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『 Tradutor: MrRody 』

Eu olhei para o teto desconhecido acima de mim.

“Já que a última coisa que vi antes de perder a consciência foi o típico céu nublado da cidade, isso deve ser uma tenda médica de emergência montada para pacientes. Deve haver muitas outras pessoas feridas além de mim.”

Na verdade, quando olhei para o lado, pude ver uma série de camas alinhadas uma ao lado da outra. Entendi facilmente a situação. Uma calma preencheu a tenda, e a maioria das macas estavam vazias.

“Isso deve significar que passou bastante tempo.”

Então meu plano de ação foi decidido. Primeiro, eu precisava descobrir quanto tempo havia passado. Ao tentar erguer meu corpo lentamente para não chocar meus músculos, senti um peso estranho no meu abdômen. Assim que percebi o que era, ri.

“Eu estava me perguntando onde você foi…”

Missha estava dormindo em cima do meu estômago, soltando aqueles roncos distintos e ronronantes dela. Por um lado, era louvável que ela tivesse assumido a responsabilidade de cuidar de mim, mas por outro, sua ‘ajuda’ parecia ser irrelevante.

“Bem, ela deve estar cansada.”

Elisa, a sacerdotisa de Karui… Ficar para trás na Floresta da Bruxa… O Lorde do Caos, Riakis, nos perseguindo… Não era difícil entender por que ela estaria assim quando eu pensava em tudo pelo qual passamos.

— Missha, acorde. — No entanto, neste momento, minha curiosidade era minha primeira prioridade, então eu sacudi Missha acordada sem hesitação.

— Hm? Mm… Bjorrrn! Você está acordado! Como você está se sentindo? Está tudo bem?

— Como você pode ver, está tudo bem. — Meu tornozelo esquerdo machucado tinha boa mobilidade e meu braço arrancado tinha sido restaurado ao seu estado original. Nesse sentido, minha primeira pergunta foi: — Você usou uma poção avançada?

— Não, um sacerdote veio e te tratou.

— E o custo?

— N-Não se prrreocupe. A G-Guilda forneceu assistência em desastres, então não foi tanto assim…

Na verdade, suas palavras apenas me preocuparam mais. — Então quanto foi?

— …Trezentas mil pedras.

— Entendi. — Ufa, isso ainda era mais barato do que uma poção avançada. Eu estava preocupado quando ela mencionou um sacerdote, mas felizmente, parecia que o subsídio da guilda tinha sido bastante generoso. — Por que você está fazendo essa cara? Você se saiu bem.

— Mas Bjorrrn gosta de dinheiro…

“Bem, é obvio, mas… Espere, é isso que ela pensa de mim?”

— Mesmo assim, o dinheiro não pode ser mais importante do que minha saúde, certo?

Isso não era apenas uma questão de restaurar a carne rasgada ou reconectar partes que haviam sido cortadas… era regenerar um braço que havia sido rasgado até o osso, um braço que havia sido deixado para trás no labirinto.

“Curar naturalmente teria sido fora de questão.”

Deixei de lado todos os meus arrependimentos. Em experimentos anteriores com Raven, levou um tempo incrível para eu regenerar até mesmo um dedo decepado.

De qualquer forma, segunda pergunta. — Então, quanto tempo passou desde que saímos do labirinto?

— Cerca de seis horas.

Hmm, não é de admirar que ainda estivesse claro do lado de fora da tenda. Então eu não tinha perdido um dia inteiro. — As mochilas?

— Estão bem. E tudo dentro também!

— As pedras de mana?

— Converti tanto as suas quanto as minhas em dinheiro.

— Alguém veio me ver enquanto eu estava desmaiado?

— Nyah, Hikurod e os outros vieram!

— …O anão veio?

Quando eu cocei a cabeça, Missha explicou tudo o que havia acontecido enquanto eu estava fora. Para resumir, Hikurod e os outros passaram cerca de cinco horas atrás, para o caso de estarmos aqui, e se reuniram com Missha.

— Fico feliz que os três estejam bem. Então para onde eles foram?

— Depois de confirmarem que estávamos vivos, disseram que estavam cansados e saíram para descansarrr.

— Entendi. — Isso não me chateou. Eu teria feito o mesmo. Não é como se eu fosse acordar mais rápido só porque eles estavam aqui. Poderíamos discutir tudo o que tínhamos perdido durante a reunião que tínhamos marcado para daqui dois dias. — Então o que eu tenho que fazer para sair daqui?

