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O Salão Floresce da Madam Freesia. Aqui, várias mulheres mascaradas se reuniram e discutiram a festa que aconteceria dentro de uma semana.

— Mal posso esperar para ver como os Arlos vão decorar a mansão.

— Eu também. Eles decoraram toda a mansão com rosas vermelhas no ano passado, era lindo. Fico imaginando o que farão este ano…

— Estou curiosa para saber que vestido Lady Arlo usará.

— Ela é uma dama encantadora, então tenho certeza de que ficará bonita em qualquer coisa que escolha. Só…

A que acabara de falar parou, mas as outras damas que estavam ouvindo instigaram-na a continuar, com os olhos brilhando.

— O que é? Vamos, conte-nos.

Como se estivesse esperando o sinal, os lábios da mulher se abriram para continuar.

— Estou muito curiosa para saber com quem Lady Floyen irá à festa.

A conversa sobre a aniversariante foi deixada de lado e, à medida que o tema da conversa mudava, as intenções ocultas que estavam por trás de suas máscaras começaram a se revelar lentamente.

— Para ser honesta, só estou interessada nesta festa por causa de Lady Floyen. Já que ela tende a sempre causar algum tipo de problema…

— Sem mencionar o escandaloso rumor que está circulando também.

— Ah, o da sua novo e misterioso amante?

(Bum!)

Assim que as palavras saíram da boca da mulher, um estrondo alto ecoou violentamente pelo corredor e pelo chão, espalhando fragmentos de destroços transparentes.

Todos olharam brevemente para os restos de vidro quebrado, presumindo que fosse apenas um acidente causado por alguém desajeitado, e tentaram voltar às suas conversas anteriores, mas quem quebrou o silêncio primeiro foi uma voz masculina baixa.

— Falar sem fundamento te faz sentir satisfeita?

O rosto do homem estava coberto por uma máscara, ocultando sua identidade, mas esta era uma reunião de nobres.

Neste lugar, onde apenas os nobres podiam se reunir, havia uma regra não escrita de que deveriam se dirigir e falar entre si de forma formal e respeitosa, mas devido à maneira como o homem havia falado, as mulheres que estavam conversando franziram a testa. Uma delas confrontou o homem enquanto se abanava.

— Como ousa falar tão rudemente? Eu te digo, ouvi isso de alguém que testemunhou com seus próprios olhos.

Ela falou com vigor, mas isso durou pouco, pois logo seu corpo a advertiu contra a aura ameaçadora que emanava do homem. A mulher sentiu-se sobrecarregada pela intensa pressão que sentia irradiando dele, ao ponto de lhe custar respirar.

As comissuras dos lábios do homem se curvaram em um sorriso torto.

— Então, você viu com seus próprios olhos?

— E-Mesmo que eu não tivesse visto com meus próprios olhos, ela é conhecida por seu terrível comportamento, então tal rumor realmente seria infundado?

— É mesmo?

Os lábios do homem se curvaram em um sorriso antes que seu rosto voltasse ao estado original, olhando para a mulher com frieza.

— Se puder dizer essas palavras diante de Lady Floyen, vá em frente.

Ele olhou para os muitos rostos diante dele. Todos evitaram o contato visual e permaneceram em silêncio. Ele mal conteve um bufo.

— Então, vocês nem mesmo têm a coragem de dizer isso na frente da pessoa diretamente. Parece que estavam apenas espalhando rumores sem sentido.

Os nobres permaneceram em silêncio e ainda não houve resposta. O homem virou-se e deu uma ordem fria aos funcionários do salão.

— Limpe isso.

Intimidados pela ordem que parecia ter vindo naturalmente, os funcionários começaram a recolher os fragmentos de vidro quebrado. Enquanto isso, os nobres começaram a recobrar o juízo e a criticar o homem.

— Quem diabos é esse homem rude?

— Ele nem mesmo mostra respeito para com as damas, que rude…

Neste momento, o homem virou-se e lançou um olhar penetrante a todos.

Sob o olhar assustador, os nobres fecharam a boca e ficaram em silêncio mais uma vez.

O homem zombou deles.

— Escória patética.

Embora o homem tivesse sido ainda mais franco com seus insultos desta vez, ninguém ousou se levantar e confrontá-lo. Ao contrário antes, garantiram que não deixariam escapar uma palavra, temendo enfrentar sua ira.

