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Capítulo 2: Tradição

Escolhas difíceis feitas pelo comandante de Araukaria!

— Tem certeza disso, senhor? — pergunta Evos, desconfiado — Chamar a razão do problema para resolver o problema?

— Parece ser uma solução que beneficia ambos os lados. Além de demonstrar que reconhecemos o erro de Renāto, ele nunca se pronunciou sobre o assunto com os Chimara. Em vez disso, carrega o fardo consigo e não compete em seu potencial máximo nos torneios. Precisamos mostrar que eles não foram os únicos a sofrer com isso.

— Renāto nunca falou com eles por provavelmente temer pela sua vida, senhor! — destacou Evos — Se o que sabemos sobre os Chimara já nos deixa apreensivos, imagine o saber de um mosqueteiro lendário. Tem que haver outro jeito, comandante. Não quero que uma tensão latente se transforme em uma guerra civil.

— Não há mais tempo a perder, Evos. Se houvesse outra alternativa, com certeza eu teria considerado. Agora, ordene aos seus soldados que vão até Renāto e entreguem a ele a seguinte mensagem: “O Shirei-kan o convoca para discutir o caso do Gurētofue 36”. Dessa forma, ele compreenderá o motivo de sua convocação.

— Mas, senhor…

— As ordens estão dadas, oficial. — falou Gurenaru, com um tom sério — Pode se retirar.

— Sim, Shirei-Kan.

Enquanto Evos sai de sua presença, Gurenāru II vira-se em direção à imagem vitral de seus pais, suspirando profundamente com uma expressão preocupada.

— O que faria em meu lugar, pai? — pensou alto o comandante — Acredito que tomaria uma atitude grandiosa, uma que não deixasse dúvidas.

Em seguida, ele esboça um leve sorriso:

— E você, mãe, o que diria a ele para fazer? Com certeza daria o melhor conselho do mundo, um que até o maior mosqueteiro de todos os tempos ouviria atentamente. Como eu gostaria que estivessem aqui…

Evos sempre sonhou em fazer parte da guarda real, especialmente quando testemunhava os três Mosqueteiros Lendários em ação. Atualmente resta apenas um, e a causa dessa perda deixou feridas profundas no oficial. Feridas quase impossíveis de cicatrizar.

Evos chega ao quartel dos mosqueteiros, e deixa suas preocupações de lado para cumprir seu dever.

— Mosqueteiros!

Mosqueteiros respondem, em uníssono: “Sim, senhor!”

— O grande comandante exige a presença de Renāto em seus aposentos. Preciso que dois de vocês partam para Kimaran e o convoquem para uma missão de paz. Eu sei que é uma jornada longa, mas para isso que foram treinados, não é mesmo?

Evos olha para Lup e Telly, que estavam cochichando sobre a missão que receberam e diz, de forma impotente:

— Lup! Telly!

— Sim, gur… Er, quer dizer, Senhor! — respondeu Lup, pego de surpresa.

— Sim, senhor!

— Vocês foram escolhidos para irem ao encontro do kyapen Renāto. Quando o encontrarem, entreguem a ele a seguinte mensagem: “O Shirei-kan o convoca para discutir o caso do Gurētofue 36”

Lup e Telly trocam olhares inquietos.

— O Gurētofue 36? — questiona Telly

— O mestre Renāto não vai gostar nada da mensagem.

— O comandante tem certeza sobre isso?

— Sinceramente, não sei. Apenas sei que uma ordem é uma ordem, e devemos cumpri-la. Entendidos?

Ambos respondem: “Sim, senhor”

A região de Araukaria é composta por três distritos: Dō no Mori, à esquerda, predominantemente habitado pelos Chimara; Berugamotto, o centro e a capital; e Kimaran, à direita, uma área predominantemente urbana e habitada por diversas raças.

No dia seguinte, perto da fronteira entre Berugamotto e Kimaran, Lup e Telly caminham em direção ao centro de Kimaran, em busca de informações sobre o paradeiro de Renāto.

— Não sei não, guri. Não me parece certo isso.

— O que foi dessa vez, Lup? — questiona Telly, revirando os olhos

— Renāto, Chimara, Kosuta… Espero que o Shirei-Kan saiba o que está fazendo.

— Eu também espero, Lup. Mas, no fim das contas, só podemos seguir ordens e torcer para que essa tensão seja resolvida sem derramamento de sangue.

Enquanto caminham por uma área arborizada, ambos ouvem uma voz.

— Vejam só. Os soldadinhos de veludo…

Subitamente, são cercados por um grupo de ladinos, armados até os dentes.

— O que vocês querem? — diz Telly, apreensivo — Estamos sob as ordens do Shirei-Kan. Não nos atrapalhem.

— Ah… Estão mesmo? — ironiza o líder dos ladinos — Pois a única coisa que vejo são dois garotos brincando de mosqueteiros.

— Que tal entregarem tudo o que têm antes que se machuquem?

— Ou antes que sejam envenenados? Nós somos bons nisso, acredite!

Lup sussurra para Telly:

— Você treinou a sua Dentō?

Enquanto Lup falava, Telly estalava os dedos na espera de conjurar algo, mas só o que encontrou foram faíscas fracas de cor azul.

— Droga, não tive tempo de aprimorar minha técnica.

— Nem eu, guri. Sabia que isso nos causaria problemas algum dia. O que faremos então? Eles estão em cinco!

— Eu sei contar, Lup! Vamos lutar. Afinal, somos mosqueteiros. Evos não confiou em nós por acaso.

Então, os dois desembainham suas rapieiras e desafiam os ladinos. De repente, um estrondo ecoa nas proximidades. A origem do barulho se aproxima, uma figura de estatura média, usando um macacão, possuindo um cabelo totalmente falhado e aparentemente confuso. Era alguém que, claramente, não causaria um estrondo daqueles por conta própria.

Os dois mosqueteiros então falam em coro, e aliviados: “Futomo!”

[Dokutā futomo shiro(Futomo)
Kyapen de Chariku: Senzo
Kai: Rādokūto]

— Vejam só — diz o kyapen, limpando fuligem de seu macacão — Mosqueteiros! Desculpem-me pela barulheira, é que meus testes são bem explosivos.

Um aparecimento inesperado! O que será que Futomo poderá fazer?

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Olá, eu sou Silas Santos!

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