— Você só precisa arrumar suas coisas e irrr embora. Já cuidei de todas as partes problemáticas.

— Entendi.

Quando eu estava prestes a puxar o cobertor para trás e sair, Missha me parou apressadamente. — Nyah, não levante! V-Vista isso primeiro…

Nenhuma explicação adicional era necessária. — Óh… — Enquanto Missha virava as costas para mim e olhava para outro lado, eu vestia o novo conjunto de roupas que estavam dobradas sobre a mesa ao meu lado. Eu não esperava que ela preparasse roupas com antecedência. Ela podia parecer desajeitada, mas acho que também tinha um lado atencioso.

— Ficou bom?

— Ficou sim. — Para ser honesto, estava um pouco apertado, mas encontrar roupas que me servissem nesta cidade já era difícil desde o início. De qualquer forma, quando saímos da tenda, o sol estava se pondo. — Missha, onde você está hospedada?

— No Distrito Oito.

— Então podemos ir juntos.

Estávamos indo para nossas estalagens, que ficavam na mesma direção, quando notei a diferença entre nossa aparência e a das pessoas ao nosso redor. As pessoas nas ruas estavam usando roupas limpas e cotidianas em vez de armaduras pesadas e robustas.

— Bjorrrn, o que você está olhando? Vamos, estou superrr cansada.

Depois de caminhar por cerca de trinta minutos pelas ruas impecáveis, chegamos à minha estalagem. A estalagem da Missha ficava a cerca de mais dez minutos daqui. — Elas estão mais perto do que eu pensava.

— Certo? Prrr que não percebi antes?

— De qualquer forma, você pode ir agora. Você também deve estar cansada. Obrigado pelo dia de hoje.

— E-Espera! — Assim que eu estava prestes a entrar na estalagem depois de me despedir, Missha segurou meu pulso.

— Há mais alguma coisa que eu preciso saber agora?

— Não, mas… — Então, o quê? Quando a olhei de uma maneira que claramente dizia ‘diga logo’, Missha sorriu e soltou meu pulso. — Deixa pra lá. Você só vai me dizerrr para parar de repetir a mesma coisa várias vezes.

— A mesma coisa?

— Até amanhã, então! — Antes que eu pudesse perguntar o que ela queria dizer, Missha desapareceu.

— Amanhã? — Não decidimos nos reunir todos depois de amanhã? Aquela última frase foi um pouco confusa, mas não me importei em saber o que significava, então entrei rapidamente na estalagem. Depois de me lavar um pouco, fiz uma refeição rápida no primeiro andar.

Como sempre, foi só quando me deitei na cama que a ficha caiu.

“Então, consegui voltar desta vez também.”

Eu tinha voltado vivo.

Maldição.


Ao meio-dia do dia seguinte, acordei com o som de batidas na minha porta. Eu queria ignorar, mas quem quer que fosse era muito persistente.

— …Missha?

— Sabia que você ia estarrr dormindo.

— Por que você está aqui? Concordamos em nos encontrar amanhã à noite.

Missha sorriu ao ver minha irritação e abriu sua sacola sobre a mesa. Quando olhei, estava cheia de comida. — Vem, sente-se rápido. Não comerrr o suficiente enquanto está se recuperando é ruim para você.

Bárbaros não tinham esse tipo de problema. Quando a olhei como se isso fosse ridículo, Missha acabou me puxando pelo braço.

— Apenas venha. Você pode voltar a dormir depois de comerrr.

Pular uma ou duas refeições não era o fim do mundo, mas obedeci por causa da sinceridade por trás do gesto dela. O cardápio era de legumes refogados e carne grelhada com ovos.

— Como está?

— …Está bom. Foi você mesma que fez?

— Nyah! É claro, quem venderia algo assim?

“Você poderia simplesmente dizer sim.”

Eu não fazia ideia de que ela também sabia cozinhar.

— No começo, eu cozinhava prrrincipalmente para economizar um dinheirinho extra, mas agora continuo fazendo porque é divertido.

— Hm, mas você não está hospedada em uma pousada?

— Ah, sim, mas acabei fazendo amizade com o chef, então eles me deixam usar a cozinha de vez em quando.

— Entendi.

— Se tiverrr uma chance depois, você deveria tentar também. Você pode economizar muito mais dinheiro do que imagina, o que é bom.