O homem virou as costas e se afastou como se não tivesse mais negócios com eles. Os nobres só conseguiram respirar fundo quando ele desapareceu completamente de sua vista.


Depois de terminar minha refeição, voltei para meu quarto com a intenção de escrever e enviar respostas atrasadas.

— Vou precisar escrever uma carta aos outros dois que solicitaram ser meu acompanhante e rejeitá-los. Também há alguns outros aos quais preciso escrever.

Então, alguém bateu à minha porta.

— Minha Senhorita, sou eu, Derrick.

Parecia ser um assunto que não podia ignorar. Se Derrick era quem me procurava, geralmente significava que tinha algo que precisava do meu consentimento em vez do meu pai, que estava fora, ou significava que tínhamos uma visita.

— Marilyn, abra a porta.

Assim que minha dama de companhia abriu a porta, pude ver o mordomo inclinando a cabeça com uma expressão ligeiramente rígida.

— Derrick, o que é?

— O segundo filho do Conde Rowain, Lorde Edmund, está aqui. Ele disse que está aqui pela carta que você enviou, minha Senhorita.

Oh, pensar que ele viria aqui pessoalmente em vez de apenas enviar uma carta.

Estava um pouco perplexa com sua visita repentina, mas se íamos ser companheiros, não faria mal me aproximar um pouco mais antecipadamente.

— Vou me arrumar e descer. Você poderia dizer a Lorde Rowain para aguardar um momento?

— Sim, minha Senhorita.

Uma vez que Derrick saiu do quarto, virei-me para minhas damas de companhia.

— Então…

Embora ainda não tivesse dado ordens, elas já estavam se movendo, preparando-se para me arrumar.

— Minha Senhorita, por favor, venha por aqui. Faremos o possível para sermos rápidas enquanto garantimos que você pareça o mais bonita possível.

Suspirei enquanto observava as expressões determinadas de Sella e Marilyn.

“Eu só ia trocar de roupa… mas acho que isso não será possível.”


— Ah, faz um tempo, não é?

Madame Freesia, a dona do Salão Floresce, deu as boas-vindas calorosas ao homem à sua frente, mas ele apenas respondeu com poucas palavras.

— Você está deixando qualquer um entrar aqui, não é?

— Não posso fazer muito a respeito. Você sabe como as pessoas adoram fofocar sobre os outros.

Ela disse, passando seus longos e glamorosos cabelos ruivo-avermelhados sobre o ombro.

Os lábios do homem se contraíram diante da resposta dela.

— Parece que a mestra de um grupo de informantes é bastante pragmática.

— Oh, minha nossa. Um grupo se arruinaria se alguém não tivesse um senso de realidade.

A resposta de Freesia veio em tom de brincadeira, e o homem pegou um copo de bebida antes de tomá-lo. O preço da bebida que escolheu era suficiente para comprar uma casa, o que fez a mulher franzir a testa ao vê-lo servir-se um copo e beber uma garrafa tão cara.

“De todas as pessoas, tinha que ser alguém com uma alta tolerância ao álcool…”

Era uma pena, mas ela não podia simplesmente repreender seu benfeitor. Em vez disso, Freesia disse o que havia planejado dizer desde que ele entrou na sala.

— Normalmente você esconde suas emoções tão bem, então como é que se irritou e atacou hoje? Você não tratou os nobres como seres humanos.

O homem ignorou seu comentário.

— Não sei do que está falando. Tudo o que fiz foi silenciar um grupo de cachorros latindo.

A mulher suspirou.

“Ele tem agido estranho desde que voltou da residência do Duque Floyen.”

Mas ela não tinha planos de deixar o senhor fazer o que quisesse. Sua missão era protegê-lo, afinal.

— Espero que na próxima vez tenha mais cuidado com suas palavras e ações.

Em vez de responder, o homem sentou-se no sofá e tirou a máscara, revelando o rosto jovem que estava escondido atrás dela.

— Reúna todas as informações que puder sobre os rumores que circulam sobre Lady Floyen.

Freesia franziu o cenho com a palavra “rumor”.

— Ah, você quer dizer os rumores sobre o romance secreto de Lady Floyen, o encontro com um amante, que ela não pode tornar público, todas as noites?

— Exatamente.

