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Capítulo 18 – Clã Lâmina Oculta

“Em meio à luz e sombra, o verdadeiro propósito se revela. As muralhas que nos cercam são tanto uma proteção quanto uma prisão, e é dentro dessas paredes que descobrimos nossa verdadeira força.”

O livro da VERDADE, de Pavel Vaselinna, página 3.105.897.


Harley emergiu da densa floresta de espinhos que marcava a fronteira do território do Clã Lâmina Oculta. O jovem tinha atravessado o deserto escaldante, onde cada passo pesava em seus músculos já exaustos. 

A visão que se desdobrou diante de seus olhos o deixou boquiaberto. Agora, ele se encontrava em um vasto planalto, com terras altas se estendendo até onde a vista alcançava. 

O clã era renomado por suas muralhas gigantescas que circundavam suas fronteiras, proporcionando uma sensação de impenetrabilidade, mas algo parecia estranhamente diferente desta vez. 

As muralhas não eram erguidas da própria rocha, como ele havia imaginado, mas sim construídas com um material que parecia incrivelmente resistente. Olhando para as muralhas, ele se perguntou se poderia ser o mesmo material utilizado nas armas letais do clã. Seria possível que as próprias muralhas fossem armas em potencial? Essa ideia o intrigou profundamente.

Harley se aproximou da imponente entrada da muralha com fosso, seus olhos curiosos pousando no líquido circundante que parecia um mistério a ser desvendado. Era um fosso largo, preenchido com um líquido desconhecido, de um tom esverdeado e sinistro que brilhava sob a luz do sol. Parecia inofensivo à primeira vista, mas a sensação de perigo pairava no ar.

Os enormes portões de ferro maciço estavam firmemente fechados, protegendo a entrada da fortaleza. O jovem sentiu um arrepio ao se aproximar, seus olhos refletindo uma cautela profunda enquanto observava o líquido misterioso.

Dois guardas imponentes montavam guarda diante dos portões. Estavam vestidos com pesadas armaduras de ferro, seus elmos ornamentados com penas e uma aura de autoridade que deixava claro que ali não era lugar para intrusos. Em cada mão, eles seguravam enormes espadas de lâminas afiadas, prontas para defender a entrada da muralha a qualquer custo.

Harley engoliu em seco, enquanto observava os arredores. Ele também notou um grupo de arqueiros estrategicamente posicionados no alto da muralha. Com arcos esticados e flechas prontas, eles estavam preparados para defender a fortaleza de qualquer ameaça que se aproximasse.

Além disso, notou inúmeros buracos no alto da muralha, aparentemente destinados a arremessar ou derramar algum tipo de substância sobre os invasores. Era evidente que a segurança da fortaleza era levada a sério, e qualquer intrusão seria recebida com uma defesa implacável.

Ele sabia que precisava ser cauteloso e respeitar as regras daquele lugar. O jovem estava diante de uma fortaleza bem protegida e tinha muito a aprender antes de avançar.

Enquanto Harley observava tudo à sua volta, um dos guardas deu um passo à frente de sua posição, seu rosto mascarado pela sombra do elmo, mas seus olhos sérios e vigilantes eram visíveis. Ele olhou para o jovem desconhecido e disse com uma voz profunda e autoritária: 

— Cuidado, forasteiro. Pare! Quem é você?

No momento em que Harley estava para pronunciar suas explicações e pedido de asilo, o outro guarda que não tinha se mexido, o encarou com um olhar atento antes de falar.

— Você é Harley, não é? — perguntou o guarda.

— Sim — confirmou o jovem. 

— O líder está aguardando sua chegada. Meu nome é Ran. Por favor, me acompanhe. Eu o levarei até ele.

O jovem permitiu-se ser escoltado pelos guardas do complexo até o escritório do misterioso líder. E no caminho a sua rápida identificação, lhe surpreendeu muito. Como o líder do clã poderia saber que ele estava a caminho? Essa questão o intrigou, mas ele seguiu o guarda silenciosamente, mantendo suas perguntas para si mesmo.

Ao entrar no clã, ele se deparou com uma cena surpreendente. Ao contrário da escuridão e das sombras que esperava, o lugar estava inundado de luzes artificiais, criando uma atmosfera brilhante e vibrante. As ruas eram movimentadas, com pessoas indo e vindo, e barracas de comércio enfeitavam a praça central, exibindo uma infinidade de itens únicos e tecnológicos.

O jovem ficou admirado com a variedade de invenções que via ao seu redor, desde dispositivos mecânicos intrincados, até armas com designs futuristas. As roupas das pessoas eram igualmente fascinantes, uma mistura perfeita de trajes tradicionais e pedaços de armaduras, dando a todos uma aparência única.

O guarda que a acompanhava percebeu o olhar de admiração de Harley e sorriu.

— Bem-vindo à melhor cidade do mundo — disse, Ran — um refúgio para mentes brilhantes e talentos excepcionais. Aqui, a criatividade e a inovação são celebradas.

Ele se sentiu mais intrigado do que nunca. O que o jovem tinha testemunhado até agora era apenas a ponta do iceberg. À medida que continuavam a caminhar pelas ruas iluminadas, ele mal podia esperar para descobrir mais sobre o clã, sua missão e como suas habilidades se encaixariam naquele mundo incrivelmente inventivo e dinâmico.

Ao se aproximar da entrada do complexo do clã, Harley ficou impressionado com a imponência do edifício que se erguia diante dele. Era um grandioso castelo de ferro, com torres altas que se destacavam contra o céu. 

A fachada era adornada com esculturas elaboradas e intrincados vitrais que capturavam a luz do sol, criando um efeito deslumbrante. Grandes portões maciços se abriram para revelar a entrada principal, onde mais guardas o aguardavam.

O caminho era repleto de corredores sombrios e portas guardadas por mais soldados, o que a deixou ainda mais intrigada sobre o que a aguardava. Enquanto avançava, o jovem notou a atmosfera solene do local, com as paredes decoradas com tapeçarias antigas que provavelmente contavam a história do clã e suas conquistas ao longo dos séculos.

Os corredores estavam iluminados por lanternas de chamas douradas que lançavam uma luz suave e calorosa sobre as passagens, criando uma aura de reverência e mistério.

À medida que se aproximava do escritório do líder, ele percebeu que os ornamentos cuidadosamente esculpidos nas portas e colunas representavam símbolos misteriosos e inscrições arcanas que o deixavam ainda mais intrigado sobre a natureza do clã e seu líder. A curiosidade de Harley aumentou, mas ele manteve sua expressão serena, determinado a descobrir as respostas que estava buscando.

Ao chegar à porta do escritório, Ran bateu e, em seguida, abriram-a lentamente. Harley entrou e ficou cara a cara com um homem imponente sentado atrás de uma grande mesa de madeira escura. Ele estava parcialmente oculto pela sombra da sala, mas seus olhos penetrantes se fixaram em Harley.

— Você deve ser Harley — disse ele com uma voz profunda e calma. 

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