Cozinhar? Você não deveria dizer coisas assim para um bárbaro. Ou talvez ela simplesmente não soubesse muito sobre bárbaros? — Cozinhar é uma vergonha para um guerreiro.

— É mesmo? — Quando eu assenti firmemente, Missha fez uma sugestão cautelosa. — Bem, então posso fazer prrr você…

O que ela estava dizendo? — Está tudo bem. Por que você faria isso? Eu posso apenas comprar minha própria comida.

— C-Certo.

— A propósito, como você soube o número do meu quarto? Não lembro de ter te contado isso.

— Nyah, seu quarto? Quando perguntei ao dono da estalagem onde o bárbaro estava hospedado, eles simplesmente me disseram.

— …Entendi.

Depois disso, conversamos e comemos, e a tigela ficou vazia em pouco tempo.

— O que você vai fazerrr agora? Vai dormir mais um pouco?

Ponderei isso por um tempo antes de responder. — Agora que estou acordado, estou pensando em visitar o distrito comercial. — Originalmente, eu havia planejado dormir até amanhã, mas mesmo que eu deitasse novamente agora, não achava que conseguiria voltar a dormir. Era meu próprio tipo de transtorno obsessivo-compulsivo. A menos que eu sentisse que ia desmaiar imediatamente de exaustão, nunca conseguia me permitir procrastinar e descansar. — É melhor assim. Missha, você vem comigo.

— Hã? Eu também? Eu ia voltar e dormirrr mais um pouco… — Missha se calou, com uma expressão surpresa no rosto.

Pela minha experiência, era necessário sair com tudo em situações como essas. — Você é quem me acordou. Assuma a responsabilidade.

— Hnng, tudo bem. Tenho que consertar meu equipamento de qualquer maneira…

“Não pense nem por um segundo em fugir.”


Primeiro, descarregamos completamente o equipamento que havíamos adquirido. O dinheiro não foi tão satisfatório quanto eu esperava, pois havíamos pago aos Dzarwi uma taxa de proteção no valor de dois milhões de pedras em equipamento.

“A partir daqui, o dinheiro que recebemos do grupo do Hans terá que ser dividido em cinco…”

Ainda assim, depois de vender os equipamentos e vários consumíveis dos três fanáticos religiosos, nossos lucros acabaram sendo bastante consideráveis, principalmente porque um desses três possuía uma mochila expansível. No entanto, isso também significava que havia mais custos.

— …O conserto custa quinhentas mil pedras?

— É feito de lithinum. A corrosão está muito severa, então não há outra opção.

Mas, ainda assim, como poderia custar quinhentas mil pedras para consertar equipamentos no valor de quatro milhões? Esse cara estava tentando me enganar?

— Bjorrrn, não pressione. Não é como se ele estivesse errado… — Isso deixou um gosto amargo na minha boca, mas considerando que Missha, uma aventureira com cinco anos de experiência, estava dizendo isso, imaginei que o preço não devia ser exorbitante e simplesmente paguei.

“…Quanto ouro eu perdi, então?”

Todos os jogadores obcecados pela eficiência tinham medo de perder ouro. Eu contei cada pedra uma por uma.

“Deixei minha maça no labirinto junto com um braço, usei uma poção avançada no caminho, paguei trezentas mil pedras por aquele tratamento e quinhentas mil pedras para reparos…”

Quanto mais eu pensava nisso, mais doía. Se eu não tivesse tido que pagar uma enorme taxa de dois milhões de pedras em equipamentos pela proteção do clã. esse dinheiro todo não teria sido nada.

— Bjorrrn, não se preocupe. Eu vou ganhar muito mais dinheiro no futuro…

“Sim, vamos pensar positivo.” Na verdade, meu segundo maior ganho nesta expedição seria ela. Claro, o primeiro foi a Essência do Orc Herói.

“Recebi muitos consumíveis como poções, então na verdade não tenho que gastar muito dinheiro depois.”

— Bjorrrn, o que você está fazendo? Não vai entrar?

Terminei meus cálculos e entrei na estalagem com a Missha. Não era a minha nem dela, mas uma estalagem localizada no distrito comercial de Kommelby.

— Quem poderia imaginar que as carruagens parassem de funcionar tão cedo?

— É prrr isso que eu disse que deveríamos acelerar — ela repreendeu.

— Okey, para de reclamar.