Afinal, havia a possibilidade de que ele tivesse que assumir a responsabilidade por isso.

Enquanto ela refletia sobre esses pensamentos, o homem sentiu um formigamento no peito, mas não mostrou sinais disso enquanto continuava.

— Quero ser informado de tudo o que tiver a ver com ela.

“Pensar que ele estaria interessado em outra pessoa… está tentando controlar a fraqueza do Duque?”

Freesia deu-lhe um olhar estranho por um momento antes de inclinar a cabeça.

— Como desejar, Príncipe Herdeiro Maximillian.


Depois de se arrumar, embora garantindo que parecesse que fez o mínimo de esforço, Juvelian entrou na sala de estar onde sua convidada esperava.

O bonito loiro tinha os olhos baixos, com uma expressão entediada, mas iluminou-se assim que a viu.

— Já faz um tempo, Lady Floyen.

— Bem-vindo, Lorde Rowain.

O jovem levantou-se da cadeira e aproximou-se dela, inclinando-se cortesmente.

— Peço desculpas por vir vê-la sem aviso prévio.

— Está tudo bem, os convidados sempre são bem-vindos. Por favor, sente-se.

— Obrigado por sua calorosa recepção.

Ele disse, sorrindo quando ela lhe ofereceu um assento.

Cabelos loiros que se assemelham a fios de ouro, olhos azul-esverdeados e lindas bolsas pequenas que apareciam sob seus olhos quando sorria.

Embora não estivesse à altura de Mikhail em termos de reputação, ainda era bastante conhecido por sua boa aparência.

“Parece que há muitas pessoas bonitas que são figurantes nesta novela.”

O pensamento subitamente a fez lembrar do homem com quem estivera nos últimos dias, não muito tempo atrás.

“O aprendiz de meu pai, mesmo que sua personalidade fosse regular… definitivamente é o mais bonito até agora.”

Toda vez que abria os olhos pela manhã, muitas vezes se perguntava se ainda estava sonhando enquanto olhava fixamente para o rosto dele adormecido no chão ao lado de sua cama.

Só então ela percebeu a sensação estranha que estava experimentando e suspirou.

“Espero que não esteja morrendo de fome e que esteja indo bem em algum lugar.”

— Lady.

Juvelian se perdeu em seus pensamentos por um momento, mas recuperou o sentido ao ouvir a voz baixa que a chamava.

“Ah, é verdade.”

Lembrou-se de sua situação atual quando viu o homem loiro, Lorde Rowain, à sua frente.

— Marilyn, por favor, traga-nos alguns petiscos.

Assim que Marilyn saiu, só os dois ficaram na sala.

— Minha Senhorita, gostaria de lhe contar o motivo de minha visita hoje.

Francamente, parecia bastante óbvio por que ele estava ali. Era mais provável que trocassem cumprimentos e algo como: “Por favor, cuide bem de mim no baile da semana que vem, onde compareceremos como parceiros”.

— Sim, por favor.

— Se eu tiver que ser honesto, fiquei surpreso ao receber uma carta sua, minha senhorita. Foi o oposto do que esperava com base no que tenho ouvido.

— Desculpe? O que você quer dizer?

Ela perguntou com um olhar de perplexidade, mas ele respondeu com uma expressão confusa.

— Você não está ciente dos rumores que circulam na alta sociedade no momento?

“Tenho vivido como uma pessoa caseira ultimamente, não há como estar por dentro das últimas fofocas!”

— Não tenho participado de eventos sociais ultimamente, então temo que não. Que tipo de rumores são esses?

Seu rosto endureceu diante da pergunta dela, mas logo suspirou e falou.

— Há um rumor de que você está envolvida em um relacionamento apaixonado com alguém. Fiquei surpreso quando recebi sua resposta.

— Como é?

“Estou em um relacionamento apaixonado? Que absurdo é esse?”

Até agora, ela tinha ficado escondida em sua casa, lendo e relendo livros. As poucas vezes que saiu da mansão, sempre estava cercada por pelo menos dez guardas.

Mais importante ainda, como uma pessoa caseira sólida, não tinha oportunidades de encontrar alguém com quem ter um relacionamento.

Enquanto Juvelian estava desconcertada com um rumor tão absurdo, um pensamento repentino passou por sua mente.

“Não me diga que alguém viu o aprendiz de meu pai entrando e saindo pela janela?”

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