpo, só não ficando evidente onde estariam suas gemas. No equivalente humano ao umbigo, a jogadora possuía uma bela pedra laranja. No ombro direito, um curativo recente. Os seios estavam cobertos com um tecido prateado, moldando perfeitamente eles.

Alendor analisa a “adversária”, pensando se valia a pena reclamar pelo uso de gemas, e ponderando um pouco, não sente essa necessidade. Ele ainda observa a vantagem que teria se usasse os pontos fracos mostrados, só que queria uma luta justa e faria o melhor para ter isso.

Will se acomoda próxima de Kinn, para ver melhor a luta. Alf e Doug o acompanham.

—Ela vai ganhar, vocês vão ver — a jogadora não conseguia esconder sua preocupação.

— Eu não duvido — Doug responde — só que o cara ali não parece ser fácil de derrubar.

— Nenhum de vocês sabem o quanto ela é forte… vão ver, ela esfregar o Ring com a fuça dele… vai sim.

— Olha, o melhor dos mundos para ela é terminar rápido — Will comenta — ela está com ferimentos aparentes, e por mais limpo que Alendor planeje lutar, ele tem essa vantagem… encurralado… quem sabe…

— CALE A BOCA, NÃO CONHECEM O PASSADO DELA — Kinn explode perante todos— não sabem o quanto ela se sacrificou e se sacrifica…

— Não, não sabemos — Alf tentava acalmar a jogadora — porém por mais que você saiba, confie e torça, Alendor ainda é um adversário forte, do qual ela não sabe nada. Que aparentemente, não possui pontos fracos amostra.

Kinn ia voltar a discutir, quando a holograma volta a falar.

— Do meu lado esquerdo, o carrasco do jogo, aquele que já viu o final das missões e continua pedindo, perdeu o amor e continuou a lutar, Alendor.

Uma onda de palmas, vaias e gritos de euforia dominam a arena, assustando os jogadores.

—No meu lado direito, ela a bela e venenosa, a destruidora de planetas, aquela que não se abre, Layru.

Mais palmas e euforia pelo local, dessa vez, com Kinn junto.

— Como temos mais desafios, não posso deixar lutarem até cair, então — a holograma chacoalha o corpo, fazendo o Ring ficar mais elevado. Luz solida percorre as extremidades do Ring, o fechando como uma caixa — temos dez minutos de diversão sem os outros interromperem. Lutem pra valer ou… — com um gesto, o chão abaixo onde os jogadores estavam confortavelmente sentados começa a se desfazer — seus amigos viram comida de peixe. Podem começar a luta.

Alendor investe repentinamente contra Layru, acertando dois socos em sua cara. Essa pega de surpresa, recua, ergue a guarda, usa uma das cordas para pular, do ar gira o corpo e chuta Alendor no pé do ouvido. Caindo graciosamente no chão.

O jogador preto se recompõe do golpe, flexiona as pernas, joga o copo para trás, subindo as pernas, batendo fortemente contra a barriga e peito de Layru. Que sem fôlego cai de joelhos. Alendor se levanta e aguarda.

Layru respira com raiva se levantando para mais luta. De um salto bem executado, ela consegue girar seu corpo por cima de Alendor, ficar por cima dele, agarrar seus braços, passar uma perna pelo pescoço dele, aterrissar em suas costas, perdendo a outra perna no peito de adversário, o sufocando.

— Desista — Layru tentava manter o forte jogador parado — não tem como sair.

Alendor fica de joelhos a pedra em seu peito brilha e esquenta, queimando a perna da adversaria o suficiente para se soltar, jogar ela por cima de seu corpo e meter uma bicuda em sua cara.

— Trapaceiro — a jogadora limpava o fluido roxeado de sua boca — não pode usar gemas.

— Eu não posso e vossa graça pode? — Alendor já de pé, mais uma vez aguardava a adversaria— foi bem rápido, porém notei o uso de gema não elemental no seu salto… só assim para se mover rápido o suficiente e me imobilizar.

A holograma fica entre ele, contemplando aquilo. Mais abaixo, os jogadores que viam a luta, se esforçavam para não cair no mar.

— Ambos vão receber uma punição, eu disse sem armas.

Alendor é atingido por um pequeno jato de água nas costas. A região atingida borbulha e parece dissolver a carne. O jogador cai em agonia no chão.

Layru recebe uma bofetada de pó vermelho no rosto. Ela cai de joelhos. Todo seu corpo se contorce de agonia e dor. Sua respiração fica mais difícil.

Kinn via a cena e grita de desespero, sabendo que sua amiga podia morrer só de inalar uma pequena quantidade de pó rubro.

— Temos que para a luta, ela vai morrer, não deixem, por favor… ela é tudo que me sobrou nesse jogo.

— Eu queria ajudar, mas não temos chão para pisar — Will fica com muita dó da pequena jogadora — e nem escadas para subir no Ring. Somos inúteis…

—LAYRU — Kinn gritava com tudo que tinha — não me deixe, você prometeu.

A jogadora de vermelho se põe a chorar desesperadamente.

Essa reação só deixa a holograma mais feliz e risonha.

— Eu desisto — Alendor em joelhos encarava a holograma — eu me rendo. Pode dar a vitória para ela.

Pega de surpresa, a holograma finaliza a luta, olhando com ódio ao jogador preto. Alendor não se importava, só queria evitar uma morte. O Ring volta ao local de início, o chão volta aos pés dos jogadores. Kinn sobem em disparada, pegando um kit de medicamento, aplicando uma injeção no peito da amiga, essa começa a respirar normalmente.

Alendor se aplica uma injeção, curando seu ferimento e descendo do Ring. Will e Doug lhe ajudam, e dessa vez ele se permite receber ajuda. Alf trazia seu equipamento.

— Eu tinha duvidado quando disse que água era veneno para seu povo — Will ajudava Alendor a ficar sentado — só não esperava ver sua pele efervescer.

— Isso por ser quantidade baixa — Alendor colocava com dificuldade, sua camisa — sorte não ter atravessado os músculos, senão eu dificilmente estaria aqui.

Kinn tentava carregar Layru para baixo sozinha. Alf se oferece para ajudar, e meio relutante ela o deixa a ajudar. Eles a colocam no chão. A jogadora vermelha faz uma varredura com sue visor na amiga, já que a injeção já devia ter feio ela acordar.

— O Fosformida foi rápido o bastante, mas sua amiga não — a holograma, mais uma vez fitava os jogadores — eu coloquei mais um composto na punição deles… deviam ter morrido… mas o jogador preto tinha que desistir…

— Seu mostro — Kinn ia tentar atacar o holograma, Alf não permitiu — o que fez com ela?

— Veneno criatura burra, um deles devia ter morrido, assim quando fossem pegar o antídoto o outro morria também.

Alendor, já recomposto encara a vilã do cruzeiro.

— Sabe que não íamos morrer de verdade, que íamos ser salvos pelo jogo, certo?

As palavras do jogador desequilibram a holograma.

— Não tem importância, iam ser eliminados e eu ia me divertir com o sofrimento… agora… como estragou a diversão, tenho que dar andamento na missão. O próximo desafio será pegar o antídoto para essa fêmea imunda dentro da fuligem de pensamento. Sigam para saída, as setas mostraram o caminho. E vão logo… ela não tem tanto tempo assim.

A holograma desaparece, as portas se abrem. Os jogadores humanos se encaram. O nome fuligem de pensamento não lhes trazia nada. Contudo Alendor trazia preocupação e temor quanto ao próximo desafio.

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