Ao entrar na estalagem, pedi dois quartos no balcão, e Missha me deu um tapa nas costas. — Você está louco?! Você sabe quanto custa um desses quartos prrr dia? Pegue só um.

— …Só um? — O normal não era o contrário disso?

— Você acha que estamos em Ravigion? Esses tipos de estalagens têm quartos prrr dez mil pedras por noite!

— Entendi. Um quarto deve ser suficiente.

Mereci aquele tapa nas costas. Viemos para esta estalagem porque parecia ser a mais barata por perto, mas dez mil pedras por uma noite? Os preços eram absurdos no centro da cidade. Minhas despesas com comida no mês passado foram de pouco mais de vinte mil pedras.

“Então é por isso que ela continuava me incomodando pra andar mais rápido…”

No entanto, o quarto em si valia bem o preço. Não era como o pequeno meio-quarto onde eu estava ficando… tinha uma sala de estar, quarto e um banheiro separado. Tinha uma janela, obviamente, e a sala de estar até vinha com um pequeno terraço. Um leve cheiro de flores podia ser sentido por todo o quarto.

— Bjorrrn, olha isso! Sabonete Studio Artian! E é de graça! — Missha estava me repreendendo por gastar dinheiro desnecessariamente antes de notar algo e desaparecer no banheiro. Quando ela saiu novamente, parecia muito satisfeita. — Bjorrrn, deveríamos ganhar muito dinheiro no futuro.

Eu me perguntava por que ela estava fazendo tanto alvoroço, mas quando me deitei na espaçosa cama, não pude deixar de concordar. — Sim… vamos ganhar muito dinheiro. — Era assim que uma cama deveria ser.

“Quando vou poder dormir em uma cama assim todos os dias?”

Havia um longo caminho a percorrer. Esta era uma cidade onde a barbárie e a civilização coexistiam. Quantos mais predadores e monstros eu tinha que matar para viver como uma pessoa normal?

Honkkk!

Antes que eu pudesse pensar muito sobre isso, meus olhos se fecharam lentamente.


Em um momento em que a maioria estava dormindo, aqueles que se sentiam mal consigo mesmos eram barulhentos, ou ainda mais do que o habitual.

— Ei, você ouviu as notícias?

— Você está falando sobre o Lorde do Andar aparecendo no terceiro andar?

— Sim. Dizem que mais de trinta Dzarwi morreram por causa daquele monstro.

— Quem se importa com trinta pessoas? A Guilda provavelmente anunciará isso amanhã, mas o número total de mortes é dito estar na casa dos centenas.

— Então o culpado que invocou o Lorde do Andar ainda não foi pego?

Para os aventureiros, essa notícia era extremamente interessante. No entanto, além do que todos já sabiam, havia uma história sendo espalhada lentamente e sem intenção pelos boatos.

— Oh, vocês sabem de uma coisa? Isso é algo que ouvi de um dos sobreviventes… O motivo pelo qual tantos Dzarwi conseguiram sobreviver aparentemente foi graças a uma única pessoa.

— Você está falando do Leão de Ferro, vice-comandante McGrain?

— Não, ouvi dizer que era um aventureiro do terceiro andar que estava lá.

— Hmm, existe um aventureiro do terceiro andar que poderia fazer algo assim? Qual era o nome dele?

— O nome dele é…

Bjorn, filho de Yandel. Um bárbaro que havia pisado no terceiro andar após apenas três meses. A história da bravura incrível que ele havia mostrado ao salvar tantas pessoas do desastre era às vezes precisa, e às vezes um pouco exagerada à medida que se espalhava. No entanto, cada recontagem terminava da mesma forma.

— O mago que me contou essa história não hesitou em dizer isso sobre o bárbaro.

— O quê?

— Talvez ele não tenha alcançado o feito de um herói, mas, jovem como é, está claro que seguirá seus passos e, assim, ele tomará emprestado o nome de um herói que foi maior e mais valente do que qualquer outro…

Um epíteto 1, um segundo nome que apenas aventureiros com habilidade e fama poderiam obter.

— Só seria apropriado chamá-lo de Pequeno Balkan.

Esse apelido sempre acompanhava cada recontagem.



【Sua reputação aumentou em +1.】

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【Sua reputação…】

【Aviso: A probabilidade de eventos especiais ocorrer aumentou】


  1. Um epíteto é um termo descritivo ou apelido atribuído a uma pessoa, geralmente com o objetivo de destacar uma característica marcante ou uma conquista significativa.[]
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